Fanfics Brasil - Capítulo 134 C'est' finale (AyD)

Fanfic: C'est' finale (AyD) | Tema: Portiñon, AyD, Dulce & Anahi


Capítulo: Capítulo 134

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- M-e-ntir-ras? - Gaguejei, sentindo minhas mãos tremerem. A imagem de Dulce indo embora, o modo como havia falado. Tudo parecia querer se encaixar agora. Em uma ordem confusa e perplexa. - Eu... ainda não entendi.


 


- Claro que não. - Sorriu, bebericando sua xícara antes de tornar a me fitar, com os olhos de um tom emocionado.


 


- Any, você sempre achou que estivesse sozinha. Esses anos todos em que ficou longe do seu pai e... bom, você estava certa. Só nunca parou para pensar se ele estava assim também. Se no fundo... ele não buscou preencher a sua ausência. - Murmurou e, eu pude sentir um pouco de dor em sua voz. - Acho que acabou cometendo um pecado...


 


- Eu... - Pus as mãos no rosto, buscando algum ponto de equilíbrio que fizesse meu coração parar de bater tão forte. Ele era o advogado do meu pai, afinal, e eu sentia que estava prestes a me contar um segredo. - Nunca pensei nisso... s-abe... estava...magoada.


 


- Eu sei que estava. - Assentiu, tomando minhas mãos com delicadeza. Seus lábios trêmulos agora em minha percepção. - Mas acabou, você precisa saber. – Suspirou me encarando. - Está pronta para ouvir tudo?


 


- Claro que não. - Retruquei, ele ergueu o cenho. - Mas eu posso fingir que estou.


 


- Ótimo. - Sorriu, entrelaçando nossos dedos por sobre a mesa agora. Meu coração ainda estava em pulos. - Quando você era nova e... aquilo aconteceu com sua mãe... bom, sabe melhor do que ninguém o quanto seu pai ficou triste. - Hesitou, como se esperasse que a dor das lembranças atingissem meus olhos. - Ele teve que fugir para que você não o visse morrer.  É estranho Anahi, mas ele fez isso por você...


 


- Do que você sabe quanto a isso? Você nem era nascido. Como pode saber tanto? -Indaguei, sentindo minhas pernas fraquejarem.


 


- Escuta Anahi, preciso que não me interrompa, está bem? - Pediu e eu apenas não retruquei. Dando a ele um aval mudo para que continuasse. - Não foi fácil pra ele ir... mas tinha que ter um jeito de poupá-la disso tudo e, ele achou que fosse esse. - Suspirou, prensando nossos dedos. - Ele sabia que ia sofrer, mas você era apenas uma criança... ia ser mais doloroso se ficasse.


 


- Que droga, pare de falar sobre isso. - Pedi, cerrando os olhos. As lembranças tristes surgindo como lágrimas neles. - Você não sabe nada, cale a boca.


 


- Ele tinha negócios no exterior e então, decidiu se dedicar a eles. - Continuou, com a voz parecendo embargada. - Então ele pousou em Paris, a cidade do amor. Contraditório não é mesmo? Ou só uma demonstração de que realmente estava morto. - Hesitou, soltando nossas mãos. Meus olhos buscando o seus, levados de repente a outra direção. - Mas o destino é mesmo incerto Any... ele conheceu uma mulher.


 


Hesitei, sentindo o peso de um segredo cair sobre meus ombros. Eu não sabia nada sobre o meu pai, e aquele homem na minha frente... parecia saber o bastante.


 


- Não foi como um amor, ele apenas precisava de alguém para suportar o vazio. Mas ela... bem, ela verdadeiramente se encantou por ele. - Sorriu, ainda sem olhar pra mim. - Foi uma história curta, mas se você olhar bem, foi tempo suficiente para mudar radicalmente as coisas.


 


- Porque...?


 


- Porque eles tiveram um filho.


 


Estremeci, sentindo minha cabeça girar de repente. Ergui os olhos para encontrar com os dele e, foi como se levasse um choque. Um choque porque aqueles... eram os olhos do meu pai.


 


Suspirei, buscando fôlego enquanto suas palavras se encaixavam em minha memória. Aquele homem que sempre esteve presente, me protegendo dos meus próprios medos, sem motivos.


 


Aquele homem que estivera em minha casa em uma noite e que agora, dormia em um quarto ao lado do meu.


 


Aquele homem que me oferecia seus braços, que me dera apoio. Que permanecera até o fim... sem nenhum motivo sólido.


 


Aquele homem... não, não podia ser.


 


- Quem é... ele?


 


- Sou eu.  Eu sou o seu irmão, Anahi.


- Isso é impossível, você está louco. - Levantei, trêmula. - Isso não tem sentido pra mim.


 


- Anahi, senta. - Pediu, segurando meu braço. Seu rosto agora tão parecido com o da minha infância... - Eu sei que não tem condições, mas ainda não acabei, me escute. - Obedeci, sentindo minhas pernas oscilarem.


 


Cruzei os braços, mordendo os lábios trêmulos. Meu coração parecia querer explodir.


 


- Não está sendo fácil pra mim, está bem? Afinal fui eu quem tive que esconder durante todo esse tempo, fui eu que tive que suportar seu sofrimento sem poder te proteger como um irmão.


 


- Você não sabe o que está falando. - Murmurei, com a voz embargada. - Que ridículo, você não teria aparecido agora se isso fosse verdade. Afinal, qualquer um se interessaria em ser herdeiro dos Portilla. - Hesitei, sentindo as palavras fugirem sem controle da minha boca. - É por isso que está mentindo? Pela herança?


 


 


- Cale a boca Anahi! - Gritou, socando a mesa. Seus olhos de repente furiosos. - Eu não sabia da sua existência, tá legal?! Eu nunca entendi porque não tive um pai presente e porque droga ele sempre me olhava como se estivesse olhando pra outra pessoa. - Hesitou e eu senti a sua dor se misturar com a minha. Era como se eu estivesse falando em seu lugar... - Eu não Ligo pra droga de dinheiro nenhum, preferia ter nascido pobre, se quer saber.


 


- Es-te-van..


 


- Eu realmente trocaria tudo para não ver minha mãe chorando pelos cantos. Trocaria todo esse dinheiro para não receber um abraço frio do meu pai... - Cerrou os olhos, limpando as lágrimas antes de continuar a falar. - Que droga, você tem alguma pergunta? Eu realmente gostaria de não chorar na sua frente


 


- Porque não me procurou antes? Como.. soube de mim?


 


- Quando as coisas apertaram lá em casa, ele resolveu nos dar um negócio. - Suspirou, olhando para algum ponto vazio no estabelecimento.


 


- Então nos deu isso, e garantiu que eu estudasse para cuidar dos seus patrimônios. – Sorriu. O sorriso mais triste que já vira.


 


- Eu me formei e, quando pude, comecei a trabalhar ao seu lado. Foi ai que eu descobri a sua existência... porque meses depois ele adoeceu, e me revelou tudo.


 


- Eu acho que não estou bem. - Comentei, passando as mãos no rosto. Meu sistema nervoso parecia ter congelado.


 


- Só aí eu entendi porque ele não me olhava como um filho, porque no fundo, eu não deveria ocupar o seu lugar. - Hesitou, buscando fôlego para continuar.


 


- Mas eu entendi também que ninguém teve culpa, nem minha mãe por ter se apaixonado, nem eu por ter nascido, nem você ou ele... por terem perdido alguém. - Mordeu os lábios, erguendo os olhos.


 


- A culpa foi dessa mágoa, que parece ter atingido tanta gente. - Deu de ombros, como se quisesse espantar os pensamentos. - Eu realmente quis me livrar disso e a gente estava se dando bem quando... bom, os médicos disseram que não havia mais chances. Ele se foi meses depois da minha mãe.


 


- Meu deus...


 


- Eu sei, é triste. Mas quer saber? Eu tinha um motivo para seguir, porque prometi a ele que te acharia. Eu prometi que concertaria tudo... que acabaria com essa dor mentirosa. Eu prometi... que cuidaria de você.


 


- Então você veio. - Murmurei, lembrando-me da noite em que meu pai havia morrido. Os olhos de Estevan estavam chorosos, e eu não havia percebido isso. - Porque só agora então?


 


- Porque eu investiguei sobre você e, quando descobri todos os seus problemas, Anahi, eu não queria ser mais um deles. Estava tão atordoada... seu pai havia morrido. - Fechou os olhos, abrindo-os em seguida, sério.


 


- Bom, nosso pai. - Concertou, tornando a segurar minha mão. - Eu estive perto o tempo inteiro... e só agora, você havia me dado essa chance. Mas aí, quando disse que partiria, eu temi que sumisse, como fez antes.


 


- Eu não faria isso.


 


- Eu sei, agora eu sei. - Sorriu, deslizando carinhosamente os dedos pelos meus. - Então procurei Dulce... bom, acho que ela acreditou em mim. E quer saber? Eu não teria conseguido sem ela. - Beijou minhas mãos, me olhando de um jeito doce.


 


- Sabe porque não fui no aeroporto ao invés da casa dela? Porque você estava cometendo o mesmo erro que nosso pai, estava escondendo a verdade e permitindo que isso machucasse quem você ama. - Assentiu, observando meu rosto estático. - Anahi, eu sabia que era isso que tinha que ser feito. Eu pude enxergar o problema porque nasci em um, eu estive lá antes. Acredite.


 


- Não me peça isso, não sabe o quanto é difícil acreditar. - Recuei, apoiando as costas na cadeira. - Eu tenho um irmão... Deus, não estou sozinha. Que loucura... é como acordar de um sonho.


 


- Não foi nenhum sonho. E nunca vai tá sozinha, se depender da sua namorada maluca, principalmente. - Riu, levantando. - Venha cá. - Me puxou, abraçando meu corpo com força.


 


Nossos medos, nossas dores, nossas lágrimas. Se misturando, tornando-se um, como o sangue que corria em nossas veias.


 


- Esse é o fim de toda a angústia. Acabou minha irmã. Nós temos um ao outro. Eu amo você...


 


- Eu não posso acreditar. - Fechei os olhos, sentindo seus dedos escorrerem em meu cabelo. - Eu fui tão cega...


 


- Não seja tão ruim consigo, ma chère. - A voz de Louise despontou ao lado, dispersando nossas atenções. A francesa carregava uma bandeja e, o sorriso doce de sempre. - Achei que precisariam de mais chocolate.


 


- Você não consegue esperar, não é mesmo? - Estevan brincou, se afastando do meu corpo para abraçá-la de lado. Depositando um curto beijo em seus lábios. - Acho que estou cheio de garotas impacientes, que sortudo.


 


- Que droga, eu não vou conseguir digerir tanta novidade. - Franzi o cenho, me apoiando na cadeira enquanto Estevan e Louise sorriam. - Então é isso, eu ganhei um irmão e uma cunhada que usa boinas estranhas?


 


- Já conversei com ela sobre as boinas laranja e mexicanas não combinam com seus olhos, meu amor.


 


- Não seja tão implicante. Eu ainda posso mudar de ideia quanto aos irmãos. - Brincou, nos fazendo rir. - Estou feliz em entrar para a família. Você não vai se livrar tão rápido de mim, ok ma chère?!


 


- Acho que não pretendia fazer isso. - Ri, cruzando os braços. Meus olhos encontrando os de Estevan mais uma vez. - Vai ficar por aqui? Quero dizer...


 


- Não se preocupe. Eu resolvi voltar porque achei que nossa conversa teria mais sentido neste lugar. Além do mais, vou poder passar um tempo de férias com a minha irmã, no lugar onde nasci. - Hesitou, sorrindo com meus olhos confusos.


 


- Eu já cuidei de tudo por lá. Foi Dulce quem deu a ideia... acho que ela pretende passar um tempo só com você. - Riu, bagunçando os cabelos. - Ela realmente tem más intenções...


 


- Aquela peste. - Ri, sentindo meu coração arder com seu nome. - Obrigada por isso, eu me sinto... realmente feliz por ser sua irmã. Sabe, acho que já me sentia assim antes...


 


- É bom saber disso. - Sorriu, largando Louise para me abraçar. Ela forjou uma careta e veio nos abraçar em seguida. Como a família que deveríamos ser.


 


- Eu preciso ir. Tenho que repreender uma garota má agora. - Pisquei, antes de sair correndo pela porta enquanto eles riam.


 



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Autor(a): foxxy96

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 46



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  • maralopes Postado em 08/01/2015 - 01:27:36

    Own Meu DEUS que lindas elas ficam juntas...Quase infartei achando que a Any iria ficar sozinha sem a Dul depois de tudo que ela passou...Isso naum seria justo...Bjaum Foxxy96

  • isazago Postado em 05/01/2015 - 22:40:43

    N acabou n né?? Aiiiin q fofaaas super cute , tadinha da anny ela sofreu muito agora merece ser feliz!! Bjus continua!!

  • maralopes Postado em 03/01/2015 - 00:55:43

    será que any vai chegar a tempo de reconquistar o coração de dul ? espero que sim a any quase matou um lindo amor pra que dul ficasse viva.agora esta na hora dela tentar salvar esse amor bjaum

  • foxxy96 Postado em 19/12/2014 - 22:31:33

    Que Bom. *-*

  • angelr Postado em 17/12/2014 - 01:58:12

    Ja ansiosa para os proximos capitulos

  • claricenevanna Postado em 05/12/2014 - 01:16:18

    Isso tá me cheirando a confusão... Tô apreensiva com esse reencontro.

  • maralopes Postado em 25/11/2014 - 15:56:16

    Nossa Estou Com Frio Na Barriga...Espero Que agora A Any esteja Preparada Para A Batalha Mais dificil da sua vida...que é reconquistar Dul Bjaum

  • angelr Postado em 24/11/2014 - 01:33:28

    Nossa que tensao por este encontro

  • isazago Postado em 23/11/2014 - 12:13:07

    Q enrolaçao caraaay!!! Esse reencontro nunca chega to acabando com as minhas unhas de ansiedade isso é tortura ta! Vo te denuncia U.U!!brinks posta maaais!!!

  • foxxy96 Postado em 22/11/2014 - 00:22:01

    Haha, que bom estão gostando. Continuem acompanhando, queridas.


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