Fanfics Brasil - Capítulo 43 C'est' finale (AyD)

Fanfic: C'est' finale (AyD) | Tema: Portiñon, AyD, Dulce & Anahi


Capítulo: Capítulo 43

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ANAHI


 



Dormir naquela cama enorme e super confortável e macia, daria a qualquer um uma noite digna de sono. Bom, esse não era bem o meu caso. Consegui apagar depois de uma dose caprichada de remédios e acordei com a sensação de que um trator havia passado em minhas costas, não exatamente do modo como eu me sentia quando acordava no chão frio e duro do porão, depois de uma noite de sexo com Dulce. Era mais precisamente uma consequência da primeira noite sem ela.


Levantei sem muito esforço e segui até o banheiro acoplado na lateral do quarto, depois de uma rápida ducha e uma breve avaliada no armário, me vesti e desci a ponto de encontrar Lana ainda na mesa do café da manhã, uma coisa difícil nos últimos anos.

- Bom dia, dorminhoca! - Exclamou, sem tirar os olhos do jornal em suas mãos.

Aproximei-me hesitante com suas palavras, até a empregada que se aproximava com uma bandeja ergueu os olhos assustada antes de deixar os copos e voltar pra cozinha. Lana era quase como a matriarca da casa, mandava em tudo e em todos. Uma palavra sequer de gentileza significaria que alguma coisa estava estranha, ou isso, ou o meu tempo fora havia derretido um pouco do seu gelo.

- A bolsa voltou a cair essa semana, seu pai não vai gostar de saber disso!

Sentei na cadeira ao seu lado e me servi enquanto ela ainda balbuciava alguma coisa relacionada com negócios. Eu tinha uma vaga lembrança do meu pai, pra mim ele era apenas um homem desestruturado que não superou a morte da esposa. Alguém que só pensava em negócios e que, usava as pessoas como fantoches. Mas ainda assim eu o amava, o amava como a única sobra da minha família.

- Lana! – Chamei, a interrompendo. Seus olhos negros levantaram por cima da folha e me encararam. - Como... está meu pai?!

Ela não demostrou surpresa, embora eu nunca tocasse no nome dele. Apenas voltou a ler o jornal, com uma frieza impecável.


 


 


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Algum tempo depois, a empregada surge avisando que Christian está lá fora me procurando. Logo em seguida, ele entra e dá de cara com Lana que com seu jeito super simpático, apenas o ignora e se retira. Conversamos bastante, ele me atualizando dos momentos que perdi enquanto estava fora. 


- Eu estava precisando de você sabia? Que belo amigo...

- Quanto drama, achei que soubesse se virar com mulheres sozinha, aliás... - Segurou minha mão, girando meu corpo numa rápida avaliada. - Você está divina, qual foi o segredo?! 

- Não tem nada relacionado a mulheres, Christian! - Exclamei, concertando em seguida. - Tem com uma apenas.

Ele estreitou as sobrancelhas como quem não entendeu. Não haveria tempo para explicar. Chris era minha isca perfeita.

- Preciso que me leve a Halgartt!

- Tá maluca? Sabe que não piso naquele fim de mundo.

- Me empresta seu carro então. Não sei como anda o meu, muito menos onde andam as chaves.

Chris tirou o molho de dentro do bolso e ameaçou jogar, quando recuou, me olhando com uma das suas sobrancelhas arqueadas.


- Isso quer dizer que eu vou ficar sozinho com a jararaca?! - Perguntou com a voz estremecida, analisando a mesa que ela havia abandonado assim que o vira.

- É rápido, só preciso dar uma explicação.

- Você viu o jeito dela quando eu entrei, se ela me pega sozinho, é capaz de arrancar meu pinto fora.

- Ela iria te fazer um favor! Anda, prometo que é rápido.

Ele revirou os olhos e jogou as chaves na minha mão, beijei seu rosto em agradecimento e mais uma vez reforcei que não demorava. Era evidente que Christian tinha motivos para temer o rancor poderoso de Lana, mas não era isso que me preocupava agora.


Enquanto eu disparava porta fora, só conseguia pensar em como Dulce estaria, se ela iria me receber de braços abertos ou estaria magoada pelo modo como sai.

- Eu sai da sua casa ruiva... - Sussurrei, me segurando da única verdade. - Mas não da sua vida!


O céu estava aberto e seus raios ensolarados mantinham o clima receptivo de sempre, o cheiro do campo era agradável e me causava a sensação nostálgica de estar voltando. Como se aquele lugar em que vivi uma breve história fosse mais importante que aquele, na qual vivi toda minha vida, pelo menos era isso que eu sentia.


Estacionei a alguns centímetros da cerca e tive que segurar minha ânsia em atravessá-la correndo e me jogar nos braços de Dulce. Fui calmamente andando os passos necessários até chegar frente a casa. A caminhonete não estava e eu bati na porta hesitante, como uma visita esperando freneticamente que uma única pessoa atendesse. Estava errada.

- Anahi? - A pergunta surpresa de Poncho veio quase ao mesmo tempo em que seus olhos se exaltaram, espantados.  - Você...

- Me desculpa, preciso falar com a Dulce. - O cortei, sem conseguir esconder minha ligeira decepção.

Poncho permaneceu mais alguns segundos parado na porta como se estivesse se certificando de que eu não oferecia perigo, e me mandou entrar em seguida, me conduzindo até o velho sofá no centro da sala, onde eu recusei sentar, indo direto ao assunto.

- Sei que as coisas devem ter ficado confusas pelo modo em que sai. Achei que devesse voltar para me explicar e me retratar com vocês.

- É, não entendemos bem porque saiu daquele jeito.

- Estava alterada, não foi fácil lembrar de tudo da noite pro dia. - Suspirei, fitando seus olhos em seguida. - Me perdoa, tenho uma enorme gratidão por tudo que fizeram por mim. E... se de alguma forma pudesse compensá-los.

- Não, não tem porque agradecer. Acredite, se você me garante que está bem, então... agora estamos quites.

Assenti, observando a expressão tranquila tomar contar do seu rosto. Poncho era o típico homem do campo, irrelevantemente calmo e gentil. Ao contrário da sua irmã que, em frações de segundos poderia se transformar. Um misto de mulheres que quase sempre, me enlouquecia.


- Imagino que Dulce esteja no estábulo, gostaria de vê-la.

Ele estreitou os olhos e rapidamente mudou o semblante, balançando o cabelo com uma das mãos, visivelmente desconcertado.

- Ela está cuidando das encomendas, trocamos de cargo para que eu pudesse ter um pouco de descanso.

Não pude esconder a decepção em meu suspiro. Desejava vê-la e sentia que não poderia adiar isso, mais uma noite sem ela seria apenas... mais uma noite.

- Posso esperar ela voltar então?!

- Não imagino que volte cedo, se quiser posso falar que veio e explico os seus motivos. Dulce vai entender, garanto.

Quis insistir, mas o lado da razão falou mais alto, me contive num aceno de cabeça e me dirigi até a porta, sentindo todos os sentimentos que carreguei durante a viagem se esvaírem lentamente, um por um, em vão.


- Avisa que venho amanhã! É muito importante, Poncho.

- Claro que sim! - Sorriu, tocando em meu ombro. – Sinta-se a vontade para voltar quando quiser, essa casa também é sua.

Agradeci a gentileza e me afastei, a passos trôpegos e desnorteantes até meu carro. Não percebi o tempo que levei dirigindo de volta, nem o momento exato em que cheguei em casa. Só conseguia pensar no que iria fazer para conseguir suportar mais um dia longe dela, longe do seu cheiro, longe do seu toque. Eu ia acabar enlouquecendo.

- Demorou uma eternidade! - Christian reclamou, recebendo as chaves que eu jogara no alto. -Que carinha é essa?!

Aproximei-me da adega e fechei a portinhola, virando para estender a garrafa de vodka aberta sobre a mesa.

- Se você não tem medo da morte, pelo menos escolha uma forma mais digna de morrer. 

Ele riu e num gesto descarado roubou a garrafa da minha mão, virando-a em seguida num gargalo indiscreto, digno da careta que veio em seguida.

- Além de mulheres, ela também tem um ótimo gosto para bebidas. - Sorriu, tornando a me olhar. - Não respondeu a minha pergunta, o que te fizeram naquele fim de mundo pra você voltar assim?

Suspirei e andei até a escada sendo instintivamente seguida por seus olhos, me virei e o encarei. Chris era o único em que eu podia confiar, e o mais ridículo. E se ele não estivesse me largado aquela noite e depois estado longe quando tudo aconteceu, talvez eu não precisasse passar por isso.


Talvez eu estivesse em casa mais cedo e a minha vida seguisse no módulo normal de sempre, mas não. Eu não sentia raiva dele por isso, de alguma forma... eu estava agradecida.

- Muita coisa aconteceu enquanto eu estive longe, vamos para o meu quarto. Você precisa de uma cama grande para se acomodar.

Girei nos calcanhares e subi as escadas, Chris hesitou por alguns instantes mais logo estava me seguindo. Com os olhos assustados e a garrafa de vodka quase seca em uma das mãos.


 


 



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Autor(a): foxxy96

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 46



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  • maralopes Postado em 08/01/2015 - 01:27:36

    Own Meu DEUS que lindas elas ficam juntas...Quase infartei achando que a Any iria ficar sozinha sem a Dul depois de tudo que ela passou...Isso naum seria justo...Bjaum Foxxy96

  • isazago Postado em 05/01/2015 - 22:40:43

    N acabou n né?? Aiiiin q fofaaas super cute , tadinha da anny ela sofreu muito agora merece ser feliz!! Bjus continua!!

  • maralopes Postado em 03/01/2015 - 00:55:43

    será que any vai chegar a tempo de reconquistar o coração de dul ? espero que sim a any quase matou um lindo amor pra que dul ficasse viva.agora esta na hora dela tentar salvar esse amor bjaum

  • foxxy96 Postado em 19/12/2014 - 22:31:33

    Que Bom. *-*

  • angelr Postado em 17/12/2014 - 01:58:12

    Ja ansiosa para os proximos capitulos

  • claricenevanna Postado em 05/12/2014 - 01:16:18

    Isso tá me cheirando a confusão... Tô apreensiva com esse reencontro.

  • maralopes Postado em 25/11/2014 - 15:56:16

    Nossa Estou Com Frio Na Barriga...Espero Que agora A Any esteja Preparada Para A Batalha Mais dificil da sua vida...que é reconquistar Dul Bjaum

  • angelr Postado em 24/11/2014 - 01:33:28

    Nossa que tensao por este encontro

  • isazago Postado em 23/11/2014 - 12:13:07

    Q enrolaçao caraaay!!! Esse reencontro nunca chega to acabando com as minhas unhas de ansiedade isso é tortura ta! Vo te denuncia U.U!!brinks posta maaais!!!

  • foxxy96 Postado em 22/11/2014 - 00:22:01

    Haha, que bom estão gostando. Continuem acompanhando, queridas.


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