Fanfic: C'est' finale (AyD) | Tema: Portiñon, AyD, Dulce & Anahi
DULCE
Eu sabia que era ela. Por mais que eu quisesse acreditar em devaneio, era Anahi que havia me possuído, quando eu mal conseguia recobrar meus sentidos. Mal ou não, aquela atitude reacendeu todo o desejo escondido em minha pele. Reviveu todo o amor que eu havia evitado encontrar até o dia em que, ela me encontrou. Jogada na estrada, prestes a se matar. Jogada na estrada, prestes a marcar minha vida para sempre.
- Bom dia, meu amor. - Ucker entrou no quarto com uma bandeja nas mãos e um sorriso enorme estampado nos lábios. - Tentei alguma coisa na cozinha, espero que aprove.
Me inclinei sobre o pulso e sentei na cama. O sol estava a pino pela janela, devia ter acordado tarde.
- Nossa, obrigada cavalheiro. - Recebi a bandeja retribuindo o sorriso com esforço. - A que devo o tratamento?
Ele franziu o cenho e sentou ao meu lado, com um ar divertido no rosto.
- À sua beleza, madame. - Piscou, se redimindo em seguida. - Na verdade, não gostei do clima chato ontem.
- Não foi sua culpa, eu que não devia ter te abandonado na boate.
- É, mas você não tava legal, aliás... - Hesitou, parecendo tomar cuidado com as palavras. - Você sabe quem era a mulher que... passou a noite?
Mordi os lábios, apreensiva. O simples fato de citá-la, já mexia comigo.
- Não. - Menti. - Não lembro...
- Nossa. - Sorriu, passando a mão nos meus cabelos. - Pelo menos não era aquela garota, não é mesmo?
- Você confia em mim?
- ... Sim. - Respondeu, surpreso com minha pergunta. - Porque a pergunta?
- Me leva de volta àquela boate, agora. - Levantei, seus olhos me seguiam.
- Mas Dulce... pra que você...
- Por favor, Christopher, sem perguntas! - Abri o armário improvisado, com algumas roupas que eu havia deixado, desde que começara a dormir em sua casa. - Me troco em alguns minutos.
Ele assentiu confuso e se dirigiu a sala. Eu não sabia exatamente o que estava fazendo, mas sabia o que queria. Queria ela, e iria buscá-la onde quer que fosse.
- Será que você pode descer logo do carro? Estou ficando nervoso com tanto mistério. - Ucker sugeriu, depois de alguns segundos de silêncio.
Engraçado como aquele lugar me causava medo. Medo de estar enganada. Medo de uma outra verdade que, por mais segura que estivesse, ainda poderia existir. Eu sabia que era um risco, mas eu iria arriscar. Seja qual fosse o preço a pagar por isso.
- Fica no carro. - Ordenei, ignorando sua careta. - Volto Logo.
Abri a porta e desci, abafando o som da sua voz ao fechar a porta do carro. Andei em direção à boate, tentando controlar meu nervosismo, definitivamente, aquilo precisava dar certo. Logo na recepção, uma mulher de cabelos grisalhos, estatura média e um porte superior ao de servente, veio na minha direção.
Depois de algumas explicações, ela me dirigiu a um espécie de ante sala onde, certamente, estavam as pessoas de serviços inferiores. Não demorou muito pra encontrar a faxineira de outrora. Ela que pareceu demorar a me perceber.
- Hum... a garota desnorteada. - Sorriu, quando finalmente me reconheceu. - O que faz aqui?
- Eu preciso de uma informação. - Hesitei, tentando parecer segura. - Que só você pode me dar.
A mulher me observou por debaixo das suas sobrancelhas grossas e girou o corpo em direção as outras serventes, que naquela altura, já haviam parado para escutar nossa conversa. Com apenas um aceno, ela fez com que as mulheres se dispersassem de volta a seu serviço.
- Muito bem, mocinha. - Voltou a me olhar, com um ar curioso no rosto. - Do que precisa?
- Bom... - Mordi e soltei os lábios, apreensiva. - Exatamente falando, do nome da garota com quem passei a noite.
Ela riu, parecendo debochar da minha cara.
- Desculpe, mas se você não lembra, não tenho como fazer isso por você.
- Senhora... - Segurei seu braço, a encarando. - Você não pode entender a gravidade da situação. Sei que me daria razão...
- São ordens da casa moça. – Afastou-se, se livrando da minha mão. - Não se deve dar dados pessoais dos clientes.
- Nem pra um outro cliente? - Arqueei uma sobrancelha, reagindo a sua risada. - Espero que esse lugar tenha gerente.
Especulei uma saída enquanto ela me observava. Logo suas mãos me pararam, veementes. Não era muito agradável a sensação de autoridade, confesso que quase me senti culpada por estar triunfante.
- É uma cliente antiga. Sei que não vai causar problemas... – Explicou-se, parecendo mais uma remissão.- Ela se chama Anahi, Anahi Portilla...
Seu nome soou feito um baque em meu peito. Um sorriso iluminou meu rosto, era impossível evitar aquela sensação. Quase agarrei a mulher, de tão agradecida. Mas eu precisava me controlar, ainda faltava algo.
- O endereço... - Pedi, vendo seu rosto ganhar um ar de assombro. -Por favor. Só isso...
Ela pareceu relutar por alguns instantes, porém, logo estava sussurrando algo como uma mansão na rua principal de Lexgton. Agradeci e dei as costas, antes de ouvir suas últimas palavras.
- Espero que faça bom proveito.
Ela sabia que eu faria. O brilho dos meus olhos denunciava.
- Dul, desde quando conhece donas de mansões?
Assim como eu, Christopher estava abismado com o tamanho da casa a nossa frente. Não foi difícil achar o endereço, muito menos, entender o por que, Anahi nunca mais havia voltado. Era, simplesmente, impossível trocar uma vida como aquela, pela rotina natureba de um sítio.
Foi preciso força para descer daquele carro e atravessar o imenso jardim. Força para não pensar na hipótese de ser esnobada, como alguém que nunca fez diferença nenhuma. Mas eu consegui, ignorei todos os chamados de Ucker e segui em frente. Toquei a campainha e após alguns segundos, fui atendida por um homem de terno, provavelmente o mordomo.
- Queria falar com a Anahi.
- A Sr. Anahi Viajou ainda há pouco. Ela não se encontra no momento.
Foi como se o chão se abrisse sobre meus pés. Apoie-me sobre o corrimão e me segurei para não desmoronar ali, na frente da sua casa.
- Senhorita, você está bem?
- Ah... sim... eu-eu... já vou...
Virei-me, com os passos trôpegos em direção ao carro. Christopher me olhava aflito e, quase saia ao meu alcance, quando uma voz surgiu em minhas costas, junto com o som da porta abrindo e fechando.
- Dulce Maria? – Virei-me, um loiro alto me analisava, parecendo estarrecido. - Nossa, é você mesmo.
- Hã, como... você sabe meu nome?
- Escuto ele todos os dias. – Sorriu. - Olha, acho que é um pouco tarde pra você pedir desculpas.
- Desculpas?
- Não é por isso que está aqui? Minha amiga já sofreu demais à sua espera, deixa ela tentar ser feliz agora.
- Do que você está falando? - Perguntei, confusa. - "Eu" sofri demais esperando por ela. Foi eu. Não ela.
Ele estreitou os olhos, confuso e passou a mão em seus cabelos, parecendo nervoso.
- Não mesmo! Foi você que trocou ela por um cara. Foi seu irmão mesmo que... - Hesitou, parecendo sacar alguma coisa. - Nossa, que idiota.
- O que meu irmão tem haver com isso?
- Tudo, espera. - Gesticulou com a mão, enquanto entrava na casa. Voltou em segundos me entregando uma espécie de papel. – Olha, tudo foi um terrível engano. Anahi está nesse endereço. Se você agir rápido... vai pegá-la a tempo.
Passei os olhos por cima do papel e em seguida por seu rosto. O que ele estava me dizendo... não era possível.
- Ah garota, vai. Você não tem muito tempo.
Não agradeci, nem sequer com um aceno. Dirigi-me correndo até o carro, variando entre um sorriso frenético e uma pitada de dúvida. Não expliquei nada à Christopher, fiz ele dirigir, ignorando todas as suas perguntas. Mas infelizmente, o silêncio foi o alvo da sua descoberta.
- Você mentiu pra mim. - Parou o carro, irritado. - Está indo atrás daquela mulher!
- Christopher! Não posso perder tempo. Dirige.
- Não vai a canto nenhum, Dulce Maria. - Ligou o motor e mudou de direção. - A não ser pra casa.
Tentei revidar, mas desisti. Sabia exatamente como agir naquela situação. Esperei alguns minutos em silêncio, como se estivesse aceito sua falsa autoridade. Christopher era bobo demais para entender e, naquela altura, eu era capaz de fazer tudo pra recuperá-la.
- Ucker o motor. - Exclamei. Segura demais pra que ele desconfiasse.
- Você não vai conseguir Dulce. Desista.
- Não quero vê-la, será que você não está escutando isso? - Apontei para fora do carro, ele parou imediatamente.
- Isso o que?
- Desculpa, mas eu não vou perdê-la.
Com um movimento, o empurrei do carro, certa de que ele não se machucaria. Tomei o volante enquanto ele protestava e, já estava longe quando ele tentou correr atrás, perplexo talvez, com minha atitude.
- Me espera Anahi. Me espera, meu amor.
Autor(a): foxxy96
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 46
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maralopes Postado em 08/01/2015 - 01:27:36
Own Meu DEUS que lindas elas ficam juntas...Quase infartei achando que a Any iria ficar sozinha sem a Dul depois de tudo que ela passou...Isso naum seria justo...Bjaum Foxxy96
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isazago Postado em 05/01/2015 - 22:40:43
N acabou n né?? Aiiiin q fofaaas super cute , tadinha da anny ela sofreu muito agora merece ser feliz!! Bjus continua!!
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maralopes Postado em 03/01/2015 - 00:55:43
será que any vai chegar a tempo de reconquistar o coração de dul ? espero que sim a any quase matou um lindo amor pra que dul ficasse viva.agora esta na hora dela tentar salvar esse amor bjaum
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foxxy96 Postado em 19/12/2014 - 22:31:33
Que Bom. *-*
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angelr Postado em 17/12/2014 - 01:58:12
Ja ansiosa para os proximos capitulos
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claricenevanna Postado em 05/12/2014 - 01:16:18
Isso tá me cheirando a confusão... Tô apreensiva com esse reencontro.
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maralopes Postado em 25/11/2014 - 15:56:16
Nossa Estou Com Frio Na Barriga...Espero Que agora A Any esteja Preparada Para A Batalha Mais dificil da sua vida...que é reconquistar Dul Bjaum
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angelr Postado em 24/11/2014 - 01:33:28
Nossa que tensao por este encontro
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isazago Postado em 23/11/2014 - 12:13:07
Q enrolaçao caraaay!!! Esse reencontro nunca chega to acabando com as minhas unhas de ansiedade isso é tortura ta! Vo te denuncia U.U!!brinks posta maaais!!!
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foxxy96 Postado em 22/11/2014 - 00:22:01
Haha, que bom estão gostando. Continuem acompanhando, queridas.