Fanfic: C'est' finale (AyD) | Tema: Portiñon, AyD, Dulce & Anahi
Abri a porta com força, causando um baque que ecoou pela casa. Lana estava lá, sentada no sofá da sala com o maldito jornal nas mãos, calma, perfeitamente tranquila. Como se esperasse pela minha chegada.
Aproximei-me a passos lentos, controlando a vontade possesiva de matá-la. Eu precisava ouvir a verdade, mesmo que ela fosse negra.
- Não bata com tanta violência na porta, querida, vai machucar suas mãos. - Levantou os olhos, sorrindo.
- Não vai perguntar porque ainda estou aqui?! - Perguntei friamente, cerrando os punhos com uma força incomum. - Não está nenhum pouco curiosa?!
- Não. - Largou o jornal, retirando sugestivamente os óculos. - Mas se você quiser me contar, posso te ouvir.
Fechei os olhos, sentindo meus nervos inflarem. Pela primeira vez senti que seria capaz de matar alguém. Como se mata uma formiga. Com um golpe e sem culpa. A imagem de Dulce numa cama ainda assombrava meus pensamentos e, apesar de funcionar como combustível para a raiva, era pacificador. Eu precisava estar bem para ela, precisava estar limpa.
- Você sabotou o carro dela, de alguma maneira. – Rosnei, me apoiando na parede. Minhas pernas tremiam, tombando de cansaço. - Sua desgraçada, você tentou matar ela...
Lana suspirou e levantou, seguindo até sua prateleira de uísques. Sua frieza seria impressionante, se não fosse tão cruel.
- Anahi... - Sorriu, se servindo de uma dose. - Eu te avisei, não pode me culpar por isso.
Foi o bastante. Meu corpo voltou a desobedecer meus comando e, mais rápido do que eu previa. Seu copo de uísque estava voando, se estatelando no chão junto a garrafa cara do mesmo.
- Você não vai beber na minha casa, não vai mais fazer droga nenhuma por aqui. Eu vou te por na cadeia. Vou fazer você apodrecer atrás de uma grade, sua assassina.
- Claro, como a senhorita quiser. - Riu, se afastando com uma segurança nata do seu desequilíbrio. - Você não tem moral pra fazer ameaças, ser filha do chefe não resolve mais os seus problemas.
Me apoiei no sofá de olhos fechados, suas palavras perturbavam minha mente e, meu corpo começava a clamar por descanso. Eu havia corrido um percurso inteiro, seria difícil chegar se não fosse a raiva me guiando.
- Está cansada, sugiro que descanse e deixe isso para outra hora.
- Cala essa boca.. - Murmurei, sentando com as mãos na cabeça. - Eu quero que você suma daqui, o mais rápido possível...
- Ora, ora, não me faça rir, garota. Você não é dona de nada por aqui, nem do seu próprio narizinho. Não pode dar ordens.
- Eu vou ligar pro meu pai... contar quem você é...
- Ótimo, depois que bancar a adolescente rebelde poderia lembrar dos motivos de estarem distantes desde... ah, desde que sua mãe morreu.
Ergui a cabeça, encarando seus olhos. Ela me olhava, séria. Disposta a me afundar nos meus próprios traumas.
- Lógico. Você me desviou dele por todos esses anos... tinha um objetivo. Um plano...
- Não tenho culpa de você parecer tanto com a mulher que ele amou, isso ajudou, é claro. Mas nada muito fundamental...
- Que se dane se ele nunca me olhou. - Gritei, espantando meus fantasmas. - Eu tenho direito a tudo isso e você não passa de uma secretariazinha ordinária, saia da minha casa. Suma da minha vida. A próxima vez que nos veremos será no tribunal.
- Será que você não entendeu, sua idiota?! - Se aproximou, segurando meu rosto com brutalidade. - Eu posso matar aquela caipira num piscar de olhos, posso acabar com a vida dela. Eu tenho poder e grana para nunca ser descoberta, você está nas minhas mãos, você deixou que isso acontecesse. A culpa é sua.
- Não... não... eu não quis isso, foi você... foi você.
- Eu só evitei que você afundasse o nome que eu sempre preservei, essa tarefa será minha. Está entendendo?!
- Sua desgraçada. Você não pode fazer nada... não pode.
Lana riu e se afastou, arrastando o manto da frieza. Passei os dedos no rosto sentindo a pressão dos seus no mesmo, as lágrimas escorriam desvairadas. A raiva agora dava lugar ao medo, ao temor que ela sempre exerceu sobre mim.
Queria poder gritar alguma coisa com sentido, enfrentar tudo que viesse depois... por Dulce. Por ela. Mas dessa vez o remédio que me impedia era outro. Um que já havia sido posto a muito tempo em minhas veias.
- Eu vou ser clara. - Virou, me encarando. - Você pode permitir que sua amada viva em paz, metida no mato de onde veio. Ou, que a vida dela se torne um inferno, literalmente.
- Não faça nada com ela, não faça nada. Deixa ela em paz...
- Ótimo, então suma do país e afaste a ideia idiota de assumir os negócios da sua cabeça. Assim todos nós seremos felizes.
- Eu vou procurar a polícia. – Levantei, mas suas mãos foram mais rápidas, me jogando de volta no sofá. - Desgraçada, eu vou te entregar...
- Você não está entendendo?! Por sua causa Dulce está morrendo. Por sua culpa ela tá naquele hospital e ainda assim você quer continuar brincando?! Tente alguma coisa contra mim e ela morre, não duvide disso.
Pus as mãos na cabeça, sentindo meu cérebro ferver. Eu era a culpada daquilo. Eu pus a vida dela em perigo. Eu entreguei seu destino nas mãos de uma psicopata...ela iria matá-la. Ela não podia morrer.
- Eu não faço nada... - Sussurrei, abraçando meu corpo, juntando os pedaços dele. - Mas deixe ela em paz... deixe a minha Dulce em paz..
- Está certo. - Sorriu, se afastando. - Irei providenciar sua passagem de ida.
- Lana... - Ela voltou, me olhando. - Me dê alguns meses, quero... esperar pela recuperação.
- Recuperação. - Repetiu, com um sorriso brincando no rosto. - Claro, precisa saber se ela vai sobreviver. Mas nem pense em voltar atrás, nem comentar com ninguém.
- Eu... não vou falar nada. Prometo.
- Ótimo. Procure descansar agora... está caindo nas próprias pernas.
Assenti, deixando que meu corpo caísse lentamente no sofá. Não havia escolhas, nem a quem recorrer. Eu tinha um pai que me evitava e uma fortuna que não me pertencia. Em troca teria a minha vida de volta. Minha vida de cabelos ruivos e andar marrento. Mesmo que longe... ela estaria bem. E não havia dinheiro nenhum que valesse tanto.
Fechei os olhos, adormecendo. Era um trapo ambulante... um fiapo de vida se apagando. Para sempre.
E então o que estão achando dessa situação? Algum palpite do que pode acontecer?
*E foi mal por não ter postado ontem, mas minha net não ajudou nenhum pouco, tava péssima ;/
Autor(a): foxxy96
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 46
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maralopes Postado em 08/01/2015 - 01:27:36
Own Meu DEUS que lindas elas ficam juntas...Quase infartei achando que a Any iria ficar sozinha sem a Dul depois de tudo que ela passou...Isso naum seria justo...Bjaum Foxxy96
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isazago Postado em 05/01/2015 - 22:40:43
N acabou n né?? Aiiiin q fofaaas super cute , tadinha da anny ela sofreu muito agora merece ser feliz!! Bjus continua!!
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maralopes Postado em 03/01/2015 - 00:55:43
será que any vai chegar a tempo de reconquistar o coração de dul ? espero que sim a any quase matou um lindo amor pra que dul ficasse viva.agora esta na hora dela tentar salvar esse amor bjaum
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foxxy96 Postado em 19/12/2014 - 22:31:33
Que Bom. *-*
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angelr Postado em 17/12/2014 - 01:58:12
Ja ansiosa para os proximos capitulos
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claricenevanna Postado em 05/12/2014 - 01:16:18
Isso tá me cheirando a confusão... Tô apreensiva com esse reencontro.
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maralopes Postado em 25/11/2014 - 15:56:16
Nossa Estou Com Frio Na Barriga...Espero Que agora A Any esteja Preparada Para A Batalha Mais dificil da sua vida...que é reconquistar Dul Bjaum
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angelr Postado em 24/11/2014 - 01:33:28
Nossa que tensao por este encontro
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isazago Postado em 23/11/2014 - 12:13:07
Q enrolaçao caraaay!!! Esse reencontro nunca chega to acabando com as minhas unhas de ansiedade isso é tortura ta! Vo te denuncia U.U!!brinks posta maaais!!!
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foxxy96 Postado em 22/11/2014 - 00:22:01
Haha, que bom estão gostando. Continuem acompanhando, queridas.