Fanfic: C'est' finale (AyD) | Tema: Portiñon, AyD, Dulce & Anahi

DULCE

- Você ainda não me parece feliz. - Christopher observou, entrando no quarto.

- Julia sempre bagunça quando está aqui, é o mal da idade.

- Não muda de assunto. – Falou sentando ao meu lado na cama. - Eu te conheço, você nunca ficou assim com sua sobrinha por perto.

- Só não estou com o mesmo ânimo que vocês. Não me crucifique por isso.

Ele suspirou, passando as mãos no rosto. Num gesto de cansaço.

- Vai dormir, eu cuido de tudo. - Tentei levantar, mas fui impedida por suas mãos.

- Não, nós vamos conversar.

- Christopher...

- Dulce, você está estranha. Desde que chegou de viagem. Não é mais a mesma.

Ergui os olhos, fitando a claridade no cômodo. Na verdade, eu já não era mais a mesma há tempos.

- Eu só vi você assim quando...

- Cale a boca, por favor. - Reclamei, cerrando os punhos com a dor das lembranças. - Por favor, Christopher.

- Me desculpe, não tive a intenção. – Comentou arrependido. - O que você tem...?

Suspirei, encolhendo os ombros. Eu ainda não sabia, mas não havia respostas.

- Sabe... quando você tem um pressentimento? - Mordi os lábios, apreensiva. - Eu não sei... estou sentindo um.

- Se é sobre os negócios, acho melhor você...

- Ucker, não é isso. Entende? É mais forte...

Ucker franziu o cenho, confuso, me observando levantar, sem impedir dessa vez.

- Eu preciso conversar com alguém que entenda. Talvez só esteja presa por tempo demais.

- Seu marido nunca serve, não é mesmo?

- Sem sentimentalismos, por favor. - Selei nossos lábios, me afastando. - Não me espere, não tenho hora pra chegar.

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Estacionei o carro, observando o pequeno fluxo de funcionários sair do estabelecimento. Suspirei, antes de entrar no mesmo, em seguida, encontrando um homem debruçado sobre o balcão, mexendo em algumas pilhas de papéis.

- Sozinho no bar, senhor Christian?

Ele ergueu os olhos, assustado. Deixando que os papéis voassem, desvairados, sobre o chão. Ri, me aproximando.

- Achei que soubesse que eu havia voltado. Não foi muito digno da sua parte não ter me visitado ainda.

- Dul... Dul...Dulce.

- Hei, sou eu. - Toquei seus ombros, analisando assustada seu rosto empalidecer. - Você tá bem?

- Meu Deus...

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- Então, acha que é bobeira minha?

Christian assentiu, girando os olhos para o vazio das ruas. Seu rosto ainda estava pálido, as mãos gélidas. Mesmo depois dos minutos em que o assustei com minha chegada.

- Chris... você ainda não está bem, vamos, me conte o que está acontecendo.

- Não precisa se preocupar. - Sorriu, sem graça. - São só problemas da boate.

- Por isso você quis conversar aqui? - Perguntei, analisando o pequeno bar em que estávamos.

- Sim... precisava me desligar um pouco. - Mordeu os lábios, apreensivo. - Mas então... quando volta a viajar?

- É impressão minha ou quer se livrar de mim logo? – Brinquei sorrindo. - Não tenho data ainda, mas agora que fechamos um negócio por aqui.

Ele franziu o cenho, sem parecer se importar com a notícia. Seus olhos oscilavam pelos meus, nervosos.

- Devia viajar, vai ver é isso que está te deixando assim. Não sei... outras cidades, seus negócios... Entende?

- Não. - Exclamei, o encarando. - Aliás, não entendo nada desde que cheguei na boate.

- Me desculpe. - Sussurrou, fechando os olhos antes de fitar os meus. - Dulce... você acredita que duas pessoas possam estar ligadas?

Hesitei, analisando seu semblante embranquecer rapidamente.

- Ligadas... Christian, você está pálido.

- Droga, eu preciso ir. – Levantou assustado.

- Como assim? Christian, espera!

Ele murmurou alguma coisa e foi embora, quase correndo, sem dar ouvidos ao meu chamado.

- Que ótimo...