Fanfics Brasil - 1 Paixão sem limites/Tentação sem limites(Adaptada) Mayte & Christian

Fanfic: Paixão sem limites/Tentação sem limites(Adaptada) Mayte & Christian | Tema: MyC Hot e Romance


Capítulo: 1

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O que eu costumava ver estacionado em frente a uma casa onde estivesse ocorrendo uma festa eram caminhonetes com lama nos pneus, não automóveis caros e importados. Pelo menos vinte deles ocupavam o comprido acesso de carros daquela casa. Parei a picape Ford de quinze anos da minha mãe em cima da grama para não atrapalhar a saída de ninguém. Meu pai não tinha me dito que daria uma festa esta noite. Na verdade, não tinha me dito quase nada.


Ele tampouco havia aparecido para o funeral da minha mãe. Se eu não precisasse de um lugar para morar, não estaria ali. Tive que vender a casinha que a minha avó nos deixara para pagar as últimas despesas médicas da minha mãe. Tudo que me restava eram as minhas roupas e a picape. Ligar para o meu pai depois de ele não aparecer nem uma vez sequer durante os três anos da batalha da minha mãe contra o câncer foi complicado.


Complicado, mas necessário: ele era o único parente que me restava.


Olhei para a imensa casa de três andares situada bem em cima da areia branca da praia de Rosemary, na Flórida. Aquela era a nova casa do meu pai. Sua nova família. Eu não iria me encaixar ali.


De repente, alguém abriu com um tranco a porta da minha picape. Por instinto, levei a mão até debaixo do assento e peguei a minha nove milímetros. Levantei-a e apontei em cheio para o intruso, segurando-a com as duas mãos e pronta para puxar o gatilho.


– Caraca... eu ia dizer que você estava perdida, mas agora digo o que você quiser. Só guarda esse troço, por favor.


Do outro lado da minha pistola estava um sujeito de cabelos castanhos desgrenhados presos atrás das orelhas, com as duas mãos para cima e os olhos arregalados.


Levantei uma das sobrancelhas e mantive a pistola firme. Ainda não sabia quem era aquele cara.


Puxar a porta da picape de alguém com um tranco não era um jeito normal de cumprimentar um desconhecido.


– Não, acho que não estou perdida. Aqui não é a casa de Abraham Perroni?


O sujeito engoliu em seco, nervoso.


– Hã... com esse troço apontado para a minha cara eu não consigo pensar direito. Você está me deixando bem nervoso, meu bem. Poderia baixar a pistola antes que aconteça um acidente?


Acidente? Sério? O cara estava começando a me irritar.


– Eu não conheço você. Está escuro aí fora e eu estou sozinha em um lugar desconhecido. Então me desculpe se eu não me sentir muito segura neste momento. Pode confiar em mim: não vai acontecer acidente nenhum.


Eu sei manejar uma pistola muito bem.


O cara não pareceu acreditar em mim e, agora que eu estava olhando melhor, não me parecia realmente ameaçador. Mesmo assim, eu ainda não estava pronta para baixar a arma.


– Abraham? – repetiu ele devagar. Começou a balançar a cabeça, então parou. – Peraí, o padrasto novo do Christian se chama Abe. Eu o conheci antes dele e Georgianna viajarem para Paris.


Paris? Christian? Como assim? Esperei mais explicações, mas o cara continuou a encarar a pistola,
prendendo a respiração. Com os olhos fixos nele, baixei a arma e me certifiquei de acionar a trava de segurança antes de guardá-la debaixo do banco do motorista. Talvez sem a pistola ele conseguisse se concentrar e me explicar.


– Você tem porte de arma para esse troço? – perguntou ele, sem acreditar.


Eu não estava com disposição para conversar sobre o meu direito de portar armas. Precisava de respostas.


– Abraham está em Paris? – perguntei, querendo uma confirmação.


Ele sabia que eu chegaria hoje. Tínhamos nos falado na semana anterior, depois que vendi a casa.


O sujeito fez que sim devagar e relaxou a postura.


– Você o conhece – perguntou?


Na verdade, não. Desde que ele tinha abandonado a minha mãe e eu havia cinco anos, eu só o vira umas duas vezes. Eu me lembrava do pai que assistia às minhas partidas de futebol e fazia hambúrgueres na churrasqueira do quintal para as festas dos vizinhos do bairro. O pai que eu tivera até o dia em que a minha irmã gêmea, Valerie, morreu em um acidente de carro... quando ele estava dirigindo. Nesse dia, ele mudou e se tornou o homem que não me ligava para saber se eu estava bem enquanto cuidava da minha mãe doente.


Esse homem eu não conhecia. Nem um pouco.


– Sou a filha dele. Mayte.


O cara arregalou os olhos, jogou a cabeça para trás e riu. Qual era a graça? Estava esperando que explicasse quando ele estendeu a mão.


– Venha cá, Mayte. Quero apresentar você a uma pessoa. Ele vai amar saber disso.


Encarei a mão dele e estendi o braço para pegar a minha bolsa.


– Tem outra arma aí nessa bolsa? Devo avisar a todo mundo para não te irritar?


O tom provocador da voz dele me impediu de dizer alguma grosseria.


– Você abriu a minha porta sem bater. Fiquei com medo.


– E a sua reação instantânea quando sente medo é apontar uma arma? Caramba, menina, de onde você é? A maioria das garotas que eu conheço daria um gritinho ou alguma coisa assim.


A maioria das meninas que ele conhecia não fora forçada a se proteger nos últimos três anos.


Precisei cuidar da minha mãe, mas não tinha ninguém para cuidar de mim.


– Eu sou do Alabama – respondi, ignorando a mão dele e saltando sozinha da picape.


A brisa do mar bateu no meu rosto e o cheiro salgado da praia era inconfundível. Eu nunca tinha visto uma praia. Pelo menos não ao vivo. Apenas em fotos e filmes, mas o cheiro era exatamente o que eu imaginava que seria.


– Quer dizer então que é verdade o que dizem sobre as meninas de Bama – retrucou ele e isso me chamou a atenção.


– Como assim?


Ele desceu os olhos pelo meu corpo e tornou a subir até o meu rosto. Abriu um sorriso.


– Jeans justo, camiseta sem manga e uma pistola. Caramba, acho que errei de estado.


Revirei os olhos e abri a traseira da picape. Tinha uma mala e várias caixas que precisava levar para a Legião da Boa Vontade.


– Deixe eu te ajudar.


Ele deu a volta e estendeu as mãos para dentro da caçamba da picape para pegar a mala que a minha mãe mantivera guardada no armário para a “viagem de carro” que nunca chegamos a fazer.


Ela vivia dizendo que um dia iríamos atravessar o país e subir a costa oeste. Isso foi antes de ela ficar
doente.


Espantei essas lembranças e me concentrei no presente.


– Obrigada, hã... acho que não sei o seu nome.


O cara puxou a mala e se virou de volta para mim.


– Como assim? Esqueceu de perguntar quando estava com a arma apontada para a minha cara?


Dei um suspiro. Bem, talvez eu tenha exagerado um pouco com a pistola, mas ele me assustara.


– Meu nome é Grant. Eu sou... hã... amigo do Christian.


– Christian? – O mesmo nome outra vez. – Quem é Christian?


O sorriso de Grant tornou a se abrir.


– Você não sabe quem é Christian? – Ele estava achando muita graça. – Porra, que bom que eu vim aqui hoje.


– Ele virou a cabeça em direção à casa. – Vamos. Vou apresentar você.


Fui andando ao seu lado enquanto ele me conduzia até a casa. Quando nos aproximamos, a música lá dentro ficou mais alta. Se o meu pai não estava lá, quem estaria? Georgianna era a mulher dele, mas isso era tudo o que eu sabia. Será que aquela festa era dos filhos dela? Quantos anos eles tinham? Georgianna tinha filhos, não tinha? Eu não me lembrava. Meu pai fora muito vago ao falar dela. Dissera que eu iria gostar da minha nova família, mas não mencionou quem era essa família exatamente.


– Esse Christian mora aqui? – perguntei.


– Mora. Bem, pelo menos no verão. Ele se muda para as suas outras casas conforme a estação.


– Outras casas?


Grant deu uma risada.


– Você não sabe nada sobre a família para a qual o seu pai entrou, né, Mayte?


Mal sabia ele. Fiz que não com a cabeça.


– Então, rápida miniaula antes de entrarmos na loucura – disse ele, parando no alto da escada que conduzia à porta da frente e olhando para mim. – Christian Chavez é o seu irmão postiço. É filho único do famoso baterista do Slacker Demon, Dean Chavez. Os pais dele nunca se casaram. A mãe, Georgianna, era groupie quando jovem. Essa casa é dele. A mãe mora aqui porque ele deixa. – Ele parou e olhou para a porta bem na hora em que ela se abriu. – E toda essa gente aqui é amiga dele.


Uma loura arruivada alta e longilínea me encarava da porta, usando um vestido curto azul-royal e um par de sapatos de salto que me fariam quebrar o pescoço se eu tentasse calçá-los. Percebi o desagrado na sua expressão mal-humorada. Eu não sabia muita coisa sobre aquele tipo de gente, mas sabia que as minhas roupas de loja de departamento não eram algo que ela aprovasse. Ou isso, ou tinha uma barata andando em cima de mim.


– Oi, Nannette – falou Grant.


– Quem é ela? – perguntou a garota, olhando para ele.


– Uma amiga. Não faça essa cara de quem chupou limão, Nan; não fica bem em você – respondeu ele, estendendo a mão para segurar a minha e me puxar para dentro da casa.


A sala não estava tão cheia quanto eu imaginara. Quando passamos pelo grande saguão aberto, um arco ia dar no que imaginei ser uma sala de estar. Mesmo assim, era bem maior do que a minha casa inteira, ou melhor, minha ex-casa. Duas portas de vidro se abriam para uma vista do mar de tirar o fôlego. Eu queria ver aquilo de perto.


– Por aqui – informou Grant.


Falava comigo enquanto se encaminhava até um... bar? Sério mesmo? Tinha um bar dentro de casa?


Olhei de relance para as pessoas ao nosso redor. Todas paravam um instante para me dar uma rápida conferida de cima a baixo. Eu estava me destacando à beça.


– Christian, esta é a Mayte, acho que talvez ela seja sua. Encontrei-a lá fora com um ar meio perdido – disse Grant.


Desviei os olhos daquela gente curiosa para ver quem era aquele tal de Christian.


Ai. Ai, ai, ai.


– É mesmo? – respondeu Christian com uma voz preguiçosa, arrastada. Com uma cerveja na mão, ele se inclinou para a frente no sofá branco. – Ela até que é gata, mas é muito novinha. Não dá para dizer que é minha.


– Ah, ela é sua, sim. Considerando que o papai dela fugiu para passar as próximas semanas em Paris com a sua mamãe... Eu diria que agora ela é sua, sim. Eu bem que ofereceria a ela um quarto na minha casa se você preferisse. Quer dizer, se ela prometer deixar a arma na picape.


Christian estreitou os olhos e me estudou com atenção. Os olhos dele tinham uma cor esquisita.


Surpreendente e incomum. Não eram castanhos nem cor de avelã. Eram de uma cor quente, com um pouco de prateado. Eu nunca tinha visto nada como aquilo. Seriam lentes de contato?


– Nem por isso ela é minha – respondeu ele por fim, recostando-se no sofá.


Grant pigarreou.


– Está de brincadeira, não está?


Christian não respondeu. Em vez disso, tomou um grande gole da garrafa longneck que tinha nas mãos.


Seus olhos agora estavam cravados em Grant e pude ver o alerta na sua expressão. Ele iria me pedir para ir embora a qualquer momento. Aquilo não era nada bom. Eu tinha apenas 20 dólares na bolsa e estava quase sem gasolina. Já tinha vendido tudo de valor que possuía. Ao ligar para o meu pai, explicara que só precisava de um lugar para ficar até arrumar um emprego e ganhar dinheiro suficiente para encontrar onde morar. Ele concordara na hora e me dera o seu endereço, dizendo que adoraria que eu ficasse na sua casa.


Christian prestava atenção em mim outra vez. Estava esperando que eu fizesse alguma coisa. O que queria que eu dissesse? Um leve sorriso de ironia moveu os seus lábios e ele piscou para mim.


– Estou com a casa cheia de convidados hoje. E a minha cama já está lotada. – Ele desviou os olhos para Grant. – Acho que é melhor ela procurar um hotel até eu conseguir falar com o papai dela.


A repulsa na sua língua ao pronunciar a palavra “papai” não passara despercebida. Ele não gostava do meu pai. Na realidade, eu não podia culpá-lo. Afinal, aquilo não era problema dele. Quem me mandara até ali fora o meu pai. Eu tinha gastado quase todo o meu dinheiro em gasolina e comida durante o trajeto. Por que fui confiar naquele homem?


Estendi a mão e peguei a alça da mala que Grant ainda segurava.


– Ele tem razão. É melhor eu ir embora. Foi uma péssima ideia – falei, sem olhar para Grant.


Puxei a mala com força e ele a soltou com alguma relutância. Conforme caía a ficha de que eu estava prestes a ficar sem casa, senti lágrimas arderem nos meus olhos. Não consegui olhar para nenhum dos dois.


Mantendo os olhos baixos, virei-me e me dirigi para a porta. Ouvi Grant batendo boca com Christian, mas me forcei a não escutar. Não queria ouvir o que aquele cara lindo estava dizendo sobre mim.


Ele não gostava de mim. Isso tinha ficado claro. Meu pai não parecia ser um membro bem-vindo da família.


– Já vai, tão cedo? – perguntou-me uma voz meio pegajosa.


Ergui os olhos e deparei com o sorriso satisfeito da menina que abrira a porta. Ela tampouco me queria ali.


Será que eu era tão repulsiva assim para aquelas pessoas? Tornei a olhar para o chão e abri a porta. Era orgulhosa demais para deixar aquela vaca mesquinha me ver chorar.


Quando estava segura do lado de fora, deixei escapar um soluço e andei até a minha picape. Se não estivesse carregando a mala, teria corrido. Precisava da segurança da picape. Meu lugar não era ali, naquela casa ridícula com aquela gente metida. Estava com saudades de casa. Da minha mãe. Outro soluço escapuliu.


Fechei a porta da picape e a tranquei.


Enxuguei os meus olhos e me forcei a respirar fundo. Não podia desmoronar agora. Não tinha desmoronado ao segurar a mão da minha mãe enquanto ela dava o último suspiro ou quando o seu caixão fora baixado para dentro da terra fria. Também não desmoronara ao vender o único lugar que tinha para morar. Não iria desmoronar agora. Iria sair dessa.


Não tinha dinheiro suficiente para um quarto de hotel, mas tinha a minha picape. Poderia morar nela. Meu único problema seria arrumar um lugar seguro para estacionar durante a noite. Aquela cidade parecia segura, mas eu tinha quase certeza de que aquela picape velha estacionada em qualquer lugar durante a noite chamaria a atenção. A polícia viria bater na minha janela antes mesmo de eu conseguir pegar no sono. Eu teria que gastar meus últimos 20 dólares em gasolina.


Concluí que teria que ir até uma cidade maior, onde a minha picape passasse despercebida em um
estacionamento.


Talvez eu pudesse estacionar atrás de um restaurante e arrumar um emprego por lá. Não precisaria de gasolina para ir e voltar do trabalho. Minha barriga roncou, lembrando-me de que não comia desde a manhã.


Precisaria gastar alguns dólares em comida. E rezar para arrumar um emprego quando amanhecesse.


Eu ficaria bem. Virei a cabeça para olhar atrás da picape antes de engatar a marcha a ré. Olhos prateados me encaravam.


Dei um gritinho antes de perceber que era Christian. O que ele estava fazendo em pé do lado da minha
picape? Será que tinha saído para garantir que eu sumiria do seu terreno? Eu realmente não queria mais falar com ele. Comecei a desviar os olhos e a me concentrar em sair dali quando ele levantou uma das sobrancelhas para mim. O que significava aquilo?


Sabe de uma coisa? Eu não estava nem aí. Mesmo que ele estivesse sexy para caramba fazendo aquilo.


Comecei a acelerar a picape, mas, em vez do ronco do motor, tudo que ouvi foi um clique e silêncio. Ah, não.


Agora não. Por favor, agora não.


Girei as chaves e rezei para estar enganada. Sabia que o marcador de combustível estava quebrado, mas prestara atenção na quilometragem. Não deveria estar sem gasolina. Ainda tinha alguns quilômetros. Sabia que tinha.


Bati com a palma da mão no volante e xinguei a picape várias vezes, mas nada aconteceu. Eu estava ferrada.


Será que Christian chamaria a polícia? Ele queria tanto que eu fosse embora que tinha saído para se certificar.


Agora que eu não conseguia ir embora, será que ele mandaria me prender? Ou pior: chamar um reboque? Se ele fizesse isso, eu não teria dinheiro para recuperar a picape. Pelo menos na cadeia eu teria cama e comida de graça.


Engoli em seco, abri a porta da picape e torci pelo melhor.


– Problemas? – perguntou ele.


Minha frustração era tanta que eu queria gritar, mas apenas concordei.


– Acabou a gasolina.


Christian deu um suspiro. Não falei nada. Decidi que o melhor naquela situação era aguardar o veredito. Eu sempre poderia implorar depois.


– Quantos anos você tem?


O quê? Ele estava mesmo perguntando a minha idade? Eu estava presa no acesso de carros da sua casa, ele queria que eu fosse embora e, em vez de conversar sobre as minhas alternativas, ele estava perguntando a minha idade? Que cara estranho.


– Dezenove – respondi.


Christian levantou as duas sobrancelhas.


– Sério?


Eu estava fazendo força para não me irritar. Precisava que aquele cara tivesse compaixão de mim.


Forçando-me a engolir o comentário irônico que estava na ponta da minha língua, sorri.


– Sério.


Christian sorriu e deu de ombros.


– Foi mal. É que você parece mais nova. – Ele parou e os seus olhos desceram pelo meu corpo e tornaram a subir. O súbito calor no meu rosto foi constrangedor. – Retiro o que eu disse. Seu corpo tem toda a pinta de 19. É o seu rosto que parece muito jovem. Você nunca usa maquiagem?


Era uma pergunta? O que ele estava fazendo? Eu queria saber o que o futuro me reservava, não falar sobre o fato de que usar maquiagem era um luxo ao qual eu não podia me dar. Além disso, meu ex-namorado (e atual melhor amigo) Cain sempre dizia que eu não precisava de mais nada para melhorar a minha aparência. O que quer que isso significasse.


– A gasolina acabou. Eu tenho 20 dólares na bolsa. Meu pai fugiu e me abandonou depois de me dizer que me ajudaria. Acredite em mim: ele era a ÚLTIMA pessoa para quem eu pediria ajuda. E não, eu não uso maquiagem. Tenho problemas mais graves no momento do que ficar bonita. E agora, você vai chamar a polícia ou um reboque? Se eu puder escolher, prefiro a polícia. – Fechei a boca para encerrar o meu desabafo. Ele tinha me pressionado e eu não consegui segurar a língua.


Agora cometi o erro de dar a ele a ideia do reboque. Merda.


Christian inclinou a cabeça e me observou. Quase não consegui suportar o silêncio. Eu acabara de
compartilhar informação demais com aquele sujeito. Se ele quisesse, poderia dificultar a minha vida.


– Eu não gosto do seu pai e, pelo tom da sua voz, você também não – disse ele, perspicaz. – Tem um quarto vazio hoje à noite. Vai ficar vazio até a minha mãe voltar. Eu não peço para a empregada dela vir quando ela está viajando. Nas férias dela, Henrietta só vem fazer faxina uma vez por semana.


Você pode ficar no quarto dela debaixo da escada. É pequeno, mas tem cama.


Ele estava me oferecendo um quarto. Eu não iria cair em prantos. Poderia fazer isso mais tarde. E, pelo menos, não iria para a cadeia. Graças a Deus.


– Minha alternativa é esta picape. Posso garantir a você que o que está me oferecendo é bem melhor. Obrigada.


Christian franziu o cenho por um instante, mas a expressão logo sumiu e o sorriso descontraído voltou a surgir no seu rosto.


– Cadê a sua mala? – indagou ele.


Fechei a porta da picape e fui até a traseira para pegar a mala. Antes que eu pudesse estender a mão, um corpo quente com um cheiro desconhecido e delicioso se esticou por cima do meu.


Congelei enquanto Christian pegava a minha mala e a puxava para fora.


Eu me virei e ergui os olhos para ele. Christian piscou.


– Posso carregar a sua mala. Não sou tão babaca assim.


– O-obrigada – gaguejei, sem conseguir desgrudar o meu olhar.


Os olhos dele eram inacreditáveis. Os grossos cílios pretos que os emolduravam pareciam quase um delineador. Ele tinha um realce natural em volta dos olhos. Que injustiça. Os meus cílios eram louros. Eu daria tudo para ter cílios iguais aos dele.


– Ah, que bom que você a deteve. Eu estava dando cinco minutos antes de sair para me certificar de que não tinha afugentado totalmente a garota.


A voz conhecida de Grant me fez sair do meu transe e eu me virei, grata pela interrupção. Estivera encarando Christian feito uma idiota. Estava surpresa de que ele não tivesse mandado eu dar o fora outra vez.


– Ela vai ficar no quarto da Henrietta até eu conseguir falar com o pai dela e dar algum outro jeito. – Christian soava contrariado. Entregou a mala a Grant e disse: – Tome, mostre o quarto a ela.


Tem gente me esperando.


Christian se afastou sem olhar para trás. Foi preciso toda a minha força de vontade para não ficar olhando enquanto ele ia embora. Principalmente porque o seu traseiro naquele jeans justo era muito tentador. Ele não era alguém por quem eu devesse me sentir atraída.



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Autor(a): jessica_ponny_steerey

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– Esse cara é mal-humorado demais – comentou Grant, balançando a cabeça e olhando para mim. Não pude discordar. – Não precisa carregar a minha mala lá para dentro de novo – falei, estendendo a mão para pegá-la. Grant afastou a mala da minha mão. – Por acaso, eu sou o irmão ...



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 10



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  • vondy4everponny Postado em 18/09/2014 - 00:05:37

    Como assim? :O ELES NÃO FICARAM JUNTOS? Quero o segundo livro já, agora! Anda, to esperando dona Jess! Chris implorando por ela, ai ai Maite, agarra ele!

  • vondy4everponny Postado em 16/09/2014 - 01:42:09

    Meu Deus, não consigo não odiar a Nan, que filha da p***, literalmente! O pai da Maite é um ridiculo, podre tanto pra uma familia quanto pra outra. Tadinho do Chris, ta todo apaixonado :/ MEGA apaixonado coitado, pena que ele tenha causado isso tudo :/

  • vondy4everponny Postado em 13/09/2014 - 22:56:43

    Ponto para o Woods! Christian do lado da Maite na festa ... aaaaaaaaaaawn *------* Toma Nan, sua bitch! u.u EITA, já entendi tudo, meu Deus, Maite e a Nan são irmãs! O pai dela abandonou a mãe do Chris quando a bitch-mãe tava grávida :O E agora?

  • vondy4everponny Postado em 11/09/2014 - 23:28:32

    Acho que ainda tem muita coisa pra acontecer nesse baile...Ou ao menos terá consequências depois porque a Mai já ta toda pensativa, e o Chris tbm, ah não! Feliz pela Bethy u.u E eu gosto do Woods, na boa KKKKKK! Beijos Jess

  • vondy4everponny Postado em 10/09/2014 - 00:45:11

    PQP, o trem ta feio u.u Que hot foi esse durante a festa :O Maite não é a santa que eu pensava KKKKKKK! O Chris ta sendo perfeito, aaaaaah *----* Espero que a vaca da Nan não atrapalhe. Achei lindo ele indo atras dela no clube kk

  • vondy4everponny Postado em 09/09/2014 - 20:39:09

    Ai ai, quero logo hot na bagaça u.u kkkkkkkkkk Chris todo fofo com ela, awn *------* Já posso matar a Nan? Que fdp, tadinha da Maite, osh!

  • chaverroni_eternamente Postado em 09/09/2014 - 10:56:47

    Cont ta incrivel

  • vondy4everponny Postado em 09/09/2014 - 02:05:53

    Na boa, a Maite nao devia ter dito isso, ela da mole demais pro Christian, osh! Amor proprio? Cade?

  • vondy4everponny Postado em 06/09/2014 - 00:01:22

    Quero mais capitulos. Anda Jess, to esperando! RUM kkkkk Amaaaaando. O Grahan , sei la como escreve, é um fofo *-----* Curti ele!

  • vondy4everponny Postado em 05/09/2014 - 20:18:11

    Chegueeeeeeeeeeei mana Jess. Mais uma fic chaverroni sua *---------* Rainha das adaptações u.u KKKKKK


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