Fanfics Brasil - 9 Paixão sem limites/Tentação sem limites(Adaptada) Mayte & Christian

Fanfic: Paixão sem limites/Tentação sem limites(Adaptada) Mayte & Christian | Tema: MyC Hot e Romance


Capítulo: 9

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Libertei-me com um safanão e corri em direção ao Range Rover. Podia ficar escondida ali até ele estar pronto para me levar para casa.


Meus olhos começaram a arder por causa das lágrimas e corri mais depressa. Quando cheguei ao carro, dei a volta até a lateral e me recostei ali, de olhos fechados. Acabara de dizer a Christian que queria que ele apertasse a minha bunda. Que burrice! Ele tinha me dado um quarto só meu e oferecido a sua casa até o meu pai voltar para eu poder juntar dinheiro. Agora eu acabara de lhe dar todos os motivos para me pôr para fora.


As travas do Range Rover se abriram com um clique e, quando abri os olhos, vi Christian vindo na minha direção a passos largos. Ele iria me levar para casa e me pôr para fora. Parou do meu lado e abriu a porta traseira com um tranco. Ele iria me obrigar a ir atrás. Que humilhação.


– Entre ou vou jogar você lá dentro – rosnou ele.


Eu me sentei no banco de trás antes que ele me empurrasse. Só que ele não fechou a porta comigo lá dentro.


Pelo contrário: entrou atrás de mim.


– O que você está fazendo? – perguntei um segundo antes de ele me apertar contra o assento e tapar a minha boca com a sua.


Bastou um movimento da sua língua para eu abrir os lábios. O contato do metal dentro da minha boca era excitante. Nessa noite, o gosto de hortelã da boca de Christian não estava misturado com mais nada; eu poderia passar horas saboreando aquele gosto sem me cansar.


Ele segurou os meus quadris com as duas mãos e me mudou de posição até uma das minhas pernas ficarem em cima do banco, com o joelho dobrado, e a outra ainda no chão. Separou as minhas pernas e se acomodou entre elas. Afastou a boca da minha e desceu pelo meu pescoço dando beijos ávidos. Quando deu uma mordidinha no meu ombro nu, uma onda de excitação percorreu o meu corpo.


Suas mãos então encontraram a barra da minha blusa.


– Tire isso – falou, e então puxou a roupa por cima da minha cabeça e a jogou sobre o banco da frente sem tirar os olhos do meu peito. – Tire tudo, Mayte. – Levou uma das mãos às minhas costas e, em menos de um segundo, abriu o meu sutiã, puxando-o pelos meus braços e jogando-o no banco da frente junto com a blusa. – Foi por causa disso que tentei ficar longe. Por causa disso, Mayte.


Não vou conseguir parar, não agora.


Ele abaixou a cabeça e pôs um dos meus mamilos na boca. Chupou com força, e senti uma explosão entre as pernas. Dei um grito, agarrei os seus ombros e me segurei ali.


Vi quando ele pôs a língua para fora e fez o piercing de metal deslizar pela minha pele. Era a coisa mais erótica que eu já vira na vida.


– Você tem gosto de bala. Garotas não deveriam ter um gosto doce assim. Que perigo – sussurrou ele contra a minha pele, roçando o nariz no meu colo enquanto sorvia uma inspiração audível. – E o seu cheiro é incrível.


Os lábios dele tornaram a encontrar os meus enquanto uma das suas mãos grandes cobria o meu seio para apertá-lo de leve e, em seguida, beliscar o mamilo. Eu também queria sentir mais. Desci as mãos pelo seu peito e as enfiei por baixo da camiseta. Tinha olhado para aquele peito o suficiente para conhecer exatamente o seu aspecto. Agora queria saber qual era a sensação de tê-lo sob as mãos. A pele morna que cobria os seus músculos rijos era lisinha. Passei os dedos por cada dobra da sua barriga tanquinho e decorei aquela sensação. Não tinha qualquer garantia de que aquilo fosse se repetir, e queria tudo de uma vez.


Christian levou uma das mãos às costas e tirou a camiseta, que jogou para o lado antes de voltar a devorar os meus lábios. Levantei o corpo mais para perto dele. Nunca tinha ficado sem blusa com nenhum cara. Queria sentir o peito nu dele contra o meu. Ele pareceu entender o meu desejo e apertou-me com força nos braços, puxando-me para junto de si. A umidade da sua boca tinha esfriado o meu seio, mas o calor da sua pele me surpreendeu.


Gritei e o puxei mais para perto, com medo de ele se afastar. Tinha conseguido o que queria desde que o vira na varanda com aquela menina. Era entre as minhas pernas que ele estava agora. Aquela era a minha fantasia.


– Doce Mayte – sussurrou ele, puxando o meu lábio inferior para dentro da boca e o chupando.


Mudei de posição debaixo dele para tentar posicionar o seu pau duro entre as minhas pernas. Eu latejava; queria sentir a ereção dele contra o corpo. Christian desceu a mão para acariciar o meu joelho, em seguida a fez subir pela parte interna da minha coxa. Deixei a perna abrir mais; queria-o mais perto ainda. O meu desejo aumentava e saber que a mão dele estava perto de onde vinha aquela sensação me deixava tonta.


Na hora em que ele deslizou o dedo pelo fundo da minha calcinha de seda, estremeci e soltei um gemido.


– Calma. Só quero ver se lá embaixo é tão doce quanto o resto – disse ele com uma voz rouca.


Tentei dizer alguma coisa, mas não consegui fazer mais nada a não ser me lembrar de respirar.


Encarei os seus olhos cor de prata e os vi adquirir um brilho enevoado. Ele não desviou o olhar quando enfiou um dedo por baixo da borda de renda da minha calcinha.


– Christian – sussurrei, apertando o seu ombro sem tirar os olhos dos seus.


– Shh, está tudo bem – falou ele.


Eu não estava com medo. Ele estava tentando aliviar o meu medo, só que eu não sentia nenhum. A excitação e o desejo eram demais. Eu precisava que ele se apressasse. Alguma coisa ia aumentando dentro de mim que eu precisava alcançar. O desejo latejante crescia.


Ele enterrou a cabeça no meu pescoço e deixou escapar um longo e fundo suspiro.


– Que delícia – grunhiu.


Comecei a abrir a boca para lhe implorar que não parasse. Precisava dele. Precisava da liberação que sabia estar próxima.


Ele fez o dedo escorregar por cima do meu sexo molhado e senti os dedos dos pés se curvarem e o corpo se levantar de um jeito incontrolável. Foi quando o seu dedo me penetrou. Bem devagar.


Gelei, com medo da sensação que viria a seguir. Seu dedo grosso foi entrando mais fundo e tive vontade de agarrar a mão dele e empurrá-la com mais força. Aquilo era bom demais. Demais.


– Caralho. Puta que pariu. Molhadinha, quentinha... tão quentinha. E, nossa, como você é apertada.


A respiração de Christian estava agora ofegante no meu pescoço e as coisas que ele me dizia só me
deixavam mais excitada. Quanto mais safadas as suas palavras, mais o meu corpo reagia.


– Christian, por favor... – supliquei, controlando o impulso de segurar a mão dele e forçá-lo a aplacar o desejo que latejava sob o seu toque. – Eu preciso...


Eu não sabia do que precisava. Apenas precisava.


Ele levantou a cabeça, subiu com o nariz pelo meu pescoço e deu um beijo no meu queixo.


– Eu sei do que você precisa. Só não sei se vou conseguir aguentar ver quando conseguir. Você me deixou maluco, garota. Estou me esforçando muito para ser um bom rapaz. Não posso perder o controle no banco de trás de um carro, porra.


Balancei a cabeça. Ele não podia parar. Eu não queria que ele fosse um bom rapaz. Queria-o dentro de mim.


Agora.


– Por favor, não seja um bom rapaz. Por favor – implorei.


Christian soltou uma expiração entrecortada.


– Caralho, gata. Pare com isso. Eu vou explodir. Vou lhe dar o que você quer, mas quando eu finalmente entrar em você pela primeira vez não vai ser esparramada na traseira do meu carro. Vai ser na minha cama.


Ele começou a mexer a mão antes de eu conseguir reagir e os meus olhos se reviraram nas órbitas.


– Isso. Goze para mim, doce Mayte. Goze na minha mão para eu sentir. Quero sentir você gozando.


Essas palavras me precipitaram pela beira do abismo que tanto vinha tentando alcançar.


– CHRISTIIIIAN!


Pude ouvir o grito alto que me escapou da boca enquanto eu me entregava à mais completa felicidade. Sabia que o estava chamando, gritando o seu nome e talvez até o arranhando, mas não conseguia mais me controlar. O êxtase era demais.


– Ahhh, isso. Isso, assim. Porra, assim. Que linda você é.


As palavras dele me alcançavam, mas eu me sentia muito distante. Quando recobrei os sentidos, estava sem forças e com a respiração ofegante.


Eu me forcei a abrir as pálpebras para ver se o havia machucado com a minha reação descontrolada ao que sabia ser o meu primeiríssimo orgasmo. Já tinha ouvido falar muito a respeito, mas nunca conseguira ter um sozinha. Com certeza havia tentado algumas vezes, mas a minha imaginação não era suficiente. Depois dessa noite, estava certa de que isso não seria mais um problema. Christian acabara de me proporcionar material suficiente e ainda nem tinha tirado a calça.


Ergui os olhos e o vi me encarando, com o dedo na boca. Levei alguns instantes para entender que dedo era aquele. O arquejo chocado que acompanhou essa compreensão fez Christian dar uma risadinha enquanto tirava o dedo da boca e sorria.


– Eu tinha razão. Essa sua bocetinha quente é tão doce quanto o resto de você.


Se não estivesse tão exaurida, eu teria enrubescido. Tudo o que consegui fazer foi fechar os olhos com força outra vez. Ele riu mais alto ainda.


– Ah, doce Mayte, o que é isso? Você acabou de gozar gostoso na minha mão e deixou até uns arranhões nas minhas costas para servir de prova. Não vá se fazer de encabulada agora. Porque, gata, você vai estar nua na minha cama antes que esta noite acabe.


Entreabri os olhos para ele, torcendo para ter escutado direito. Eu queria mais daquilo. Muito mais.


– Vamos vestir você de novo, depois vou procurar Bethy e ver se ela quer carona ou se já encontrou um caubói para levá-la para casa.


Eu me espreguicei e consegui menear a cabeça.


– Está bem.


– Se eu não estivesse duro feito pedra, talvez ficasse aqui admirando essa expressão preguiçosa e satisfeita nos seus olhos. Gosto de saber que fui eu quem a provocou.


Christian não estava mentindo quando disse que queria me vestir: recolocou o meu sutiã e me deu um
beijinho no ombro antes de enfiar a blusa pela minha cabeça.


– Prefiro que você fique aqui enquanto vou procurar a Bethy. Com esse ar satisfeito na cara, está para lá de sexy. Não quero acabar brigando com alguém.


Mais elogios. Não sabia se algum dia iria me acostumar com aquilo vindo dele.


– Eu vim aqui com a Bethy porque estava tentando incentivar a minha amiga a não transar com caras que nunca iriam considerá-la mais do que uma diversão. Aí você veio junto e olhe eu aqui no banco de trás do seu carro. Sinto que devo uma explicação a ela.


Christian demorou para responder. Passou algum tempo me estudando, mas no escuro não consegui ler muito bem a expressão do seu rosto.


– Estou tentando entender se a sua intenção é dizer que estava fazendo aquilo que a incentivou a não fazer. – Christian tornou a se inclinar por cima de mim e enfiou a mão nos meus cabelos. – Porque agora que eu provei não vou querer dividir. Isto aqui não é só diversão. Acho que estou ficando viciado.


Meu coração deu um pinote dentro do peito e eu respirei fundo. Nossa. Então tá. Ai, meu Deus.


Christian abaixou a cabeça e me deu um selinho antes de passar a língua pelo meu lábio inferior.


– Hummm, é. Fique aqui. Vou pedir para a Bethy vir falar com você.


Balancei a cabeça. Ele se afastou de mim e, antes de eu conseguir recuperar o fôlego, já tinha saído pela porta e caminhava em direção ao bar.


Ele podia até pensar que estivesse viciado, mas não tinha ideia das sensações que havia provocado em mim.


Pelo menos ele conseguia andar. Eu jamais teria sido capaz de me levantar assim tão cedo.


Eu me sentei, vesti a minha saia e escorreguei até junto da porta. Tinha que sair e passar para a frente, mas ainda não confiava plenamente nas minhas pernas. Será que aquilo era normal? Um cara podia fazer você se sentir daquele jeito? Talvez houvesse algo de errado comigo. Eu não deveria estar reagindo assim a Christian... deveria?


Estava tendo um daqueles momentos em que realmente precisava de uma amiga mulher. A única que tinha era Bethy e estava quase certa de que ela não era a melhor pessoa para dar conselhos em matéria de homens. Eu precisava da minha mãe.


A dor que sempre surgia quando eu me lembrava dela voltou. Fechei os olhos para espantá-la. Não podia deixar aquela tristeza me dominar agora.


A porta se abriu e deparei com Bethy sorrindo para mim.


– Ora, ora, olha só para você... Se atracando com o maior gostosão de Rosemary no banco de trás do Range Rover dele. E eu achando que você queria um trabalhador.


Sua voz estava meio arrastada.


– Entre, Bethy, antes de cair de bunda no chão aqui fora – disse Christian atrás dela.


Olhei por cima do ombro da minha amiga. Ele estava com uma cara irritada.


– Eu não quero ir embora. Gostei do Earl. Ou será que o nome dele era Kevin? Não, espera, o que aconteceu com o Nash? Eu o perdi... acho que perdi... – Bethy não parou de tagarelar enquanto se acomodava no banco de trás.


– Quem são Earl e Kevin? – perguntei enquanto ela segurava o encosto de cabeça e, em seguida, se deixava cair no banco.


– Earl é casado. Disse que não era, mas é. Dá para ver. Os casados têm todos os mesmo cheiro.


Que papo era aquele?


A porta de Bethy se fechou e eu estava começando a fazer algumas perguntas para ela quando a do meu lado se abriu. Quando me virei, vi Christian ali em pé com a mão estendida para eu pegar.


– Não tente entender nada do que ela diz. Eu a encontrei no bar entornando uma rodada de seis doses de tequila que o Earl casado pagou para ela. Está loucaça.


Não era exatamente assim que eu tinha imaginado aquela noite. Pensara que os rapazes normais de uma cidade pequena fossem diferentes. Que talvez a tratassem com respeito. Mas, afinal, ela estava usando um short minúsculo de couro vermelho. Pus a mão dentro da de Christian e ele apertou a minha.


– Não precisa explicar nada hoje. Amanhã de manhã ela não vai nem lembrar.


Ele devia ter razão. Saltei do carro e ele me puxou em direção ao peito antes de fechar a porta atrás de mim.


– Quero uma provinha desses doces lábios, mas vou me segurar. Temos que levar Bethy para casa antes que ela passe mal – disse ele com um sussurro grave e rouco.


Concordei. Também queria que ele me beijasse, mas precisávamos levar Bethy para casa logo.


Comecei a me afastar dele, mas os seus braços me apertaram com mais força.


– Estava falando sério quando disse aquilo mais cedo. Quero você na minha cama hoje à noite.


Mais uma vez, tudo o que consegui fazer foi assentir. Eu também queria estar na cama dele. No fim das contas, quando o assunto era homem, eu podia ser tão estúpida quanto Bethy. Christian me conduziu até o lado do carona e abriu a porta para mim.


– Foda-se aquela história de amigo – resmungou, segurando-me pela cintura para me ajudar a subir.


Sorrindo, observei-o dar a volta outra vez na frente do Range Rover e subir.


– Está sorrindo por quê? – perguntou ele depois de se acomodar ao volante.


Dei de ombros.


– “Foda-se aquela história de amigo.” Achei engraçado.


Ele deu uma risadinha e balançou a cabeça antes de dar a partida no carro e sair do estacionamento agora lotado.


– Eu sei uma coisa que você não sabe. Sei, sim. Sei, sim – cantarolou Bethy.


Eu me virei para encará-la. Ela não estava sorrindo; seu rosto exibia uma expressão que se pretendia séria.


– Eu sei uma coisa – falou ela bem alto.


– Já escutei – respondi e olhei de relance para Christian, que não parecia estar achando a menor graça.


Ele não era fã da Bethy embriagada.


– Um segredo grande. Enorme... e eu sei. Não era para saber, mas sei. Sei uma coisa que você não sabe.


Você não sabe. Não sabe – recomeçou ela.


Perguntei o que ela sabia, mas Christian falou primeiro.


– Chega, Bethy.


Seu alerta foi claro. A frieza da sua voz chegou a me causar um arrepio.


Bethy uniu os lábios e fez o gesto de quem gira uma chave e depois joga fora.


Tornei a me virar para a frente pensando se ela saberia alguma coisa que eu devesse saber. Christian
certamente estava agindo como se fosse o caso; parecia prestes a parar o carro e jogá-la para fora.


Como ele começou a mexer no rádio para tentar encontrar uma música, resolvi ficar quieta. Ele estava chateado porque Bethy sabia alguma coisa que não deveria saber.


Christian tinha muitos mistérios. Havia coisas das quais se recusava a falar. Nós sentíamos atração um pelo outro, mas nem por isso ele precisava me contar todos os seus segredos. Ou será que precisava?


Não! É claro que não. Mas perguntei-me outra vez se estava disposta a dar uma parte de mim mesma a alguém que não conhecia de verdade. Ele era tão fechado. Será que eu conseguiria fazer aquilo com ele sem me envolver? Não tinha certeza.


Ele cobriu a minha mão com a sua. Quando me virei, vi que estava de olho na estrada, mas perdido em pensamentos. Tive vontade de perguntar, mas não estávamos nesse ponto ainda. Talvez nunca chegássemos lá. Será que eu deveria entregar a minha virgindade a um cara que, pouco tempo depois, sairia da minha vida sem qualquer esperança de algo mais?


– Essa vez foi a melhor de todas. Adoro trabalhadores. Eles são tão divertidos – disse Bethy do banco de trás com a voz arrastada. – Você deveria ter procurado mais, Mayte. Teria sido mais inteligente. Christian não é uma boa ideia... porque sempre haverá Nan.


Nan? Eu me virei para olhar para Bethy. Minha amiga estava de olhos fechados e boca aberta.


Roncou suavemente e entendi que nessa noite não teria nenhuma explicação para o seu comentário.


Pelo menos não dada por ela.


Tornei a me virar para Christian, que havia largado a minha mão e agora segurava com firmeza o volante.


Tinha também o maxilar contraído. Qual era a questão com a sua irmã? Nan era a sua irmã, não era?


– Nan é a sua irmã? – perguntei, observando-o em busca de alguma reação.


Christian apenas meneou a cabeça, sem dizer mais nada. Era a mesma reação da última vez em que eu a
havia mencionado: ele se fechou por completo.


– Então o que a Bethy quis dizer? Em que o fato de a gente transar afetaria Nan?


O corpo inteiro de Christian estava tenso, mas ele não parecia querer dizer nada. Senti um peso no coração.


Aquele segredo, fosse qual fosse, nos impediria de fazer qualquer outra coisa. Era importante demais para ele e, portanto, um alerta vermelho para mim. Se ele era incapaz de me contar algo que até mesmo Bethy sabia, nós tínhamos um problema.


– Nan é a minha irmã mais nova. Eu não... não posso falar sobre ela com você.


O jeito como ele disse “você” fez o meu estômago se revirar. Havia algum problema ali. Quis fazer mais perguntas, mas a tristeza e o sentimento de perda que se apoderaram de mim quando entendi que não iria dormir na cama dele nessa noite nem em qualquer outra me impediram. Aquele assunto não me deixaria chegar perto demais de Christian. Jamais deveria ter deixado ele me tocar como fizera mais cedo. Não quando ele podia me descartar com tanta facilidade.


Ficamos em silêncio até chegarmos à sede administrativa do clube. Christian saltou do Range Rover sem dizer nada e acordou Bethy. Em seguida, ajudou-a a entrar. A porta estava trancada, mas Bethy tinha a chave.


Havia resmungado alguma coisa sobre passar a noite ali, senão o seu pai iria matá-la.


Não fui ajudá-la; não tinha energia. Só queria ir para a cama – minha caminha debaixo da escada, não para a cama nova que me aguardava.


Ao voltar para o carro, Christian continuou calado. Tentei entender por que ele se fechava daquele jeito sempre que o assunto era Nan e o que o comentário de Bethy poderia significar, mas nada fez sentido. Poucos minutos mais tarde, entramos na garagem de quatro carros. Assim que ele pôs a alavanca na posição de estacionar, desci. Não o esperei e fui até a porta, mas como estava trancada tive que aguardar ele vir destrancá-la.


Christian abriu a porta e recuou para eu poder passar. Entrei na casa e segui na direção da cozinha.


– Seu quarto agora é lá em cima – disse ele, rompendo o silêncio.


Eu sabia disso, mas estava distraída com outra coisa. Eu me virei e me encaminhei para a escada.


Ele não me seguiu. Quis olhar para trás e ver o que ele estava fazendo, mas não consegui.


– Eu tentei ficar longe de você.


As palavras dele soaram sombrias. Parei e tornei a me virar para encará-lo lá embaixo; ele estava em pé no primeiro degrau da escada, com os olhos erguidos para mim. A expressão sofrida do seu rosto me deu um aperto no coração.


– Naquela primeira noite, tentei me livrar de você. Não porque você me desagradasse. – Ele deixou escapar uma risada dura e amarga. – Mas porque eu sabia. Sabia que ficaria a fim de você. Que não conseguiria manter distância. Talvez eu a tenha detestado um pouquinho nessa hora, por causa da fraqueza que você conseguiria encontrar em mim.


– O que há de tão errado em você ficar a fim de mim? – perguntei. Precisava que ele me respondesse pelo menos isso.


– É que você não sabe tudo e eu também não posso contar. Não posso revelar os segredos de Nan.


São dela. Mayte, eu amo Nan. Durante a vida inteira eu a amei e protegi. Ela é a minha irmã mais nova. É isso que eu faço. Mesmo que eu queira você como nunca quis nada na minha vida, não posso revelar os segredos da Nan.


Cada palavra que saía da sua boca parecia estar sendo arrancada lá de dentro. Nan era mesmo a sua irmã e esse tipo de lealdade e amor eu entendia. Se pudesse, teria morrido por Valerie. Ela era só quinze minutos mais nova do que eu, mas eu teria feito tudo o que ela precisasse. Nenhum cara, nenhuma outra emoção, poderia ter me levado a traí-la.


– Isso eu entendo. Tudo bem. Não deveria ter perguntado. Desculpe.


Eu estava arrependida. Tinha me intrometido na vida dele e na da sua irmã. É claro que o que Bethy sabia, fosse o que fosse, era algo que eu não deveria saber. Se ela achava que a necessidade que Christian tinha de proteger a irmã seria uma questão entre nós, estava enganada.


Ele fechou os olhos com força e murmurou alguma coisa. Algo o estava atormentando. Talvez aquela situação tivesse despertado uma lembrança ruim. Por mais que eu quisesse descer lá e lhe dar um abraço, sabia que nesse exato instante não era bem-vinda. Tinha estragado tudo.


– Boa noite, Christian – falei e subi a escada.


Dessa vez não olhei para trás. Fui direto para o meu quarto.



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Autor(a): jessica_ponny_steerey

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 10



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • vondy4everponny Postado em 18/09/2014 - 00:05:37

    Como assim? :O ELES NÃO FICARAM JUNTOS? Quero o segundo livro já, agora! Anda, to esperando dona Jess! Chris implorando por ela, ai ai Maite, agarra ele!

  • vondy4everponny Postado em 16/09/2014 - 01:42:09

    Meu Deus, não consigo não odiar a Nan, que filha da p***, literalmente! O pai da Maite é um ridiculo, podre tanto pra uma familia quanto pra outra. Tadinho do Chris, ta todo apaixonado :/ MEGA apaixonado coitado, pena que ele tenha causado isso tudo :/

  • vondy4everponny Postado em 13/09/2014 - 22:56:43

    Ponto para o Woods! Christian do lado da Maite na festa ... aaaaaaaaaaawn *------* Toma Nan, sua bitch! u.u EITA, já entendi tudo, meu Deus, Maite e a Nan são irmãs! O pai dela abandonou a mãe do Chris quando a bitch-mãe tava grávida :O E agora?

  • vondy4everponny Postado em 11/09/2014 - 23:28:32

    Acho que ainda tem muita coisa pra acontecer nesse baile...Ou ao menos terá consequências depois porque a Mai já ta toda pensativa, e o Chris tbm, ah não! Feliz pela Bethy u.u E eu gosto do Woods, na boa KKKKKK! Beijos Jess

  • vondy4everponny Postado em 10/09/2014 - 00:45:11

    PQP, o trem ta feio u.u Que hot foi esse durante a festa :O Maite não é a santa que eu pensava KKKKKKK! O Chris ta sendo perfeito, aaaaaah *----* Espero que a vaca da Nan não atrapalhe. Achei lindo ele indo atras dela no clube kk

  • vondy4everponny Postado em 09/09/2014 - 20:39:09

    Ai ai, quero logo hot na bagaça u.u kkkkkkkkkk Chris todo fofo com ela, awn *------* Já posso matar a Nan? Que fdp, tadinha da Maite, osh!

  • chaverroni_eternamente Postado em 09/09/2014 - 10:56:47

    Cont ta incrivel

  • vondy4everponny Postado em 09/09/2014 - 02:05:53

    Na boa, a Maite nao devia ter dito isso, ela da mole demais pro Christian, osh! Amor proprio? Cade?

  • vondy4everponny Postado em 06/09/2014 - 00:01:22

    Quero mais capitulos. Anda Jess, to esperando! RUM kkkkk Amaaaaando. O Grahan , sei la como escreve, é um fofo *-----* Curti ele!

  • vondy4everponny Postado em 05/09/2014 - 20:18:11

    Chegueeeeeeeeeeei mana Jess. Mais uma fic chaverroni sua *---------* Rainha das adaptações u.u KKKKKK


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