Fanfic: Trezentos e Sessenta e Cinco Dias (FINALIZADA) | Tema: Vondy

Acordei com o choro de Luna. A noite não havia sido das melhores. Acordei umas quatro vezes com ela chorando.

O quarto estava bem claro, embora tivesse com a cortina ainda fechada. Esfreguei meus olhos e então vi Christopher e a mãe dele do outro lado do quarto.

Não precisa chorar Luna. - Era a voz da Alê. - É só um banho rápido.

Estão dando banho nela? - Perguntei com a voz baixa, mas mesmo assim me escutaram. Christopher se afastou e pude ver que a mãe dele é quem dava o banho. - Porque é que eles choram tanto no banho? É uma coisa boa, não deveriam chorar.

Eles tê medo. Se sentem inseguros. Geralmente quando os viramos eles vêm que estão seguros e param de chorar. - Ela respondeu. - Pronto, pronto. - Ela terminou. - Abre a tolha Christopher. - Christopher abriu uma toalha branca de lacinhos lilás em seus braços e Alexandra colocou Luna nos braços dele. - Viu meu amor, já acabou. - Chrostopher sob os comandos da mãe a enrolou n toalha.

Olha quem acordou. - Ele falou com ela vindo em minha direção. - A mamãe dorminhoca despertou. - Ele me entregou Luna.

Ei meu amr, bom dia.

Bom dia? Já vai dar meio dia dona Dulce.

Que? - Arregalei os olhos.

Exatamente. - Vi Ale pegar as coisas dela no berço e trazer até minha cama.

Vamos ensinar os papais a trocar sua fralda Luna? - Ela falou com voz de bebê.

Eu vou ter que trocar fralda?

Ah claro que vai. - Respondi. - Eu já passei por uns bons perrengues agora é sua vez. - Puxei o edredom dandp um espaço livre para colocá-la na cama e comecei a enxugá-la. Ela parecia uma rã sem roupa. Depois deixei o serviço com a tia Alê que foi fazendo passo a passo e nos explicando o que deveríamos fazer. Quase dez minutos depois ela estava novamente parecendo um pacotinho, dessa vez com um macacãozinho, luvas e touca amarelos creme. O macacãozinho simulava um vestidinho deixando-a feito uma bonequinha.

Mamãe eu estou com fome. - Alexandra falou pegando-a da cama e entregando a mim.

Imagino. - Sorri aconchegando-a em meus braços. - Obrigada.

Não há de quê. - Ela me entregou uma toalhinha.

Christopher, acho que você podia ir preparando o almoço. Vou só terminar de ajeitar aqui e desço pra te ajudar.

Tá bom. - Ele beijou cabecinha de Luna. - Se comporta mocinha. - Falou e saiu fechando a porta.

Se quiser deixar aí, depois eu arrumo. - Falei colocando Luna para mamar. Ela estava faminta.

Tudo bem. - Ela pegou as coisinhas dela sob a cama e guardou no lugar. - É um prazer cuidar das coisinhas dela. - Ela veio até mim e se sentou no local onde há pouco Luna estava deitada. - Olha, eu sei que talvêz seja tarde pra isso, mas quero que saiba que eu não odeio você. Eu jamais seria capaz disso.

Tudo bem. Você tem todo o direito de agir comigo como quiser, eu agiria igual ou pior se fosse com a minha filha. - Mordi meu lábio inferior.

Queria que soubesse que se ainda quiserem, terão a minha benção.

Fala isso por causa da Luna, não é?

Também. Quero muito que ela tenha uma família, muito mesmo. Mas também quero que você e o meu filho sejam felizes.

Isso não vai acontecer. - Fixei meus olhos em Luna que estava sonolenta. - Mesmo que eu quisesse.

Como assim?

Ele não te falou? - Ela negou. - O Christopher vai embora e eu não posso fazer nada pra impedir.

O Christopher não deixaria a Luna assim.

É o que ele vai fazer. Eu não sei pra onde ele vai, só sei que ele quer estudar e trabalhar fora daqui, e eu não posso impedi-lo disso.

E você quer que ele vá?

Eu não sei. - Passei as costas da mão por baixo do olho impedindo uma lágrima de descer. - Não sei se é pior ele ir, ou ele ficar aqui fingindo que nada aconteceu entre nós dois.

Mas aconteceu, e a sua filha é a prova disso. Eu sei que meu filho te ama e ele nunca escondeu isso de ninguém. Ele só deve estar confuso.

Eu sei que ele está confuso e chateado. Ele tem razão de estar assim. - Alterei um pouco a voz, o que fez Luna se assustar.

Olha Dulce, se quiser eu converso com ele. - Ela segurou a mão de Luna.

Não. Eu não preciso que ninguém faça isso. Christopher está fazendo uma escolha, e ninguém vai impedi-lo. Só que no momento que ele sair daqui, não haverá mais nada pra me prender aqui. Eu vou pegar a Luna, o meu pai e ir embora. Eu ainda não gosto desse lugar, se fiquei quando tentaram me mandar embora foi por ele, mas ele não me queria. - Buesquei fôlego. - E por favor, eu não quero mais falar nele, pode ser? Me deixe sozinha com minha filha, ela precisa de tranquilidade para amamentar.

Tudo bem, eu não queria estressar você. - Ela se levantou. - A gente se vê mais tarde. - Ela depositou um beijo na cabecinha de Luna e se retirou fechando a porta.

É meu amor, parece que vamos ser só nós duas agora. Só espero ser uma boa mãe pra você. - Arrumei a touca que estava escorregando da cabeça dela. Os olhinhos dela estavam quase fechando. - De dia vocês dormem mais que a noite, isso é um absurdo. Nem chorou pra mamar dona preguicinha.

Esperei-a terminar de mamar e arrotar e depois fui para meu quarto tomar banho. Deitei-a na minha cama meio de lado para não se engasgar caso ela gorfasse, cerqueia de travesseiros e fui tomar um banho.

Depois de um rápido banho, me vesti com uma roupa quentinha e bem confortável, peguei Luna que dormia feito uma pedra e desci para o andar debaixo. Ouvi umas gargalhadas um pouco longe que até parecia ao lado de fora. Fui até a sala e não havia ninguém, e só então notei pela janela que tinha a cortina aberta que estava nevando.

Dulce. - Ouvi a voz de meu pai atrás de mim e me virei. - Ainda deveria estar de repouso.

Eu sei, é só que eu estou com fome. - Mordi meu lábio inferior arrumando Luna em meus braços.

Então vamos lá na cozinha pra você comer alguma coisa, mas antes me deixe pegar nela um pouquinho.

Um pouquinho. - Ri entregando-a para ele. Mais uma vez ela ficou parecendo um pacote nos braços dele.

Ela é tão pequena. - Ele falou arrumando-a nos braços.

É, mas mesmo assim não parece que um bebê possa ficar aqui dentro. - Apontei a minha barriga. - Parece ser muito apertado.

O suficiente para os bebês. - Ele deu uma piscada para mim depois deu um cheiro no pescoço de Luna que se mecheu. - E você minha preguicinha, isso é hora de dormir? - Meu pai começou a conversar com ela enquanto eu o seguia até a cozinha.

Cadê meus amigos?

Lá fora brincando de guerra de neve como se tivessem cinco anos, está ouvindo as gargalhadas?

É, estou sim. - Dei de ombros. Costumávamos brincar na neve no central Park nos fins de semana, e agora que estávamos alguns reunidos eu mal podia sair da cama.Chegamos na cozinha e Christopher e a tia Alê se calaram de alguma discussão. Aposto mil dolares que estavam falando do mesmo assunto que ela e eu há uma hora atrás. Christopher me encarou por alguns segundos e depois levou seu olhar a Luna.

Está dormindo? - Perguntou ao meu pai.

Está até roncando. - Brincou em resposta. - Chorou a noite inteira e de dia fica dormindo. Todos os bebês são iguais.

Eles não tên noção do que é dia e noite. - Completou tia Alê. - Mas com o tempo ela vai se acostumar.

Espero. Só essa primeira noite já foi um caos. - Me sentei na bancada da cozinha. Estou com fome.

O almoço já está praticamente pronto. Vou só chamar o pessoal lá fora. - Christopher falou mas se quer olhou para mim. O vi ir até a porta da cozinha e a abrir. Um vento gelado entrou pela cozinha batendo em meu rosto. - Pessoal a comida está pronta. - Gritou e voltou a fehar novamente a porta. Olhei para o lado e vi que Luna acordara com o grito dele e pela cara iria chorar.

Você a acordou Uckermann. - Bufei.

Foi mal, não foi minha intenção. - Ele respondeu olhando para meu pai que a balançava levemente em seu colo tentando fazê-l voltar a dormir.

Mais preguiça e menos vontade de abrir o berreiro. - Comentou meu pai assim que notou que ela estava fechando os olhinhos. - Sua mamãe era igualzinha a você. De noite não deixava ninguém dormir, e de dia tinha preguiça até de chorar para mamar. E quem é que ficava acordado a noite inteira? Eu. - Ele sorriu. - Eu descia com ela pra sala e ficávamos só nós dois pra deixar a sua avó dormir. - Mantinha os olhos fixos nela.- Isso, sonhe com os anjinhos meu amor. - Ele depositou um beijo na testa dela e veio se sentar ao meu lado. - Adoro cheirinho de bebê.

É gostoso né? - Sorri. - Dei um pequeno salto quando a porta abriu novamente trazendo aquele ar gelado para dentro da cozinha e as vozes e gargalhaas altas dos meus amigos. - Shhh. - Fiz cara feia. - Vão acordá-la.

Ah minha bonequinha linda. - Alfonso veio todo animado para próximo da gente, mas Christopher o puxou pela gola do casaco fazendo-o rcuar.

Nem pense em tocar na minha filha com suas mãos imundas de bactérias senhor Alfonso. - Falou sério.