Fanfic: Trezentos e Sessenta e Cinco Dias (FINALIZADA) | Tema: Vondy

Foi mal, eu só...

Nem pense, já disse. Vocês estavam lá fora brincando na neve e quer ir pra cima da Luna?

Deve ter levado uma baita bolada de neve na cabeça. - Brinquei.

Eu comprei alcool gel pra passarem nas mãos. - Meu pai falou. - Não quero que ninguém passe nenhuma bactéria pra ela. Ela ainda é muito nova e pode adoecer muito fácil então vamos cooperar.

Eu vou trocar de roupa e lavas as mãos para almoçar. - Ivalú falou.

Eu vou com você. - Pedro falou e saiu com ela, logo em seguida Fuzz também se retirou.

O que deu neles? Nem falaram comigo. - Olhei em direção à porta que dava para o corredor.

Não sei. - Poncho deu de ombros e saiu pela porta que entrara minutos antes.

Estranho. - Voltei minha atenção à Luna que parecia um anjinho. - Ah meu Deus, o remédio dela. - Saltei do banco em que estava sentada.

Eu já dei Dulce. - Christopher falou calmo. - Antes do banho eu dei.

De verdade?

Sim. E ela já está melhor também, a febre passou, e agora só falta essas manchas sumirem, mas isso é só com o tempo.

Olhar pra ela dessa forma me dá um ódio mortal daquela enfermeira. Ela podia ter matado a minha filha. - Falei entredentes.

Mas não matou filha, então vê se relaxa e curte a sua filinha, porque ela vai crescer e você nem vai ver o tempo passar direito.

Eu não quero que ela cresça.

Mas ela vai, e ela pode ter um, cinco, dez, vinte, trinta anos. Ela sempre vai ser sua filinha.

É exatamente assim. Os filhos crescem, mas pra gente sempre serão nossos bebês. - Tia Alê completou. - Christopher me ajuda a levar as coisas lá pra sala de jantar.

Claro. - Ele pegou os pratos que estavam empilhados sob a mesa da cozinha e os levou para a sala.

Quer ajuda? - Perguntei. É horrível não poder fazer nada.

Não precisa, a gente dá conta.

Aos poucos os dois levaram as coisas para a sala de jantar. Meu pai ficou com Luna para eu poder comer. Comemos enquanto conversávamos coisas alheias. Christopher terminou a comida rápido e pegou Luna com meu pai para ele poder comer. O vi sair da sala de jantar conversando com ela como se ela o estivesse ouvindo. Encarei Ivalú que parecia concentrada em seu prato. Eu sabia o que estava por vir, mas qual o motivo de eles mal terem falado comigo? Esperei-os comer e depois do almoço fui para o meu quarto.

Alguém bateu na porta instantes depois de eu ter me deitado. - Entra. - Falei me arrumando embaixo do edredom enquanto a porta se abria.

Ei Dulce. - Era a voz de Pedro. - Será que a gente pode conversar? - Mirei a porta, e ele não estava sozinho.

Entrem. - Desviei meu olhar para a janela enquanto eles entravam e se sentavam na minha cama. - Não precisam parar de falar comigo porque está chegando a hora de vocês irem embora, eu já estava esperando por isso.

Desculpa, é só que é difícil sabe. - Falou Ivalú. - Pensávamos que quando voltássemos pra Nova York você voltaria com a gente, mas não é possível.

Eu sei. Agora realmente é tudo diferente. - Me sentei. - Eu tenho medo, porque o ultimo amigo meu que foi embora nunca mais tive notícias.

É diferente Dul. - Fuzz enfiou embaixo da coberta ao meu lado. - Nós não paramos de nos falar nesse tempo que estivemos longe e manteremos assim. Não acha que vamos querer saber da nossa bonequinha?

Espero que não, ou ela nunca saberá da existência de vocês. - Cruzei os braços.

Dulce, socorro. - Ouvi Christopher me gritar do corredor e ouvi o choro desesperado de Luna também. Saltei da cama no susto e fui ao encontro dele preocupada.

O que houve? - Arregalei meus olhos ao vê-lo segurá-la longe do corpo pendurada por debaixo dos braços dela.

Ela me cagou todo. - Ele falou com cara de nojo. Comecei uma crise de riso tão forte que tive que me recostar à parede. - Para de rir, me ajuda, eu acho que ela explodiu. - Olhei para trás e vi meus amigos olharem a cena e rirem. - Ah meu Deus, me ajudem. - Ela se encolhia chorando com as perninhas no ar, então notei que sua blusa branca estava manchada em um tom amarelado. Comecei uma crise de riso tão forte que tive que me recostar à parede. - Para de rir, me ajuda, eu acho que ela explodiu. - Olhei para trás e vi meus amigos olharem a cena e rirem. - Ah meu Deus, me ajudem. - Ela se encolhia chorando com as perninhas no ar.

Ela vai cair Uckermann. - Ivalú o advertiu. Foi até ele e tomou Luna das mãos dele. - Seu pai é maluco Luna. - Ela saiu pelo corredor a levando para o quarto dela e eu fui atrás ainda tentando me recompor.

Para de rir Dulce, ela sujou minha roupa. - Christopher disse sério vindo atrás de mim.

Ah, vai se ferrar. Ela ainda vai fazer isso muitas vezes e não tem porquê ter nojo, ela é sua filha. - Falei após me recompor já no quarto de Luna. Ivalú já havia deitado ela no trocador e estava tirando a roupinha dela.

Vocês bem que podiam me ajudar né? - Pediu sem tirar os olhos de Luna. - Peguem uma fralda, o lenço umidecido, a pomada e uma roupa limpa pra ela. - Fui até o guarda roupa e peguei uma fralda, o lenço e a pomada e entreguei a Christopher, depois abri uma gaveta e peguei um conjuntinho branco e vermelho.

Gosto desse. - Voltei vendo-a limpar Luna. - que estrago. - Ri mais uma vez de Christopher que continuava fazendo cara de nojo. Debrucei-me sobre o trocador e passei a parte de trás do meu dedo indicador na bochecha dela. Ela tentou virar a cabeça fazendo um biquinho. - Ela está com fome. - Sorri, ela era tão linda. - Não tem leite aqui não meu amor. - Deixei-a sugar a parte de trás do meu dedo e ela se calou.

Vocês não compraram chupeta pra ela. - Christopher falou.

Eu não quero que ela chupe. - Dei de ombros. - É um terror pra tirar depois. - Ivalú pegou a roupinha que estava na minha outra mão e começou a vesti-la. Ela voltou a chorar no instante em que tirei meu dedo da boca dela.

Você quem sabe. - Não respondi mais, apenas fiquei olhando minha bebê. Cada segundo que se passava eu sentia mais amor, carinho, e todo sentimento que uma mãe tem para com um filho seu.

Shh, já está acabando bebê. - Falei baixinho. - Não chora, me corta o coração te ver chorando. - Ivalú tirou a touca e a luva amarelas que ainda estava nela e trocou pela touca e luvas que faziam conjunto com a roupinha limpa. - Pronto meu amor, acabou. Obrigada Iva. - A peguei no trocador e abracei indo para a poltrona ao lado do berço. - Christopher me ajuda aqui. - Me sentei deitando-a em meu colo. - Pega essa manta dentro do berço e a toalhinha, por favor. - Ele o fêz sem dizer nada, me entregou e se sentou no sofá cama nos olhando.

Hum, eu vou lá nos meninos Dul. Depois a gente conversa mais. - Ivalú veio até mim.

Obrigada mais uma vez.

É minha função de madrinha. - Ela piscou os olhos e eu ri. - Agora vê se enfia logo o peito na boca dela pra ver se ela para de chorar. - Riu e saiu fechando a porta. Eu coloquei meu seio na boca dela e no mesmo instante ela parou de chorar sugando-o com mais força do que já havia sugado antes.

Ai. - Mordi meu lábio inferior. - Vai com calma filha. - Falei entredentes vendo o desespero dela. - Me ajuda aqui a cobri-la Uckermann. - Ele se levantou e veio até mim, pegou a manta no braço da poltrona e cobriu Luna passando a manta por debaixo dela. - Obrigada.

Não há de quê. - Ele a olhava com um certo brilho nos olhos. - Tem certeza que ela é minha?

Sim. - Franzi o cenho. Só me faltava essa agora. - Por quê? Vai querer um teste de paternida...

Não, claro que não. É que ela é muito perfeita, não consigo associar isso ainda. Não parece que foi eu quem fiz, que é minha filha. - Ele se sentou no braço da poltrona a olhando, houve um momento em que ela começou a tossir fraquinho soltando meu seio.

Opa. - Afastei-a um pouco e soprei de leve o rostinho dela.

Que princesinha gulosa gente. - Ele falou com uma voz meiga.- Deixa um pouco pra mais tarde meu amor, se não vai ficar sem. - Ela deu um sorrisinho ao mesmo tempo que voltava a procurar o meu seio. - Ela sorriu pelo que falei? - Assenti. - Então ela reconhece minha voz? De verdade? - Olhei para cima e vi que ele estava prestes a chorar.

Você é o pai dela Christopher, e por mais que ela não tenha ouvido sua voz durante a gestação, ela sente o amor que você tem por ela. - Voltei a olhá-la. Ela tinha os olhinhos arregalados e fixos em mim. - Meu amor, esse é seu papai, e ele te ama muito tá bom? - Dei uma beijo na testa dela.

Eu precisava ver com meus próprios olhos. - Uma voz fina e rouca surgiu do nada pela porta que se abrira. - Você raptou a Luna é?

Oi Annie. - Sorri. - Foi melhor assim, cuido melhor dela do que eles.

Ah meu Deus, ela é muito linda. - Falou baixinho vindo pra perto da gente. - Está dormindo?

Não. Está com os olhinhos bem abertos aqui.

Ei Luna, sou sua tia Annie, lembra de mim? - Perguntou. - Nossa, o Poncho me contou o que houve, eu acho que entraria em pânico no seu lugar.

Eu me controlei bastante pra não esfregar a cara daquela enfermeira no asfalto. - Brinquei.

Nossa, isso tudo é fome? - Perguntou ouvindo o barulho.

Ela é esfoemeada. - Respondi voltando a olhá-la. Tirei-a um pouco do meu seio para ela poder respirar. - Engasgou agorinha.

Tadinha. - Fez bico. - O que é isso na sua blusa Ucker?

Obras da sua sobrinha aí. - Ele deu de ombros.

Droga Christopher, vai tirar essa blusa. - Arregalei os olhos. - Ou pretende ficar com ela o resto do dia?

Ai, já vou, já vou. - Se levantou do braço do sofá e saiu batendo o pé.

GENTE, A FIC TÁ CHEGANDO AO FIM JÁ, MAS NÃO TO CONSEGUINDO FINALIZAR ASSIM RAPIDO. É DIFICIL TERMINAR UMA FIC RSRSRS 

MAIS COMENTÁRIOS E TALVÊZ AMANHÃ EU POSTO OUTRO :) 

BEIJOS