Fanfics Brasil - Capitulo 16 - Parte 5 Trezentos e Sessenta e Cinco Dias (FINALIZADA)

Fanfic: Trezentos e Sessenta e Cinco Dias (FINALIZADA) | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 16 - Parte 5

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- Ah meu amor, não chora. Já está acabando. - Passei mais uma vez a água pelo rostinho dela. - Não precisa ter medo, eu não vou deixar você cair. - A tirei da banheira e dei uma leve balançada para escorrer um pouco da água depois a colo quei na toalha que estava em cima do sofá cama e a enrolei rapidamente. - Pronto meu amor, acabou. Acabou. - A peguei novamente no colo tentando acalmá-la.


- Ela está com fome. - Ouvi a voz da tia Alê e olhei para a porta.


- Eu sei.


- Porquê não me chamou? Eu poderia ter dado banho nela. Você ainda precisa ficar de repouso.


- Eu sei, mas não quero incomodar ninguém. É apenas meu dever fazer isso.


- Sua e do pai dela. - Ela veio até mim. - Deixa que eu coloco a roupinha nela. - Pegou Luna dos meus braços. A mesma ainda chorava desesperadamente.


- Ele está se afastando. Mau aparece pra saber se está tudo bem.


- Vai mesmo deixá-lo partir?


- E o que eu posso fazer?


- Peça pra ele não ir.


- Não vai adiantar.


- O não você já tem. - Ela colocou Luna no trocador e começou a secá-la. - Fala pra sua mamãe que não é pra deixar o papai ir embora meu amor. - - Meu pai está em casa? - Me sentei no sofá cama.


- Foi comprar algumas coisas, mas não deve demorar. - Fi quei olhando-a vestir Luna.


- Estou com vontade de comer uma sopa de legumes. - Comentei. - Dá água na boca só de lembrar.


- Nesse frio caíria muito bem. O que você acha Luna? Uma sopa bem rica.Sua mamãe está precisando mesmo.


- Por que diz isto?


-Você está emagrecendo de mais. Precisa comer mais coisas saudáveis.- - Ah, eu só estou desinchando.


- Também. Tem a sorte que poucas temos. - Pegou Luna já vestida no trocador. - Prontinho meu amor. Mamãe já vai te dar o papá.


- Ela está linda com essa roupinha de oncinha. - Peguei Luna no colo. Ela estava parecendo uma oncinha de pelucia. Até a toquinha dela tinha as manchinhas. - Eu vou lá para o meu quarto, é mais confortável.


- Tudo bem. Se precisar de alguma coisa me chama.


-Pode deixar. Obrigada.

Saí com Luna nos braços e fui caminhando para o quarto. Cheguei noo quarto e me sentei na cama encostara a um monte de travesseiros, depois puxei o edredom para cima de nós duas com um pouco de dificuldade e só então comecei a amamentá-la. Ela sugou o leite com tanta vontade que me fez rir. Ela sempre fazia isso depois do banho, e apesar da dor, ela sempre me fazia rir. Era como se tudo que importasse pra ela era poder tomar o leite. Ela tomava o leite en quando tinha os olhinhos fixos em meu rosto enquanto resmungava.

- Está gostoso meu amor? - Arrumei a luva na mão dela que estava um pouco torta. - Vai com calma, pra não engasgar. - Tirei um pouco meu seio da boca dela e ela começou a respirar rápido para tomar o fôlego. Eu tinha que fazer isso sempre, caso contrário ela engasgaria. - Viu. Respirar também é importante. Tão importante quanto matar a fome. - Ela deu um sorrisinho me fazendo derreter depois voltei a deixá-la sugar meu seio novamente. - Sabe, hoje faz um ano que eu perdi a sua bisa. Aposto como ela ia amar você tanto quanto me amou. - Acariciei a bochecha dela. Ela me olhava atenta. - Eu sinto falta dela. - Senti meus olhos arderem. - Sinto muita falta dela. Sinto da minha mãe também. Já fazem tantos anos, mas parece que foi ontem. Espero poder estar ao seu lado por muitos e muitos anos. Não quero que passe por nada do que passei.
Quero que seja muito feliz e espero estar aqui pra ver você se casar e me dar um monte de netinhos. Está com soninho meu amor? - Notei que ela começara a relutar contra o sono. - Pode dormir. Eu vou ficar aqui com você, prometo. - Ela fechava os olhinhos por uns segundos e os abria de novo. - quer que eu cante pra você? Eu só conheço uma. Se essa rua, se essa rua fosse minha. Eu mandava, eu mandava ladrilhar. Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante. Para o meu,para o meu amor passar. Nessa rua, nessa rua tem um bosque. Que se chama, que se chama solidão. Dentro dele, dentro dele mora um anjo. Que roubou, que roubou meu coração. Se eu roubei, se eu roubei teu coração. Tu roubaste, tu roubaste o meu também. Se eu roubei, se eu roubei teu coração. É porque, é porque te quero bem.


- Ela dormiu. - Ouvi a voz de Christopher. - Você canta bem.


- Ah, você está aí. - Dei uma olhada e depois voltei a olhar Luna.


- Já tem um tempo. Estava vendo vocês conversarem. - Ele entrou e se sentou na cama olhando Luna dormir. - Tem muito tempo?


- Não.


- Ela mama parecendo que não mama há dias.


- Eles têm fome rápido. É apenas leite.


- Eu sei.


- Você quer alguma coisa?


- Não. Não posso mais ver minha filha?


- Você está se afastando dela.


- Não quer dizer que eu não me preocupe com ela Dulce.


- Christopher, olha só pra ela. Você vai mesmo abandoná-la?


- Não vou abandoná-la. Só preciso de um tempo. Eu preciso estudar, ter m trabalho digno para dar a ela uma vida boa.


- Ela não precisa disso, você sabe bem.


- Não posso deixar minha filha depender do avô o resto da vida. Eu sou o pai, eu é quem tenho que dar comida, roupa, fralda. Não ele. Entenda isso.


- Você será um pai ausente. Ela nunca vai te amar como deveria.


- Eu virei visitá-la sempre. Nos fins de semana, nos feriados. Nas férias. Eu juro.


- Eu não estarei aqui Christopher.


- Como não?


- Estou pensando em ir embora. Não há mais nada que me prenda aqui.


- Tem o seu pai.


- Eu o levarei comigo. Ainda não sei exatamente para onde. Talvêz Los Angeles, talvêz Nova York. Não sei. Se você tem o direito, eu também tenho.


- Eu não disse que não tem. E não importa onde você estiver, eu sempre irei ver minha filha. Farei ela ter orgulho de mim, queira você ou não.


- E quando você arrumar outra garota? Fará ela chamá-la de mamãe também? Eu não vou permitir isso.


- Não precisa exagerar. A mãe dela é você. Mais ninguém. Assim como o pai dela sou eu, então ninguém que entre em sua vida terá o direito paterno sobre ela. Eu também não permitirei isso.


- Você não está em condições de permitir nada. - Vi que Luna havia soltado e arrumei minha blusa, depois a coloquei com a cabeça no meu ombro dando leves batidas nas costas dela.


- Posso pegar nela? - Fiquei séria. - Por favor.


- Tudo bem. Cuidado pra ela não engasgar se o leite voltar. - Entreguei Luna com cuidado a ele. - E não a acorde.


- Se ela acordar eu trago ela pra você cantar de novo. - Ele se levantou. - Eu vou lá em baixo com ela.


- Tá. - Me arrumei em baixo do edredom enquanto ele saía. - Fecha a porta. - Me encolhi embaixo do edredom e logo depois ouvi a porta de fechar. Senti uma vontade imensa de chorar, de gritar. Como é possível que ele tenha coragem de fazer isto? Eu queria odiá-lo. Queria poder me ver longe dele, mas não conseguia. Eu o amava. O amava muito. Era a única pessoa que realmente me prendia ali. Ouvi algumas leves batidas na porta. - quem é?


- Sou eu filha. Posso entrar?


- Pode. - Olhei para a porta quando ela se abriu.


- Ei, bom dia. - Não respondi. - Posso saber que carinha é essa? - Ele fechou a porta e veio se sentar ao meu lado. Me diz o que houve.


- Ai papai, está doendo tanto.- Deixei que escapasse a primeira lágrima.


- O que está doendo meu amor? Quer que eu te leve no médico?


- Não. Nenhum médico pode fazer parar de doer.


- É o Christopher? - Assenti. - Ah meu amor, vem cá. - Me sentei e me encolhi em seus braços.


- Por quê? Eu já sofri o suficiente com ele no hospital, não há necessidade dele fazer isso comigo. Eu não posso mais aguentar isso. Não posso.


- Calma meu amor. Vai dar tudo certo. - Senti um beijo ser depositado na minha cabeça.
- Não vai. Ele nunca muda de ideia.


- Não chora por favor. Olha, eu tenho uma coisa pra você, mas só vou lhe entregar, se você parar de chorar.


- O que é? - Apartei-me dele e o olhei.


- Primeiro para de chorar. - Ele passou os dedos por meu rosto secando minhas lágrimas. - Parou? - Assenti. Ele tirou um envelope branco, pequeno e gordo do bolso e me entregou.


- O que é isso?


- Abre. - Abri o envelope e vi que era uma chave.


- Uma chave?


- Sim. Uma chave.


- Não é de carro, eu não dirijo.


- Bom, isso é uma coisa que você precisa aprender. Não pode depender da gente pra sempre.


- Do que é então?


- Lembra que me pediu pra gente mudar daqui? - Arregalei meus olhos.


- Isso é sério? - Ele assentiu. - Onde é?


- Nova York.


- Papai, isso é sério mesmo?


- Sim. Tenho um decorador arrumando as coisas por lá. Estou cansado de ver você chorar por causa disso.


- Ah papai. - O abracei. - Obrigada. Mas... - Me soltei dele e o olhei. - E você?


- Eu vou também. Não quero ficar longe nem de você, nem da minha filha.


- Mas e o Poncho? E a tia Alê?


- Fica a critério deles querer ir ou não. A casa é bem grande. Tem quarto pra todos.


- Isso deve ter saído muito caro papai.


- Saiu um pouco, mas não importa. Eu quero a minha família junto a mim. E olha, tem uma piscina enorme, que acredito que você vá adorar no verão. E espaço pra Luna brincar bastante quando ela começar a andar.


- Você comprou uma mansão? Por que somente mansões têm espaço assim em Nova York.


- Sim. E hum.. Eu... eu coloquei a fazenda à venda.


- O quê? Não. Papai, isso aqui é a sua vida. Não pode fazer isto.


- Eu estou velho Dulce. O dinheiro que tenho é para você e o Poncho fazerem faculdade, se casarem e criar seus filhos. Está na hora de eu me aposentar e aproveitar minha netinha porque o tempo passa rápido. Quero poder aproveitar cada momento dela. E aproveitar você também. E tem outra. Você vai começar a sua faculdade e eu vou poder ficar com a Luna enquanto você estuda. Não quero que ela cresça a cuidados de estranhos.


- Você vai mimar muito ela desse jeito.


- E vou mesmo.


-Ah, que droga Luna. - Ouvi Christopher gritar e uma gargalhada vir em seguida. - que nojo. - Olhei para o meu pai. - Por que você só faz essas coisas comigo? Ah não, não chora, vai. - A voz se aproximava, e o choro que começara também. - Não estou brigando com você meu amor, é só que não é justo você fazer isso só comigo, com tanta gente morando aqui. É bem injusto. - Ele falou chegando no quarto.


- O que houve agora?


- Ela gorfou na minha cara. - O olhei. Ele estava ainda um pouco sujo. Comecei a rir da cara dele.


- Ela acabou de mamar e você foi brincar com ela? Eu disse pra deixá-la dormir.


- Ela acordou sozinha. Não fui eu. - Ele me entregou Luna. - Eu vou lavar o rosto. E a boca, porque está com um gosto horrível. - Ele entrou no banheiro do meu quarto.


- Fala com o papai Luna. - Meu pai pegou a mão dela. - É só queijo papai.- Ri ainda mais pegando a toalhinha ao meu lado e limpando a boca dela.


- Faça muito isso Luna. Ele merece. - Dei um cheiro no pescoço dela. - Já passou. Seu pai que é um mesquinho meu amor. Já passou. - A coloquei com as costas na minha barriga. - Dá oi pro vovô, dá.


- Não chora meu amor. Já passou. - Meu pai se abaixou à altura dela. - Seus papais são loucos, não liga pra eles, tá bom? - Ela parou de chorar o olhando. - Isso. Vem cá no vovô. Vou cuidar de você agora. - Ele a pegou de meus braços. Ela parecia ainda menor nos braços dele. - Isso, vamos dormir de novo.


- Ela não vai dormir. Voltou o leite na cara do Christopher. Já, já ela vai voltar a chorar querendo mais. 


 



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Autor(a): LaPersefone

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O dia amanheceu bem ensolarado. Dei o banho em Luna e depois de amamentá-la coloquei-a para dormir em seu berço e então desci para comer algo. Encontrei tia Anahí e Poncho na sala de estar.- Bom dia pra vocês. Se continuarem assim logo logo a Lunna vai ter um primo. - Ah, acordou. - Falou Anahí se desgrudando de Poncho. - Bom ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 135



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  • LaPersefone Postado em 12/12/2015 - 15:00:39

    Lêh, milly_vondy e vondyforever180, passando só pra agradecer vocês :0 Fico contente por terem gostado. Um bj

  • vondyforever180 Postado em 11/12/2015 - 17:39:57

    Uaaaal ,Li Sua Web Terminei Hoje Owwn Amei <3 Parabens

  • milly_vondy Postado em 09/12/2015 - 13:52:56

    Perfeita, adorei! Parabéns!!!!!

  • Lêh Postado em 24/11/2015 - 11:58:24

    Menos de 3 dias pra ler, passou rapido.. amei a historia uma pena não ter acompanhado, pelomenos não sentii... VELE MUITO A PENA LAR

  • stellabarcelos Postado em 29/09/2015 - 21:03:10

    Amei muito essa fanfic envolvente, não dá pra parar de ler!! Você escreve muito bem! Parabéns!

  • jucinairaespozani Postado em 14/09/2015 - 00:29:29

    Amei parabéns a fic foi maravilhosa, não gostei da Dulce ter pedido pra ele ficar mas enfim, sua fic foi incrível

  • aamanda_as Postado em 11/09/2015 - 12:42:04

    Parabéns Pela Fanfic , Muita Linda, Até Que Enfim Christopher Esqueceu Essa Ideia De Ir Embora Amei o final Luna esperta sapequinha e baby ponny , noivos vondy, amei amei , todos felizes no final

  • anny_freitas Postado em 10/09/2015 - 22:35:50

    Perfeito o final amei demais.Essa fic foi perfeita . Parabéns!

  • sabrina_sassoto Postado em 10/09/2015 - 21:58:35

    Aquele momento que bate um vazio por ter acabado uma das fics que eu mais amo. Dani esse final ficou maravilhoso, finalmente a Dul é feliz. Essa fic foi perfeita do começo ao fim. Parabéns!

  • LaPersefone Postado em 10/09/2015 - 20:36:58

    Pessoal, a fic chegou ao fim. Demorou mas chegou rsrs... Gostaria de agradecer todos os leitores. Os que comentaram pelo site, os que comentaram pelo facebook e até mesmo os que não comentaram. Espero vê-los em alguma de minhas outras fanfics... De início deixo o link de Meu Guarda Costas aqui. Se alguém quiser, dá uma passadinha lá. Beijos e foi um prazer ter vocês por aqui. E se alguem quiser, pode me seguir no meu twitter. É @LaPersefone LINK: http://fanfics.com.br/fanfic/49002/meu-guarda-costas-vondy


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