Fanfic: Trezentos e Sessenta e Cinco Dias (FINALIZADA) | Tema: Vondy

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  O dia amanheceu bem ensolarado. Dei o banho em Luna e depois de amamentá-la coloquei-a para dormir em seu berço e então desci para comer algo. Encontrei tia Anahí e Poncho na sala de estar.
  
  - Bom dia pra vocês. Se continuarem assim logo logo a Lunna vai ter um primo.

  
  

- Ah, acordou. - Falou Anahí se desgrudando de Poncho. - Bom dia.

- Acordei faz mais de hora. Está pensando que ser mão é fácil? Não é não. Estou morrendo de sono.Luna está toda enjoadinha hoje. Passei a maior parte da noite acordada com ela chorando.

- Eu ouvi lá de casa. - Comentou Poncho. - Imaginei seu desespero.

- E onde estava o Christopher nessa história toda? 

- Dormindo. Onde mais? - Revirei os olhos. - Aliás, cadê aquele imbecil? Temos uma consulta pra ir.

- Consulta?

- Sim. Era pra ter sido ontem, mas era domingo. Então só deu pra marcar pra hoje. - Revirei os olhos. 

- A Luna está bem?

- Está. Bom, acho que está. É só a consulta do décimo após o nascimento. Bom, eu vou comer alguma coisa, se virem ele digapra estar pronto ás dez. - Olhei no relógio. - Ele tem menos de uma hora. 

Saí da sala e deixei os dois falando alguma coisa na qual não prestei atenção e fui para a cozinha. Não havia ninguém lá, mas a mesa estava posta com sucos, leite, torradas, biscoito, bolo, frutas e geleia. Comi um pouco de cada coisa. Esse lance de amamentar dá muita fome. Terminei de comer, subi novamente para o quarto e fui me arrumar. Depois de me arrumar rapidamente fui fazer a bolsa de Luna. Algumas fraldas, lenço umidecido, roupas, etc... 
Cheguei no quarto dela e ela ainda dormia profundamente. É bom saber que sozinha no quarto ela não acorda rápido. Peguei um macacão um pouco maior e mais quente e o coloquei sobre a cama, depois peguei outra touca, luca e uma manta também bem quente e fui pegá-la no berço. 

- Vamos vestir mais roupinha meu amor? - Ela resmungou, mas nem abriu os olhos. Deitei-a na cama e comecei a vesti-la. Coloquei o macacão rosa por cima da roupa que ela tá estava, troquei as luvas e a touca, depois a enrolei na manta. Ela desaparecera com tanta roupa. Tinha medo de levar uma bronca por isso. Ela não me parecia estar aumentando de peso. A peguei no colo, depois peguei a bolsa e coloquei em meu ombro e desci novamente. 

- Cadê ela? - Poncho perguntou debochado. - Ela sumiu dentro dessa roupa toda. - Tomou-a de meu colo. 

- Cuidado pra ela não escorregar por baixo. - Olhei em volta. - Ele não apareceu? 
Não. Mas eu ouvi o som de um motor. - Respondeu Anahí. - Deixe-me ver essa coisinha linda Poncho. - Alfonso se sentou novamente ao lado dela. - Ai, ela é tãolinda. 

- Eu vou ver onde ele está. Já volto. - Deixei Luna com os dois e fui procurar Christopher. O avistei assim que saí pela porta da frente. Ele estava mexendo no carro. - Se esqueceu da consulta Christopher?

- Não. Só estou aquecendo o carro antes. Já estou pronto.

- O bebê conforto já está no carro?

- Está. 

- Prendeu-a direito.

-Claro. Não sou tão idiota assim. - Ele sequer me olhou. - Acho que já está bom. Podemos ir?

- Só preciso ir buscá-la. Coloca a bolsa aíno carro. - Entreguei a bolsa a ele e saí para buscar Luna. Voltei poucos minutos depois e a coloquei no bebê conforto. - que frio mamãe. 

- Ela não vai se sufocar nessa roupa toda?

- Não Christopher. Ela está confortável assim. - Fechei a porta e entrei no banco da frente. - Vamos?

- Vamos. - Ele deu partida e fomos para a cidade. Não nos falamos durante todo o trajeto. Quando chegamos no hospital peguei Luna do bebê conforto e Christopher pegou o bebê conforto e a bolsa. Ficamos esperando na recepção uns quinze minutos e Luna começou a chorar no momento em que entramos na sala. 

- Mal chegou e já está chorando? - Perguntou o Pediatra à Luna.

- Odeia hospital assim como eu. - Respondi. - Christopher me ajuda aqui a tirar a manta. - Ele o fez ainda em silêncio. 

- Prazer, sou o doutor Frankin Campbell. Podem se sentar. 

- Prazer. - o cumprimentei e depois me sentei. - Tudo bem meu amor, mamãe está aqui. - Arrumei-a em meus braços deixando-a com a cabeça sob meu peito. - Shh. 

- Tudo bem. Vamos começar. Você trouxe os resultados dos exames?

- Sim. Os dela e os meus durante a gravidêz. - Christopher olhava uma caneta na mesa. - Christopher, pode pegar dentro da bolsa pra mim? - Ele pegou a bolsa dentro do bebê conforto no chão, abriu, pegou um envelope e entregou ao médico.

- Você é o pai da criança? - Perguntou o médico e ele assentiu. - Bom, deixe-me dar uma olhada.

- Dá pra parar com isso? - Perguntei entredentes. - Será que dá pra ser menos frio pelo menos na primeira consulta da sua filha? - Ele deu de ombros, se levantou e pegou Luna do mim.

- Chega de chorar filha. Não vai ganhar nenhuma ingeção.- Ela parou de chorar o olhando. - Está com medo?

- Eles ainda não entendem nada disso. - Respondeu o pediatra olhando os exames. - Teve algumas complicações na gravidêz, senhora?

- Me chame de você ou de Dulce, pelo amor de Deus. - Arregalei os olhos.

- Como quiser. - Ele riu. - A maioria das mães não gostam. 

- Daqui uns vinte anos podem me chamar assim. Mas bom, respondendo sua pergunta, eu tive sim. Eu tenho diabetes, então foi um pouco mais comlicado. Eu quase a perdi uma vez.

- Você já teve outro filho, ou já sofreu algum aborto?

- Não. 

- Alguma dificuldade pra engravidar?

- Também não. - Encarei Christopher que conversava com Luna sem prestar atenção nas perguntas do médico.

- Sua filha está se alimentando apenas com o leite materno ou está tomando alguma fórmula?

- Leite materno. Deram a ela uma fórmula quando ela nasceu e ela teve reação alergica. As manchas ainda estão visíveiis. Acha que ela pode ser alérgica a alguma outra? Algum leite em pó ou industrializado?

- É provável, mas por enquanto vamos mantê-la somente sobre o aleitamento materno.

- Se depender de mim por um bom tempo. Doutor, não tenho reparado muita mudança no tamanho e no peso dela nesses dias.

- Vamos ver isso logo. Ela tem se alimentado direito?

- De acordo com o que meu médico disse. E quando mama parece que está com muita fome. 

- O leite não sustenta tanto no início. Com o tempo vai melhorar. Ela tem dormido bem?

- Essa noite não, mas nas outras normal. Acorda com fome ou com cólica. E dorme bem de dia também. 

- Entendi. - Ele se levantou. - Bom, preciso examiná-la agora. - Ele esterilizou as mãos e depois a pegou com Christopher. - Nãose assustem com o choro, é comum. 

-Ta. - Me levantei e fiquei o mais perto que pude. Ele pegou luna, a deitou na maca e começou a tirar as roupinhas dela. Luna começou a chorar assim que ele a deixou apenas de fralda, mas ele também a tirou logo em seguida. Por sorte a fralda estava limpa. - O umbigo ainda não caiu. 

- Não. Mas a avó dela disse que é normal. 

- É sim.Não deve demorar. Continue cuidando bem.

- Pode deixar. - Continuei olhando-o examiná-la. Ele verificou o ouvido, o peito, e as costas. Depois começou a testar os reflexos dela. 

- Ele vai machucá-la. - Christopher falou atrás de mim.

- Não vai não. É normal isso. Fizeram o mesmo com você e você continua inteiro. - Revirei os olhos. 

- Mas ela está chorando. - Olhei a cara de desespero dele.

- Ela só está com frio Christopher. - O vi pegar Luna e colocá-la com cuidado em uma balança, e depois anotar algo em um papel. 

- Tudo bem princesinha. Já vai acabar. - Ele a pegou novamente e voltou a deitá-la na maca, e então começou a medí-la na cabeça e tronco com uma fita. - Pode me ajudar segurando a cabecinha dela, por favor? - Assenti e fui segurar a cabeça dela.

- Ja vai acabar meu amor, calma. - Ele mediu-a da cabeça aos pés. - Com quantos centímetros ela nasceu? - Ele perguntou enquanto voltava a colocar a fralda nela.

- Com quarenta e dois e meio. 

- Bem pequenininha, mas está se desenvolvendo bem sim. 

- Ah, que bom. Estava ficando preocupada com isso.

- Vou só fazer mais uma coisa e você poderá vestí-la. Ela só vai parar de chorar quando estiver quentinha de novo, não é meu anjinho? 

- Tá bom. - Ele pegou um objeto que emitia uma luz e começou a olhar os olhinhos dela. - Prontinho. Pode vestí-la agora. Preciso fazer algumas anotações.

- Ok. - Me posicionei perto dela e comecei a vestí-la novamente. Peça por peça. - Prontinho meu amor, acabou. Acabou. - A peguei no colo e fui me sentar. - Se importa se eu amamentá-la?

- De modo algum. - Ele respondeu olhando para o monte de papel nas mãos. Peguei a toalhinha dela para cobrir meu seio e comecei a amamentá-la em seguida. Só assim ela se calou. - Você disse que tem diabetes. Tem tomado a insulina com que frequência?

- Bom. Durante a gravidêz aumentou, mas agora está bem mais controlada. Tomo minha insulina geralmente quando acordo, mas dependendo de como estiver eu tomo mais na hora do almoço ou até depois. 

- Entendi. Vou pedir alguns exames pra você. E quero que traga os resultado para mim na próxima consulta.

- E quando será a próxima consulta?

- quando ela completar um mês de vida. Pode marcar uma semana antes.

- Ok.

- Por enquanto é apenas isso. Eu deixaria você amamentá-la aqui mas tenho mais uma consulta agora.

- Sem problemas. Posso fazer isso lá na sala de espera. - Me levantei. - Pega as coisas aqui Christopher. 

- Foi um prazer conhecê-la e conhecer essa bonequinha também. Tem uma filha muito linda. - Ele abriu a porta para mim.

- Obrigada. Nos vemos logo. - Saí e Christopher veio logo atrás de mim.

- Dulce.

- Não fala comigo. - Respondi brava indo até a sala de espera. Passamos por um casal no meio do caminho. 

- Eu só ía perguntar se quer ir comer em algum lugar.

- Só quero ir pra casa Christopher, e não fala comigo ok?

- quanto mal humor. - Ele bufou. - Vai demorar?

- Não. - Respondi com a voz falha indo me sentar. - Pode ir andando pro carro se quiser, não preciso da sua compania.

- Você quem sabe. - Ele deu de ombros e saiu.

- Por que ele faz isso Luna? Você não tem culpa de nada. - Acariciei o rostinho dela. Ela tinha voltado a dormir. - É melhor a gente ir embora, quando chegarmos eu termino de te amamentar. - Beijei a cabecinha dela e arrumei minha blusa. Me levantei e fui andando lentamente para o carro. Coloquei-a o mais rápido possível no bebê conforto e depois entrei no carro. Tentei não chorar o trajeto do hospital até em casa e quando chegamos, saí do carro, peguei Luna com o bebê conforto junto e entrei o mais rápido que pude.