Fanfics Brasil - Capitulo 16 - Parte 7 Trezentos e Sessenta e Cinco Dias (FINALIZADA)

Fanfic: Trezentos e Sessenta e Cinco Dias (FINALIZADA) | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 16 - Parte 7

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-Voltaram. - Ela parecia entusiasmada. - Como foi? - Alê perguntou assim que me viu entrar em casa. Entreguei o bebê conforto a ela e subi correndo para o meu quarto. Antes mesmo de chegar até ele eu já estava chorando. Me joguei na minha cama abraçando meu travesseiro. Como ele podia ser tão estúpido? Esse não era o Christopher por quem eu me apaixonei. Por quem eu quase me matei. Não era.

- Dulce? - Ouvi a voz de Alfonso um tempo depois. Ele não bateu na porta. Simplesmente entrou e veio se sentar próximo a mim. - O que houve? Por que está chorando? - Ele se sentou perto de mim. - Aconteceu alguma coisa? É alguma coisa com a Luna? - Neguei.

- Ela está bem. - Respondi entre soluços.

- Diz pra mim o que está acontecendo. Minha mãe está apavorada lá em baixo.

- É o Christopher. Por que ele tem que agir assim? O que a Luna tem a ver com tudo isso?

- O que ele fez?

- O que ele não fez seria a pergunta correta. Ele agiu como se nem fosse o pai dela. Como se tivesse sido obrigado a estar lá. Como se tivesse sido obrigado a assumí-la. Ele nem sequer falou com o médico.

- É sério isso? - Assenti. - Eu vou conversar com ele. Isso não se faz. Ele já passou dor limites. Se eu soubesse que ele faria isso eu mesmo teria ido com você. Mas não fica assim., não vale a pena. - Ele saiu sem falar mais nada. Foi questão de poucos minutos até eu começar a ouvir os dois discutirem no andar de baixo, o que me fez chorar ainda mais. Demorou um pouco até acalmar a gritaria, mas mesmo assim Christopher não veio falar comigo.

Depois de um tempo ouvi a porta se abrir, mas nem me virei para saber quem era. Descobri apenas pela voz.

- Dulce, o almoço está pronto, você não vem? - Eu não respondi. Não estava com fome e muito menos apetite. - Você precisa comer. Agora principalmente. - Continuei sem responder. Tia Alê ficou me olhando por um tempo e depois saiu novamente. Pouco tempo depois a porta tornou a abrir. -Filha? - Agora era meu pai. Eu ainda não o tinha visto. - Eu trouxe sua comida. Você precisa comer. - Eu também o ignorei. Eu queria que por um minuto todos esquecessem que eu estava ali. - Ele se sentou na cama me olhando. - Fala comigo, por favor. Está me matando ver você assim. Fala alguma coisa. Grita se quiser, mas fala. - Ele tirou o cabelo que estava em meu rosto.

- Tio Fernando? - Ouvi a voz meiga de Anahí. - E aí?

- Nada Anny. Ela nem fala. Parece em estado de choque. Ela nem se quer se move.

- Está me deixando preocupada. A Luna está chorando. Acho que está com fome.

- Onde ela está?

- Com a Alê.

- Pode trazê-la pra mim, por favor?

- Claro. Eu vou buscá-la.

- Filha, reage, por favor. A sua filha precisa de você. Eu sei que está triste, mas ela não tem culpa disso. - Ele me puxou e me fez sentar. Eu não o encarei. - Por favor. Olha pra mim. - Ele segurou meu rosto, mas eu continuei sem reagir. - Filha, por favor. Estou ficando apavorado com sua reação. Ouvi o chorinho de Luna. - Olha. A sua filha está aqui. - Ele a pegou do colo de Anny. - Ela está com fome. Precisa de você. - Eu continuei parada. Nem sequer a olhei. - Dulce, ela está chorando. Por favor.

- Não vai adiantar. - Anny falou. - Ela está fora de si. Pode ser até arriscado.

- Pede a Alê pra ver se ainda tem a formula que ela tomou aquele dia. Ela não pode ficar sem amamentar. - Entrou Luna novamente para Anny que saiu logo em seguida. - Filha, por favor. Se não é por você, faça por ela. - Continuei parada. - Eu vou conversar com o Christopher, isso não pode ficar assim. - Ele se levantou e saiu. Continuei sentada da mesma maneira que estava por muito, muito tempo.

Não percebi quando ele entrou no quarto. Somente o vi quando ele se sentou na minha frente fitando o chão. Ele ficou em silêncio por um bom tempo, e só depois começou a falar.

- Você não pode agir assim Dulce. Precisa comer. Estão todos preocupados com você lá em baixo. - Ele deu uma pausa. - Você acha que é fácil pra mim? Não é. Não é fácil fingir que não te amo mais. Não é fácil fingir que quero ficar longe de você, mas talvêz seja melhor assim. Talvêz você me entenda futuramente. - Eu continuei calada. - Olha, eu... eu passei na Universidade de Stanford. - Agora eu o olhei em busca de mais respostas. - Aquela vez que eu viajei não foi apenas pra não ver você ir. Eu já tinha me inscrevido, e eu sequer sonhava na possibilidade de ter a Luna algum dia. Eu recebi a carta quando ainda estava no hospital, mas só pude ver quando acordei. Eu estava tão confuso mas eu aceitei. Eu não queria mais que me machucar, eu não queria mais que você se machucasse. - Ele se calou fitando o chão.


-
Um ano, trezentos e sessenta e cinco dias, doze meses, oito mil setecentos e oitenta e quatro horas, quinhentos e vinte e cinco mil e seiscentos minutos. - Comecei a falar baixinho sem sequer o olhar. - Tempo necessário para aprender a viver e a me acostumar com esse lugar associado ao paraíso. Tempo suficiente, para deixar de vez o passado e seguir a diante. Trezentos e sessenta e cinco dias, ou trezentos e sessenta e cinco pores-do-sol, ou mais precisamente, um ano. Vinte e um de dezembro de dois mil e quatorze, o primeiro olhar, o primeiro toque, mas não o único. Vinte e cinco de janeiro de dois mil e quinze, o primeiro beijo. Dezesseis de abril de dois mil e quinze, a primeira vez que me levou às estrelas, mesmo que isso no final tenha me causado tanta dor. Primeiro de julio, o dia em que tive a certeza de que estava esperando um filho da pessoa que eu mais amava na vida. Quinze de júlio do mesmo ano, o dia que quase te perdi para sempre mesmo sem você ser meu. Todas as datas, todos os olhares, todos os beijos, os abraços, os sorrisos, os momentos bons e os ruins estão guardados aqui, no meu coração. Não abro mão de nenhum deles, pois é através de cada um que comecei a reconstruir minha vida. Perdi as duas pessoas que mais amava na vida e quase perdi você. Deixei do outro lado do país meus amigos que cresceram comigo, para viver em um lugar onde não conhecia ninguém, nem mesmo ao meu próprio pai. - Enxuguei meu rosto. - Eu conheci o cara que apesar de todas as brigas me fez a mulher mais feliz desse mundo. E a pesar de todas as perdas, de todas as lágrimas, deixo nesse exato momento, meu orgulho e meu passado para trás, simplesmente para dizer que te amo. Eu tive medo de me apaixonar, mas quando percebi era tarde de mais.

- Você... você gravou todas essas datas? - Ele me perguntou. Parecia nervoso.

- Isso e muito mais. - Abaixei a cabeça. - Por favor Chris. Não vai embora. Não me deixa, não deixa a gente. Não deixe de ser o meu Chris. - Pedi em desespero e ele me abraçou.

- Vocês também vão embora Dulce. Sei
que vão voltar pra Nova York.

- Vem com a gente. Você pode vir.

- Mas...mas e a Universidade.

- Você pode estudar em outra, eu sei que pode. Podemos estudar na Universidade Colúmbia. Você, eu, o Poncho e se a Anny quiser, ela também pode.

- Mas eu não tenho dinheiro pra pagar outra Universidade.

- Eu tenho Christopher. Eu posso pagar pra você.

- Sabe o que penso a respeito disso Dulce. Não posso usar o seu dinheiro.

- Por favor. Pela nossa filha. - Me separei e o encarei. - Eu não posso viver sem você. Não posso. Nós duas precisamos de você. Eu errei tentando proteger você, eu sei. Eu deveria ter confiado, mas eu tive medo. Me perdoa por isso, mas não deixa a gente. Christopher, se você tivesse morrido, eu não teria aguentado. Não teria. Eu nunca vou me perdoar por ter feito isso com você.

- Ei, ei, ei. Para com isso. - Ele segurou meu rosto. - Se eu tivesse morrido você precisaria ser forte, por você, pelo seu pai e principalmente pela nossa garotinha. Você é forte Dulce. Metade das pessoas não aguentariam passar pelo mesmo que você.

- Eu não sou forte Christopher. Você me deixou forte.Foi você todo esse tempo. Me manteve aqui, me manteve de pé mesmo com tanta dificuldade. Você me aturou quando nem eu mesma me aguentava mais. Eu prometo ser alguém melhor, eu prometonão ser um peso, mas não me deixa. Não me deixa.

- Você não é um peso pra mim Dulce. Nunca foi e nunca será. - Ele selou meus lábios. - Eu também te amo.

- Isso quer dizer que você vem com a gente?

- Isso quer dizer que sim, mas com uma condição.


- O que você quiser.

- que você se case comigo quando terminarmos a faculdade. Na igreja, no civil. Como deve ser.

- Casar?

- Sim. Você aceita? - Ele enxugou meu rosto ainda molhado depois passou meu cabelo para trás.

- Não. - Ele me olhou. - Não assim. Não desse jeito.

- Como assim? - Saí da cama e me ajoelhei na frente dele.

- Christopher Aleander Luis Casillas Von Uckermann, você aceita se casar comigo e ser meu homem até o fim de nossos dias? - Ele ficou me olhando depois começou a rir alto. - O que foi? Não é engraçado. Eu estou falando sério Alexander.

- Isso foi engraçado baixinha. - Ele me puxou para seus braços.

- Ei. Eu não sou baixinha.

- É sim. Você sempre será minha baixinha. - Ele beijou meu persoço. - Sim. Eu aceito ser seu homem. Vem aqui. - Ele me ajudou a me levantar e me fez sentar em uma de suas pernas. - Eu também te amo. Te amo muito. - Então ele e beijou. Um beijo calmo, suave e doce.

- Dulce? - Ouvi a voz da tia Alê e me apartei de Christopher. - Ah, perdão. Eu não queria atrapalhar.

- Tudo bem. - Sorri sem graça saindo do colo dele.


- É a luna. Ela não quer pegar a mamadeira hoje. Sabe que só você pode dar um jeito nisso.

- Tras ela pra mim?

- Deixa que eu busco. - Christopher se levantou. - Tenta comer agora, tá bom? - Assenti. - Eu já volto. - Ele saiu puxando a mãe dele com ele e eu fiquei parada olhando pra porta sorrindo feito uma idiota. Christopher voltou um tempinho depois. Luna chorava com fome em seus braços. - Você não comeu nada.

- Ela primeiro. - Respondi. - Vem cá meu amor. - Christopher me entregou minha princesinha. - Estão tentando fazer você tomar aquele leite ruim? Hum? - Me sentei na cama encostando em um travesseiro e comecei a amamentá-la. - Pronto meu amor, pronto. Desculpa deixar você com fome. - Beijei a testa dela.

- Nossa, parece que ela estava morrendo. - Ele se sentou ao meu lado. - Está gostoso meu amorzinho? - Ele deixou que ela segurasse o dedo dele. - Deixa um pouco pro papai.

- Eca. - Fiz careta. - Fala com ele que pelo menos pelos próximo oito meses é apenas seu.


- Será? - Ele beijou meu pescoço.

- Com certeza. E para de beijar meu pescoço Christopher, você me deixa excitada.

- Ah é? - Ele voltou a beijar.

- Eu vou te bater. - O ameacei segurando para não rir.

- Não vai não, porque você me ama.

- Sim. Eu amo muito, mas ainda é muito cedo pra isso.

- E vai demorar pra você se recompor?

- Não sei. O médico disse que varia de mulher para mulher. Acho que saberei quando estiver pronta.- Luna nos olhava enquanto mamava.

- Depois, quando a gente se casar, vamos dar um irmãozinho a ela?


-Christopher, ela não tem nem quinze dias e você já quer dar um irmão a ela? 

- Eu disse depois que casarmos. Isso vai demorar pelo menos uns quatro anos, não é?

- Teremos muito tempo pra pensar nisso. Mas enquanto isso, não vamos nos separar mais.


- Não. Não vamos. Nunca mais. - Ele beijou a mãozinha de Luna. - Nunca mais.


 


 







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Autor(a): LaPersefone

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 135



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  • LaPersefone Postado em 12/12/2015 - 15:00:39

    Lêh, milly_vondy e vondyforever180, passando só pra agradecer vocês :0 Fico contente por terem gostado. Um bj

  • vondyforever180 Postado em 11/12/2015 - 17:39:57

    Uaaaal ,Li Sua Web Terminei Hoje Owwn Amei <3 Parabens

  • milly_vondy Postado em 09/12/2015 - 13:52:56

    Perfeita, adorei! Parabéns!!!!!

  • Lêh Postado em 24/11/2015 - 11:58:24

    Menos de 3 dias pra ler, passou rapido.. amei a historia uma pena não ter acompanhado, pelomenos não sentii... VELE MUITO A PENA LAR

  • stellabarcelos Postado em 29/09/2015 - 21:03:10

    Amei muito essa fanfic envolvente, não dá pra parar de ler!! Você escreve muito bem! Parabéns!

  • jucinairaespozani Postado em 14/09/2015 - 00:29:29

    Amei parabéns a fic foi maravilhosa, não gostei da Dulce ter pedido pra ele ficar mas enfim, sua fic foi incrível

  • aamanda_as Postado em 11/09/2015 - 12:42:04

    Parabéns Pela Fanfic , Muita Linda, Até Que Enfim Christopher Esqueceu Essa Ideia De Ir Embora Amei o final Luna esperta sapequinha e baby ponny , noivos vondy, amei amei , todos felizes no final

  • anny_freitas Postado em 10/09/2015 - 22:35:50

    Perfeito o final amei demais.Essa fic foi perfeita . Parabéns!

  • sabrina_sassoto Postado em 10/09/2015 - 21:58:35

    Aquele momento que bate um vazio por ter acabado uma das fics que eu mais amo. Dani esse final ficou maravilhoso, finalmente a Dul é feliz. Essa fic foi perfeita do começo ao fim. Parabéns!

  • LaPersefone Postado em 10/09/2015 - 20:36:58

    Pessoal, a fic chegou ao fim. Demorou mas chegou rsrs... Gostaria de agradecer todos os leitores. Os que comentaram pelo site, os que comentaram pelo facebook e até mesmo os que não comentaram. Espero vê-los em alguma de minhas outras fanfics... De início deixo o link de Meu Guarda Costas aqui. Se alguém quiser, dá uma passadinha lá. Beijos e foi um prazer ter vocês por aqui. E se alguem quiser, pode me seguir no meu twitter. É @LaPersefone LINK: http://fanfics.com.br/fanfic/49002/meu-guarda-costas-vondy


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