Fanfic: Trezentos e Sessenta e Cinco Dias (FINALIZADA) | Tema: Vondy

Oi gente, bem vindos... Meu nome é Daniele. Sou a autora de Naufragos, Quebrando a Rotina e Heroes 3000. Bom, essa é uma fanfiction que venho escrevendo desde o ano passado, e ela ainda está no começo, porém espero terminá-la. rsrs... Os capitulos são  grandes, tipo grandes mesmo, de dezenas de paginas então tenham paciencia. Ainda estou iniciando o terceiro mas até lá tenho muita coisa já escrita para postar. Tenham paciencia pois tenho outras fics para terminar e muito pouco tempo para escrever. Quem quiser me seguir no Twitter o user é @RespireVondy ou @LaPersefone. Comentem sobre o que estão achando, pois a falta de comentários apenas me desanima D: Mas em fim... Seguimos...Beijos :* 

[Nova York]

   16 de dezembro faltavam meia hora para bater o sinal do fim da aula. Olhei meus amigos tumultuarem a classe. Estavam felizes pelo recesso de fim de ano. Todos animados para comemorarem o Natal e a Virada do ano com suas famílias. Eu, Dulce Maria mirei a janela e pude ver o pátio coberto pela neve branca. Apesar da sala aquecida, pude sentir alguns arrepios. Sabe aquele mau pressentimento que sentimos do nada? É isso que sinto agora. Fiquei por mais ou menos uns cinco minutos mirando os pequenos flocos de neves caírem do lado de fora, e me assustei quando Pablo sentou-se ao meu lado beijando-me o rosto.

Perdão, não queria te assustar. – Pronunciou o garoto ao meu lado. Sim, ele era meu “namorado”. Nada sério, mas naquele momento era com ele que eu saía. Apesar de lindo, ele não fazia meu tipo. Acredito que 80% das garotas desse colégio gostariam de estar no meu lugar. É líder no clube de vôlei masculino da escola, e acho que os garotos que jogam vôlei, são os mais desejados dali. Bom, eu não disse nada, apenas voltei a olhar a janela. Por algum motivo eu queria ficar sozinha. Desejava que aquele sinal tocasse rápido para ir para minha casa. – Está tudo bem Dulce? Está estranha hoje.

Está sim. Só quero ficar sozinha. – Falei tão baixo que ele quase não me ouviu.

Tem certeza? Sei lá, você não me parece bem.

Estou bem, já disse. – Falei em tom audível dessa vez. Deixe-me sozinha.

TPM. – O vi revirar os olhos pelo reflexo da janela enquanto ele se retirava. Apenas suspirei e voltei a observar os flocos de neve. Mais 20 minutos. 20 longos minutos se passaram e ouvi aquele sinal entrar por meus ouvidos, juntamente com os gritos de todos os alunos da escola. Peguei minha mochila e saí carregando até a porta, onde peguei meu casaco e me vesti. Depois coloquei minha toca e luvas, logo em seguida arrumei minha mochila em minhas cosas e saí, sem se quer falar com ninguém. Segui até o fim do corredor e desci dois lances de escada, indo em direção à saída do pavilhão. Um ar frio percorreu por todo meu corpo, mas não hesitei em sair dali. Fui em direção ao portão do colégio, enquanto via um ônibus em que eu deveria pegar apontar na esquina. Saí correndo quase escorregando na neve, porém consegui chegar a tempo. Dei o sinal e logo o ônibus parou. Entrei, passei meu cartão e fui me sentar no fundo do ônibus. Vi mais alguns alunos entrarem, mas se quer perdi meu tempo em observar. Peguei meu iPhone e conectei meu fone de ouvido, liguei uma musica alta e comecei a escutar. Fechei meus olhos encostando minha cabeça na janela. Senti alguém sentar ao meu lado, e pelo perfume pude saber quem era. Era Ivalú, a pessoa que mais me conhecia, ou que conhecia o suficiente para saber que eu queria ficar quieta e na minha. Quinze minutos se passaram e senti alguém tocar-me o braço. Abri meus olhos e mirei a janela. Estava próximo a minha parada. Dei meio sorriso agradecendo e me levantei enquanto tocava o sinal. De dentro do ônibus que passava em frente ao meu prédio, pude ver uns carros estranhos. Pelo menos não os vira todos os 14 anos que morei ali. Estranhei, e assim que desci do veículo segui até lá. Cumprimentei o senhor Sérgio, porteiro do prédio - que me olhou com uma cara não muito legal - e entrei no prédio. Peguei o elevador e subi até o 7º andar. Quando a porta do elevador abriu topei com uns caras de preto me encararam. Olhei em direção à porta do meu apartamento e quando ia entrar, vi minha avó completamente pálida e imóvel caída ao chão enquanto uma mulher e um homem a tapavam com um plástico completamente preto. Morta? Como assim minha avó estava morta? Ia correr em direção a ela quando um senhor me segurou. Tentei me pronunciar, mas a única coisa que saíra de mim naquele momento foram lágrimas. Naquele momento vi a única pessoa que eu tinha ser levada do nosso apartamento. Perdi minhas forças completamente e meu corpo escorregou pelos braços do homem que me segurava. Eu, pequena, pesando apenas 52 quilos, pude ser facilmente levada até meu quarto. Ele me colocou em minha cama após tirar a minha mochila de minhas costas. Soluçava desesperadamente enquanto me encolhia.