Fanfic: Trezentos e Sessenta e Cinco Dias (FINALIZADA) | Tema: Vondy

Acordei no dia seguinte com uma tremenda dor de cabeça. Olhei no relógio e já era mais de meio dia. Levantei, tomei uma ducha bem quente, me arrumei e segui ao piso inferior. Sentia um cheirinho bom o que me fez ficar ainda com mais fome. Fui até a cozinha e lá estava ele. O primeiro impacto: O que ele estava fazendo ali? Desde quando ele cozinhava? O segundo impacto: Que diabos ele estava fazendo ali? Quis virar um tatu e cavar um buraco no chão.

Boa tarde moça. - Ele disse sereno enquanto mechia algumas panelas. - O almoço está quase pronto. - Continuei parada feito uma estátua na porta da cozinha. - O que houve? Comeram sua língua? - “Literalmente.” Pensei e ri. - Está com fome? - Apenas assenti e fui até uma das cadeiras, onde me sentei e fiquei o olhando. - Pensei que não iria acordar mais.

Estava cansada. Faz muito tempo que não fico fora até tão tarde.

Você se acostuma de novo. - Disse enquanto desligava o fogão. - Dulce, sobre ontem a noite.

Christopher não. - Droga, seria muito bom se ele nem tocasse no assunto.

Não quer falar sobre o que houve? - Ele virou e me olhou. Eu podia sentir minhas bochechas completamente vermelhas.

Não está certo Christopher. - Me levantei. - A gente mal se conhece. Digo, faz mais ou menos um mês que estou aqui. Entende?

Dulce. - Ele pronunciou calmamente meu nome enquanto se aproximava. - Foi apenas um beijo. - Ele sorriu aparentemente compreensivo. - Somos jovens, jovens fazem isso.

Fazem? - É, realmente ele me tirava todos os sentidos. Que espécie de pergunta era essa? Tive que rir de mim mesma. Foi tão inevitável que até ele riu.

É assim que eu gosto de te ver?

Assim como?

Sorrindo. - Ele se aproximou mais.

É isso que os jovens fazem? - Sussurrei já sentindo os lábios dele roçarem os meus.

Sim. - E lá estávamos nós mais uma vez envolvida em um beijo.

Não tem gosto de caipirinha. - Sussurrei entre o beijo e ele sorriu.

Tem gosto de quê? - Ele me pegou pela cintura e me sentou na mesa, ficando entre minhas pernas.

Eu não sei, mas é bom. - Levei minha mão na nuca dele e o puxei contra mim. Senti as mãos dele envolverem minha cintura desta vez sem agasalhos. Ele me apertou contra seu corpo o que me fez dar um leve gemido. Aqueles lábios quentes e macios desceram da minha boca até a lateral do meu pescoço dando uma leve mordida seguida de uma chupada. Meu corpo se arrepirou por completo. Levei minha mão até o interior da plusa dele e pude sentir seu corpo malhado. Depois as levei até às costas dele dando uma leve arranhada. Christopher voltou a me beijar. Aquele beijo estava se tornando cada vez mais envolvente, fugaz e envolvente.

Algo falava mais alto que eu, falava mais alto que ele. E foi exatamente esse algo que me fez começar a tirar a blusa dele. O calor já havia tomado conta do meu corpo. Nos separamos aos pulos quando ouvimos o som de um carro estacionando.

Deve ser seu pai. - Ele disse enquanto buscava fôlego.

É, deve ser. - O olhava. Não estava nada satisfeita. Ele mordeu aqueles lábios molhados olhando pra mim. Sabia que não era a única insatisfeita. Olhei para baixo e vi um certo volume.

Eu já volto. - Ele saiu meio sem jeito, provavelmente teria ido ao banheiro acalmar o seu filho único.

Desci da mesa e fui tomar um copo d`agua. Precisava fazer o meu corpor até então ardente baixar um pouco a temperatura.

Christopher voltou logo em seguida e ficamos em silêncio. Não demorou muito para Fernando entrar na cozinha. Tentamos fingir que nada havia acontecido, o que era engraçado. Nos olhávamos o tempo todo, principalmente durante o almoço. Fiquei tentando adivinhar se Fernando havia notado algo diferente.

O que é isso no seu pescoço Dulce? - Fernando perguntou sério e eu engoli seco. Maldido Uckermann. O olhei e ele se segurou para não rir. Precisava pensar em alguma desculpa.

Acho que algum inseto que tenho alergia me picou. - Menti e Christopher engasgou. Tive vontade de de voar no pescoço dele e esganá-lo.

Mas está doendo? - Ele perguntou preocupadamente ingênuo.

Não. Só coça um pouco. - Menti fitando Christopher.

Toma um anti-alérgico se não passar, tudo bem? - Assenti levando uma garfada de comida à boca ainda sem acreditar que ele havia acreditado na minha mentira ou se ele estava apenas fingindo acreditar.