Fanfic: Trezentos e Sessenta e Cinco Dias (FINALIZADA) | Tema: Vondy

Meninas perdão. Eu ía postar ontem mas estava com muita dor e nem no pc consegui ficar...

Mas aí está...

Se tiver mais comentários posto mais um ainda hoje. ^.^

Sua mãe trabalhava em uma boate Dulce. Eu era um jovem que queria curtir a vida, mas quando vi sua mãe foi amor à primeira vista. Comecei a frequentar a boate em que ela trabalhava e assim começamos a nos relacionar. Quando meus pais descobriram que eu estava gastando tudo com ela, eles se enfureceram e fizeram de tudo para nos separar Não que ela fosse interesseira, porque ela não aceitou nem metade das coisas que eu a ofereci. Até que um dia ela descobriu que estava grávida e eu a trouxe para morar comigo. Meus pais embora a odiassem não podiam expulsá-la, pois todo o dinheiro que tenho recebi como herança do meu padrinho que não tinha filhos e ele me tinha como um. Depois que você nasceu meus pais fizeram o inferno dela. Diziam que você não era minha filha, queriam fazer de tudo para eu acreditar que você não tinha o meu sangue. Mas eu a defendi com tudo o que eu podia. Quando você tinha 3 anos, sua avó, mãe da sua mãe descobriu que estava doente e como aqui não tinham tratamento específico, sua mãe pediu para eu ajudá-la com um tratamento em Nova York, porém ela teria que ir junto e acabou te levando, pois assim os meus pais deixariam você e sua mãe em paz. O tempo foi passando e meus pais conseguiram afastar sua mãe de mim. Eu não sei o que eles fizeram porque toda vez que eu ligava sua mãe ou não atendia, ou dizia que não podia falar. Pedia pra falar com você e ela dizia que você não queria. Até que um dia ela se foi, e daí sua avó trocou o número do telefone.

Isso é verdade? – Perguntei já entre soluços com o rosto encharcado e ele assentiu. – Mas por que é que você não foi atrás da gente?

Eu fui Dulce. Ela se quer me deixou chegar perto de você. Não quis me dizer o que estava acontecendo. Ameacei tirar você dela, mas sabia que meus pais não lhe dariam paz.Talvez fosse melhor deixar vocês duas lá, pois lá eles não poderiam atormentá-las.

Eu não consigo acreditar nisso. Não consigo. - Escondi meu rosto em minhas mãos enquanto chorava feito uma criança.

Dulce, olha para o seu quarto. Acha que se eu quisesse ter ficado longe de você eu teria deixado tudo como era? Dulce, eu te amava mais que tudo e ainda amo. Vi você nascer, me chamar de pai pela primeira vez, dar os primeiros passos em minha direção. – O olhava sem saber o que falar. Seria mesmo tudo isso verdade? E o que minha mãe teria a me dizer? Eu precisava saber dos dois lados. Mas espera, eu vivi a vida inteira com um lado, seria esse o lado verdadeiro? Pude ver nos olhos dele como ele estava. Talvez tivessem tocado na ferida mais profunda dele.

Me abraça? – Pedi em um impulso e sem falar e ele me abraçou. Um abraço confortável e confiante. Um abraço apertado. O primeiro abraço depois de muitos anos. – Eu estou tão confusa.

Eu sei meu amor. Eu sei que está. – Ele me apertou em seus braços e pude sentir uma lágrima quente cair sob meu ombro. – Mas não se preocupe, eu estou aqui, e vou cuidar de você, com todo meu amor.

Por que nunca me contaram a verdade? – Apartei-me dele.

Eu juro que não entendo. Eu jamais teria escondido tudo de você. Mas olha, eu não tenho receio de sua mãe. Sempre a amei Dulce. Sempre.

Sente a falta dela?

Muito. Ela era uma mulher alegre. E apesar de ter sofrido tanto ela nunca deixou de lutar para te ver feliz.

Por que ela escondeu que estava doente? Você teria ajudado não teria?

Claro que sim. – Ele enxugou minhas lágrimas. – Ela se foi e deixou um monte de interrogações não foi?

Harram.

Você é igual a ela. Bom, não no emocional, porque acho que você me puxou nesse ponto. Mas no físico você é idêntica a ela. Ela era exatamente como você é hoje. Os olhos, o cabelo, o sorriso. – Ele encostou-se e me puxou para deitar em seus braços.

Sério? – O olhei.

Hurrum.

Me responde uma coisa?

O quê?

Por que é que você queimou minhas fotos?

Não queimei. E como é que sabe disso?

É... O Christopher conseguiu salvar algumas. – Mordi meu lábio inferior.

Ele nunca me disse isso. E não fui eu quem queimei. Foi minha mãe. Ela e essa mania de querer estragar minha felicidade. Mantive seu quarto trancado todos esses anos com medo de que ela tocasse em algo. Nunca perdi a esperança de te ver aqui de novo.

E precisou acontecer tudo isso pra eu vim aqui?– Suspirei.

Faz parte da vida filha. Eu sei que dói, mas a gente tem que aprender a conviver com isso. Olha, eu sei que você está assustada e vou marcar uma consulta com um clínico geral pra você ok?

Pra quê?

Quero ter a certeza que minha filha esteja totalmente bem.

Isso quer dizer que talvez eu também possa vir a ter a doença da minha mãe não é? – Me encolhi.

Infelizmente sim. Mas vai dar tudo certo, prometo. – Ele beijou minha cabeça.

No dia seguinte estava atônita. Queria saber mais sobre Fernando. Ou melhor, meu pai. É estranho chamá-lo assim, mas em fim. Queria saber mais sobre ele, porém quando acordei ele já não estava, o que me deixou um pouco pra baixo. Passei a aula toda com a cabeça no mundo da lua. Nem vi o tempo passar e se quer prestei atenção na aula. A volta pra casa fora tensa. Christopher estava mudo e eu também. Queria saber o que ele estava pensando, mas ao mesmo tempo não queria falar nada. Apenas resolvi me pronunciar quando vi que ele tomara outro rumo que não era o que devíamos fazer.

Onde vamos? – Perguntei, mas ele se manteve em silêncio. – Uckermann, me responde ou vou achar que você está me raptando. – Ele deu meio sorriso.

Não seria uma má ideia Saviñon.