Fanfics Brasil - Capitulo 1 - Parte 2 Trezentos e Sessenta e Cinco Dias (FINALIZADA)

Fanfic: Trezentos e Sessenta e Cinco Dias (FINALIZADA) | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 1 - Parte 2

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 Você tem algum outro parente? – Ele me perguntou enquanto se sentava ao meu lado. Se quer consegui responde-lo. Uma mulher loira entrou no meu quarto e me entregou um copo com água.


Toma tudo, vai lhe fazer bem. – Hesitei um pouco, aliás, quem eram aquelas pessoas? Mas tomei não me importava se tivesse veneno naquele copo. Vendo que eu não iria falar nada, eles se retiraram do quarto me deixando sozinha.


Após um tempo, consegui ficar um pouco mais calma. Levantei-me e segui até a sala. Havia apenas aquela mulher e um outro homem conversando. Encararam-me e eu parei de caminhar.


O que aconteceu? – Perguntei com a voz falha.


Sente-se. – Falou a mulher calmamente e me guiou até o sofá. – Você é Dulce Maria, certo? – Assenti ainda assustada. – Você tem algum parente? – Neguei.


O que aconteceu com ela? – Perguntei novamente encarando o homem que também me olhava de longe.


Há algumas horas ela ligou para a emergência. Parecia assustada, mas logo o telefone ficou mudo. Quando chegamos aqui ela já estava em óbito. Analisamos as câmeras de segurança e ninguém entrou nem saiu daqui. Acreditamos que ela tenha tido algum ataque, mas não conseguiu dizer o que era. – Abaixei minha cabeça e deixei as lágrimas voltarem a rolar. Não conseguia me pronunciar. Era difícil de mais para eu ver a pessoa que me criou com tanto amor todos esses anos de partida. Agora tudo fazia sentido. Digo... Eu me sentir daquela forma na escola. Talvez ela me pedisse ajuda mentalmente. Ou não... Agora nada faz sentido. Não conseguia entender mais nada do que ela pronunciava. Minha mente girava, e toda minha vida passava em minha frente. – Dulce está tudo bem? – Perguntou a mulher preocupada acho que pela terceira vez seguida.


Estou ótima não vê? Minha avó, a única pessoa que tenho na vida acaba de morrer. – Gritei e saí dali. Até tentaram me impedir, mas desci pelas escadas. Saí daquele prédio e fui até a parada de ônibus. Peguei o primeiro que passou, sem me importar para onde ia. Por sorte meu cartão e meu iPhone ainda estavam no bolso do meu casaco. Após sentar-me, fechei meus olhos e acho que acabei adormecendo. Acordaram-me depois de um tempo e eu desci do ônibus. Não fazia ideia de que lugar eu estava, mas caminhei sem rumo. O tempo estava nublado e muito frio. A neve começava a intensificar, e a roupa que eu usava parecia pouca naquele momento. Caminhei mais um pouco e pude me dar conta de onde estava. Aquele parque não poderia ser confundido. Apesar do branco que cobriam as árvores e o chão, sua beleza ainda era inconfundível. Vi algumas crianças com seus pais fazerem bonecos de neve enquanto eu caminhava pelo parque. Por fim sentei-me em um banco e fiquei observando o movimento ao meu redor, porém com a cabeça em outro lugar. Não faço ideia de por quanto tempo fiquei ali, mas sei que foram horas, pois a noite já havia chegado há um bom tempo. Resolvi olhar as horas e quando olhei para a tela do meu celular vi que havia 25 mensagens e 30 chamadas não atendidas. Abri a primeira mensagem que era de Pablo, perguntando onde eu estava. Abri e segunda a terceira a quarta e todas perguntavam diziam “Estamos preocupados, atende o celular”, “Onde você está?”. Mandei uma mensagem para Ivalú, dizendo onde eu estava e pedindo para não irem atrás de mim, mas conhecendo ela e os meus amigos como eu conheço, tenho certeza que não iriam levar em conta. Guardei novamente o celular. Deitei naquele banco úmido e duro, me encolhendo. Ainda estava difícil acreditar na cena de horas atrás. Estava frio de mais para me aquecer, e fraca de mais para sair dali. Não comia desde a hora do almoço, e eu ainda não tinha tomado minha dose de insulina aquele dia. Sim. Eu tinha diabetes. Adormeci novamente, bom, acho que desmaiei, pois quando acordei estava em uma cama, enorme e quentinha. Apesar do escuro, reconheci o local. Olhei para o lado e vi Pablo que me observava. – O que estou fazendo aqui? – Perguntei em sussurros e ele se sentou.


Era o local mais próximo para te trazer. – Suspirou. – Está melhor? – Assenti sem graça. – Vou pegar algo pra você comer.


Não tenho fome. – Mordi o lábio inferior.


Mas vai comer. Já está fraca e sabe bem que não pode ficar sem açúcar.


Preciso da minha insulina. – Abaixei a cabeça.


Está na geladeira. – Senti-o me abraçar. – Vai ficar tudo bem ok?


Eu não tenho mais ninguém, como pode dizer que vai ficar tudo bem? – Me encolhi em seus braços.


Você tem a mim e aos seus amigos Dul. Não está sozinha.


Pablo. – Apartei-me dele. – Ela era minha avó. Perdi minha mãe quando eu era criança, e agora ela. Tenho meus amigos, mas não tenho mais ninguém da família. Eu ainda sou menor de idade, eles vão me mandar para um abrigo.


Você tem o seu pai meu anjo. Eles não irão fazer isso. – Ele depositou um beijo em minha testa.


Aquele cara apenas doou o espermatozoide para minha mãe. Pablo, eu só sei como é a cara dele, porque tenho fotos. Mas não falo com ele há mais de 10 anos.


Mas querendo ou não ele é a única família que você tem agora.


E quer que eu vá morar com ele? – O encarei. – Ele mora do outro lado do país. Minha vida foi construída aqui.


Não vamos pensar nisso agora ok? – Suspirei e assenti o abraçando. – Vamos comer agora.


Não consigo. – Sussurrei sentindo minha garganta queimar e ele me soltou me olhando nos olhos. Logo ele saiu correndo do quarto me deixando sozinha naquele local. Em questão de segundos ele voltou acendendo a luz, e trazia consigo em uma das mãos minha insulina. Em um impulso ele aplicou-a em mim, com a dor pela insulina estar gelada eu caí deitada. Mirávamo-nos fixamente e ele soltou um sorriso fraco.


Vou preparar algo pra você comer. – Ele selou meus lábios e se retirou.


Fechei meus olhos por mais ou menos quarenta minutos. Fiquei pensando em tudo e em nada. Estava tudo tão confuso. Ouvi algumas vozes provavelmente vindas da cozinha. Abri meus olhos e me levantei da cama. Notei que apenas usava uma camisa que não me pertencia por cima de minha roupa íntima e meias. Fui até o guarda-roupa de Pablo e procurei por um casaco. Peguei um blusão azul marinho e me vesti com ele. O tamanho do blusão e o meu tamanho explicava o fato de ficar batendo quase no meu joelho. Dei um meio sorriso e depois fui até o banheiro no fim do corredor. Olhei-me no espelho deparando-me com meu rosto inchado, provavelmente de tanto chorar. Lavei meu rosto e o enxuguei, depois fui até à cozinha, onde se encontrava Pablo e sua mãe, que discutiam enquanto tentavam fazer uma sopa. Tentei não rir da cena, mas era impossível. Ambos pararam de falar quando me viram parada na porta da cozinha.


Olá Dulce. – Falou simpática como sempre dona Mirian. – Se sente melhor? – Assenti forçando um meio sorriso.


Acho que demorei de mais né? – Perguntou Pablo vindo em minha direção, porém nada respondi. – Minha mãe não quer me deixar fazer.


E matar a garota? – Mirian o interrompeu. – E já estou terminando.


Mas eu quem ia fazer não você. – Vi Pablo mostrar língua para a mãe que riu enquanto negava. Em seguida ele me envolveu em seus braços confortavelmente. – Por que se levantou?


Não queria ficar lá sozinha. – Sussurrei escondendo o rosto no peito dele.


Acho que alguma anã andou assaltando meu guarda-roupa. – Senti-o beijar minha cabeça.


E eu acho que alguém andou assaltando minhas roupas. – Apartei-me em parte o mirando e ele sorriu. – O que fizeram com minha roupa?


Está guardada. Você estava muito fria e aquela roupa estava úmida por causa da neve.


Entendi. – Mordi o lábio inferior como sempre fazia quando ficava sem assunto e desviei o olhar.


O que foi?


Só estou com um pouco de dor de cabeça. – Afundei meu rosto no pescoço dele.


Quer tomar um remédio?


Depois que eu comer eu tomo. – Resmunguei com a voz abafada pelo pescoço do dele.


Está pronto. – Falou dona Mirian do outro lado da cozinha.


Vamos pro quarto, você ainda está um pouco fraca. Vai indo que levo a sopa pra você. – Assenti e depois de me soltar segui para o quarto. Joguei-me na cama dele enfiando-me embaixo do edredom, pois estava sentindo um pouco de frio. Não demorou muito para que Pablo chegasse com a sopa em uma bandeja. Apesar de já ter 17 anos, Pablo insistiu em dar a sopa na minha boca, me fazendo dar algumas gargalhadas. Ele sabia me distrair perfeitamente. Depois de comer e tomar um remédio para dor de cabeça tomei um longo e relaxante banho e depois nós dois fomos dormir.


Acordei no outro dia, com uma dor horrenda pelo corpo. Um feixe de luz eu escapava entra a cortina batia diretamente nos meus olhos, fazendo minha cabeça latejar. Passei a mão pela cama à procura de Pablo, mas o mesmo não se encontrava ali. Não fazia ideia de que horas eram. Levantei com um pouco de dificuldade e abri a porta do quarto, e a forte luz fez minha cabeça latejar de dor. Fechei meus olhos por alguns segundos até me acostumar com a claridade e depois segui até a sala, de onde provinham algumas vozes conhecidas e desconhecidas. Um silêncio pairou sobre o ambiente quando cheguei toda descabelada e provavelmente cheia de olheiras. Dei uma olhada 180º para certificar-me quem estavam lá. Ivalú, Pedro, Pablo, Fuzz, Zoraida, Iliana, Mirian e Carlos, o pai de Pedro. Bom, havia mais uma pessoa. Um homem que não me era estranho. Esse homem não parava de me encarar. Fiquei tentando lembrar quem era aquele homem, mas naquele momento minha mente estava em branco. Escorei-me na porta sentindo minhas pernas bambearem assim que ele se pronunciou.



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Autor(a): LaPersefone

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 135



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  • LaPersefone Postado em 12/12/2015 - 15:00:39

    Lêh, milly_vondy e vondyforever180, passando só pra agradecer vocês :0 Fico contente por terem gostado. Um bj

  • vondyforever180 Postado em 11/12/2015 - 17:39:57

    Uaaaal ,Li Sua Web Terminei Hoje Owwn Amei <3 Parabens

  • milly_vondy Postado em 09/12/2015 - 13:52:56

    Perfeita, adorei! Parabéns!!!!!

  • Lêh Postado em 24/11/2015 - 11:58:24

    Menos de 3 dias pra ler, passou rapido.. amei a historia uma pena não ter acompanhado, pelomenos não sentii... VELE MUITO A PENA LAR

  • stellabarcelos Postado em 29/09/2015 - 21:03:10

    Amei muito essa fanfic envolvente, não dá pra parar de ler!! Você escreve muito bem! Parabéns!

  • jucinairaespozani Postado em 14/09/2015 - 00:29:29

    Amei parabéns a fic foi maravilhosa, não gostei da Dulce ter pedido pra ele ficar mas enfim, sua fic foi incrível

  • aamanda_as Postado em 11/09/2015 - 12:42:04

    Parabéns Pela Fanfic , Muita Linda, Até Que Enfim Christopher Esqueceu Essa Ideia De Ir Embora Amei o final Luna esperta sapequinha e baby ponny , noivos vondy, amei amei , todos felizes no final

  • anny_freitas Postado em 10/09/2015 - 22:35:50

    Perfeito o final amei demais.Essa fic foi perfeita . Parabéns!

  • sabrina_sassoto Postado em 10/09/2015 - 21:58:35

    Aquele momento que bate um vazio por ter acabado uma das fics que eu mais amo. Dani esse final ficou maravilhoso, finalmente a Dul é feliz. Essa fic foi perfeita do começo ao fim. Parabéns!

  • LaPersefone Postado em 10/09/2015 - 20:36:58

    Pessoal, a fic chegou ao fim. Demorou mas chegou rsrs... Gostaria de agradecer todos os leitores. Os que comentaram pelo site, os que comentaram pelo facebook e até mesmo os que não comentaram. Espero vê-los em alguma de minhas outras fanfics... De início deixo o link de Meu Guarda Costas aqui. Se alguém quiser, dá uma passadinha lá. Beijos e foi um prazer ter vocês por aqui. E se alguem quiser, pode me seguir no meu twitter. É @LaPersefone LINK: http://fanfics.com.br/fanfic/49002/meu-guarda-costas-vondy


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