Fanfic: Trezentos e Sessenta e Cinco Dias (FINALIZADA) | Tema: Vondy

Idiota. – Dei de ombros colocando meus fones de ouvidos.

Está com fome? – Ele perguntou ignorando a minha ignorância.

Só um pouco. – Respondi olhando pela janela a bela paisagem natural.

Ou está, ou não está Maria.

Tanto faz. – Dei de ombros. – Tem algo pra comer aí?

Tem eu, serve? – Ele disse sério enquanto focava seus olhos na contínua estrada.

Christopher! – O repreendi sentindo minhas bochechas arderem em chamas. Ele sorriu divertido. Confesso que tentei imaginar como seria “comê-lo”. Até que não seria uma má ideia.

O que foi? Vai dizer que não gostaria de provar meu corpo.

O que você fez com o Christopher? Ele não era safado a esse ponto.

Acho que ele foi abduzido e me colocaram no corpo gostoso dele. – Dei uma gargalhada.

Você não é nem um pouco modesto né?

Somente algumas vezes, tipo agora. – Incrível como ele podia falar tão sério. Pessoas normais no mínimo falariam isso rindo. – Pode dizer que me achou lindo, sexy e gostoso e que gostaria de me ter em sua cama fazendo você gritar loucamente. – Ele falou ainda sério enquanto desviava-se para uma estrada estreita de cascalho.

Christopher Uckermann! – Gritei o repreendendo. – Pare por aí. O que está pensando que sou?

Ora! Pensei que as garotas da cidade eram mais evoluídas gatinha.

Evoluir é uma coisa, agora ser uma puta é outra coisa.

Então quer dizer que só não me imagina te levando à loucura porque não é uma... puta! – Ele pronunciou com certa dificuldade. – Não, esse nome não se encaixa com você. Por que você não me mostra como é ser evoluída?

Por que não quero! – Dei de ombros. – E faça-me o favor de mudar o rumo dessa conversa, porque isso está me constrangendo.

Ok, ok! Do que quer falar? – Ele disse enquanto estacionada o carro em baixo de uma árvore em frente a um lago.

Não sei. Por que é que não começa me falando sobre o porquê me trouxe aqui? – O vi abrir a porta do carro e logo fiz o mesmo.

Bom. Pensei em te trazer em um lugar calmo para você relaxar um pouco. – Ele saiu e logo abriu a porta de trás pegando um cesto e um lençol branco.

Isso é um piquenique? – Perguntei enquanto saía do carro.

Considere como quiser. – Ele seguiu até a relva na beirada do lago e estendeu a enorme toalha branca. Depois colocou o cesto sobre ele.

Nunca fiz um piquenique na minha vida.

Não é de se estranhar. Vem, senta aqui. – Fui até ele e me sentei enquanto ele tirava algumas coisas do cesto, como uvas, sanduiches, suco, e todas essas coisas que caberiam a um piquenique.

Veio preparado hein! – Arrumei meu cabelo que até então estava solto em um coque mal feito.

Eu sempre estou preparado baixinha.

Você nunca vai parar de me chamar assim, não é? – Ele negou. – Tudo bem, eu me acostumo.

Já é um passo dado. Até outro dia você me fuzilava com os olhos. – O fitei e ele riu. – Vai, pode atacar. Olha, essas uvas estão uma delícia. Estão docinhas. – Ele pegou um pequeno cacho daquelas uvas verdes, arrancou uma e levou a minha boca.

Isso é sério? – Perguntei sem graça e ele assentiu. Cedi e abri minha boca mordendo a uva. Doce e suculenta, gosto assim. – Humm! Que delícia.

Eu disse. – Ele sorriu enquanto arrancava outra uva. – Quer mais? – Assenti e ele chegou com a uva próximo à minha boca. Estava achando divertido, se não fosse o fato dele dar meia volta e levar a uva até a boca dela.

Christopher. – O repreendi. – Ei, isso não vale.

E por que não? – Ele falou mastigando a uva o que me fez rir.

Por que era minha.

Era, do verbo não é mais.

Chato. – Cruzei os braços. – Vai me dá mais. – Abri minha boca e fiquei feito uma retardada enquanto ele comia outra uva. – Ei, eu vou aguar dessa forma.

É criança é?

Sim! – Dei de ombros. – Eu estou com fome.

Pensei que era só um pouco.

Você é sempre chato assim? – Ergui uma sobrancelha.

Esporadicamente.

O que preciso fazer pra você me dar mais uva? – Perguntei e ele me olhou com um sorriso maléfico no rosto. – Não devia ter perguntado isso. – Ele abriu um sorriso.

Fecha os olhos.

Pra quê?

Fecha os olhos. Não confia em mim?

Não! – Mordi meu lábio inferior.

Olha, estamos no meio do nada, deveria confiar mais em mim.

Tudo bem. – Fechei meus olhos. – O que vai fazer? – Ele não respondeu. – Christopher.

Não abre. – Ele sussurrou próximo a mim. Senti meu corpo tremer quando a boca dele tocou a minha.