Fanfic: Trezentos e Sessenta e Cinco Dias (FINALIZADA) | Tema: Vondy

Dulce, o que houve? - Christopher já chegou correndo, tropeçando em tudo que estava em sua frente, e assim que ele se aproximou me joguei nos braços dele. - Ei calma. Deve ter sido só um pesadelo baixinha.

Não me deixem aqui sozinha. Não quero ficar nessa casa sozinha. - Implorei.

Calma. Estamos aqui. - Ele me apertou em seus braços.

Vou pegar água pra ela. - Alexandra disse se retirando.

O que aconteceu Dulce? - Poncho perguntou enquanto se aproximava.

Eu não sei. Acho que foi um pesadelo. - Respondi depois de alguns segundos chorando.

Dos piores. Seu grito nos acordou lá na nossa casa.

Desculpa. Não queria acordá-los. - Apartei-me de Chsitopher envergonhada enxugando meu rosto.

Tudo bem doidinha. Está melhor?

Sim. - abaixei minha cabeça ainda envergonhada. Parecia uma criança apavorada.

Então eu vou indo porque amanhã preciso acordar cedo. Fica bem aí viu? Qualquer coisa é só dar outro berro desse que você deu que a gente vem correndo.

Alfonso. - Christopher o repreendeu.

Ou o Christopher. Porque se tivesse um modo dele se teletransportar pra cá, ele o teria feito.

Alfonso. - Christopher repetiu.

Ok! - Ele riu erguendo as mãos como sinal de rendimento. - Boa noite baixinha. - Deu ênfase no baixinha para provocar o irmão.

Boa noite. - Ele veio até mim e deu um beijo em minha bochecha e depois se retirou. - Fica aqui essa noite? - Perguntei baixo apenas para Christopher e ele assentiu.

Está mais calma? - Ele me abraçou novamente. - Está tremendo muito.

Sim, estou. - Levantei minha cabeça procurando os lábios dele. Aqueles sim eram capazes de me deixar completamente calma.

Aqui está a... - Apartei-me rapidamentede Christopher sentindo minhas bochechas corarem. - Atrapalho algo? - Alexandra perguntou séria enquanto me entregava um copo de agua.

Não! - Tomei um pouco da água que estava meio adocicada.

Sei! - Ela disse irônica. - Vai te fazer bem. Está mais calma?

Acho que sim. - Olhei Christopher. - Pode ir dormir Ale. Não queria ter acordado vocês.

Eu vou ficar aqui com ela até ela dormir. - ele disse e mordi o lábio inferior.

De jeito algum. - Alexandra disse.

E por que não?

Porque eu não nasci ontem filho. - Ela o fitou.

E o que poderíamos fazer aqui? Um neto pra senhora? - Assustei-me não só pelo que ele disse mas pela maneira calma que disse.

Exatamente. Conheço bem os hormônios de vocês jovens. Estou muito nova para ser avó.

Você não disse isso das namoradas que já tive ou as que o meu irmão já teve e nem mesmo da Annie.

É completamente diferente. - Ela arrumou o hobbie que usava.

Ah é? E por quê? - Christopher cruzou os braços esperando uma resposta.

Porque é a Dulce.? - Ela perguntou em um tom de “obvio””

Ai, chega! Eu estou aqui. Dona Alexandra deixa ele ficar,por favor. Ele me faz bem, e nem se ele quisesse aconteceria algo, porque eu não quero.

Mamãe, alguma vez eu já te decepcionei?

Não. Mas isso não muda o fato de eu pegar você quase beijando a Dulce. Ela é filha do Fernando, Christopher.

E o que tem de mais nisso? Digo. Em eu ser filha do Fernando.

Não que tenha algo, mas não é legal. Ele é nosso patrão. - Péssima desculpa tia Alê.

Ele tem o Christopher e o Poncho como se fossem filhos deles, então isso não seria desculpa. E outra, o Christopher e eu somos apenas amigos, não aconteceu e nem vai acontecer nada entre a gente. - Olhei Christopher que segurava o riso. - Ele é como um irmão pra mim.

Não é o que pareceu quando cheguei aqui.

Aí, nada é o que parece ser.

Tudo bem. - Ela se rendeu. - Mas se eu pensar que vocês fizeram alguma coisa eu mando castrar você. - Disse séria apontando o dedo para Christopher. - Boa noite meninos e muito juízo. - Se retirou.

Olhei a Christopher e ele riu. - Ela é sempre assim?

Não. - Ele me puxou. - Pelo contrário, ela é extrovertida até de mais. Chegava a assustar a maneira que ela falava com as garotas que já fiquei e ela conheceu.

As meninas? - O fitei. - Falou o pegador. - Revirei os olhos.

Sim. O pegador. - Ele me puxou pela cintura colando nossos corpos.

Me solta.- O empurrei.

O que foi?

Nada. - Me virei de costas pra ele.

Harram. - Ele me abraçou por trás. - Está com ciúmes?

Ciúmes? Eu? Claro que não. - Ri sem vontade, mas confesso que só de imaginá-lo com outra garota me deixou meio cabulada. - Por que eu teria ciúmes de você? Somos apenas amigos.

Amigos? - Ele beijou meu ombro. - Amigos ccom benefícios?

É. Somos bons amigos!- Respondi e depois dei um sorriso malicioso. - Christopher. - O repreendi quando ele mordeu de leve minha orelha fazendo meu corpo temblar por completo. - Não faz isso, por tudo que é mais sagrado. - Me afastei dele rapidamente.

O que foi? - O olhei completamente sem graça e ele começou a rir. - Ah! Entendi. Acho que acabo de descobrir seu ponto fraco.

Idiota. - Me joguei na cama cobrindo meu rosto com o travesseiro.

Bom saber que descobri isso tão rápido. Está com vergonha. - Senti minhas bochechas corarem.

Christopher, promete pra mim que não vai fazer isso mais. -Tirei o travesseiro o olhando.

E por quê? Isso é uma arma poderosa para fazer você ficar comigo caso a gente brigue.

Não me subestime. - Sorri. -E nem pense assim, não quero brigar com você.

Assim espero. Mas me diz uma coisa? O que aconteceria se eu fizesse isso?

Acho melhor a gente dormir né? Amanhã tenho aula.

Ah não, agora eu quero uma resposta. - O olhei sorrindo.

Você nem imagina.

Nem um beijinho?

Não Christopher. Na situação que ficamos hoje, não pode rolar nem um beijinho.

Não é o que você queria antes da minha mãe nos interromper.

Foi um deslize. - Disse séria enquanto me arrumava na cama. - E outra, você já está ficando mau acostummado.

Mau acostumado? - Ele riu enquanto se jogava no meu canto. - Estou muito bem acostumado. - Ele deu uma piscada.

É melhor a gente dormir. - Me arrumei na cama confortavelmente. - Boa noite.

Boa noite baixinha. - Ele beijou minha testa. - Tenha bons sonhos comigo.