Fanfic: Trezentos e Sessenta e Cinco Dias (FINALIZADA) | Tema: Vondy

Ai Christopher. - Tentei me soltar.

Como você me apronta uma dessas. Se acontece algo com você o seu pai me mata. Você está sob minha responsabilidade.

Legal que você lembrou disso só agora Christopher. - Me soltei dele com certa dificuldade. - Me deixa em paz ok. - Peguei minha bolsa que ficara no chão e saí andando.

Onde pensa que vai?

Não te interessa.

Interessa sim. - Ele voltou a me segurar pelo braço.

Me solta ou eu vou gritar. - Ele me soltou. Sabia que eu tinha coragem para fazer isso. - Estou indo comer algo.

Eu vou junto.

Não te chamei.

Mas eu vou junto.

Olha Christopher, para com isso tá bom. Você não fala comigo há prticamente dois dias inteiros, me ignora completamente e agora vem dar um de eu meu preocupo com você. Isso não cola comigo.

Talvêz seria melhor se o seu amiguinho tivesse vindo no meu lugar né. - Ele desviou o olhar para o mar.

Que amiguinho Christopher? - Pensei. - A não. Está flando do Rodrigo?

Tem outro.

Christopher pelo amor de Deus. - Passei a mão pelo rosto. - Só falta dizer que está com ciúmes dele.

Julgue como quiser. - Ele deu de ombros e eu suspirei. Que idiota. Primeiro que ele não tinha motivos nenhum para ter ciúmes e segundo que isso era ridículo.

Ok! Vamos comer juntos, mas com uma condição.

Qual?

Que você me conte porque vocês dois não se dão bem.

Não quero falar sobre isso Mari. - Ele baixou o tom da voz.

Então nada feito. - Dei de ombros e comecei a caminhar.

Espera. - Sorri ainda de costas. - Dulce. - Me virei pra ele. - Eu não gosto de falar nisso. Na verdade eu nunca falo nisso.

O que houve Christopher. - Notei um olhar triste. - Vai dizer que brigaram por alguma garota.

Não. Acho que não quero ter essa conversa aqui.

Podemos ir comer então?

Podemos. É bom comer agora, porque será sua ultima refeição do dia.

O quê? - Arregalei os olhos.

Amanhã fará alguns exames de sangue Dulce, e não vai poder comer.

Christopher, eu não posso ficar sem comer.

Eu sei que não, mas é só até você fazer os exames.

Exames... - Suspirei. - Tudo bem, não tenho escolha mesmo.- dei um sorriso fraco.

Seguimos caminhando pela orla até encontrarmos um restaurante. Queríamos pedir comida, porém era demasiado cedo.Pedimos um lanche super reforçado e quase nos matamos de tanto comer. Depois voltamos para o hotel.

No dia seguinte acordamos por volta de umas seis e meia da manhã e fomos para o hospital. Não sei porque Fernando havia marcado esses exames pra tão cedo.

Comecei a fazer os exames quase duas horas depois.Hemograma, Mamografia, TSH, e Colonoscopia foram o suficiente para me deixar exausta no fim do dia. Não me deram tempo se quer para comer. Cheguei no hotel e fui direto para o quarto. Estava completamente enjoada daquele cheiro de hospital, e dolorida. Haviam tirado alguns milhões de litros de sangue em mim e ainda tive que passar por aquela maldita mamografia. Meu corpo apenas clamava pela cama. Nem se quer tive ânimo para tomar um banho. Entrei no quarto, fechei a curtina já que a essa altura o sol já se punha exatamente de frente para a minha janela, e me joguei na cama.

Mais ou menos uma hora depois Christopher entrou no quarto. Sim, ele havia pego um cartão do meu quarto na recepção, ou seja, privacidade zero!

Baixinha, ainda não tomou banho? - Ele perguntou se sentando ao meu lado e eu o ignorei. - Está cansada né?

O que acha? - Me virei de costas pra ele abraçando o travesseiro.

Toma um banho e vamos comer alguma coisa, assim voê pode descansar.

Vai você, eu não quero sair daqui.

Está se sentindo bem?

Ótima não vê? - Perguntei irônica me encolhendo.

Dulce, não quero brgar com você, por favor.

Eu quero ficar sozinha, acho que tenho o direito não é?

Ter até tem, mas não vou te deixar sozinha. Vem. - Ele me sentou na cama. - Nossa que cara horrível.

Cala a boca. Me deixa vai.

Não. Se você não ir tomar um banho agora eu serei obrigado a fazê-lo eu mesmo.

Até parece.

Não duvide de mim.

Christopher, eu só quero ficar sozinha. Isso é pedir muito?

Sim.

Ai deixa de ser chato. - Me levantei e fui para o banheiro.

Isso mesmo.

Idiota. - Bati a porta com raiva.

Quebra a porta e pague outra para o hotel.

Vai se ferrar Uckermann. - Gritei já dentro do banheiro enquanto arrancava minha roupa. Tomei um banho um pouco demorado, e só saí porque Christopher ficou o tempo todo dizendo para eu não demorar, pois estava acabando com a água potável do mundo. Até parece que eu sozinha acabaria com a água! Saí do banheiro apenas enrolada no roupão. Christopher ficou me olhando de uma forma um tanto constrangedora, talvêz me imaginando fora dele. - O que foi? - Cruzei meus braços ainda da porta o olhando.

Nada. - Ele desviou o olhar e eu sorri.

Parece que nunca viu uma mulher enrolada em um roupão antes.

Pois já vi. - Ele se levantou e veio até mim. - E digo mais, esses roupões não são nada sexys. - Ele me puxou pela cintura colando nossos corpos.

Ah é? - Ergui uma sobrancelha. - E deveriam?

Acho que não. Porque assim ficamos tentando descobrir o que tem por baixo.

E se eu te disser. - Rocei os lábios dele com os meus. - Que o que tem debaixo dele, não é para o seu caminhãozinho?

Eu irei dizer que a senhorita, está muito enganada. - Ele me pegou pela cintura e me sentou na mesa que havia no canto do quarto. - Porque o que tem aí em baixo. - Ele mordiscou meu lábio inferior. - É muito mais que de meu interesse.