Fanfic: Trezentos e Sessenta e Cinco Dias (FINALIZADA) | Tema: Vondy

Chris. - Fechei os olhos sentindo-o apertar minhas coxas e em seguida, sorrateiramente suas mãos subirem até minha cintura. - Me beija. - Busquei os lábios dele e o beijei. Mas aquelas mãos pelo meu corpo. Céus! Christopher apartou o beijo e lentamente desceu a boca por minha orelha, pescoço e agora o ombro onde com uma de suas mãos abaixou um lado do roupão e depois com a outra mão desfez o laço que o mantinha preso em minha cintura. Agora sim, era só ele se terminar de arrancar esse tecido do meu corpo. Mas ele não o fez. Ainda com os olhos fechados ele beijava meu pescoço e ombro. Agora suas duas mãos desceram o roupão deixando meus braços e meu tronco completamente nus e logo em seguida ele levou a mão a um dos meus seios, o que me fez dar um gemido, porém de dor. - Christopher para. - O empurrei em um impulso vestindo rapidamente o roupão, sem se quer dar tempo dele me ver naquele estado.

O que houve Mari? - Ele me olhou preocupado.

Não dá. - Abaixei a cabeça.

Te machuquei? - Assenti sem graça.

Desculpa, não vai ser dessa vez. - Me levantei da mesa e fui procurar algo para vestir.

Dulce. - ele veio até mim e me abraçou por trás.

Eu já disse que não Christopher. Se quer levar alguém pra cama vá atrás de uma qualquer. Aqui no hotel tem muitas. - Peguei meu pijama e me tranquei no banheiro.

Dulce abre aqui. - Ele deu um soco leve na porta. - O que está acontecendo baixinha? Você estava tão bem ontem a noite e agora está assim. - Ele falava enquanto eu me vestia.

Assim que me vesti abri a porta e me deparei de frente com ele. - Desculpa.

O que você tem hein?

Não tenho nada.

Está estranha.

Estou estranha porque não quero transar com você Christopher? - Cruzei meus braços e ergui minha sobrancelha direita.

Dulce, claro que não.

Acho bom que não seja isso mesmo, porque se fosse eu mandaria você ir procurar uma puta qualquer.

Está de TPM?

Não. - O empurrei de leve para ter passagem e fui me deitar.

Baixinha. - Ele veio até mim e se jogou ao meu lado.

Sem baixinha pro meu lado. - Peguei o controle remoto no criado mudo e liguei a TV.

Dulce, olha pra mim. - Ele debruçou-se sob meu corpo fazendo-me o olhar.

O que foi?

Deixa de ser chata.

Chata Christopher? Eu não sou chata. Sai daqui. - O empurrei de cima de mim.

A não é?

Não.

Imagina se fosse.

Cala boca.

Vem calar.

Não quero. - Me virei de costas pra ele.

Credo em você. Sério, está muito chata. Acho que esses exames mudaram sua personalidade. A Dulce que conheço não é assim.

Talvez não conheça a Dulce de verdade.

E porque não me apresenta essa Dulce de verdade? Hum? - Ele se deitou por trás e me abraçou.

Christopher, já disse pra sair caramba.

Ei, eu não vou te atacar não. Primeiro porque você já me broxou, e segundo que eu jamais tocaria em você sem seu consentimento. - Ele se levantou. - Quer saber, cansei. Estou aqui tentando te distrair porque eu te conheço o suficiente pra saber que está assim por causa dos exames. Mas na boa, isso cansa Dulce. - Fechei meus olhos e ouvi a porta se fechar logo em seguida.

No dia seguinte acordei e a primeira coisa que vi ao abrir os olhos foi Christopher, sentado no chão, com a cabeça apoiada no braço sob a cama – babando. Não sabia se ele haia passado a noite ali, pois havia dormido feito uma pedra e nem sabia se ria da cena ou se me arrependia do modo como eu o havia tratado no dia anterior.

Peguei meu celular que estava sob o criado mudo, ohei as horas e vi que marcavam seis e meia da manhã. Realmente eu havia dormido bem cedo pra acordar a essa hora sem despertador.

Levantei-me com cuidado para não acordá-lo e fui fazer minhas higienes matinais. Tomeu um banho rápido – o que é um milagre – escovei meus dentes, passei meus cremes, vesti meu biquine pois estava a fim de tomar um pouco de sol na piscina do hotel e depois de vestir apenas uma saída de praia por cima fui acordá-lo.

Chris. - Cutuquei o ombro dele com meu dedo indicados. - Chris... - ele se manteve imóvel. - Uckermann. - Gritei e ele deu um salto.

O quê? - Ele olhou para mim assustado. - Ai. - Ele pos a mão no pescoço.

O que faz aqui? - Cruzei meus braços o olhando. - Pensei que tinha dito que me deixasse sozinha.

Ainda está mau homorada? - Ele esfregou os olhos.

Você babou a cama toda. Passou a noite toda aqui? - Ele assentiu. - Vai tomar um banho pra ver se desamassa essa cara. Pentei esse cabelo. E para de olhar pro lado.

Eu estou co torcicolo Dulce.

Ninguém mandou você dormir no chão. Você tem problemas sérios Uckermann. - Dei de ombros. - Olha eu vou dar uma volta.

Onde vai?

Dar uma volta.

Ok! Ah, seu amigo, namorado ou sei lá o que ele é seu te ligou, mas você nem ouviu o celular tocar.

Quem?

Acho que é Pablo o nome dele.

Humm. E o que disse pra ele?

A verdade oras! - Ele caminhou até a porta. - Que estava dormindo pois estava cansada por ontem. - Ele olhou pra mim, deu um sorriso maléfico e se reitou.

Christopher. - O repreendi. - Idiota. - Peguei meu celular rapidamente para ligar para Pablo, que aliás nem me atendeu. - Eu vou te matar Uckermann. - Saí do quarto enquanto insistia telefonar para Pablo. Depois de um tempo tentando desisti. Ele não iria me atender, mas isso também não iria ficar assim. Desci até o restaurante do hotel, tomei meu café da manhã e depois fui para a área da piscina pegar o sol matinal. Eu estava mais branca que uma folha de papel, nem me lembra mais qual foi a ultima vez que havia sol.

Fiquei por mais ou menos uns 40 minutos deitada na espreguiçadeira até avistar Christopher conversando com uma loira do outro lado da piscina. Idiota. Quem ele pensava que era? Primeiro quase me leva pra cama, depois faz o Pablo acreditar que passamos a noite juntos e agora está dando em cima de uma qualquer.

Levantei-me da espreguiçadeira, peguei meus pertences e me retirei do hotel. Não era obrigada a ver o meu Chris dar em cima da primeira que aparecesse na frente dele e muito menos me rebaixaria ao ponto de começar um barraco ali. Isso não tinha um pingo de cabimento. Que idiota. Isso mesmo, um completo idiota. Idiota como todos os homens independentemente se sejam eles da cidadeou do campo. Não haveria motivos para Christopher ser diferente. Ele pertence à pior raça que existe e que infelizmente a maioria de nós mulheres não viveríamos sem.

Meus pensaments foram interrompidos por uma voz desconhecida que gritou “Ei, toma cuidado!” Olhei pra trás e em uma fração de segundos me vi se lançada à uns dois ou três metros de distância. Se que entendia o que havia acontecido. Me dei conta do que realmente acontecera quando vi um multirão de pessoas se aproximando e perguntando se eu estava bem, e quando vi uma mulher sair desesperada de um carro. Me sentei sem muita dificuldade. Não estava enxergando a gravidade do fato ocorrido e se quer estava sentindo alguma dor. Talvez o susto não estivesse me deixando sentir dor.