Fanfic: Trezentos e Sessenta e Cinco Dias (FINALIZADA) | Tema: Vondy
Nem pense nisso.
E por que não?
Por que não. Não vou permitir que seu pai faça isso. Ele já ajudou de mais a minha família.
Ok. - Bufei. - Mas eu posso fazer isso. Andei vendo o dinheiro que tenho na minha poupança. Não foi tocado há mais de uma década e não estou a fim de usá-lo àtoa.
Já disse que não. Seu dinheiro é seu dinheiro. Não quero que pense que sou um aproveitador.
Christopher, não é questão de aproveitar. É o seu futuro. Sua futura profissão. Não estou te dando um carro ou uma casa. Estou te dando a oportunidade de fazer uma faculdade e mudar de vida.
Eu não quero.
Deixa de ser orgulhoso Christopher. Eu não quero gastar esse dinheiro que tenho se não for por algo realmente útil. E mais, o tanto que tenho no banco dá pra pagar a sua faculdade, a do seu irmão e ainda sobra. Pensa nisso. Você não imagina quantas pessoas gostariam de estar no seu lugar e não podem. - Senti um aperto ao pronunciar a ultima frase. Fernando. Meu pai. A mesma frase que ele havia me dito algumas horas mais cedo. Engoli a seco e suspirei. - Pensa nisso, por favor.
Eu não sei. - Ele passou a mão pelo rosto.
Olha, se algum dia a gente se casar e tiver filhos quero que você tenha seu próprio negócio.
Vamos nos casar? - Ele abriu um sorriso e eu corei.
Quem sabe. Nada se sabe do futuro. - Mordi o lábio inferior desviando o olhar.
Está vermelha. Que bonitinha. - Ele me puxou contra si e mordeu de leve minha bochecha.
Para.
Não. Fofinha. Bonitinha. Baixinha.
Para de “inha” - Ordenei.
Não. Minha Baixinha, pequenininha. - Ele me apertou em seus braços.
Você é muito meloso sabia?
Eu sei que você gosta de mimos.
Às vezes sim, às vezes não. - Mordi o queixo dele. - Às vezes eu prefiro outras coisas além de mimos. - Dei uma mordida bem leve no pescoço dele e o senti se arrepiar.
Tipo o quê? Hum? - Suas mãos agora estavam sob minha cintura.
Tipo coisas que me fazem sentir prazer. - Colei meus lábios ao dele. - Tipo preliminares e mais além.
Preliminares? -
Sim. - Mordi o lábio inferior dele e dei uma puxada.
Levei meu corpo com um pouco de dificuldade por cima do dele ignorando a dor estava voltando aos poucos. Embolei meus dedos em seu cabelo ondulado e o beijei, aprofundando mais o beijo e envolvendo minha língua à dele. Senti suas mãos se apertarem contra minha cintura e depois as mesmas erguerem minha blusa. Apartei-me um pouco e o ajudei a tirar minha própria blusa, ficando apenas de sutiã. Ele me olhou e deu um sorriso malicioso que me fez sentir um pouco de vergonha. Acho que qualquer garota de dezessete anos gostaria de ter os meus seios. Mas eles são meu, apenas meus. Voltei a beijá-lo antes que ele pronunciasse alguma frase. Com um pouco de força ele se sentou e acabei me sentando sob seu colo com as pernas envoltas à cintura dele. Toda a dor que eu sentia pelo acidente apenas desaparecera, nem mesmo minha perna enfaixada me incomodava. Soltei um gemido um pouco alto uando senti que ele já estava excitado e nossas intimidades se roçaram separadas por alguns tecidos. Christopher não é normal. Me recuso à acreditar que seja. Uma anomalia ótima por sinal. Suas mãos acariciavam minha cintura de forma delicada. Em seguida fiz menção de tirar a camisa dele, e o fiz com a ajuda do mesmo. Agora seus músculos estavam àmostra. Os lábios que antes estavam em meus lábios tomaram outro rumo: meu percoço e depois meus ombros. Com uma das mãos ele abaixou a alça esquerda do meu sutiã onde deu alguns beijinhos e mordidas. Depois fez o mesmo com o lado direito. Senti suas mãos irem até o fecho do sutiã e para nossa tristeza alguém bateu na porta. Christopher dá um suspiro frustrado enquanto esconde o rosto em meu pescoço.
Não vai ser dessa vez que vai afogar o ganço. - Ele afastou a cabeça e me olhou. Tive que dar uma gargalhada de sua expressão facial. - O que foi?
Isso são modos de falar Maria?
Ai. Até parece. - Dei de ombros enquanto saía de cima dele me jogando na cama. - Cadê minha blusa? - Perguntei enquanto arrumava a alça do meu sutiã.
Aqui. - Ele se levantou e a pegou no chão próximo à cama. - Vou abrir a porta.
Nesse estado? - Pouso meu indicador sob meus lábios enquanto o miro vestir sua blusa. - Boa sorte.
Você dá sorte de ser mulher, porque sei que estaria pior.
Bem disse você. Estaria. - Dei um sorriso sarcástico enquanto vestia minha blusa.
Você não pode andar e eu não posso abrir a porta nesse estado. O que fazemos? - Aponto o banheiro e ele o olha.
Eu me viro. Apenas fique lá. - Me levanto com certa dificuldade. Agora o calor que estava em meu corpo se esvairava e ador retornava pulsante. Enquanto Christopher se trancava no banheiro caminhei lentamente até a porta e a abri. Fernando. Engoli a seco.
Que demora.- Ele disse frio. - Apenas vim trazer seus remédios. Tome no máximo de 6 em 6 horas, vai aliviar a dor. - Ele me entregou uma sacola.
Obrigado. - Mordi o lábio inferior. - Papai. - Suspirei. Não deve ser tão difícil pedir perdão. Christopher disse que não era.
O que foi? - Ele perguntou olhando para a sacada do outro lado do quarto.
Me... Me perdoa pelo que falei. - Dei uma pausa. - Pelo que falei no hospital. - Ele me olhou. - Eu sei que não devia ter falado isso. Apenas estava histérica de mais. Acabei descontando em você e no Christopher. Olha, eu sei que te tratei super mal desde que te vi em Nova York, e que nada justifica isso. Principalmente depois de você ter me dito o que realmente aconteceu. Eu estou sim atordoada com tantas coisas acontecendo, mas não é isso que está me deixando maluca. Bom, também, mas no momento não é isso. Eu sei que eu não posso apagar as palavras que eu disse e sei que elas te magoaram. Se não quiser me perdoar tudo bem. Eu vou entender. - Voltei para a cama enquanto sentia uma lágrima traçar meu rosto. Eu não quero chorar. A enxuguei com as costas da minha mão enquanto me sentei.
Dulce. - Ele sugou o ar e veio até mim se sentando ao meu lado. - Eu estou chateado sim. O que você me disse foi muito duro sabia? Mesmo que eu tivesse tido 10 filhos, eu não deixaria de me importar com você. Eu quero que você tenha uma vida saudável e feliz, mas infelizmente eu não posso fazer com que tudo seja perfeito. Eu não posso trazer sua mãe e sua avó de volta, embora eu gostaria muito. Eu te amo, porque você é a minha filha. A que eu tanto amei desde o momento que soube que estava sendo gerada mesmo sem saber se iria ser menina ou menino. Eu te amo porque você é parte de mim e parte da mulher que amei. Da única que amei. Você é a minha filha, é a lembrança que tenho dela e isso me faz te amar ainda mais. E eu não me importo em gastar todo o dinheiro que tenho para te manter saudável.
Me perdoa. - Disse entre soluços enquanto escondia meu rosto nas mãos. A única coisa que consegui dizer. Eu magoei a única pessoa que tem o meu sangue e que realmente me ama. Senti uma de suas mãos sobre meu ombro e depois senti que ele se levantara. Me manti na mesma posição e soltei um soluço de desespero ao ouvir a porta se fechar. - Papai. - Pronunciei a palavra com dificuldade. Ele não me perdoou.
Dulce. - Ouvi a voz de Christopher.
Sai daqui. - Disse sem o olhar. Eu estava com odio e vergonha de mim mesma.
Mari. - Ele veio até mim e se abaixou à minha frente.
Sai daqui christopher. Eu nã quero ver ninguém.
Para com isso. Reage Dulce.
Você ouviu não ouviu? Ele não me perdoou. Ele não me perdoou.
Ei calma. - Ele me abraçou. - Está tudo bem.
Não Christopher. Não está nada bem.
Calma. Fica calma. Se não está vai ficar. Dê tempo a ele.
Eu me odeio. Eu me odeio.
Não fala assim.
Você não me merece. Ou melhor eu não te mereço. Mais cedo ou mais tarde eu vou te magoar. - O empurrei. - Eu faço isso sempre.
Dulce você não é assim, para com isso. - Ele passou a mão pelo rosto.
Sai daqui. Me esquece.
Dulce para. Está me deixando preocupado com essa reação.
Sai daqui. - Gritei. - Esquece que eu existo. Esquece tudo que já aconteceu entre nós.
Mas Dulce. E tudo que estava acontecendo há pouco?
Esquece isso Christopher. Esquece. É melhor pra você. Sai daqui, por favor. Me deixa sozinha.
Eu prometi que não te deixaria.
Não importa. Nada importa. Sai! - Me deitei abraçando o travesseiro.
Eu sei que você não quer isso.
Quero sim.
Eu vou conversar com seu pai. Espera aqui. - Ele saiu do quarto. Droga. Eu não me reconheço mais. Quem sou eu? Quem é essa pessoa que ocupa o meu corpo. Onde está aquela Dulce que ria de tudo? Que se divertia, que era forte? Acho que a enterrei no dia em que enterrei minha avó. Ou talvêz ela esteja aqui dentro, escondida e assustada em algum lugar. Ou talvêz rindo de minha tolisse. Eu queria poder encontrá-la de novo. Era mais fácil viver, respirar.
Algum tempo depois Christopher voltou, com uma cara não muito boa. Apenas se abaixou ao lado da cama me olhando.
Desculpa, não foi dessa vez. - Ele disse acariciando meu rosto. - Ele está indo embora.
Tanto faz. - Dou de ombros abraçando o travesseiro. - Ele ficar ou não, não irá mudar o fato dele não ter me perdoado mesmo.
Não fica assim, por favor. Eu não aguento mais ver você chorar.
Se as coisas começassem a dar certo em minha vida não precisava disso.
Lembra que você me disse que não é assim? - Assenti. - Porque não tenta voltar a ser a Dulce que você costumava ser há alguns meses atrás?
Não é tão simples Chris.
Como pode dizer isso se você nem tenta? Está sempre presa aos acontecimentos ruins. Não pode se deixar levar por tudo isso. A vida segue Dulce, e você não pode simplesmente deixar de vivê-la.
Eu gostaria. Juro que gostaria, mas eu não sei onde essa Dulce está.
Você precisa encontrá-la. Eu faria isso, mas não posso. Eu não conheço você o suficiente para te encontrar. Ou encontrá-la. Mas gostaria muito de conhecê-la de verdade.
E se você não gostar dela?
Se você diz que ela era uma garota animada, feliz, como eu poderia não gostar? Talvêz ela me faça gostar ainda mais. - Ele pincelou meu nariz e deu um sorriso. - Queria poder fazer alguma coisa por você agora.
Só me deixa sozinha. Por favor.
Eu não quero te deixar sozinha.
Eu preciso Christopher. Quero um tempo pra pensar, respirar.
Enfiada aqui nesse quarto chorando? Não acho que isso vá te ajudar.
Por favor. -Levei minha mão até seu rosto e o acariciei.
Não. Não vou te fazer esse favor. Não vou deixar você sozinha. Me bate, grita, chora, faz o que quiser, mas não vou deixar você sozinha. Finge que eu não estou aqui se quiser, mas eu não vou sair daqui. - Ele se levantou e foi até à sacada sem dizer nada.
Você merecia alguém melhor. - Murmurei após algum tempo. Por um instante pensei que ele não havia me ouvido. Mas vi que estava enganada quando ele soltou um longo suspiro enquanto passava as duas mãos pelos cabelos. - Você é tão legal comigo. Não é justo isso Christopher.
Chega Dulce. - Ele disse um pouco alterado. Em passos firmes ele veio até mim. Um olhar um tanto furioso. Senti suas mãos agarrarem meus braços e me fazerem sentar. Uma dor aguda percorreu meu corpo mas ele parecia nem se importar. - Você não tem o direito de dizer o que eu mereço ou não. Dulce, você já tem 17 anos, não é uma adulta, mas também não é mais criança. Reage caramba. - Ele me deu uma leve sacudida. - Pelo amor de Deus Dulce, eu não suporto te ver assim. Isso me corroi sabia? E o pior é que eu não posso fazer nada. Exatamente nada pra te ajudar. Eu não posso trazer sua mãe nem sua avó de volta. Eu não posso fazer você voltar para Nova York porque não tenho esse direito. E também não posso obrigar o seu pai a te perdoar. E isso doi muito, porque eu não aguento mais te ver chorar Dulce. Eu já fiz de tudo pra tentar fazer você se livrar por algum tempo tudo o que aconteceu, mas sinceramente, eu não sei mais o que fazer. - Ele abaixou a cabeça ainda mantendo as mãos sob meus braços. Uma gota caíra em minha perna. Droga, eu sou um desastre ambulante.
Chris. - Sussurrei.
Eu queria que você pelo menos tentasse Dulce. Tentar ficar melhor não vai doer. Pelo contrário, irá te fazer melhor. - Ele me soltou e voltou para a sacada.
Chris... - Voltei a sussurrar enquanto enxugava meu rosto. Levantei-me com dificuldade e fui lentamente até ele. Eu nem deveria estar andando com o meu pé nesse estado, mas o que importa?
Não deveria por força nesse pé Dulce.
Não importa. - Me escorei no guarda corpo da sacada mirando a praia. - Eu não estou assim porque eu quero Christopher. Eu não escolhi nada disso, mas, se eu realmente posso ficar bem, me fala como. Eu não sei, juro que não sei o que e nem como fazer.
Eu até te diria se eu soubesse.
Viu, no final não é facil. Nem você sabe.
Eu não disse que é fácil. Disse que você deveria tentar, é diferente. Você se isola, briga com tudo e com todos como se nós tivéssemos a culpa de ter acontecido o que aconteceu com sua avó e sua mãe. Mas não Dulce, nós não temos e pode ter a certeza que se pudéssemos fazer algo pra mudar isso, nós o faríamos. Eu posso ter sido paciente todo esse tempo, mas paciência tem limites sabia? As pessoas cansm de ser tratadas assim. Eu queria ser seu amigo, seu companheiro, estar ao seu lado, cuidar de você, mas eu preciso que você deixe eu fazer isso. Eu não posso te forçar, eu não posso forçar você a se cuidar, a sorrir. Você se tranca naquele maldito quarto com uma pilha de livros velhos enquanto deixa sua vida passar. Você tem apenas 17 anos e está jogando tudo fora. Sua mãe e sua avó morreram Dulce, mas você está viva. Elas não irão voltar nunca, mas você escolhe se quer continuar assim, ou se quer viver sua vida. A gente pode fazer o que for Dulce, mas não sou eu, seus pais e nem seus amigos quem irão mudar sua vida, é você mesma.
Autor(a): LaPersefone
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 135
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LaPersefone Postado em 12/12/2015 - 15:00:39
Lêh, milly_vondy e vondyforever180, passando só pra agradecer vocês :0 Fico contente por terem gostado. Um bj
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vondyforever180 Postado em 11/12/2015 - 17:39:57
Uaaaal ,Li Sua Web Terminei Hoje Owwn Amei <3 Parabens
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milly_vondy Postado em 09/12/2015 - 13:52:56
Perfeita, adorei! Parabéns!!!!!
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Lêh Postado em 24/11/2015 - 11:58:24
Menos de 3 dias pra ler, passou rapido.. amei a historia uma pena não ter acompanhado, pelomenos não sentii... VELE MUITO A PENA LAR
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stellabarcelos Postado em 29/09/2015 - 21:03:10
Amei muito essa fanfic envolvente, não dá pra parar de ler!! Você escreve muito bem! Parabéns!
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jucinairaespozani Postado em 14/09/2015 - 00:29:29
Amei parabéns a fic foi maravilhosa, não gostei da Dulce ter pedido pra ele ficar mas enfim, sua fic foi incrível
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aamanda_as Postado em 11/09/2015 - 12:42:04
Parabéns Pela Fanfic , Muita Linda, Até Que Enfim Christopher Esqueceu Essa Ideia De Ir Embora Amei o final Luna esperta sapequinha e baby ponny , noivos vondy, amei amei , todos felizes no final
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anny_freitas Postado em 10/09/2015 - 22:35:50
Perfeito o final amei demais.Essa fic foi perfeita . Parabéns!
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sabrina_sassoto Postado em 10/09/2015 - 21:58:35
Aquele momento que bate um vazio por ter acabado uma das fics que eu mais amo. Dani esse final ficou maravilhoso, finalmente a Dul é feliz. Essa fic foi perfeita do começo ao fim. Parabéns!
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LaPersefone Postado em 10/09/2015 - 20:36:58
Pessoal, a fic chegou ao fim. Demorou mas chegou rsrs... Gostaria de agradecer todos os leitores. Os que comentaram pelo site, os que comentaram pelo facebook e até mesmo os que não comentaram. Espero vê-los em alguma de minhas outras fanfics... De início deixo o link de Meu Guarda Costas aqui. Se alguém quiser, dá uma passadinha lá. Beijos e foi um prazer ter vocês por aqui. E se alguem quiser, pode me seguir no meu twitter. É @LaPersefone LINK: http://fanfics.com.br/fanfic/49002/meu-guarda-costas-vondy