Fanfics Brasil - Capitulo 7 - Parte 6 Trezentos e Sessenta e Cinco Dias (FINALIZADA)

Fanfic: Trezentos e Sessenta e Cinco Dias (FINALIZADA) | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 7 - Parte 6

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Bom dia Baixinha. Espero que tenha acordado bem hoje.


Na segunda você já poderá voltar às aulas e isso talvêz ocupe mais o seu tempo. Não sou muito bom com cartas, mas espero que possa me entender.


Talvêz você me ache um idiota por não ter coragem de te dizer isso frente a frente, mas eu realmente sou um covarde por isso.


Quando eu vi você naquele hospital, entre a vida e a morte senti que tudo era culpa minha. Sempre foi. Eu comecei tudo isso. Eu tentei me afastar de você antes da viagem. Parte de mim queria estar com você, mas outra parte diazia que você ia embora e me deixaria mais uma vez. Porém naquela viagem, quando te vi tão frágil por causa daqueles exames eu me arrependi. Tentei voltar atrás nas minhas decisões, mas você estava tão mal que se quer me deixou aproximar novamente. Eu queria cuidar de você a qualquer custo. Quando você chegou toda machucada no hotel eu senti toda a dor que você provavelmente deve ter sentido. E quando ligou para o seu pai pedindo ajuda, ele foi até lá. Eu vi que nem sempre poderia te ajudar, mesmo que eu quisesse. Pedi a ele que prolongasse a viagem e ele alugou um carro que poderia ser entregue em São Francisco. É, eu menti sobre ele ter tido a ideia. Apenas queria que você sentisse que ele se importava com você, mesmo depois daquela briga entre vocês. Eu não queria ver vocês brigados.


Naquele acidente da estrada vi você em estado de choque e isso doeu muito Dulce. Foi culpa minha. Eu levei você até aquele local e se eu não tivesse atento à estrada, só Deus sabe onde estaríamos agora.


E depois, com tudo o que aconteceu lá em São Francisco eu me afastei de você, e simplesmente aconteceu que eu quase perdi você para sempre. Eu quase enlouqueci. Cheguei a pensar que, se algo lhe acontecesse eu iria me matar. Eu não poderia viver com isso. Não poderia perder outra pessoa especial para mim.


Pedi a seu pai quando você ainda estava no hospital lutando para sobreviver, que quando você acordasse, deixasse você voltar para Nova York. Seus amigos sabem cuidar melhor de você que nós. Eles te conhecem melhor que a gente, sabe o que você realmente precisa. Não se preocupe quanto a ser menor. Teu pai contatou o advogado da família para te emancipar, então não haverá problema quanto a isso.


No seu criado mudo está a passagem de volta para Nova York e amanhã seu pai irá tratar de arrumar sua transferência escolar.


Desculpe por esses ultimos dias não ter dado transparecer isso. Quis te dar nossos ultimos momentos juntos de uma maneira mais alegre. Eu pude ver seu sorriso novamente, e isso já me bastou. Tive a certeza que estava fazendo o correto quando seus amigos pegaram o primeiro vôo para a California. Eles jamais deixariam isso acontecer com você. Sei que eles teriam percebido be antes de você desmaiar que precisava de ajuda. Não sou capaz de cuidar de você Dulce. Eu queria, mas não posso.


Não estou em casa agora e não sei quando eu volto. Talvêz a gente se tope por aí algum dia. Espero que estude, se case e tenha uma família que te ame muito.


Eu te amo o bastante para te ver feliz mesmo que seja longe.


Se cuida. Sentirei sua falta. “


 


Não sei em que momento eu comecei a chorar. Christopher só poderia estar brincando. A carta estava molhada com minhas lágrimas. Olhei para a passagem e vi que havia outro envelope que continha a logomarca de uma empresa aérea. O olhei por alguns instantes e depois o abri. A passagem estava marcada para daqui a uma semana. Só consegui concluir que Christopher não estivesse na cidade. Tive ódio por isso. “Covarde!” Gritei e rasguei os dois envelopes, a carta e a passagem todos juntos. Quem eles eram para decidir minha vida dessa maneira? Porque é que nunca perguntam o que eu quero? Se se importam tanto assim comigo, porque é que sempre deduzem o que pode ser melhor pra mim?


Minutos depois eu estava no banheiro, parada em frente ao espelho e segurando o primeiro objeto cortante que encontrei nas mãos. Eu fui enganada, mais uma vez. Estava cansada disso. Enfiei o objeto no punho e senti um ardor. Mordi o lábio inferior para conter um grito. Assim que comecei a subi-lo por minha pele alguém me segurou.


Você está ficando louca Dulce? - Ele gritou arrancando o objeto de minha mão. Agora o sangue escorrie pela palme de minha mão, depois entre meus dedos e depois caiam sobre o chão. - Céus, olha o que você fez. - Ele pegou meu braço e o analisou. - Droga Dulce, está querendo se matar ou o quê? - Sério que estava tão obvio assim? Meu pai pegou meu braço e o colocou em baixo da torneira com água corrente. - Não tira a mão daí. - Ele gritou e se abaixou para pegar alguma coisa no armário em baixo da pia. O olhei colocar algo sobre a bancada e abrir. Era um quite de primeiros socorros. - Você sabe quanto tempo isso pode demorar a cicatrizar? - Que diferença faz? Perguntei em pensamento. - Acho que você ainda não entendeu a gravidade do que aconteceu com você há dias atrás filha. - Ele fechou a torneira e depois jogou alguma coisa sob o corte que fez arder a minha alma. Esquivei meu braço mas ele segurou. - Eu sei que doi mas preciso desinfetar isso. - ele disse e depois passou algum tipo de pomada e logo em seguida enfaixou meu punho. - Espero que cicatrize logo e espero que não tenha sido tão grave. Fique longe disso. - Ele pegou o objeto sob a bancada e o jogou no lixo.


Vocês mentiram pra mim. - Sussurrei.


O quê?


Você e o Christopher. Vocês querem se ver livre de mim, porque não me deixaram morrer?


Dulce, nós não queremos nos livrar de você. Pelo contrário, queremos ver você bem, é por isso que estamos fazendo isso.


Vocês nunca perguntam o que eu quero! - Gritei. - Vocês não sabem o que eu quero, o que é bom pra mim. Vocês nunca perguntam. Apenas se acham no direito de transformar minha vida em um inferno. Eu... Eu não vou a lugar algum, nem sob custódia está me ouvindo? Chega! Chega disso. Eu tenho idade suficiente pra saber o que eu quero ou não fazer e vocês simplesmente têm que aceitar. Eu não me meto na vida de ninguém, porque é que têm que se meter na minha?


Dulce. Não é assim. Nós estamos preocupados com você. Você quem queria ir embora. Nunca quis estar aqui.


É assim sim. Aquele idiota do Christopher nem está aqui para me dizer cara a cara essas idiotisses. Deixou uma carta e simplesmente foi embora sabe-se lá pra onde.


Ele foi pra Los Angeles. Foi olhar a Universidade Dulce. - Ele passou a mão no rosto. - Você quem pediu isso, e eu o fiz.


Em uma ótima hora não? - Perguntei ironica. - Que se dane. Eu não quero voltar pra Nova York agora, não quero ser emancipada. Será que uma vez na sua vida você pode me tratar como se eu fosse sua filha? Que espécie de pai que diz amar um filho o emanciparia com a desculpa de que isso seria melhor? Eu não uso drogas, eu não saio por aí roubando, eu não transo com o primeiro garoto que aparece na minha fida. Meu único problema é ter perdido pessoas que eu amava e por culpa de uma doença que eu se quer escolhi ter você está me jogando a Deus dará? Eu... eu tenho nojo de vocês.


Filha.


Sai daqui. Me deixa sozinha. - Apontei a porta.


Mas...


Mas nada. Um dia você me trata como se fosse meu pai, no outro me trata como um objeto que pode ser descartado por falta de utilidade. Eu não quero te ver. Sai daqui. Se quiser que eu vá embora daqui eu vou, mas fale a verdade. Estou cansada desse jogo idiota. Ah, e só uma coisa. - Molhei os lábios com a língua enquanto ele me encarava com os olhos marejados. Levantei o dedo indicador próximo ao rosto dele e continuei: - Ouse me emancipar e você nunca mais vai ouvir falar de mim. - O empurrei para fora e logo em seguida fechei a porta em uma batida.


Eu não entendo. Eu juro que não entendo. Eu disse que o amava, não era isso que ele queria? Como ele pôde fazer isso comigo? Eu quase morri por causa dessa maldita doença, mas e daí? Se meus amigos sabem quando eu preciso de ajuda, eles também poderiam saber algum dia. Isso não foi de um dia por outro. Foram anos. Não que eu quisesse que cuidassem de mim o tempo todo. Longe disso. Além disso a culpa de eu quase ter morrido era minha. Minha e da pessoa que atendeu o telefone de emergência. Minha por ter relaxado e parado de me cuidar desde que vim morar aqui, e da pessoa por mandar aplicarem em mim aquela maldita insulina sem nem saber o meu grau diabético.


Quando voltei para o quarto a primeira coisa que vi, fora o urso gigante que Christopher havia me dado no hospital. Ao invés de carinho, tudo o que eu sentia era repulsa. Ele era o simbolo de uma mentira. Peguei aquele urso e com um pouco de dificuldade pelo seu tamanho, o empurrei pela janela, deixando-o rolar pelo telhado. Eu poderia por fogo, mas não iria bastar. Ele precisava ficar ali, pegando sol, chuva e vento. Que queime com o calor da Califórnia, que apodreça com a chuva de verão e que o vento carregue tudo o que Christopher me disse. O Urso rolou uma, duas, três vezes até parar de barriga para baixo.


Passei o restante do dia trancada no quarto e na noite daquele mesmo dia resolvi fazer alguma coisa. Queria que eles sentissem nem que fosse uma pontada do que eu estava sentindo. Peguei algumas coisas importantes, incluindo meu laptop, meu celular, um cobertor leve, um travesseiro, algumas peças de roupa e depois passei na cozinha enchendo minha mochila com um pouco de comida e água. Abri a porta da cozinha que dava para o fundo da casa e deixei aberta. Pelo menos daria a entender que eu havia fugido. Depois peguei a chave do porão e fui até ele, trancando a porta por dentro. Sabia que ninguém entrava ali há anos. Era sempre o local de refúgio quando uma tempestade com furacões atingiam o local, mas acho que havia décadas que isso não acontecia naquela região. Pensei em acender a luz da escada mas a claridade iria passar por debaixo da porta. Então desci a escada apenas com a luz de uma lanterna que eu achei na gaveta de um armário. O local estava bastante epoeirado, mas dava para o gasto. Pelo menos teria algumas aranhas para me fazer compania. Havia um sofá coberto por um lençol branco. Aliás todos os mobiliários ali estavam cobertos com um. Fechei a outra porta que dava no fim da escada e procurei por um interruptor. Acendi a lâmpada que deu algumas piscadas antes de acender por completo. Não era das mais fortes, mas dava para enxergar bastante coisa. Havia uma estante de livros velhos e empoeirados, uma pia bastante suja mas que pelo menos saía água limpa na torneira, um banheiro que chegava a dar nojo de tão sujo. Por sorte alguns produtos de limpeza dentro de um armário pequeno. Pensei em começar a limpar tudo aquilo no mesmo instante, mas isso poderia estragar tudo. De noite qualquer barulho pode ser ouvido, então deixei para o dia seguinte. Liguei meu computador na tomada e me conectei à internet sem fio (torcendo para que não percebessem) e me distraí vendo alguns filmes até pegar no sono, deitada naquele sofá velho.


As sirenes me acordaram no dia seguinte. Demorei alguns segundos até raciocinar o que estava acontecendo. Provavelmente meu pai havia chamado a polícia local quando viu que eu não estava em casa.


Levantei-me e fui até a porta para tentar escutar algo. O cherife fazia uma série de perguntas como nome, idade, aparência, última roupa que eu estava, se havia algum problema familiar, etc.


Eu poderia ficar escondida no porão por alguns dias, mas tive a falta de sorte de esquecer minhas insulinas na geladeira e a última coisa que eu queria ver nesse momento era a morte. Esperei a noite chegar e quando notei que tudo estava um pouco mais tranquilo, resolvi sair do porão. A casa estava escura, e provavelmente não haveria ninguém ali. Fui em passos de gato até a cozinha. Provavelmente haviam notado que a santa cabecinha oca fuigiu e esqueceu todas as insulinas para trás. Abri a geladeira e fiquei alguns segundos pensando. Elas estavam no mesmo local que eu havia deixado. Peguei um frasco daquela coisa maldita e apliquei em meu abdômen. Tantos anos aplicando essa agulha em mim, já nem sentia mais a dor.


Dulce? - Uma voz trêmula e baixa soou pelo ambiente. Deixei a agulha cair no chão e prendi a respiração. - É você? - Poderia jurar que não havia ninguém ali. Jurar que todos estavam à minha procura. Virei-me de frente para ele. Alfonso. Suspirei e fechei os olhos. - Onde você estava? - Ele veio até mim e me abraçou. - Céus! Você tem noção do que você causou? Seu pai está desesperado Dulce. Onde você esteve todo esse tempo? Está tudo bem? Está machucada? - Ele separou nossos corpos e me analizou com dificuldade devido à pouca iluminação que havia na cozinha ser da lua. - Nunca, nunca mais faça isso. - Ele voltou a me abraçar. Um abraço tão apertado que chegava a doer.


Está me machucando. Me solta! - O empurrei com um pouco de dificuldade.


Onde você esteve? - Ele me olhava procurando respostas...


Eu... eu... - Engoli seco. Eu não iria dizer que estava no porão. Não mesmo. Ainda mais agora que tenho a certeza de que poderia contar com aquela lugar sempre que quiser me esconder. - Eu estive aqui o tempo todo. Não tenho culpa se não procuraram direito. - Dei de ombros.


Você quase nos matou de preocupação Dulce. Juro que cheguei a pensar o pior. Você não sabe dirigir, não teria ido muito longe. - Ele passou a mão pelo rosto. - Eu... Eu vou ligar para o seu pai. Ele deve estar de casa em casa procurando por você.


Quanto exagero. - Rolei os olhos e o segui até a sala. - Deixa ele, não importa. - Tomei o telefone das mãos dele.


Mas Dulce.


Mas nada Poncho. Minha vida não importa. Morrer ou viver, estar longe ou perto. Nada disso importa. - Coloquei o telefone no gancho.


Ele me disse o que aconteceu pela manhã. - Ele se jogou no sofá. Parecia estar exausto. - Senta aqui, vamos conversar. - Ele me puxou pela mão e me fez cair sentada no sofá ao lado dele.


O que foi? - Cruzei os braços.


Dulce. Sei que está chateada das pessoas estarem se metendo na sua vida, mas ninguém nunca fez nada para te fazer sofrer. Seu pai te ama Dulce, acredite você ou não, e ele não tem que fazer exatamente nada pra te provar isso, porque simplesmente ele é seu pai. Ele já te provou isso quando te reconheceu como filha e deu o nome dele a você. Ele nunca te deixou passar fome apesar de toda a distância. - Ele parou um pouco molhando os lábios, depois continuou. - Eu nunca fui a favor deles fazerem isso, mas eu entendi. Entendi e não me meti. O fato deles terem decidido isso não quer dizer que você fosse obrigada a ir embora daqui. A escolha final era sua, e pode ter certeza que se você tivesse dito a ele que queria ficar, ele ficaria feliz. Não pense você que ele estava feliz por tomar essa decisão, porque ele não estava.


Eles nãos tinham o direito de me enganar. - Disse tentando controlar as lágrimas. - Sabe... Quando eu li a carta que seu irmão deixou, eu senti como se várias lâminas estivessem sendo enfiadas no meu peito. Doeu muito ler aquilo, doeu muito saber daquilo. Mas doeu mais ainda ele ter ido embora sem se despedir e sem ter dito a verdade na minha cara.


E por isso precisava ter tentado se matar? - Ele pegou meu braço e olhou o curativo. - Você, mais do que qualquer um sabe do perigo que é um machucado em uma pessoa diabética.


Eu só queria livrar vocês todos desse peso que é lidar com minha pessoa. - Deixei escorrer a primeira lágrima. - Era isso que queriam, não era? - Passei a mão pelo rosto tentando apagar o caminho que a lágrima traçara. - Além do mais, esse corte não doeu nem a terça parte do que eu senti com toda essa história.


Não pense assim, sabe que não é verdade. - Ele me puxou para seus braços.


Por que ele se foi? - Soltei um soluço. - Ele é um idiota. Sei que ele foi embora apenas pra não me ver partir. Sei que foi de ultima hora. Ele teria me dito.


Você tem razão sobre isso. Ele foi um covarde por não querer te ver partir.


Eu não vou partir Alfonso. Não vou! - Me afastei dele enxugando o rosto. - Mas tudo bem. Se eles queriam isso, não darei mais trabalho a eles. Vou mostrar que sei me cuidar e que não sou um peso pra ninguém.


Você não é um peso Dulce. A gente te ama, acredite nisso.


Infelizmente não consigo acreditar.


Dulce, tente entendê-lo. - Ele deu uma pausa e depois continuou. - Pra você ele pode estar errado, mas na cabeça dele, ele acha que faz isso pra te proteger. Foi horrível ver você naquele estado. Você teve até convulsão e a gente não fazia ideia do que fazer.


Eu estou bem agora. Muito bem por sinal. Vocês... - Suspirei. - Quer saber. Nada mais importa. Eu vou provar que não preciso de ninguém pra cuidar de mim. Eu já tenho 17 anos e sei cuidar de mim. - Dei de ombros cruzando os braços.


Ok. Se você se diz madura o suficiente para cuidar de si, ligue para o seu pai. - Ele apontou o telefone.


Ele não é meu pai. Não mais. - Me joguei para o lado caindo deitada no sofá.


Tá, mas metade do seu DNA ainda é dele, então isso continuará fazendo dele o seu pai. Sem contar que ele é o responsável legal por você agora.


Super responsável deixar a filha fugir no meio da madrugada assim. - Rolei os olhos.


E você mais responsável ainda, pra fugir sem as suas insulinas depois de ter passado tanto tempo no hospital.


Ah, eu me esqueci. E outra, eu nem fui tão longe assim, vocês que não procuraram direito. Prova disso que estive aqui a tempo para tomar uma dose. - Peguei uma almofada e abracei.


Tudo bem. Se não ligar, ligo eu.


Faz o que quiser. Ninguém nunca pergunta o que deve ou não fazer.


Meu Deus, como você é chata.


É meu apelido. - Dei uma piscada.


Alfonso ligou para meu pai e lhe disse que eu estava em casa. Depois de dizer milhões de vezes que eu estava com tudo no lugar por fim ele desligou. Ele ficou sentado olhando a parede enquanto eu admirava a beleza vazia do teto da sala de estar. Cerca de meia hora depois ouvi o som do motor do carro se aproximar. Levantei-me e sem falar nada comecei a sair.


Onde a senhorita pensa que vai? - Alfonso perguntou e eu parei de andar.


Dar uma volta.


Acho melhor ficar aqui.


Não acha nada. Só não quero ter que encará-lo agora ok? Estarei lá fora, não vou sumir de novo. - Dei de ombros e saí pelas portas dos fundos. Fui até o banco no fundo da casa e me sentei nele, encolhi as penas es segurei com meus braços.


Pouco tempo depois a porta da cozinha se abriu. Já era de se imaginar que ele viria até mim. Mas ele não falou nada, apenas sentou-se no banquinho ao lado do banco principal e se manteve em silêncio. Talvêz estivesse esperando que eu desse explicações ou pelo menos pedisse desculpas. Mas isso não iria acontecer. Não mesmo. Me mantive em silêncio também, tentando focar em alguma outra coisa.


Quando por fim me cansei daquele senhor ali, sentado, parado e prestando atenção em cada fio de cabelo que balançava contra o vento, eu me levantei e fui em direção à cozinha.


Dulce. - Ele disse. Apenas isso, ou alguma outra coisa que eu talvêz não tivesse ouvido. Continuei andando, sem parar nem hesitar.


Entrei em casa, subi as escadas e fui para o meu quarto. Peguei meu iPhone no bolso de trás do mei short jeans, busquei o número na agenda e chamei. Uma, duas, três chamadas e por fim atendeu. - Alô, Rodrigo?


 




 


 


 


Sah: Mais dois capitulos pra você kkkk Pablo não vai se metar com as Vondys. Na verdade ele é um passado figurante. Morrer? Não posso dar spoiler assim, se não estraga né oaisuaois Pessoalmente eu sou bem timida também. Aliás falo tão pouco que é constrangedor ficar perto de uma pessoa kkkk 


 


Nina: Postad nena :* besos



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Autor(a): LaPersefone

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 135



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  • LaPersefone Postado em 12/12/2015 - 15:00:39

    Lêh, milly_vondy e vondyforever180, passando só pra agradecer vocês :0 Fico contente por terem gostado. Um bj

  • vondyforever180 Postado em 11/12/2015 - 17:39:57

    Uaaaal ,Li Sua Web Terminei Hoje Owwn Amei <3 Parabens

  • milly_vondy Postado em 09/12/2015 - 13:52:56

    Perfeita, adorei! Parabéns!!!!!

  • Lêh Postado em 24/11/2015 - 11:58:24

    Menos de 3 dias pra ler, passou rapido.. amei a historia uma pena não ter acompanhado, pelomenos não sentii... VELE MUITO A PENA LAR

  • stellabarcelos Postado em 29/09/2015 - 21:03:10

    Amei muito essa fanfic envolvente, não dá pra parar de ler!! Você escreve muito bem! Parabéns!

  • jucinairaespozani Postado em 14/09/2015 - 00:29:29

    Amei parabéns a fic foi maravilhosa, não gostei da Dulce ter pedido pra ele ficar mas enfim, sua fic foi incrível

  • aamanda_as Postado em 11/09/2015 - 12:42:04

    Parabéns Pela Fanfic , Muita Linda, Até Que Enfim Christopher Esqueceu Essa Ideia De Ir Embora Amei o final Luna esperta sapequinha e baby ponny , noivos vondy, amei amei , todos felizes no final

  • anny_freitas Postado em 10/09/2015 - 22:35:50

    Perfeito o final amei demais.Essa fic foi perfeita . Parabéns!

  • sabrina_sassoto Postado em 10/09/2015 - 21:58:35

    Aquele momento que bate um vazio por ter acabado uma das fics que eu mais amo. Dani esse final ficou maravilhoso, finalmente a Dul é feliz. Essa fic foi perfeita do começo ao fim. Parabéns!

  • LaPersefone Postado em 10/09/2015 - 20:36:58

    Pessoal, a fic chegou ao fim. Demorou mas chegou rsrs... Gostaria de agradecer todos os leitores. Os que comentaram pelo site, os que comentaram pelo facebook e até mesmo os que não comentaram. Espero vê-los em alguma de minhas outras fanfics... De início deixo o link de Meu Guarda Costas aqui. Se alguém quiser, dá uma passadinha lá. Beijos e foi um prazer ter vocês por aqui. E se alguem quiser, pode me seguir no meu twitter. É @LaPersefone LINK: http://fanfics.com.br/fanfic/49002/meu-guarda-costas-vondy


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