Fanfic: Trezentos e Sessenta e Cinco Dias (FINALIZADA) | Tema: Vondy

Eu estava em uma loja de moveis. Combinei com Rodrigo de me pegar depois da aula e passarmos na loja de móveis para comprar novos moveis para o meu quarto. Se eu realmente iria provar que eu já não era mais uma criança indefesa, começaria por acabar com aquele quarto de bebê no qual tenho dormido desde aqui. Se meu pai sabe que eu estou fazendo isso? Ah, ele nem sonha. Terá uma surpresa quando a loja levá-los até minha casa.

Depois da loja passamos em uma loja que vendia coisas para decoração. Compramos tinta, papel de parede e alguns enfeites. Depois passamos em um restaurante e em seguida ele me levou pra casa.

Embora tivéssemos tentado não demorar muito, quando cheguei em casa já era cerca de oito da noite.

Deixei um recado com Anahí, para avisar ao meu pai quando ele chegasse para me buscar que eu iria dar uma volta com uma amigo, mas não disse o nome. Mas de qualquer forma isso já me poupou de perguntas como “onde você estava?”.

Fui para o meu quarto, tomei um banho fiz minha lição de casa depois desci até a cozinha para tomar um copo de leite e beliscar algo.

Na sexta-feira depois da aula chamei Rodrigo para me ajudar a esvaziar meu quarto. Eu já havia guardado meus pertences em caixas e malas para poder deixar o quarto livre. Primeiro desmontamos o berço, depois o guarda-roupas que nem era grande já que era para um bebê e levamos os móveis para o porão. Depois levamos a cômoda e desmontamos o sofá cama em que eu dormia e também levamos para o porão. Deixei apenas a poltrona e o colchão para eu dormir. Quando terminamos essa parte já eram umas sete e meia da noite. Pedimos uma pizza que sabíamos que demoraria a chegar e depois Rodrigo e eu começamos a pintar o quarto. As paredes ficaram brancas, com exceção da parede perperndicular à parede da porta, onde coloquei papel de parede listrado em violeta, rosa pink e branco. Segundo o Feng Shui, branco significa pureza, inocência, benevolência, honestidade e graça. Já o rosa significava amor, doçura, felicidade, doçura, elevação, ternura e sedução. E o violeta, paz, intuição, devoção, respeito, espiritualidade e consciência.

Então, acho que por hoje é só isso né? - Ele disse enquanto analisava o trabalho. Assenti. - Tem certeza que vai ficar bem dormindo em um colchão no chão Dulce?

Sim. É só essa noite né. - Dei meio sorriso. - O único problema vai ser dormir nessa sujeira, mas amanhã cedo dou um jeito.

Deveria dormir no quarto de hóspedes.

A situação lá deve estar pior que aqui. - Brinquei.

Você quem sabe né. - Ele se jogou no meu colchão. - Pelo menos troque esse lençol, que está em estado deplorável.

Trocarei. - Me sentei ao lado dele.

Seu pai ainda não sabe?

Não tenho falado com ele. Já te disse isso.

É, disse sim, mas gostaria que isso se resolvesse. Nós dois somos colegas e não fica legal eu ajudar a filha dele a montar um complot contra ele. - Riu.

Ignora o velho. A opinião dele não vale a mínima pra mim. - Dei de ombros olhando o papel de parede. - Vai ficar legal, eu acho. Vou me sentir melhor também.

Bom, você já sabe, que se precisar desabafar estou aqui. - Ele se sentou ficando ao meu lado. E eu tive a estúpida ideia de me virar para ele. Nossos rostos estavam próximos. Apenas fechei meus olhos e me deixei levar. Pensei no que Anahí havia dito uma vez sobre ficar com outro garoto até descobrir meus sentimentos. Só que agora era diferente, eu já sabia o que sentia, mas não estava apta para levar esse sentimento à frente. Nem Christopher.

Ele até que beijava bem, porém não havia amor, nem mesmo havia química entre nós. Mesmo assim, me deixei levar. Nos separamos apenas quando ouvimos uma bozina. Pizza! Por fim. Eu estava faminta. Levantei-me às pressas, peguei minha carteira que estava dentro da minha bolsa em cima da poltrona e fui pegá-la.

Passei metade da noite acordada, pensando no beijo. Não por que sentia algo por Rodrigo. Longe disso. Eu até que gostava dele, ele era carismático, divertido. Até caçoou de mim por estar suja de tinta no rosto, que absurdo. Acordei com o sol batendo na minha cara. Esqueci que havia tirado a cortina na noite anterior e que o sol iria bater em mim logo pela manhã. Troquei de roupa, vesti um short jeans, uma regata branca, depois desci pra comer algo. Tomei um café da manhã bem reforçado depois a minha dose diária, na qual eu estava tomando todos os dias quando acordava, e depois fui limpar a bagunça de tinta, papel e cola de parede do quarto. Foi o tempo exato de deixá-lo como um brinco até que o caminhão chegou. Atendi os entregadores que logo foram entrando e já colocando e montando os móveis no meu quarto de acordo com minhas orientações. Uma escrivaninha com uma estante para livros na parede do papel de parede, a cama de casal Queen Size e os criados mudos na parede da porta, e o guarda roupas na parede paralela à parede da escrivaninha, e em baixo da janela um pufe violeta com uma mesinha de apoio ao lado. Depois de tudo montado comecei minha segunda jornada do dia. Forrei a cama, coloquei o carpete veludado branco e rosa entre o pufe e a cama, arrumei minha escrivaninha e coloquei todos os livros que eu tinha na prateleira, em seguida coloquei o simbolo Yin Yang na parede da minha cama. Depois arrumei todo o meu guarda roupas. Espaçoso como eu sempre quis ter para guardar minhas roupas e sapatos. Joguei umas almofadas sobre a cama, coloquei a cortina branca com detalhes violetas nas bordas e por debaixo dela um black out para evitar a entrada da claridade quando eu quisesse dormir até mais tarde. Sobre as mesas de centro coloquei abajures e por fim terminei minha jornada. Tomei um banho demorado, abri a porta para deixar o ar correr, e fui comer algo, já que havia esquecido do almoço.

Somente agora notei que meu pai não estava em casa. Talvêz tivesse ido fazer mais uma de suas viagens a trabalho. Depois de comer, subi e fui fazer os trabalhos que os professores me deram para recuperar minhas notas. Na minha escrivaninha. Nova. Que eu escolhi.

Mas o que é isso? - Uma voz estourou pelo quarto e eu saltei da cadeira.

Um quarto. - Respondi após me recuprar do susto ainda sem virar pra trás.

Quero explicações.

Não te devo explicações. Agora se me permite, se já apreciou minha obra de arte, eu preciso recuperar minhas notas, e o senhor está me atrapalhando. - Dei de ombros e voltei a prestar atenção nos livros.

Dulce. - Ouvi um suspiro.

Esse é meu nome. - Falei baixo. - Não se assuste, foi o senhor mesmo quem disse que esse quarto era meu. Eu sou livre pra colocar até fogo nele se eu quiser. - Virei-me junto com a cadeira. - Não sou mais um bebê, e não quero dormir em um quarto de bebê. Desapega Fernando. - Chamá-lo assim novamente com certeza doeu, mas que se dane. Ninguém se importou se ia doer ou não cada decisão. - Agora se me permite, feche a porta quando sair.

Mais uma manhã. Ou tarde. Já passava do meio dia quando acordei. Juntando o cançasso de ficar até tarde fazendo zilhões de trabalhos e a cama nova e confortável deu nisso. Levantei, tomei um banho para me livrar do suor. Não sei por quanto tempo eu iria aguentar o calor da California. Isso porque ainda era primavera, imagina quando chegar o verão. 

Fui até a cozinha e senti um cheiro de bolo que parecia estar assando ainda. Minhas pernas tremeram quando vi Christopher sentado olhando pra janela enquanto esperava o bolo assar.

Christopher? - Deixei escapar com a voz falha. Ele se manteve na mesma posição e nem parecia ter me ouvido. Dei alguns passos fui até a geladeira pegar mais uma de minhas insulinas.

juhcunha: Oiee :D  Que bom que está gostando flor.. Ela é bem dramática mesmo rsrsrs Mas guarda um pouquinho de lágrima aí porque depois vai precisar de mais :*