Fanfic: Trezentos e Sessenta e Cinco Dias (FINALIZADA) | Tema: Vondy

Christopher se levantou, tirou a calça juntamente com sua cueca e depois me pegou pela cintura. Ele me encostou na parede me fazendo enganchar as pernas na cintura dele e beijou meu pescoço. Quando menos esperei, ele me penetrou com força. Cravei minhas unhas em suas costas e apertei meus lábios contra o seu pescoço. Ele começou a se movimentar rápido dentro de mim, gemi alto com seus fortes movimentos pedindo para que ele fosse mais rápido. Assim o fez, ele se aprofundou mais dentro de mim enquanto me beijava.

Ficamos por um bom tempo assim até ele caminhar até a cama e se deixar me deixando sentada por cima dele. Tive uma visão melhor sobre ele agora e seu corpo já estava suado. Eu sorri e comecei ame movimentar em cima dele. Comecei lentamente e depois fiz o mais rápido que podia. Rebolei mais forte e ele soltou um gemido apertando com força minha cintura me ajudando nos movimentos. Comecei a arranhar seu peintoral quando ele levou as duas mãos aos meus seios apertando-os com força. Ergui minha cabeça para trás fechando meus olhos sem parar os movimentos. Comecei a estremecer em suas mãos mas não parei. Ele não me deixou parar. Voltou a me segurar pela cintura enquando eu gemia e gritava seu nome e tempo depois ele me apertou contra seu corpo e pude senti-lo tremer tanto quanto eu enquanto ele ejaculava dentro de mim.

Depois caí cansada sobre seu corpo e nos abraçamos. Não falamos mais nada.

Acabei dormindo ali naquela mesma posição, sentindo seu corpo suado e ouvindo seu coração e sua respiração acelerados.

Todo o cansaço do momento juntou com minha noite mal dormida e eu apaguei.

Acordei algumas horas depois. Christopher estava ao meu lado e também dormia. Estávamos abraçados e apenas cobertos por um lençol lilás. A porta estava trancada por dentro. Imagino que ele havia saído de mim e feito isso sem que eu acordasse. Eu estava exausta. Acho que nem se tivesse acabando o mundo eu acordaria.

Levantei-me com cuidado e fui direto para o banheiro tomar um banho. Depois do banho me enrolei no meu roupão e me sentei no pufe o olhando. Não queria acordá-lo. Não queria estragar esse momento embora soubesse que isso logo iria acontecer. Não houve momento em que Christopher e eu fizessemos sexo e depois não brigássemos no final. Ou se houve eu não me lembro mais.

Ele era tão lindo dormindo. Estava abraçado a meu travesseiro agora.

Minha barriga roncou. Eu estava com fome. Eu estava com muita fome. Me vesti e desci até a cozinha. Precisava comer algo mas antes disso tomei minha insulina, já que não havia tomado na noite anterior e nem hoje pela manhã.

Assim que fechei novamente a geladeira e fui jogar a embalagem na lixeira vi Christopher apenas de calça com a cara toda amassada na porta da cozinha me olhando. Meu corpo tremeu por completo e antes que ele pudesse pronunciar algo eu disse:

Por favor, não fala nada. - Abaixei a cabeça.

Isso tem que acabar Dulce. Não é certo. - Ele passou as mãos pelo rosto.

Eu sei tá legal? Eu sei que é errado. Eu já disse isso pra eu mesma mentalmente. Sempre digo que será a última vez mas eu não consigo me controlar quando estou perto de você.

É como se algo falasse mais forte que a gente. - Ele completou e eu o olhei. Agora estava tão próximo. - Deveria parar, mas eu não sei se vou conseguir me controlar. Só de olhar pra você eu fico louco. - Ele me abraçou e me apertou com intensidade entre seus braços. - Vou preparar algo pra gente comer, está bem?

Tudo bem. - Mordi meu lábio inferior enquanto me soltava de seus braços. - Eu vou esperar lá na sala. - Fui até a porta e parei. - Christopher?

Sim?

Meu pai? Ele está em casa?

Não. Ele saiu cedo hoje.

Ah... Ok. É só que, seria meio constrangedor ele ter ouvido tudo sabe? - Senti minhas bochechas corarem e ele sorriu.

Eu não teria deixado você fazer tanto barulho se não tivesse a certeza de que estávamos sozinhos.

E sua mãe? Já faz um tempo que não a vejo.

Ela foi viajar um pouco. Seu pai meio que deu umas férias a ela.

Ah, entendi. - Dei meio sorriso. - Eu vou indo lá pra sala. - Ele assentiu e eu me retirei.

Segui para a sala em silêncio e sentei no sofá abraçando uma almofada. Fiquei parada enquanto relembrava tudo o que fizemos em meu quarto. Porque eu tinha que ser tão fraca? Eu não podia ser forte pelo menos uma vez na vida?

Meus pensamentos foram interrompidos, mas não por Christopher. Foram interrompidos por um motor de carro. Me levantei e olhei pela janela. Senti um alívio por não ser Rodrigo. Eu não saberia como encarar isso nesse momento.

Voltei novamente para o sofá e me deitei de frente para a porta. Ele entrou com uma pasta de plástico nas mãos e assim que me viu parou de caminhar, ficando parado me olhando.

Está se sentindo bem? - Ele franziu o cenho.

Sim. - Dei de ombros.

A gente precisa conversar.

Não temos nada pra conversar Fernando. - Me virei de costas e logo ele veio até o sofá, sentando-se na beirada.

Eu acabei de vir da sua escola. - “E daí?” pensei. - Suas férias estão chegando, e eu fui pagar a sua viagem de formatura.

O quê? - Arregalei os olhos enquanto perguntei (bem alto por sinal). - Eu já disse que não quero ir a nenhuma viagem. - Falei entredentes enquanto me sentava.

Vai fazer bem pra você ok? A Annie vai também.

Eu não quero ir a lugar algum. Eu sonhei minha vida inteira em me formar com os meus amigos e vocês me tiraram esse sonho. Que se dane essa viagem.

Bom, agora já está pago. Não tem como voltar atrás. Não há devolução de dinheiro.

Você... Você tinha que ter me perguntado antes. Eu não queri ir a lugar algum.

Você sabe que vai ser um cruzeiro não sabe?

E daí?

E daí que aposto que vai ser legal. Vai se a primeira turma em toda a história dessa cidade a fazer um cruzeiro. Vai ser divertido.

Pra mim que não. - Cruzei os braços fechando a cara.

Eu... Eu consegui um pacote parra os mesmos dias para o Alfonso e o Christopher.

Vocês o quê? - Arregalei ainda mais os olhos. - Agora que eu não vou mesmo.

Bom, vocês são amigos né? Vocês quatro. E eles merecem isso também. São só quatro dias e depois você ainda vai me agradecer. - Ele se levantou e se retirou. Que ódio. Será que algum dia a minha vontade será levada em conta?