Fanfic: Trezentos e Sessenta e Cinco Dias (FINALIZADA) | Tema: Vondy

“Você e eu sabemos que sim” - Abri meus olhos. - Posso saber o que ele quis dizer com essa frase?

Está acordada?

Não, é uma miragem Anahí.

É que estávamos falando da sua queda de pressão. E da falta de açúcar no seu sangue.

Você não falou da sua suspeita pra ele não é mesmo?

Claro que não Dulce, sou loira mas não sou burra. Até porque, se minhas suspeitas se confirmarem, você não terá como esconder para sempre. E outra, eu não duvido nada que ele também suspeite isso.

Porque ele suspeitaria? Não há motivos pra ele suspeitar algo tão ridículo assim.

Não? Dulce, acorda pra vida. Conheço o Christopher há muito tempo. Ah, e só pra você saber, ele é hiper cuidadoso com esse assunto de se cuidar. Se ele não se cuidou contigo, é porque não tem a mínima preocupação em ter um filho contigo.

Para Annie. - Senti meus olhos arderem.

Ele teria insistido Dulce. Ele já ficou com outras amigas minhas antes e todas elas disseram que ele dava a maior aula de prevenção.

Eu não posso engravidar, meu pai me mataria.

E o Rodrigo mataria o Christopher. - Ela revirou os olhos. - Pense pelo lado positivo, vocês se encontrariam no alem.

Eu só tenho 17 anos Anahí, será que não entende a gravidade do problema?

O que eu entendo, é que você deveria procurar um médico. Sei também que deveria conversar com o Christopher, porque querendo você ou não, ele faz parte disso.

Se eu não quiser que seja parte, ele não será.

E você acha que ele é idiota Dulce? A primeira coisa que ele vai querer é o exame de paternidade se você negar que o bebe que está esperando é filho dele.

Em primeiro lugar não há um bebê, e em segundo, se houvesse, eu poderia negar.

Você é sempre tão ingenua assim? Está atrasada, tem enjoos, desmaios. O que mais você precisa pra ter certeza? Sua barriga começar a crescer e seu corpo começar a mudar? Vai mesmo esperar que as pessoas percebam isso sozinhas? - Senti a primeira lágrima traçar meu rosto. - Vai ser pior se você negar Dulce. E você tem diabetes, precisa ir ao médico.

O que tem eu ter diabetes?

Não sei explicar, mas é uma coisa mais delicada. Pelo que entendi, pode haver má formação no bebê, ou ter alguma doença, não sei. Você precisa ir ao medico, ele saberá lhe explicar melhor.

Pode ser apenas mais um atraso Annie.

Se for, será maravilhoso, mas e se não for Dulce?

Eu não sei.

Olha, eu não quero te assustar. Apenas quero te deixar ciente do que pode estar acontcendo.

Mas e o Christopher? Eu não posso simplesmente chegar nele e dizer que acho que estou grávida. - Passei a mão pelo rosto e pude sentir um volume em minha testa. - Por que diabos minha cabeça está inchada?

Está doendo? - Anahi mordeu o lábio inferior.

Um pouco.

Christopher bateu sua cabeça na grade de proteção. Mas foi sem querer. Ele entrou em panico quando você desmaiou. Aí começou a aglomerar pessoas, e quando ele pegou você no colo acabou batendo a cabeça. Sabe como são os corredores.

O professor sabe o que houve?

Bom, ele ficou aqui até você acordar.

Mas eu não o vi.

Acho que estava meio fora de si quando acordou. Fez o maior escândalo por Christopher estar aqui. Você não se lembra?

Eu não. Eu fiz isso? - Franzi o cenho.

Sim. Você chegou a estapeá-lo. Disse poucas e boas pra ele mas logo ele te imobilizou e você foi se acalmando. Depois dormiu abraçada com ele como se nada tivesse acontecido.

Eu sou meio doida.

Meio? - Ela riu. - Completamente. Mas voltanto ao assunto, você vai ao medico não é?

Talvêz. Não sei se tenho coragem o suficiente para encarar isso.

Olha, faz o seguinte. Esquece isso por enquanto. Se diverte. A gente acabou de se formar no colegial. Aproveita as festas, as piscinas, os parques. Aproveita as lojas que eu sei que você adora. Se tiver vontade de ficar com o Ucker, fica. O Rodrigo não está aqui, e ele não precisa saber. Aproveita que deixo o quarto livre pra vocês.

Não exagera Annie.

Exagerar? Está na sua cara que você quer tê-lo por todas as noites.

Nem se eu quisesse isso iria acontecer. Ele de certo está ficando com aquela garota de hoje cedo. - Me encolhi abraçando um travesseiro.

E você vai deixar uma qualquer tomar ele de você? Agarra o que te pertence Maria. Você tem apenas mais duas noites pra isso.

E o Poncho?

Deixa ele comigo. Olha, eu vou ir comer. Quer que eu peça para trazerem algo?

Pode ser, mas nada muito pesado.

Ainda está enjoada?

Não, só estou sem muito apetite.

Olha, não fica assim. Toma um banho, se arruma e quem sabe mais tarde você não recebe uma surpresa. - Ela deu uma piscada.

O que vai fazer?

Eu disse surpresa sua curiosa.

Vindo de você já até imagino o que deve ser. Annie, não quero magoá-lo mais do que já tenho magoado.

Olha Dulce. - ela veio até mim e se sentou ao meu lado. - Vocês precisam ficar um tempo sozinhos. Eu acho que você deve esclarecer a ele o que está acontecendo, mas sei que você não quer. Então apenas fique com ele, sem pensar no amanhã. Esquece o Rodrigo. O Christopher está dando sopa nesse navio e você trancada aqui nesse quarto com o Rodrigo a milhas de distância daqui. Eu, no seu lugar, me trancaria aqui dentro com ele e jogava a chave pela janela.

Eu pretendo andar por um bom tempo ainda sabia? E sentar também. - Me sentei rindo da cara que ela fizera.

Não disse que tem que fazer o tempo todo. Conversar também faz parte. Eu poderia lhe dar algumas ideias mas meu estômago quer comida. Então eu vou ir comer, e peço pra alguém lhe trazer comida.

Vai dormir com o Poncho de novo?

Talvêz.

Esse talvêz quer dizer que talvêz o Christopher venha dormir aqui de novo.

Então você já pode pensar no que irão fazer. - Ela se levantou. - Tem preservativo ali na gaveta.

Pra que eu iria querer um preservativo.

Porque para todos os efeitos, nós ainda não temos certeza de que você está... - Ela sinalizou com as mãos perto da barriga. - E se não tiver, começa a se previnir desde já.

Ai você é tão chata.

Chato vai ser você parir uma miniatura de ser humano e acordar pelo menos tres vezes durante a noite para amamentar.

Ai, cala a boca vai. Não quero ter que pensar nisso mais. Como disse, eu tenho que aproveitar o cruzeiro, não é?

Assim que se fala. - Ela deu uma piscada. - Deixa eu ir, e vá tomar um banho, passa uma maquiagem leve. Está com uma cara péssima.

Experimenta vomitar de madrugada e passar o dia sem comer nada.

Tomei um banho demorado, vesti um pijama justo e curto, sequei meu cabelo com o secador, passei uma maquiagem bem leve, apenas para tirar minha cara de zumbi e me deitei. Dava para ver as estrelas da minha cama. A porta se abriu e eu se quer me virei para ver quem era.

Eu trouxe seu jantar. - Olhei de relance enquanto ele colocava uma bandeja na mesinha. - Se sente melhor?

Sim. - Falei tão baixo que tenho minhas dúvidas de que ele escutou.

Fiquei preocupado.

Você bateu minha cabeça na grade de proteção. - Passei a mão na cabeça.

Desculpa. Está doendo?

Só se apertar. - Me sentei na cama e o olhei.

Acho que a gente tem que conversar.

Não temos não. - Me encolhi.

Dulce, eu... - Ele se sentou perto de mim. - Desculpa ter falado tudo aquilo.

Por favor, eu não quero conversar. A gente vai acabar discutindo, como sempre e eu não quero isso. - O encarei.

O que eu faço então? Me diz o que eu faço porque eu não sei mais.

Não fala nada. - O puxei pela gola da camisa fazendo-o cair sobre mim e nos beijamos. Levei minhas mãos por debaixo de sua camisa epassei minhas unhas pelo seu abdomen e fui subindo a camisa dele até tira-la. Parei de baijá-lo para poder passar a camisa por sua cabeça e a lancei para longe. Mordi os lábios e em seguida puxei os lábios dele iníciando um beijo caloroso. Juntei força e me virei por cima dele. Caímos os dois no chão. Havía esquecido que a cama era de solteiro. Começamos a rir entre o beijo. Então me sentei em seu colo entrelaçando minhas pernas em sua cintura. Senti que ele já estava excitado, e isso me deixava louca. Passei minha mão por dentro do cos da bermuda dele e ele soltou um leve gemido enquanto apertava minha cintur. Depois as mãos dele subiram pelas minhas costas levantando minha blusa. Ele apartou-se para tirá-la depois afastou meu cabelo e começou a beijar minha orelha e meu pescoço. Soltou meu sutiã então ergui minha cabeça para trás quando ele deslizou os lábios até meus seios. Levei minhas mãos até as ondas de seus cabelos e embolei meus dedos ali. Então ele deslizou uma de suas mãos por minhas costas até o cós de meu short, fez menção de abaixá-lo mas passou diretamente para minha coxa. Ele não parava de sugar meus seio. Ele se levantou com dificuldade me mantendo em seu colo, e então me deitou na cama. Me beijou novamente mas logo desceu os lábios por meu corpo até parar no cós do meu short. Com as duas mãos ele tirou o short juntamente com a calcinha me deixando completamente nua. Soltei um urro tão alto quando ele começou a beijar minha intimidade que tenho certeza que em todos os quartos ao lado puderam ouvir. Enquanto ele fazia movimentos com a língua, penetrou dois dedos em mim o que me deixou ainda mais louca. Apertei o lençol com e mordi os lábios com força tentando não gemer tão alto. Logo explodi em seus lábios. Meu corpo estremeceu e ele me segurou pela cintura. Abri meus olhos e o vi tirar a bermuda e a boxer que usava. Estava completamente ereto.

Ele se deitou por cima de mim, e me fez enganchar minhas pernas em sua cintura norvamente. Apertou minha cocha e me penetrou. Devagar. Soltei um gemido baixo e ele me beijou. Enquanto me beijava, ele se movimentava dentro de mim. Alternava entre rapido e lento.

Nos amamos, uma, duas, três, quatro vezes, até não aguentarmos mais. Comemos entre uma e outra e depois de tudo acabamos dormindo sob a luz da lua que entrava pela janela.

A viagem prosseguiu assim, até o fim. Mas se quer trocávamos muitas palavras.