Fanfics Brasil - Capitulo 11 - Parte 9 Trezentos e Sessenta e Cinco Dias (FINALIZADA)

Fanfic: Trezentos e Sessenta e Cinco Dias (FINALIZADA) | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 11 - Parte 9

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Pela noite novamente não consegui pregaros olhos. Embora estivesse cansada e com sono, meus pensamentos não se calavam. Senti vontade de estar com Christopher. Ouvir o coração dele bater, sentir o seu cheiro com certeza me tranquilizariam. Levantei da cama, calcei minha pantufa, e fui atrás dele. Desci a escada com cuidado e fui até a cozinha. Dei uma olhada em volta, mas estava tudo vazio e iluminado pela enorme lua clara e brilhante. Peguei um molho de chaves que tinha na cozinha. Sabia que tinha chaves das duas casas nele. Então fui até a casa dele. O vento estava um pouco fresco àquela hora, deu até vontade de ficar do lado de fora, mas era meio estranho. Na terceira tentativa de chave consegui abrir a porta com o máximo de cuidado possível e entrei. Tranquei-a por dentro e subi até o quarto dele. A porta estava fechada, mas por minha sorte não faz nenhum barulho. Assim que entrei eu o vi.


Ele estava de bruços, apenas com uma cueca boxer que parecia ser branca. A luz da lua entrava pela janela e batia bem em seu rosto. Fui até a cama dele e me ajoelhei no chão.


 


Chris. - Sussurrei próximo a ele. - Meu amor. - Quis tocar-lhe o rosto mas não quria que ele acordasse. Fiquei ali o olhando por um tempo. Ele é tão perfeito. Seus cabelos bagunçados, o rosto um pouco suado devido ao calor. Afastei-me quando ele se virou de barriga para cima. Soltei um soluço e coloquei as mãos sob a boca para abafá-lo. Um sentimento de perda assombrou todo o meu corpo. Levantei-me e fui em direção à porta. Tinha que sair dali antes que ele acordasse. Tarde de mais.


 


Dulce? - Aquela voz rouca e sonolenta me chamou. - O que faz aqui?- Eu me virei e o olhei se sentar enquanto esfregava os olhos.


Na... nada. - Enxuguei o rosto.


Vamos fingir que eu acredito que você apareceu no meu quarto às... - ele olhou para um relógio sob seu criado mudo. - às três da manhã, chorando e por nada. - Ele passou as mãos pelo rosto e em seguida pelos cabelos. Estava parecendo um leãozinho.


É. - Mordi o lábio inferior.


Então tá. - Ele ignorou minha resposta, se levantou e veio até mim. - Você mente que eu finjo que acredito. - Ele deu uma piscada.


É melhor eu ir. - Abri a porta.


Não. - Ele pôs a mão sob a minha na maçaneta. - Pode ficar se quiser, não vou perguntar nada.


Chris. - O abracei forte, tão forte que pude ouvir um leve gemido escapar de sua boca.


Está tudo bem. - Ele me envolveu em seus braços. - Eu estou aqui, vou cuidar de você baixinha.


Cuidar?


Sim. Você anda tão frágil, e se ninguém cuidar de você, eu farei isso.


Chris. - Escondi meu rosto em seu pescoço. Que cheirinho bom. Senti seus braços me apertarem. Afastei meu rosto e o olhei. Isso era um pouco estranho. Ele deveria brigar comigo ou me fazer perguntas. Talvêz eu estivesse apenas tendo um sonho. Seus olhos brilhavam com a luz da lua. Um olhar curioso em busca de respostas.


Logo seus lábios se encostaram nos meus e fechei meus olhos. Uma energia percorreu meu corpo. Uma energia boa.


Eu te amo.- Sussurrei e o beijei. Não quis dar tempo para ele raciocinar ou questionar. Nossas línguas se cruzaram.


Fechei a porta atrás de mim e caminhamos até a cama dele onde ele se sentou e me sentou em seu colo.


Suas mãos acariciavam minha cintura por baixo de minha blusa e as minhas estavam em seu rosto fazendo-o aprofundar mais o beijo. Senti meu corpo ser deitado na cama e o peso do dele sob o meu. Meu estômago revirou. Eu não deveria fazer isso. Não mais uma vez. Era um risco a mais. O empurrei por instinto fazendo-o bater as costas na parede e saí correndo. Não para fora da casa, mas para a porta no fim do corredor. O banheiro. Droga, agora não era hora. Comecei a voltar tudo que havia comido no jantar.


 


Dulce. - Aquela voz rouca, agora em tom preocupado estava logo atrás de mim. Senti a mão dele sob minha barriga para me apoiar e a outra segurar meu cabelo, tirei a mão dele da minha barriga antes que ele pudesse sentir. - O que você tem? - Ele me perguntou totalmente preocupado. Eu continuava vomitando. Droga. Agora não era hora disso caramba.


Christopher. - Agora a voz de Poncho. - Oh meu Deus. O que aconteceu? O que ela faz aqui?


Ainda estou me perguntando. - Me levantei, fechando a tampa da privada. Dei descarga e logo sentei-me sob a tampa. - Está melhor? - Assenti.


O que você comeu hein? - Poncho perguntou.


Tecnicamente a mesma coisa que vocês. - Revirei os olhos. - Bom, eu comi chocolate e depois tomei sorvete.


Está ficando doida Dulce? Sabe que não pode comer doces.


Ai não enche. - Me levantei e fui até a pia para lavar a boca. Que gosto horrivel! Os olhei através do espelho e ambos tinha uma expressão preocupada. Suas imagens estavam se tornando borrões. Senti mãos me segurarem e não me lembro de mais nada.


Algum tempo depois um ardor percorreu minhas narinas. Abri meus olhos e aos poucos as imagens se formavam. Poncho estava com um frasco de perfume nas mãos e Christopher estava sentado no chão me olhando.


O que aconteceu?


Você desmaiou. Está se sentindo bem?


Obvio que ela não está Alfonso. Se tivesse não teria desmaiado.


Onde estou? - Fechei os olhos massageando as têmpras.


No quarto do Christopher. - Lembrei do que estava fazendo. Droga. Tentei me sentar.


Não, fica deitada. - Christopher me impediu.


Eu estou bem. - Olhei Poncho com súplica, mas ele também estava assustado e preocupado. Não sei para quem é pior: se é para Poncho, saber que eu desmaiei e estou carregando um bebê, ou se é para Christopher, que não faz ideia do que eu tenho.


Não me parece bem.


Nem tudo é o que parece Christopher. - Me sentei mordendo meu lábio inferior.


Está melhor Dulce?


Sim.


O que faz aqui a essa hora hein? - O olhei sem responder.


Acho que precisamos ter uma conversa Dulce. - Christopher disse olhando Poncho.


Ok! Me retiro. - Poncho veio até mim, me deu um beijo na cabeça e se retirou.


Acho melhor eu voltar para minha casa.


Espera. - Ele se sentou ao meu lado. - O que você tem hein? Estou ficando preocupado.


Você disse que não faria perguntas.


Isso antes de você voltar as tripas e desmaiar. Agora é diferente.


Não é não.


Você está estranha.


Ainda não se acostumou?


Não. Olha Dulce, eu não quero ser chato, mas eu me preocupo. Uma hora você está chorando, na outra está bem, depois fica brava.


Devem ser os horm... - Me calei.


Os o que?


Nada, deixa pra lá. - Suspirei. - Quero ir dormir.


Fica aqui. - O olhei. - É sério. Eu não vou te pedir para continuarmos de onde paramos porque sei que isso não irá acontecer. Mas você pode ficar a noite aqui. Tipo como quando eu passava as noites com você, logo quando você chegou aqui.


Eu não sei Christopher.


Me chama de Chris, por favor. Eu ainda quero ser o seu Chris.


Meu Chris. - Dei meio sorriso. Meu Chris. Sempre meu Chris. - Tudo bem, mas não quero nenhuma pergunta.


Você quem manda. - Ele sorriu. - Vou pegar um copo de agua pra você. Deve estar com um gosto ruim na boca.


Mais ou menos.


Ok. Vou lá, e não demoro. Fique aqui.


 


Foi bem melhor dormir abraçada com ele. Não sei se ele dormiu, mas eu apaguei, com o rosto escondido no pescoço dele sentindo seu cheiro. Era realmente isso que me fazia bem.


Quando acordei, o sol já estava quente. Olhei para o relógio, já ia dar meio dia. Saltei da cama. Ele estava apagado, nem se quer me viu sair dali.


Fui o mais rápido que pude pra casa, haviam algumas malas perto da escada, mas eu se quer tive tempo de parar e ver se tinhamos visitas. Entrei no quarto, e fechei a porta. Quando me virei vi Ivalú, Pedro, Pablo e Fuzz sentados na minha cama. Arregalei os olhos. Eu devo estar tendo uma miragem.


 


O que a senhorita estava fazendo fora da cama? - Ivalu perguntou, com um sorriso no rosto.


Dul. - Pablo veio até mim e me abraçou me rodando no ar.


Até que em fim apareceu, já estávamos ficando preocupados.


O... o que fazem aqui?


Bom, parece que não somos bem vindos aqui né?


Ai, não. Não é isso, é só que. Ai meu Deus, são vocês mesmos? Eu não estou tendo visões? – Fuzz beliscou meu braço. - Au.


É, não está não. - Ela me abraçou, e depois Ivalú, depois Pedro.


Como chegaram aqui?


Primeiro de avião, e depois de carro. - Ivalú respondeu. - E olha, a viagem foi longa, estou morrendo de cansaço e fome.


Que horas vocês chegaram?


Faz mais ou menos uma hora. Seu pai teve que voltar na cidade e aquele menino bonito foi com ele. Acho que é Alfonso o nome dele.


Ah sim. - Mordi o lábio inferior. - E deixaram vocês aqui sozinhos?


Bom, acho que você não é ninguém né?! - Pablo riu e depois voltou a me abraçar. - Eu estava com saudades. É bom encontrar você bem aqui. Eu o encarei, tive vontade de abraçá-lo e nunca mais soltá-lo.


Esse lugar é lindo Dulce. - Fuzz disse interrompendo o momento.


É... é sim. - Desviei o olhar. Bom, eu vou instalar vocês. Bom, eu não sei por onde começar, mas ok. Acho que vou colocar os meninos no quarto de visitas e nós três nos viramos aqui. Pode ser? - Eles assentiram.


Mostrei pra eles o resto da casa, e enquanto eles se instalavam fui tomar um banho.


Depois do banho desci até a cozinha mas já estava sentindo um cheirinho de tempero e algumas gargalhadas. Fiquei parada da porta vendo Christopher conversar com eles, pareciam amigos de infância. Com a exceção de Pablo que parecia estar um pouco incomodado, o que me deixou um pouco confusa. Da ultima vez, ele parecia estar bem com o Christopher, mas agora é totalmente contrário.


 


Tentei chegar entrando na conversa, enquanto esperava Christopher fazer a comida. Eu estava morrendo de fome. Meu pai e Alfonso chegaram praticamente na hora de servirem a comida. Almoçamos todos juntos enquanto conversávamos. No fim da tarde, os meninos foram dormir e eu fiquei no quarto conversando com Ivalú e Fuzz. Ouvi o som de uma caminhonete se aproximando mas se quer me importei. Eu estava com minhas amigas, isso me bastava.


Elas me contaram como foi tudo depois que eu fui embora.


Você tentou alguma faculdade? - Fuzz perguntou.


Eu não vou fazer faculdade agora. - Mordi o lábio inferior.


E por que não? Pensei que faríamos todos juntos.


É que agora eu não posso. - Suspirei.


E por que não?


Eu preciso, preciso contar pra vocês. - Me encolhi. - Eu estou grávida.


Gravida? - Elas perguntaram em uníssono.


Falem baixo.


Ai meu Deus. - Ivalú falou se levantando da cama. - Você vai ter um bebê.


Não, um porco. - Revirei os olhos.


Dulce. Ah meu Deus. - Ela ficou andando de um lado para o outro e Fuzz me encarando boquiaberta.


Você perdeu o juízo foi?


Na verdade eu nunca tive. - Dei de ombros.


Você só tem...


17 anos. - A interrompi. - Aconteceu Iva, eu não queria, mas aconteceu.


E quem é o pai do bebê que você está esperando?


É o Christopher. - Agora um silêncio pairou sobre o ar. Pensei ter ouvido passos no corredor. Corri para abrir a porta mas apenas vi um vulto desaparecer escada abaixo.


Está dizendo que, você está gravida daquele bonitão que cozinhou pra gente? - Fuzz perguntou incrédula.


É isso mesmo. - Fui até a janela. Vi a picape de Rodrigo. Senti meu corpo amolecer.


Dulce, o que foi? Você ficou mais branca que um papel de uma hora pra outra. - Fechei meus olhos no momento exato que ouvi dois estalos. Altos.


Christopher. - Falei quase sem ar. Sai andando de ré em direção ao corredor ainda encarando a janela. Fuzz e Ivalú me olhavam sem entender nada, e um tanto assustadas. Cheguei no corredor e vi Pablo e Pedro na porta do quarto de visitas sem entender o que estava acontecendo. Desci as escadas quase tropeçando em meus próprios pés e apesar de estar andando rápido, parecia estar tudo em câmera lenta. No andar de baixo vi meu pai indo em direção à porta. Quando terminei de descer as escadas ele me olhou assustado, depois saiu correndo. Eu fiz o mesmo, e logo meus amigos vieram atrás. Quando saí de dentro de casa vi o carro de Rodrigo dar partida em alta velocidade. Segui meu pai em direção ao celeiro. Meu coração pulsou tão forte que chegou a doer.


Vi Christopher caído no chão e meu pai se abaixar. Apesar do medo, eu me aproximei. Ele ainda estava acordado.


Chris. - Gritei dolorosamente. - Não... não... não. - Comecei a chorar somente nesse instante. Ele estava ensanguentado, não fazia ideia de onde havia sido o tiro. Ou os tiros. Eu ouvi dois disparos. - Fica comigo, por favor. Não me deixa.


Ele me olhava, um olhar vago e cheio de dor. Coloquei a cabeça dele no meu colo e procurei pelas feridas em seu corpo. Uma parecia ter pego a lateral e a outra estava em seu peito. Eu não vou aguentar isso. Peguei sua mão e a coloquei em meu rosto. - Sou eu, sua Mari, por favor, fica comigo. - Eu apenas o via na minha frente, não havia mais nada nem ninguém. Sua respiração estava forte.


Com certa dificuldade, ele colocou a mão sobre minha barriga, e sussurrou. - Cuida do nosso filho.


Ah, meu, Deus! Ele sabia.


Você sabe? - Ele assentiu. - Oh Chris, me perdoa. - Ele colocou o dedo sob meus lábios.


Eu sempre soube. - Ele fechou os olhos.


Não, não, não. NÃO!!! - GRITEI. - Meu amor, fica comigo, não me deixa. - Peguei sua mão e coloquei sob meu rosto. - Sou eu, sua Mari. Não me deixa não. Por favor, por favor.


Ele não respondia. Ele nem se quer se movia. Alguém me tirou – à força – dali. Eu não queria sair. Ouvi um barulho de um helicóptero se aproximar, e vi meu pai se abaixar novamente perto dele. 


Fui arrastada para dentro de casa, com as mãos, a roupa e parte do rosto sujos de sangue, mas isso não me importava.


Eu apenas chorava.


 


 


 




 


 


 


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 135



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  • LaPersefone Postado em 12/12/2015 - 15:00:39

    Lêh, milly_vondy e vondyforever180, passando só pra agradecer vocês :0 Fico contente por terem gostado. Um bj

  • vondyforever180 Postado em 11/12/2015 - 17:39:57

    Uaaaal ,Li Sua Web Terminei Hoje Owwn Amei <3 Parabens

  • milly_vondy Postado em 09/12/2015 - 13:52:56

    Perfeita, adorei! Parabéns!!!!!

  • Lêh Postado em 24/11/2015 - 11:58:24

    Menos de 3 dias pra ler, passou rapido.. amei a historia uma pena não ter acompanhado, pelomenos não sentii... VELE MUITO A PENA LAR

  • stellabarcelos Postado em 29/09/2015 - 21:03:10

    Amei muito essa fanfic envolvente, não dá pra parar de ler!! Você escreve muito bem! Parabéns!

  • jucinairaespozani Postado em 14/09/2015 - 00:29:29

    Amei parabéns a fic foi maravilhosa, não gostei da Dulce ter pedido pra ele ficar mas enfim, sua fic foi incrível

  • aamanda_as Postado em 11/09/2015 - 12:42:04

    Parabéns Pela Fanfic , Muita Linda, Até Que Enfim Christopher Esqueceu Essa Ideia De Ir Embora Amei o final Luna esperta sapequinha e baby ponny , noivos vondy, amei amei , todos felizes no final

  • anny_freitas Postado em 10/09/2015 - 22:35:50

    Perfeito o final amei demais.Essa fic foi perfeita . Parabéns!

  • sabrina_sassoto Postado em 10/09/2015 - 21:58:35

    Aquele momento que bate um vazio por ter acabado uma das fics que eu mais amo. Dani esse final ficou maravilhoso, finalmente a Dul é feliz. Essa fic foi perfeita do começo ao fim. Parabéns!

  • LaPersefone Postado em 10/09/2015 - 20:36:58

    Pessoal, a fic chegou ao fim. Demorou mas chegou rsrs... Gostaria de agradecer todos os leitores. Os que comentaram pelo site, os que comentaram pelo facebook e até mesmo os que não comentaram. Espero vê-los em alguma de minhas outras fanfics... De início deixo o link de Meu Guarda Costas aqui. Se alguém quiser, dá uma passadinha lá. Beijos e foi um prazer ter vocês por aqui. E se alguem quiser, pode me seguir no meu twitter. É @LaPersefone LINK: http://fanfics.com.br/fanfic/49002/meu-guarda-costas-vondy


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