Fanfic: Trezentos e Sessenta e Cinco Dias (FINALIZADA) | Tema: Vondy

Estou em apuros gente :( Estou tendo ue escrever pelo tablet por motivos de minhas teclas 1, 3 e não funcionarem. Perdi o ponto de exclamação e a barra junto. To perdida :( Já formatei, ja fiz tudo dos tutoriais mas pelo visto vou precisar comprar outro teclado :( Então se houver erros nos textos não estranhem. A fic já está bem no fim mesmo =\ Mas consegui escrever bastante já :) consegui achar o programa que uso no pc para android e ele é identico ao do pc, o problema é so o teclado que é mais complicado... 

Protesto! - Disse em um tom alto o advogado de Rodrigo, fazendo meu coração dar um salto. Estava sentada no fundo da sala. Não há muitas pessoas aqui, o que me conforta um pouco.

Protesto negado. - Alegou o juíz. Vi o advogado voltar a se sentar em silêncio e então Alfonso recomeçou a falar. Eu se quer prestei muita atenção no que cada um falava, apenas queria que tudo acabasse e que Rodrigo fosse acusado com pena de prisão perpétua.

O ar me faltou quando o Juíz chamou meu nome. Eu fiquei olhando sem saber o que fazer. Um cara que eu não faço ideia de onde saiu me ajudou a ir até o local para poder testemunhar. Minhas mãos suavam, tremiam e formigavam.

Qual o seu nome? - Perguntou o juíz.

Du... Dulce María Espinosa Saviñon. - Nunca foi tão difícil pronunciar meu nome. Depois disso fui instruida a fazer o juramento solene.

Senhorita Saviñon, poderia nos contar exatamente o que houve no dia em que o senhor Uckermann sofreu um atentado?

Eu...eu... - Olhei para as pessoas à minha frente e todos me encaravam sérios. Meu pai deu um sorriso e sussurrou algo para mim, então tomei um pouco de coragem. Não muita, mas o suficiente para começar. - Eu estava no meu quarto conversando com minhas amigas que vieram de Nova York, quando ouvi alguns passos no corredor próximo ao meu quarto. Tentei ver quem era, mas quando cheguei na porta não vi ninguém. Então fui até a janela e vi o carro do... o carro do Rodrigo. Segundos depois eu ouvi dois disparos seguidos. Quando cheguei no andar debaixo, Rodrigo já estava fugindo e então corri até o local do disparo e encontrei Christopher caído.

Senhorita Saviñon, o meu cliente alega que todo o tempo você sabia do que poderia acontecer. - Disse o Advogado dele há quase um metro longe de mim.

Sim. Eu estava ciente de que poderia acontecer. - Senti a primeira lágrima escapar.

Então a senhorita confirma que foi cumplice dele.

Não! - Que absurdo! - Eu nunca fui cumplice de Rodrigo. Se eu estive com ele todo esse tempo foi porque ele me ameaçou. Foi para impedir que ele fizesse mal a Christopher.

E mesmo sob ameassa não recorreu a nenhuma ajuda.

E quem acreditaria em mim? Eu não tinha provas. E mesmo que meu pai, ou meus amigos acreditassem, a lei não acreditaria, ele sairía impune e sabe-se lá o que ele faria comigo. Rodrigo é um psicopata, um doente mental sem cura. Ele sabia que eu não queria nada com ele, mas mesmo assim ele continuou com a ameassa. Eu tentava fugir dele o máximo possível, mas mesmo assim eu era obrigada a sair com ele sem nem saber se voltaria viva para minha casa. Ele se mostrou uma boa pessoa no início, mas depois se revelou um monstro. Um monstro! - Terminei de falar quase gritando. Eu queria que isso acabasse logo.

Agradesço seu testemunho. - Disse o juíz. - Pode voltar ao seu lugar. - Assenti e saí o mais rápido que pude dali. Eu não estava me sentindo nada bem. Voltei para o meu lugar sem olhar para ninguém. - Que entre o réu. - Assim que a porta foi aberta algumas pessoas começaram a gritar, chamando-o de todos os nomes ruins possíveis. - Ordem no tribunal. - Disse enquanto batia o martelo levantei minha cabeça e o encarei. Ele estava acabado. Tive a sorte de ele não ter que responder ao processo em liberdade. Seu olhar me amedrontava então quando ele me encarou voltei e olhar para baixo.

Ele começou a responder as perguntas do advogado que meu pai havia contratado. Ele falava de mim como se eu tivesse sido o grande amor da sua vida e que o decepcionara muito. Cada segundo que se passa tenho mais certeza que ele é doente.

Então o senhor se declara culpado? - Perguntou o advogado.

Sim. - Ele sorriu cínico como se não se importasse com o que tivera feito.

Que entre a última testemunha. - Então todos se calaram. Quem mais poderia ser? Todos já havíamos falado. Olhei para o lado e vi um senhor de cadeira de rodas entrar pela porta lateral. Era o pai de Rodrigo, e ele tinha um olhar tão ou mais triste como o que eu vira há semanas atrás na delegacia.

Nome por favor.

Emanuel Padilla Reyes.

Senhor Reyes, no caso pendente neste Tribunal, jura dizer a verdade, somente a verdade nada mais que a verdade? - Perguntou o Juíz.

Juro solenemente que a declaração que faço será a verdade e nada mais que a verdade! - Ele disse então o advogado fez a primeira pergunta.

O que o réu, Rodrigo Reyes é do senhor?

Filho. - Ele engoliu a própria saliva, como se dizer isso fosse algo ruim.

O senor poderia nos dizer exatamente o que sabe?

Sim. - Ele assentiu. - Rodrigo chegou um dia em casa com a garota.

Que garota?

Dulce María. - Ele me encarou. - Ele parecia estar exaltado aquele dia. Nunca o vira assim antes. Ouvi ele dizer para ela que tando o menino, quanto a família dele era culpada por eu estar no estado que estou. Então fui até a janela e o ouvi ameaçá-la. Disse que não queria vê-la com Christopher e que a escolha era dela de não se afastar dele. Então ela perguntou se era uma ameassa a ela e ele respondeu que jamais encostaria um dedo nela. Depois disso nunca mais o vi tranquilo. Ele estava cada dia pior, estava ficando doente pela garota. Então um dia, me disseram que meu filho havia sido preso, e disseram que ele havia tentado tirar a vida do menino Uckermann. - Ele tinha um olhar decepcionante. Em momento algum ele encarou Rodrigo.

Agradesço a sua sinceridade. - Alegou o juíz. - Pode se retirar.

Ele assentiu e siau acompanhado de um guarda.

O juíz cochicou algo com seu promotor de justiça. E então ele se levantou e disse: - Em meia hora o juíz dará o veredito.

Todos se levantara, Rodrigo foi retirado do local ainda algemado, o Juíz se retirou e logo todos começaram a se retirar começaram a sair pela porta dos fundos.

Filha, vamos lá fora um pouco pra você tomar um ar.

Acha que ele será condenado papai?

Sim. Não sei por quanto tempo, mas sim.- Ele se sentou ao meu lado.

Eu não estou me sentindo bem. - Encostei minha cabeça no ombro dele.

O que está sentindo? - Ele beijou minha cabeça.

Eu não sei. Pode ser só cansaço ou estresse.

Quer ir pra casa? Você já está liberada.

Não! Eu só saio daqui quando ver a cara daquele desgraçado ao ser condenado.

Filha, isso não está fazendo bem a você.

E o que está fazendo bem pra mim? Christopher naquele maldito hospital há dois meses sem dar nenhum sinal de vida? Ver a tia Alê me todos os dias quando ela mal olha na minha cara?

Ela só está chateada Dulce, dê tempo a ela.

Chateada papai? Ela sabe que sou culpada por isso, ela nunca vai me perdoar.

Dê um tempo a ela filha. É o filho dela, e é natural que ela se sinta assim.

É o pai da minha filha, é o cara que eu amo, será que ninguém leva isso em consideração?

Eu te entendo perfeitamente filha, mas não podemos mudar isso do dia para a noite. - Ele suspirou. - Agora vamos lá fora, pra você tentar comer alguma coisa rápida.

Eu não quero comer, eu não quero. - Me encolhi. - Eu só quero o Chris, o meu Chris.

Ei Dulce. - Alfonso chegou. - Trouxe um suco pra você, imaginei que não iria querer sair. - Eu o olhei. Anahí estava atrás dele.

É de maracujá Dulce, sei que você gosta e bom... vai ajudar você a ficar calma, não pode se estressar.

Tudo bem. - Suspirei e peguei o copo. - Obrigada.

Como você está se sentindo? Está tudo bem?

O pai da minha filha está em coma a dois meses, a mãe dele me odeia, estou em um maldito tribunal em que fiz as pessoas que amo passar por momentos horríveis. É, eu estou ótima. - Dei de ombros e tomei um pouco do suco.

Vai dar tudo certo, você vai ver. Logo aquele cara não voltará mais a ver a luz do dia. - Alfonso deu uma piscada.

Não adianta nada ele ser condenado a prisão perpétua se o Chris não voltar pra mim. Aliás, por falar nele, não tem ninguém com ele agora?

Tem sim. A Mai está lá com ele. - Disse Anahí e eu fechei a cara. Não gosto dessa garota, mas não tinhamos escolha.