Fanfic: Trezentos e Sessenta e Cinco Dias (FINALIZADA) | Tema: Vondy

MENINAS, SE HOUVER ERRO ORTOGRÁFICO, LETRAS FALTANDO OU A MAIS É PORQUE ESCRECREVI PELO TABLET... AINDA NAO TROQUEI MEU TECLADO :(

Quando meus amigos chegaram, a enfermeira estava acabando de aplicar a octocina. Ficaram me acalmando, dizendo que ficaria tudo bem e que logo Luna ficaria bem. Senti uma dor aguda na coluna de uma hora para outra e entrei em desespero. Sabia que estava chegando a hora e que iria piorar.
Vai ficar tudo bem. - Disse Ivalú, apesar de não haver segurança alguma em sua voz.
Queria que todos ficassem comigo. - Disse depois soltei um urro ao sentir a dor um pouco mais forte.
Filha, o medico disse que apenas duas pessoas.

Se quisereu vou junto. - Fuzz se prontificou.

Sério Fuzz?
Harram. Bom, sou mais forte que a Ivalú nesse aspecto. - Encarei Iva que tinha o rosto pálido. Ela realmente morria de pavor disso. - E bom, o Pedro não duraria cinco minutos lá dentro.
Onde está o Poncho?
Ele foi buscar a Annie. Já faz um tempão.
Senti como se zilhões de facas estivessem sendo enfiadsa em mim. Deixei escapar um grito e voltei a chorar. - Ah, isso dói muito.
Ai meu Deus... Dulce eu... - Olhei Ivalú. Parecia trêmula.
Leva... leva ela... daqui P...pedro. - Fechei os olhos e apertei a primeira mão que encontrei em minha frente. - Aaah!!!!
Eu vou chamar a enfermeira. - Fuzz saiu junto com Ivalú e Pedro e meu pai ficou comigo.
Respira filha. Vai passar.
Eu estou respirando. Ai, ai. Socorro. Isso dói muito. - Tentei me sentar mas sem êxito. Comecei a pressionar uma de minhas mãos embaixo do meu útero. - Ai meu Deus... ai meu Deus....
Não aperta filha.
Ela... ela... Aaaaah!!! - Pressionei meus dentes e fiz força.
O que foi?
Está nascendo! - Gritei.
Impossível. Mal começou a fazer efeito.
Papai, ela está nascendo. Me ajuda. -
A porta abriu. Por ela vinham Fuzz, dois enfermeiros e uma enfermeira, os tres trazendo uma maca. - Está nascendo. - Sentia cada vez mais vontade de fazer força.
Eu vou medir a dilatação. - A enferrmeira abriu minhas pernas por debaixo do lençol e com uma luva mediu a dilatação. Ela olhou assustada.
O que foi? - Meu pai perguntou preocupado.
Ainda está com oito, mas o bebê já está saindo. Precisamos ir logo.
Os enfermeiros me trocaram de maca e me levaram para a sala de parto. Meu pai e Fuzz vinham atrás dizendo pra eu parar de gritar. Devo ter acordado todos os pacientes.
Na sala de parto já havia uma equipe completa. Me colocaram na cadeira de parto e um enfermeiro jogou algo gelado em minha virilha. Disse que era algo para desinfetar o local.
Tudo bem Dulce. A próxima contr... - Soltei um grunhido e fiz força. Era incontrolável. - Bom, isso mesmo. Precisa ser forte ok. Respira com calma e faça força. Apenas isso. A enferrmeira vai ajudar a empurrar o bebê. E Fernando, pode ajudar segurando a mão dela?
Claro. Força filha, você consegue.
Parem de ficar falando força, não são vocês que estão sentindo dor. - Gritei impaciente.
Tudo bem, vamos lá. Um, dois tres e... - Fiz força novamente enquanto apertava a mão do meu pai.

Fiquei uns quinze minutos alternando entre deixar escabar o grito e fazer força. Não havia mais força e minha filha não saía. Era como se ela tivesse parado no meio do caminho.
Deixei minha cabeça cair sobre o encosto. - Eu... eu não vou aguentar mais. Não tenho mais força e está doendo muito. - Soltei um soluço de dor e desespero.
Me soltem, eu preciso entrar, eu sou o pai. - Era a voz dele. Tentei olhar a porta mas ficava atrás de mim.
Apenas duas pessoas podem ficar, e agora não é hora.
Não importa o que vocês dizem. É minha filha.
Fuzz me olhou com os olhos arregalados. - Eu... eu vou e deixo ele ficar. Vai ficar tudo bem ok? Você consegue. - Ela massageou os meus ombros e se retirou. Olhei para o outro lado e o vi. Ele estava bem mais magro, e tinha um semblante diferente. Caminhava com ajuda de duas muletas. Me senti ainda mais fraca ao vê-lo assim.
Dulce, você precisa continuar. - Encarei o medico que estava parado me olhando.
Eu não consigo. - Até minha voz desapareceu.
Tudo estava começando a sair de foco.
Dulce, por favor filha.
Eu não consigo.
Consegue sim. Você é forte. - Christopher se posicionara a meu lado e tomara minha outra mão. - Pensa na nossa filha, ela precisa sair.
Rasguem minha barriga e tirem ela, não importo comigo. Apenas ajudem-na.
Olha pra mim. - encarei Christopher. - Não chora, é pior. Eu sei que está fraca e com medo,mas você precisa tentar, tá bom? - Assenti.
Ok, vamos lá. Um, dois, três e força. - Tentei fazer força mas não adiantou em nada.
Dulce, você está concentrando toda sua força em suas mãos. - Christopher disse. - Tenta se concentrar no bebê.
Vamos lá, mais uma vez. - Eu o fiz, agora parecia ter sido melhor. - Isso, eu estou vendo a cabeça. Mais uma vez. - Fiz mais uma, duas e então senti um ardor muito forte e repentino. - A cabeça já saiu... Ah meu Deus, ela está se sufocando. Mais uma vez Dulce, para eu poder puxá-la.
Fiz o máximo de força que pude e isso tomou toda minha energia. Pude sentir quando ele terminou de tirá-la de mim. Fiquei esperando ouvi-la, mas só havia silêncio. Precisamos entubá-la.- Tentei levantar minha cabeça mas havia peso de mais sob meu corpo. - Doutor, os batimentos dela.
Vi apenas por borrões quando a levaram às pressas da sala de parto. - Fica com ela Chris. - Susurrei. - Por favor, vai com ela.
Ele não respondeu. A imagem dele saindo logo em seguida foi a última que vi.