Fanfics Brasil - (¯`·._.·As Regras Do Amor·._.·´¯) (adaptada) (DyC)

Fanfic: (¯`·._.·As Regras Do Amor·._.·´¯) (adaptada) (DyC)


Capítulo: 4? Capítulo

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Foi como se ele tivesse falado em voz alta. Dulce percebeu um movimento no canto dos olhos e o enxergou. Instintivamente, soube que Christopher se mantivera fora do grupo, imóvel em seu terno preto, e também reparou que, por trás dos óculos escuros, os olhos dele estavam focalizados nela. Christopher viera!
Dulce não se conteve e sorriu. Não estava mais sozinha. Não se importava com o modo como haviam se despedido na última vez. Nem que ele não a desculpasse por ter arruinado seu relacionamento com Belinda. Também não importava o terno preto que ele vestia. Christopher viera!
A hora seguinte foi consumida pela leitura das notas. Algumas provocaram boas gargalhadas, outras um silêncio profundo e umas trouxeram lágrimas. Quando terminou de ler a última, todos ficaram imóveis e em silêncio por um longo tempo. Depois, as cestas de piquenique foram abertas e a conversação começou, até que a atmosfera estivesse cheia de alegria, como Ninel desejava.
Com paciência, Dulce recebeu a multidão que foi cumprimentá-la, compartilhando casos e lembranças de Ninel, até poder se aproximar de Christopher. Dulce sentira tanta culpa por causa do rompimento de Christopher e Belinda que desaparecia cada vez que ele ia visitar Ninel.
A alegria inicial, que sentira ao vê-lo, foi substituída por uma sensação de vulnerabilidade. Procurou na expressão dele um sinal de que ainda não fora perdoada, mas ele não demonstrava nada.
Seus traços haviam ficado mais definidos no ano que passara. O rosto estava mais bonito, e a boca sorridente, que Dulce achava tão atraente, agora aparentava frieza. Até a linha das sobrancelhas sob os óculos espelhavam um homem sob controle, o corte perfeito do cabelo e o terno de caimento impecável demonstravam sobriedade.
Dulce conteve a apreensão, desejando ser confortada como sempre o fora durante anos. Aquele homem não era um estranho, era seu irmão, sempre presente quando necessitava dele. Só precisava se aproximar para as coisas voltarem a ser como sempre haviam sido. Mas Dulce hesitou.
Aparentemente, Christopher percebeu a hesitação. Sem uma palavra, ele abraçou-a, segurando-a com força junto ao peito, aninhando-lhe a cabeça em seu ombro. Durante longos minutos, ela se deixou tomar pelo alívio de ter com quem repartir a dor.
— Você está bem, Dulce?
— Estou. Sim, estou bem, obrigada.
— Tem certeza? — Quando ela concordou, Christopher perguntou: — Será que pode me explicar o que está acontecendo por aqui? O que significa essa encenação?
— Não recebeu meu telegrama? Expliquei tudo nele. Esta é uma celebração para Ninel. Estou feliz por ter chegado
em tempo.
— Só porque você atrasou quarenta e cinco minutos para começar. Fui até a igreja, que estava vazia. Na verdade, a cidade está deserta.
Ela sorriu com naturalidade.
— É lógico, Christopher. Todos estão aqui.
— E o que você está fazendo aqui? — Christopher tirou os óculos e seu poderoso olhar castanho-escuro a intimidou. — Por que está fazendo o funeral aqui no parque e não na igreja?
— Porque Ninel determinou que fosse assim. Ela queria uma celebração, não um funeral — Dulce falou como se aquela explicação fosse suficiente.
— Não é possível. Só você e Ninel pensariam em uma celebração!
A reação de Christopher não era inesperada, mas ele não estava bravo nem feliz com o que vira.


— Christopher, esse era o desejo de Ninel. Ela deixou instruções específicas.
— No testamento?
— Não. Pelo menos acho que não. Se bem que é possível que ela tenha acrescentado isso sem que... Bem, não sei se está no testamento. Depois do ataque cardíaco, Ninel fez o pedido, um pouco antes de morrer.
Dulce percebeu diferentes emoções no rosto de Christopher. Reconheceu dor, pena e talvez arrependimento. Tantas vezes ele a confortara, e agora que precisava ser consolado Dulce não sabia como agir.
— Christopher?
— Desculpe, Dulce. Não queria ser grosseiro com você. Só descobri sobre Ninel hoje de manhã, quando seu telegrama chegou. Fiquei enlouquecido sem saber o que acontecera e sem conseguir falar com você. Telefonei para casa e ninguém atendia.
— Oh, querido... Maite insistiu que eu ficasse com ela os dois últimos dias. Tentei ligar para você no começo da semana, mas eu não sabia que havia se mudado. Demorei para descobrir seu novo endereço.
— Esqueceu outra vez o nome da minha empresa, não foi?
— Puxa, Christopher, sinto muito.
Ele abraçou-a novamente, mantendo-a junto ao corpo.
— Esqueça. Estou aqui e é isto o que importa. Ainda não acredito que ela morreu. Conte-me o que aconteceu.
— Foi o coração. Ela foi levada ao hospital, mas não havia nada mais a ser feito. Você teria ficado orgulhoso. Ninel fez uma lista de coisas para eu resolver depois de... — a voz dela falhou. — Ela sabia, Christopher. Ela sabia que ia morrer.
— Pensei que tivesse sido um ataque fulminante. Não imaginei... Lamento não ter estado aqui. Eu teria vindo se soubesse.
— Eu sei. — Dulce soltou-se dos braços dele e enxugou as lágrimas. — Quando descobri que havia se mudado e que não tinha recebido meu primeiro telegrama, era tarde demais. Ela já havia partido.
— Ah, o telegrama. — Christopher enfiou a mão no bolso e tirou uma folha dobrada. — Você deve entender estas palavras que desafiam a compreensão de qualquer um. — Ele estendeu-lhe a folha. — Como foi você que ditou, talvez possa me explicar.
Dulce pegou a folha de papel.
— Está claro, Christopher. “Onde está você? T.N. se foi. Celebraremos sexta, 3 horas, parque. Preto não.” — Ela franziu a testa. — O que você não entendeu?
— Vamos por partes — disse ele rindo e pegando o telegrama de volta. — “Onde está você?” Isso me parece bem claro. Mesmo sem querer acreditar, decifrei o significado de “T.N. se foi”. Supondo que minha adivinhação sobre Ninel estivesse correta, “Celebraremos sexta, 3 horas” pareceu uma brincadeira de mau gosto. Agora, quanto a “parque” e “preto não”, realmente fiquei por fora.
Aborrecida, Dulce admitiu que Christopher tinha razão quanto ao telegrama. Ao ditá-lo, achara que fazia um sentido perfeito. Talvez a confusão se criasse na hora de ler. Então percebeu que ele esperava uma resposta, e esperar não era uma das qualidades favoritas de Christopher. Dulce sorriu.
— Acho que está um pouco confuso, mesmo. Sabe, “parque” significava...
— Já descobri o que era. E quanto a “preto não”?
— Hum... Era para não usar roupa preta, porque Ninel desejava que todos se vestissem com cores alegres. Ela não queria que pranteássemos sua morte, e sim que celebrássemos sua vida. Quis que nos reuníssemos aqui para lembrar os momentos felizes.
— E o que nós temos de fazer, Dulce?



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Autor(a): missycrazy

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Comentários do Capítulo:

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  • karlinha Postado em 25/07/2010 - 00:49:05

    http://foro.univision.com/t5/Dulce-y-Christopher-Uckermann/Webnovela-As-Regras-D o-Amor-Em-portugu%C3%AAs/td-p/224304317


    linck
    para você conferi

  • karlinha Postado em 25/07/2010 - 00:47:31

    você que escreve essa?
    pq eu lih ela a um tempão na univision!


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