Fanfic: Quentes Como o Desejo (DyC) | Tema: Vondy

Daves tomou mais um gole de café e por cima do jornal que lia avistou Christopher comendo o terceiro pão daquela manha.
Voltou a atenção para o seu jornal como quem não se importava...
Talvez não se importasse mesmo, aquele esganado que morresse engasgado.
No mesmo instante arrependeu-se de seu pensamento.
Voltou a mirar Christopher e percebeu que realmente havia crescido.
Que o menino Rebelde após a morte da mãe havia se tornado um homem...
E foi obrigado a concordar com as diversas mulheres do mundo. Um belo e forte homem, cujos olhos escuros eram tão perigosos e belos como os claros, ele arrasava corações e não se importava em olhar para quem deixava no caminho, fazia o que era preciso, quando preciso, o que queria, quando queria.
Esse era Christopher, e ele, Daves, jamais conseguiria mudar esse fato.
O sol se fazia ainda mais quente, bebeu outro gole de café e percebendo que Christopher havia notado sua mirada sobre ele, voltou a atenção para o jornal.
Daves: Quanto tempo pretende ficar?
Chris: Minha presença te incomoda?
Daves apertou os olhos, o filho da mãe não negava uma boa discussão!
Daves: Se quer ficar nessa casa o mínimo que pode ser é civilizado. Aviso-lhe Christopher, estou cansado de suas cenas e suas palavras autoritárias, quem manda aqui sou eu, quem dita as ordens aqui sou eu...

Christopher olhou semblante nervoso e arrogante de Daves e desejou cair na risada, sua boca se curvou em um sorriso malicioso e viu o rosto de Daves ficar ainda mais vermelho.
Chris: Oh Daves, chega a ser ridículo! – Foi o que disse, e se não fosse William ter entrado, na certa Daves se levantaria e jogaria tudo o que na mesa continha ao chão.
Will: Telefonema para o senhor Daves...
Daves: Não quero atender ninguém Will, diga que vá ao inferno...
Willian como sempre, apenas assentiu, baixando a cabeça em quanto saia pela porta com o telefone na mão.
Joan logo veio servir mais suco e mais pães, recebeu um sorriso carinhoso de Christopher, e correspondeu, observando o olhar gélido que Daves havia lhe lançado. Deixou no mesmo instante a sala, que logo foi ocupada por outra pessoa...
Daves e Christopher ao mesmo tempo voltaram a atenção para Dulce que descia as escadas...
A filha da mãe estava maravilhosa.
Christopher respirou fundo, cerrando os punhos sobre a mesa, incapacitado de mirar outra coisa.
Lá vinha ela, a filha da mãe que havia lhe tirado o sono durante toda maldita noite, o fazendo cochilar e acordar suado, excitado, sedento de prazer...
Lá vinha ela, com seu rebolado inconfundível sobre os saltos altos e finos que lhe alongavam o belo par de pernas completamente descoberto.
Vestia um curto vestido de cetim, branco, tomara que caia, tubinho.
Aquele tipo que forçava os homem a lhe chamarem de gostosa, lhe fazerem propostas de prazer durante um bom tempo...
Ohh boy, ela sabia, sabia como deixar um homem louco...
Seu nariz buscou por ar com mais intensidade, olhou Daves e sentiu vontade de vomitar pelo sorriso orgulhoso que ele mantinha no rosto.
Ela tirou o óculo e sacudiu os cabelos enrolados em um desarrumado perfeitamente elegante.
Filha da mãe...

Dulce: Bom Dia... – Ela disse normalmente, como se nada tivesse feito, como se não tivesse deixado os dois homens na mesa feitos cachorros no...
Cala-te Christopher, é só mais uma...
Congelou ao vê-la aproximar-se de Daves e lhe beijar a testa carinhosamente, depois o mirar e acenar com a cabeça, em um cumprimento frio e calculista.
Ela iria se arrepender disso, oh se iria...
Daves: Subiu tarde ontem? Estava a onde?
Dulce: Na piscina... – Tomou um gole de suco – Daves, sabe que eu estava na piscina sempre se certifica de onde estou antes de dormir...
Daves: Eu sei querida, apenas queria ter certeza que não havia saído depois...
Dulce soltou um sorriso que Daves sabia que indicava um belo “Vá ao inferno”, serviu-se de algumas torradas com requeijão.
Dulce: O café da manha não está bom, Christopher? – Acordando do transe no qual estava Christopher a olhou nos olhos e pode realmente a ver...
Jesus Cristo...
Era pecado existir uma mulher como ela...
Mirou Daves e viu os olhos dele adquirirem um brilho de atenção.
Estúpido, praguejou para si mesmo, deixe logo que a merda da baba escorra.
Chris: O café está delicioso.
Dulce: Então porque está com essa cara, cara de quem comeu... e não gostou.
Christopher engoliu a saliva e a amaldiçoou com o olhar...
Ela gostava, gostava de saber que por baixo da cadeira ele estava ardendo por ela.

Chris: É que um pouco antes de entrar estava discutindo com seu marido, Daves pode ser muito desagradável quando quer, não é papa?
Daves não disse nada, apenas arremessou o jornal por cima da mesa esparramando o café pela toalha tão branca de linho, empurrou a cadeira antes de se por a sair...
Daves: Temos um almoço na casa dos Collins, Dulce, não te atrase é as 14:00.
Dulce: Oh claro que não querido, aonde vai?
Daves: Tenho telefonemas a fazer, termine seu café e me encontre no escritório. – Ela não teve tempo de responder, deixando a sala onde se encontravam tensa e silenciosa.
Chris: Está me testando? – Dulce com toda tranqüilidade bebeu outro gole de suco, antes de subir somente os olhos para o dar atenção. – Não me olhe assim sua filha da mãe...
Dulce: Está de mau humor Daves?
Chris: Não me chame de Daves...
Dulce: Christopher, que seja...Quer saber? Não acha que já terminou seu café? Gostaria de um minuto de paz...
Chris: Não, não terminei o meu café... – Levantou-se da mesa aproximando-se de Dulce, que na hora se pôs atenciosa, o que ele aprontaria dessa vez? – Estou longe de estar satisfeito, ainda não comi o que quero comer querida.
Ok Dulce disse, ponto para ele.
Com aquela simples e maldita frase havia conseguido atiçar o que com tanta demora ela havia conseguido guardar.
Dulce: Vamos acabar logo com isso... – Disse decidida, era a única forma de acabarem com aquele desejo enlouquecido. Levantou seu o queixo. – Me encontre no hotel Dallins hoje ás 2 da manha, quarto 7... – Dulce observou o brilho perigoso do olhar dele, tremeu, pela décima oitava vez, tremeu por aquele homem.... – Chega de investidas, pegadas ou beijos, acabemos logo com isso, de acordo?
Chris: Não... – ele lhe respondeu – Te quero nessa casa, por cima da cama de Daves...

Dulce: Seu pervertido...
Ele ergueu os ombros, como quem não se importava...
Chris: Você decide...
Dulce: E seu eu não quiser...
Chris: Te torturarei até implorar por mim Dulce... – aproximou-se baixando o tom de voz - Acredite querida, irá implorar de tal forma que...
Will: Vão querer mais suco? – Dulce deu um passo para trás com tanta rapidez que achou que havia conseguido disfarçar, Christopher havia feito o mesmo.
Dulce: Não Will, agradeço, podem tirar a mesa. – Will assentiu, mais uma vez com os olhos baixos, deixou a habitação.
Christopher mirou Dulce e sentiu algo que talvez não fosse o desejo tão intenso que sentira sempre que a via, ela subiu os olhos e pode detectar algo naquele olhar...
Algo diferente, sem a costumeira arrogância e frieza que estava acostumado a ver.
Chris:  No hotel, ás duas... – Cedeu por fim...
Necessitava dela.
Dulce: Ás duas... – ela repetiu, não conseguindo quebrar o contato de seus olhares...
Daves: Dulce? – Dulce deu um passo para trás novamente, mirou Daves que parado a aguardava.
Daves: Estou indo querido...
Daves: Então venha, agora. – Dulce engoliu a saliva, subiu o olhar para Christopher que com a cabeça bem alta e o olhar tão intenso lhe comprovou que quando a madrugada chegasse talvez um deles perdesse a alma.
Ou o pouco de alma que restou...
Porque se ela não possuia uma alma.
Christopher não estava nem perto de possuir uma.
Dulce: Quer que eu troque de roupa?
Ouviu Dulce perguntando em tom baixo em quanto ela e Daves rumavam para o escritório.
Daves: Não, está maravilhosa assim...
Christopher cerrou os punhos sentindo o mais puro e chocante ciúmes se apossar de cada gota de seu sangue.
Sentou-se novamente a mesa, fechando os olhos, procurando sua sanidade mental que era profundamente abalada em quanto os olhos de Dulce metiam a mira-lo.