Fanfic: Quentes Como o Desejo (DyC) | Tema: Vondy

Daves mirou Dulce.
Estavam voltando para a casa e já se passavam das quatro da tarde de um domingo tão acalorado como o sábado.
Prestou a atenção na calma e no silêncio do qual ela se encontrava especialmente no dia de hoje.
Analisou bem aquele rosto tão belo, e sua mente não pode deixar de ferver para saber o pensamento do qual aquela linda cabecinha andava ocupada durante todo o dia...
Deus, era tão parecida com Lola...
Seus lábios, sua forma de olhar com aqueles olhos desconfiados que escondiam segredos intermináveis...
Segredos não tão mais proibidos dos que seus próprios segredos...
Fechou os olhos com força, murmurando uma praga, voltou os abrir para se dar conta dos olhos de Dulce sobre si...
Daves: Diamond me parabenizou pela linda esposa que possuo...
Dulce: Da próxima vez diga que não sou tua esposa, e que não me possui...
Daves: Oh claro, estava demorando a mostra-se você!
Dulce: É a sua maldita mania de falar quando não deve...
Daves: É impossível ser calma durante todo o dia não é Lola? Não é de ti!
Dulce franziu a testa, com seu coração dando uma pausa grotesca...

Dulce: Me chamou de Lola...
Viu o Semblante de Daves empalidecer, ele bem que tentou disfarçar mais foi em vão.
Dulce: Como ousa pronunciar o nome da minha mão, sua boca não é digna de o dizer Daves, ainda mais quando compara uma mulher tão pura como ela a uma mercenária que vendeu a alma como eu.
Daves se surpreendeu com que somente o nome de Lola podia causar no interior de Dulce...
Dulce: Nunca te perguntei o porque disso, de onde conhece minha mãe porque sei que a conhece Daves, sei que me compara com ela em seus pensamentos...Portanto, jamais, jamais volte a mencionar o nome de minha mãe no meio de nós dois...Não somos dignos disso, sabe disso Daves, eu sei que sabe...
Daves: Não quis ofender sua mãe...
Dulce: O QUE SABE SOBRE MINHA MÃE? – Emocionou-se, deixando miseravelmente que sua voz falhasse – QUE CARÁTER TEM PARA DIZER O NOME DE MINHA MÃE?
Daves: Não te altere...
Dulce: Não se incomode Daves... – disse em baixo tom, com a voz trêmula – A morte de minha mãe foi à oportunidade perfeita para que escolhesse sua próxima vadia, não diga como se sentisse muito, como se tivesse medo de me ofender porque não tem...
Daves: Sua mãe foi uma mulher maravilhosa...
Dulce: Minha mãe foi sim, uma maravilhosa covarde, mais jamais, tão covarde e sem alma como eu...
Daves: No que te transforma Dulce?
Dulce: Só pode brincar comigo...Transformo-me em sua esposa Daves...Sou paga, alimentada e vestida para isso...
O silêncio pesou no carro de forma intensa, com uma ordem Daves pediu para que fosse deixado em seu escritório, que para o alívio de Dulce estava próximo.
Daves: Volto em algumas horas...
Dulce não se deu ao trabalho de responder, sua mente só pensava no fato de que Daves se encontrava tão nervoso e fora de si que não havia calculado os riscos de deixar seu amado filho e sua idolatrada esposa sozinhos na mesma casa. A limusine voltou a se fechar, e com fúria Dulce arrancou a maldita sandália que apertava seus pés...
Mantenha-se fixa em seu plano Dulce...

Lembrou a si mesma, com seu coração palpitando e seu corpo implorando por um abraço firme de Christopher...
Mantenha-se fixa em seu plano Dulce...
Repetiu assim que chegou na rua da mansão Danyclifes...
A limusine estacionou e Dulce nem esperou que o chofer abrisse a porta, com as lágrimas por escorrer em sua face, saltou do carro em velocidade recorde.
Descalça, com o vestido esvoaçando contra seu corpo, correu para dentro casa, passando os salões, arrancando com fúria o chapéu, as jóias, deixando tudo pelo chão sentindo o gelado do mesmo causar uma eletrizante sensação de encontro ao seu pé tão quente...
Subiu as escadas com pressa, tirando os grampos que utilizada para prender algumas partes de seu cabelo...
Uma lágrima escapou se seus olhos, e com as costas da mão tirou o batom que levava sobre os lábios...
Mirou a porta do quarto de Christopher...
E sem medir as conseqüências entrou...
O encontrando de pé, de encontro à janela, molhado, não vestindo absolutamente nada...
Surpreso ele a mirou, a percorrendo com os olhos de cima a baixo...
Dulce bateu a porta a trancando com chave...
Como um poderoso e viril garanhão ele caminhou até ela...
Com os olhos brilhantes querendo lhe dizer algo que ela entendia.
Ohh boy, como entendia...
Dulce: Enlouqueça-me... – Ela murmurou, limpando sem qualquer vergonha uma estúpida lágrima que deslizava sobre seu rosto...
Christopher cerrou o maxilar e os punhos...
Será que ela não tinha a mínima noção de perigo?