Fanfic: Quentes Como o Desejo (DyC) | Tema: Vondy

Lá estavam os lábios dela entreabertos, a testa franzida e a cabeça arqueada como suas costas em sinal de que sim, recebia todas as sensações que o ato transmitia. A beijou nos lábios, necessitando sentir aquele intimidade tão mais completa do que qualquer união.
E ela lhe retribuiu. Começando a movimentar seus quadris com o dele, formando passos novos que exibiam uma perfeição extraordinária.
Christopher a mordeu nos lábios, não podendo controlar um alto gemido...
A sensação que tinha era que o corpo dela havia sido feito especialmente para acomodar o seu...
E para seu total estremecimento ela murmurou...

Dulce: Sente? – sua voz era tremula e abafada – Foi feito para mim...Deus, seria muito pedir para que fosse todo, sempre, meu?

Ele não respondeu, pois aquilo tanto nela como nele atiçou a vontade alucinante de alcançarem o máximo prazer.

Um prazer que por fim os deixou exaustos, trêmulos e formigantes.
Um prazer que rompeu barreiras visíveis e invisíveis.
Jamais, jamais se veriam tão fragilizados e indefesos como naquele momento em especial.
Gemidos se mesclaram, mãos e dedos entrelaçaram-se, corpos contraíram de forma intensa, denunciando o prazer único, puro, satisfatório, completo.

Novamente o silêncio invadiu o quarto como uma poderosa e invisível cortina de fogo. Novamente ele estava por trás dela, curvado ao corpo dela, dentro dela, com as pernas e braços entrelaçados aos dela.
Dulce cobriu a mão dele que repousava sobre seus seios com a sua.
Pode sentir seu próprio coração. Sorriu, era isso o que ele fazia, sentia seu coração. Sentiu um terno beijo em seu pescoço e com os olhos fechados voltou a sorrir...
O lençol abarrotado denunciava o que havia se passado durante toda a madrugada naquela cama. A banheira cheia, o piso molhado, as toalhas estendidas ao chão, completavam a denuncia.
O espelho onde ela havia se visto em quanto por trás dela ele a fazia dele, gravava a imagem e a recordação de uma noite sem limites ou pudor.
O silêncio...
Oh sim, o silêncio...
Se fazia tão infinito e constante que Dulce necessitou de algum som para que provasse que aquilo era real...
Dulce: Preciso que diga algo... – murmurou – O timbre da sua voz...Seu hálito quente sobre meu pescoço, qualquer coisa, diga qualquer coisa...
Christopher fechou os olhos, o que poderia dizer?
Reconhecer sua vergonhosa derrota contra si mesmo?
Chris: Diga o que posso dizer para que jamais te mova do lugar que te encontra agora? Dulce, eu daria tudo o que eu tenho somente por ficar assim contigo... – Fechou os olhos, e soube que ela chorava, que mais uma vez em pura fragilidade ela chorava de todo o coração.

Dulce: E o que vai ser de mim agora? – ela perguntou, se abraçando ainda mais a ele, movendo as pernas, tendo a certeza que sim, ele se encontrava ali, ainda tão unido a ela... – Não posso, não posso mais fingir que não acontece nada entre nós.
Chris: Então não finja...Não há porque fingir, depois de tudo o que se passou nesse quarto, é impossível que algum de nós finja alguma coisa...

Dulce engoliu a saliva, fechando novamente os olhos...
Quisera ela acreditar que aquilo realmente era a verdade...
A verdade era a realidade, e a realidade era que ela...

Chris: Não pense nada...Deixe essa sensação fluir, te invadir...Impeça com que eu pense das coisas que há lá fora...Impeça com que eu pense das coisas que há fora de ti...Me mantenha vivo Dulce, me mantenha sóbrio, mantenha meu coração batendo.

Dulce franziu a testa, levando uma mão sobre os lábios para que ele não ouvisse seus soluços. Por todos os Deuses, que bom seria de ela pudesse abandonar tudo, se ela pudesse desistir de tudo aquilo que fielmente vinha construindo...

Chorou pelo que ouviu...

Chorou por ter se sentido amada, e abençoada em quanto que agora, o mais profundo de sua mente havia lhe lembrando que estava vencendo.
Ela não queria vencer, ela não queria perder...

Virou-se, separando seu corpo do de Christopher causando um gemido de surpresa no mesmo, com desespero o abraçou, o abraçou com força, com as estúpidas lágrimas saltando por seus olhos...

Ele mesmo confuso a abraçou de volta, a puxando para cima de seu corpo, abrindo a perna para que ela escorregasse ficando entre suas pernas.
Dulce deitou a cabeça sobre aquele peito nu.
Fechou os olhos com força, respirando com força, buscando pelos braços de Christopher que a apertaram com mais força.

Dulce: Fique assim, não me solte, não te mova, só me abrace...