Fanfic: Quentes Como o Desejo (DyC) | Tema: Vondy

Christopher desceu da Ferrari e lentamente com passos cambaleantes e inseguros entrou dentro da casa.
Era absurdamente estúpida a facilidade com que as lágrimas escorriam de seu rosto. Bateu a porta e encontrou no sofá um Willian completamente desesperado, pálido e trêmulo.

Mirou aquele homem que tanto havia confiado.

Sem forças deixou-se cair no sofá, cobrindo os olhos com as mãos, sentindo o perfume de sua mãe e de Dulce a cada segundo que respirava.
Will: Rogo que me escute... – Disse Will com a voz grossa e Christopher, percebeu que já não levava os trajes de mordomo, mais sim trajes normais.
Will: Te juro que não tinha a máxima certeza que fosse meu filho.
Franziu a testa com a mirada pesada de Christopher sobre ele.
Will: Saiba que amei sua mãe... – começou a explicar – Que amei sua mãe no precioso momento em que Daves a me apresentou...
Chris: Como te suportaste viver nessa casa como um mordomo? – perguntou com desprezo. – Como te deu o valor de servir ao homem que tinha tudo que era para ser seu?

Will: Eu merecia esse castigo... – cortou Will – Desde sempre eu e Daves havíamos sido melhores amigos, nossas famílias cresceram juntas... – engoliu a saliva, entrelaçando seus dedos uns nos outros. – Quando Daves se casou com Ruanda, desisti que qualquer sonho de romance que poderíamos ter, ela amava seu pai...
Chris: DAVES NÃO É O MEU PAI! VOCÊ É O MEU PAI! – gritou com força, levantando-se do sofá, empurrando com os pés a mesa de centro que caiu ao chão quebrando o vidro em mil pedaços.
Will: Escute-me Christopher...
Chris: E porque deveria eu agora saber de uma história que não trará nenhum alívio? Porque saber agora que não só Daves mas como minha mãe também tinha um amante, que me enganou...
Will: Não tem o direito de julgar Ruanda...Nenhum de nós, nem eu, Daves, Ruanda ou Lola fomos inocente ou livres de culpas. Mas Deus sabe que tua mãe te amou desde o dia que soube que era um feto até o dia de sua morte.
Viu Christopher levar as mãos no rosto e chorar.
Will: Ela estava desesperada. Eu estava apaixonado, a acolhia todas às vezes que Daves partia em busca de Lola... a consolava, lhe mentia sobre o paradeiro de Daves...acabou que caímos um nos braços do outro.
Chris: O QUE NÃO ME CONSOLA WILLIAN! Não tinham o direito de machucar dessa forma minha mãe, não tinham o direito de me machucar.

Will: Eu só estava a tentando proteger...Proteger você... – baixou a cabeça com pesar. – Eu e Joan havíamos prometido a sua mãe que cuidaríamos de ti.
Chris: POIS ENTÃO FALHOU, PORQUE NINGUÉM CUIDOU DE MIM, EU ESTAVA ASSUSTADO, PERTURBADO, E COMETI ERROS QUE JAMAIS SERÃO REPARADOS...Perdi minha alma essa noite...Perdi o pouco que restava do meu coração...- Tremeu se aproximando de Willian. – Nada do que me fale ou explique agora trará minha mãe de volta. Trará... – Calou-se, recusando-se a pensar naquela mulher.
Will: Deixei tudo... Disse a Daves que tinha perdido tudo em uma dívida de jogo, e ele me acolheu...Ofereci-me para ser o braço direito e ele de início recusou, mas então acabou aceitando...E assim fiquei aqui olhando por ti e Ruanda.
Christopher negou com a cabeça, caminhando pela sala até a bandeja de bebidas, enchendo um copo de vodka e a tomando pura.
Precisava sentir aquele líquido lhe arder à garganta, precisava se sentir vivo.
Will: Não há nada mais a dizer... – levantou-se. – Pegarei minhas coisas e...

Daves: Não pegará nada...