Fanfic: Quentes Como o Desejo (DyC) | Tema: Vondy

Quando Dulce abriu novamente os olhos estava banhada, limpa completamente alimentada...Os cabelos estavam penteados para trás, como jamais havia penteado, vestia um agasalho quente e bastante sofisticado...
Seu rosto estava limpo, de qualquer tipo ou cor de maquiagem...
Vestia meias adoravelmente quentes...
Cheirava o perfume adorável de Lola...
Só de se lembrar sentiu saudades...
Como sentia saudades !
Tocou seu rosto e percebeu o quão magra se encontrava, por mais que tivesse comido até quase passar mal, sentia-se tão fraca como um bebê que acabara de nascer...
Então se lembrou da conversa com Daves...
Respirou fundo com seu corpo invadido pela raiva e rebeldia tão costumeira...
Ela estava mesmo perdida...
Completamente perdida e se com certeza tivesse ficado mais um dia só na rua teria morrido de frio e de fome...
Sentiu que algo incomodava seu braço e pode ver que era soro que recebia e pela coloração de seus dedos podia ver que dormira bastante tempo...
Sem pensar duas vezes com um gritinho de dor tirou a agulha do braço e saiu...
Sentiu-se tonta, mais com determinação se pôs a caminhar...
Já na sala, encontrou com Daves sentado no sofá, levava um computador portátil no colo e ria de algo muito engraçado...

Daves: Vejo que já acordou..Tem noção que passou quase dois dias dormindo ? Céus, 2 dias? Era muita coisa...
Dulce: Pensei na sua proposta... – Engoliu o orgulho, e se propôs aquela humilhação... - É a única opção para que eu continue viva e assim encontre o porco que matou minha família..
Daves: Boa garota...Ótima garota... – Ele levantou-se sorridente e arrogante como sempre...
Dulce: Ao acordo... Vamos ao acordo...E o primeiro dele é que nunca Daves... – Apertou os olhos com bastante força - Nunca ouse me tocar... Nunca Daves!
Daves: Nem se o quisesse querida... Jamais a tocaria...
Querida ?
Que diabos de homem era aquele?
Dulce não queria uma resposta naquele segundo, precisava dormir, dormir por mais um século...
No dia seguinte quando por fim um contrato já existente com uma data de mais de 2 meses foi assinado com rapidez, Daves lhe informou o dia do casamento...
Com uma par de informações que Dulce se sentiu perdida...
Levantou-se da mesa deixando o maldito Daves falando sozinho...
Daves: Trate de terminar de me ouvir... - Murmurou entre os dentes, estava realmente nervoso...
Dulce: Já teve o que quer.
Daves: Não, tenho você... E não é o que quero...
Dulce: Então porque me escolheu para essa farsa que só aumentaria seu ego? Não teme de ser chamado de papa anjo quando se casa com uma mulher que poderia ser sua filha ?
Daves se levantou...
Havia perdido a paciência, a chacoalhou com força lhe dizendo algumas coisas em outra língua talvez...
A soltou abandonando a sala deixando Dulce atordoada, temente do que o homem que tinha total poder sobre ela poderia lhe fazer...
Voltou em poucos instantes...
Daves: Seu vestido já foi escolhido assim como todas as suas milhares de roupas... E lembre-se que o difícil para você não será se tornar minha esposa mais sim uma dama com a educação e delicadeza e sofisticação que não aprendeu com a tola da Lola...

Jogou então um envelope com dezenas de documentações no colo de Dulce, logo depois uma elegante carteira e um chaveiro que continha chaves de diferentes carros...
Daves: Seu carro...Sua habilitação, e seu dinheiro... Seja bem vinda jovem Dulce, terá a vida que sempre pediu a Deus...
Louco Daves só poderia ser louco...
O que realmente se escondia atrás desse homem?
Mulheres, milhares de mulheres ficariam aos pés de um coroa como Daves... ele Poderia ter qualquer uma!
Então porque ela ?
Que ligação teria com sua falecida mãe?
Deu uma boa olhada na casa da qual se encontrava...
Realmente era bela e em questão de dias estaria tudo acertado...
E realmente esteve tudo acertado, pois em menos de 1 mês estava casada, com um enorme e aliança no dedo, e qualquer coisa que queria em sua mão em poucos segundos...
Tinha a posse de tudo o que era de Danyclifes.
Não entendia absolutamente nada...
Mas exercia muito bem seu papel diante da mídia, o abraçando o beijando no pescoço quando algum fotógrafo ousava se aproximar...
Tendo incansáveis aulas de etiqueta durante toda a semana.
Fazendo exatamente como Daves queria.
Ainda se ajustando aos altos padrões da sociedade, pela madrugada, quando o teatro acabava, Dulce se recolhia em seu quarto, rogava por perdão a sua mãe e a Deus, que parecia a ter abandonado naquele inferno...
Certa noite não pode deixar de ouvir uma grave discussão na grande sala de estar...
Ouvia claramente a voz firme e descontrolada de Daves, acompanhada de outra voz ainda mais firme e alta de um rapaz que Dulce jamais encontrava na casa...
A discussão era calorosa pois ouviu várias coisas caindo e partindo-se ao chão, mais palavrões, xingamentos...
Levava suas roupas de costume, tudo bem simples, preto e rasgado, exatamente como gostava...
A maquiagem escura e borrada, tomou seu lugar naquela noite em especial, olhou-se no espelho e se reconheceu...
Ali estava Dulce. A verdadeira e imunda Dulce como Daves costumava a dizer.

Os cabelos presos em um rabo despenteados e tortos, lhe deram o sorriso amargurado que tanto necessitava...
Estava na hora que usar o belo conversível que levava seu nome estacionado na garagem!
Pegou as chaves do carro...
Precisava sair dali! Com urgência precisava sumir o mais rápido que podia...
Ouviu barulho dos pneus esquentando o chão e concluiu que a companhia de Daves havia acabado de ir embora, e muito zangado por sinal...
Ansiava por fugir daquele inferno onde permaneceu trancada durante tanto tempo... Sem falar com ninguém, sem abraçar ninguém... Sem tocar nem mesmo seu próprio corpo...
Desceu as escadas e Daves quase teve um choque...
Daves: A onde pensa que vai desse jeito? – Dulce sentiu ganas de gargalhar, isso pensou ela, te ponha louco, surte, enfarte, morra !
Dulce: Aceitei tudo o que me impôs nessas semanas Daves...Estou a ponto de surtar por isso não me irrite!
Daves: De maneira nenhuma Dulce...É minha esposa agora e só de pensar que algum fotografo a pegue assim sinto perder os poucos cabelos que me restam.
Dulce: Então faça o seguinte Daves... - Entrou no jogo - Se não me deixar sair eu grito...Grito alto assim os fotógrafos virão correndo cobrir a matéria e lhes direi que você me bate...Que me espanca e se aproveita de mim... Banco a doce e ingênua, E LHE METO NA CADEIA EM 2 SEGUNDOS!
Daves: Sua perversa, está me ameaçando? - Levantou-se e Dulce sentiu que ele realmente a espancaria...
Dulce: Já é tarde Daves, ninguém me verá...Seja um bom marido....Que eu serei uma péssima esposa essa noite...
Em quanto a avistava sair, Daves não teve outra opção a não ser borbulhar de raiva e rezar para que ninguém a visse ou que a mesma não metesse o carro em algum poste...

Dulce pegou o conversível preto maravilhoso e se dirigiu a primeira boate que viu...Dinheiro e cartões de créditos atolados de um limite monstruoso eram que mais tinha em sua carteira...
Tudo na conta de Dulce Danyclifes...
Entrou no lugar com o som incrivelmente alto, com luzes coloridas e drinks na mesma cor espalhados por todos os lugares, em quanto diversas pessoas dançavam ao som alucinante da música...
Gritavam animados, se beijavam, se entregavam, tudo com a malicia e alegria de uma balada de mauricinhos e patricinhas na madrugada de um sábado...
Negou com a cabeça a um homem que rapidamente vinha lhe chamar para dançar, ainda não estava a fim...
Queria se esquecer de tudo e de todos, de imediato tirou um bolo de notas da sua carteira entregando ao barman...
Dulce: Bebida sem parar... – Ele lhe sorriu maliciosamente, e de imediato lhe colocou um drink no balcão, Dulce sentou-se, cruzou a perna e por alguns segundos fechou os olhos...
Téo odiava tais lugares, odiava tais músicas e odiava...
Chacoalhou a cabeça pegando outro drink da bancada, o tomou de uma única vez, emitindo uma careta quando o álcool arranhou sua garganta!
Respirou com calma decidindo que não pensaria em mortes ou em malditos...
Iria se divertir a moda antiga...
Precisava disso...
Precisava de uma vingança particular...
Oras, ela não era uma depravada?
Suas costas arderam, e virou-se rapidamente ao notar um par de olhos magníficos sobre si...
Seus próprios olhos se perderam naquele momento...
Sentiu sua respiração se alterar e seus lábios se abrirem para emitir uma leve praga...
Que homem era aquele?