Fanfic: Quentes Como o Desejo (DyC) | Tema: Vondy

Os olhos de Dulce se arregalaram, negou rapidamente com a cabeça.
Dulce: Não posso... – Murmurou com a voz trêmula pelas lágrimas, odiava se sentir assim tão debilitada, era tão forte no dia-a-dia. – Deus sabe que não posso...Não sei dele, ele não sabe de mim, fomos mortos por tudo o que houve, Cristina.

Então maite lhe jogou um jornal à frente, aberto na página 4.

Dulce franziu a testa mirando como sua chefe cruzava os braços e seriamente a olhava, esperando que ela entendesse o recado.
Dulce franziu a testa, abrindo o jornal.
Cristina: Ah, está na página da tal exposição que te disse. Dizem que esse tal de Christopher Danyclifes é bem talentoso.
Os olhos de Dulce se tornaram ainda maiores, mirando Cristina como se não pudesse acreditar no que falava?
Ela havia dito Christopher Danyclifes?
Seu corpo inteiro foi sacudido por velhas e intensas sensações...sensações que lhe feriam, que lhe roubava a alma recém encontrada.
Seu coração batia tão forte, seu rosto encontrava-se novamente desprovido de cor, exatamente como estava quando havia chego na cidade em uma busca desesperada por emprego.

A ferida ainda estava aberta...E só Deus sabia o quanto lhe doía.

Mirou os olhos de Maite e então entendeu que ela sabia.
Que ela sabia quem era ela, que ela sabia quem era pai de Isabella.
Maite: O que fez sucesso ontem nessa tal de exposição foi um quadro surpresa, revelado apenas no meio da exposição. – Os olhos de Dulce estavam tão assustados que Maite, perguntou-se se era certo o que estava fazendo.

Cristina franziu a testa, percebendo que talvez Maite quisesse distrair Dulce do duro assunto do qual conversavam, se pôs a falar do tal assunto da galeria.
Cristina: Li essa reportagem logo de manha. É um quadro misterioso que talvez foi colocado ali pelos amigos de Christopher, que são os outros artistas que possuem seus nomes na galeria. O quadro não estava à venda, ele havia dado a entrevista dizendo que o quadro era dele. É muito precioso.
Dulce tentou disfarçar ao máximo, com seus lábios trêmulos e completamente sem cor. Baixou a cabeça, criando por fim coragem de mirar no jornal a grande foto do tal quadro e...
Christopher...
Suas sobrancelhas se franziram na hora e seus olhos liberaram grossas lágrimas que há tempos eram contidas. Seu dedo correu até a figura, alisando o rosto de Christopher carinhosamente, sabendo que a essas alturas Cristina já sabia quem era Christopher, e Maite...bem Maite só confirmava.
Dulce: Está tão diferente... – murmurou, mirando os olhos de Maite que firmes não pensavam dar a amiga qualquer forma de consolo sem ser a realidade.
Maite: Você também está...
Cristina: Sabem quem é a mulher do quadro? Disseram que deu uma certa polêmica por ele ser tão jovem e fazer uma pintura tão expressiva. Observem, seja quem for essa mulher, Christopher a conhecia muito bem de corpo.
Maite assentiu...
Maite: Sabe quem é essa mulher Dulce? – Dulce engoliu a saliva, assentindo conforme seu coração antes tão acelerado, novamente, dolorosamente deixava de bater...
Mirou Cristina...

Dulce: Essa mulher sou eu, Cris...

Cristina se pôs surpresa.
E Ted que escutava a conversa se pôs surpreso ao mesmo tempo.
Dulce mirou Maite, não se importando em nada com o fato de que Cristina e Ted saberiam de sua história.
Dulce: Há quanto tempo sabe disso, Maite?
Maite: Desde que chegou, que entrou pela aquela porta.
Dulce assentiu, sentindo-se profundamente magoada pela amiga de confiança não lhe ter contado antes esse fato, e Maite percebeu isso.
Maite: Quando comprei essa lanchonete. Eu ainda dirigia luxuosos Buffets na Capital. E por incrível que pareça, eu estava servindo aquela noite à festa na Madison Laqué. – Dulce a olhou surpresa, ciente de que talvez estivesse ali por um favor, não por... – Nem ouse pensar nisso, está aqui porque trabalha duro, porque gosto de você e das suas responsabilidades.

Dulce assentiu, aceitando a mão que Cristina lhe dava de consolo.

Dulce: E como soube que Christopher era o pai de Isabella?
Maite: Não foi muito difícil... – abriu um triste sorriso – Já olhou Isabella, Dulce? È toda Christopher.
Dulce também não pode deixar de sorrir.
Realmente era toda bela, como Christopher. Os traços, alguns gestos, maneira de olhar, de a tocar no meio da noite, lhe alisando o rosto, as bochechas.
Cristina: Olha querida, não sei de toda história, nem sei o que te trouxe aqui...Mas talvez esteja na hora de você procura-lo...De dizer que tem uma filha.
Dulce voltou a chorar, segurando com mais força a mão de Cristina, em quanto negava com a cabeça.
Dulce: Não posso Cristina...Vim para cá para começar minha vida. Encontrar Christopher é o mesmo que regressar, me machucar...Ele iria me ferir.
Maite: O que sabe sobre esse homem agora? – perguntou Maite com a voz mais elevada – Não o conhece, talvez nunca o tenha conhecido.