Fanfic: Quentes Como o Desejo (DyC) | Tema: Vondy

Christopher sorriu, voltando a mirar nos olhos em quanto Isabella se levantava, bocejando, erguendo os bracinhos para se espreguiçar.
Ela sorriu meio confusa pelo festival de palmas e assobios, mirou sua Mama, que lhe sorriu lhe dando boa tarde.
Chris – Olá, Bella adormecida. – lhe beijou na testa, arrancando mais um sorriso e um bocejo de Isabella.
Dul – Já chegamos em casa, querida!
Mai – Olha só quem acordou !
Cris – Olá mocinha!

Isabella desceu do colo de seu pai, correndo para os braços da tia Cris, que lhe recebeu de bom grado pedindo para saber das novidades, levando Isabella para dar um beijo no tio Ted e em Maite.

Chris – Sábado á noite podemos nos ver?
Dulce deixou de mirar sua filha voltando sua atenção para Christopher.
Dul – Está me chamando para um encontro? – Ela lhe perguntou de forma engraçada, como se não pudesse acreditar.
Chris – Sim, estou te convidado para um encontro, um jantar especialmente.
Dul – Sábado eu trabalho... – lhe alisou o rosto, suspirando com pesar – Aos sábados pela noite, fico aqui na lanchonete.
Christopher assentiu, então Dulce franziu a testa, percebendo algo de estranho no semblante dele.
Chris – Maite? Temos um problema aqui!
Dul – Christopher?
Mai – Pode falar cowboy!
Chris – Quero levar a minha namorada para sair no sábado, e ela acaba de me dizer ue tem que trabalhar. – Dulce arregalou os olhos sorrindo divertida, mirando Maite que também sorria. – Será que eu poderia ser abusado e pedir que a liberasse? – Maite fingiu pensar, mirou o semblante de Dulce.

Deus, ela parecia àquelas meninas que pediam aos pais rígidos, para sair pela primeira vez!

Mai – É claro que pode, Garota do Centro!
Dul – Tem certeza, não te fará falta? Sábado é movimentado e...
Mai – Já disse que está tudo bem, não me obrigue a mudar de idéia e fazer com que trabalhe durante a madrugada inteira de sábado, se poderia estar fazendo...
Dul – OK, JÁ ENTENDI!

Maite gargalhou voltando a contar o dinheiro do caixa, Ted apareceu da cozinha sujando o narizinho de Bella com farinha e a menina se pôs a contar da guerra de massa, recheios e farinha que haviam feito na casa de seu papai.

Dul– Não está esquecendo de algo não?
Chris – Isabella. – levou as mãos á testa – Isso é tão novo para mim!
Cris – Isabella e eu podemos ir ao cinema no sábado, não podemos? Depois podemos escrever nossa carta ao papai Noel. O Natal está bem pertinho.

Dulce sorriu a amiga de forma agradecida, vendo como Isabella rapidamente se animava com a idéia. Tinha razão, o Natal cairia dessa vez de domingo para segunda. E com todos os acontecimentos recentes, havia se esquecido dos presentes de Isabella.

Chris – O que foi? – Christopher lhe perguntou notando seu ar de preocupação.
Dul – Foram tantas as coisas que aconteceram que me esqueci do presente de Isabella. Como pude ser tão estúpida! Já deveria ter comprado, para poder pagar...
Chris – O que ela quer? – Dulce negou com a cabeça, não queria começar dessa forma. – Hey, sou o pai dela e estou lhe perguntando o que ela quer...Combinamos que seria assim Dulce. – Dulce o olhou nos olhos e por fim assentiu.
Dul – Quer uma boneca, dessas que só falta falar e dar comida á criança!
Christopher assentiu.
Chris – Pois compraremos a boneca. Lhe daremos a boneca e mais uma dúzia de presentes que irei comprar.
Dul – Não é necessário Christopher...
Chris – É claro que é necessário, um presente para cada Natal, serão 4... 1 a mais porque....Oras, porque eu quero!

Dulce sorriu, abraçando-se a Christopher, observando ambos a empolgação de Isabella ao contar a Cristina como haviam sido os dias na casa de seu papa.

Eram quase 5 da tarde quando por fim Dulce chegou em casa com Isabella.
Christopher já havia ido embora, um pouco tocado por ver o quão pequeno era o apartamento onde Dulce e Isabella moravam.
Ele não havia dito nada...
E Dulce sabia que jamais diria.
Mas de qualquer forma, ela havia notado a surpresa e logo depois a culpa nos olhos dele.
Haviam se despedido com um breve beijo nos lábios.
O encontro seria no sábado pela noite.
E ele a iria pegar em casa.
E ela não pode deixar que um sorriso escapasse de seus lábios.

Há quanto tempo não tinha um encontro?
Alguma vez havia tido um encontro?

Era tudo tão especial, tão novo e indolor...

Sentou-se na cadeira afastando os cabelos dos olhos.
Seria real o que vivia?
Na vida tinha mesmo dessas coisas de Segunda chance?

Segunda chance para amar, para fazer tudo diferente, recomeçar...

Estaria perdida em mais um de seus sonhos?
Estavam sim crescidos, maduros, responsáveis...
Mas a verdade era que às vezes em olhares, toques e gestos, Dulce encontrava aquele velho Christopher, e sabia que em si mesma havia algo da velha Dulce.
Por mais pequeno que fosse, oculto lá no fundo seguia aquela Dulce apaixonada, explosiva, quente...
E em Christopher não era diferente.
Oh Deus...o jeito de lhe tocar, de lhe beijar os lábios a prensando contra a parede, a sentando em cima da pia, movimentando-se, a devorando...

Naquele instinto selvagem completamente primitivo de sua natureza masculina.

A verdade era que estavam adormecidos.

Mudados, crescidos, responsáveis....mas algo, algo no mais profundo de suas almas encontrava-se adormecido. Tudo havia sido muito intenso para que estivesse morto.

Ela ainda queimava, queimava como da primeira vez que ele a tocou.
E sabia que ele também queimava, queimava de forma tão quente como o desejo. Não tinha como fugir e Dulce sabia, que em alguma hora aquelas velhas feras voltariam a aparecer.

Só que dessa vez não estavam possuídas pela dor, mas sim pelo amor.

Ele havia lhe dito que seria um encontro, que a levaria para jantar e quando Dulce perguntou como se vestir, ele lhe lançou um cúmplice olhar, dizendo que ela sabia perfeitamente como fazer.

Ela sabia?
Deus, há quanto tempo se não arrumava como...Dulce Danyclifes, se arrumaria?

Não tinha nem roupa, nem maquiagens ou acessórios para vestir-se para um grande e elegante jantar com Christopher.
Subiu os olhos e mirou Isabella, quietinha sentada ao sofá assistindo seu programa de animais na televisão.

Era tudo tão novo para ambas !

Levantou-se, e na geladeira avistou um calendário e a data de hoje estava circulada.
Aniversário de Anahí!
Como pudera esquecer disso também?
Precisava ligar, desejar-lhe felicidades e boa sorte na vida que lavava!
Encontrava-se tão ocupada e atolada de serviço que havia se esquecido de ligar na semana passada.
Conversavam 3 vezes por mês, por telefone.
No primeiro ano, ainda se viam.
Anahí vinha a visitar, lhe ver grávida, ajudar-lhe com os preparativos para o nascimento de Isabella.
Mas um pouco depois que Isabella nasceu, Anahí havia se divorciado de Alfonso Herrera, e havia seguido para Paris para reiniciar sua carreira de modelo e estilista.
Daí o porque só se falavam ao telefone.
Anahí havia ficado por lá.