Fanfic: Quentes Como o Desejo (DyC) | Tema: Vondy

Sua carreira estava dando certo, estava de volta ao topo da moda e recentemente havia enviado um convite para Dulce, para que fosse assistir a inauguração de duas lojas que levavam o seu nome como marca.
Sentia-se feliz pela amiga.

A verdade era que tinha muito que lhe agradecer, e se orgulhar também.
Anahí havia jogado tudo para o alto como ela havia feito.

Após a noite da prisão de Lílian, não havia voltado a freqüentar as festas e começara a dar ao seu marido sinais de que estava farta da vida que levava.
Bem, ela realmente havia estado farta!
Em uma noite ligara a Dulce, dizendo que também estava partindo, e que lhe ligaria assim que se instalasse em algum hotel em Paris.
Agora estava bem, bela, famosa...
Mas Dulce sabia que ainda nutria sentimentos por Alfonso.
Alfonso, que pelas cartas Anahí dizia que lhe ligava querendo encontros, uma nova chance.
Dulce sabia que algum dia ela voltaria a vê-lo, mas não agora, não agora quando era tudo tão novo e glorioso em sua vida. Um dia, quando as coisas se estabilizassem, Alfonso lhe faria a falta que Christopher lhe havia feito.

Um sorriso escapou de seus lábios.

Isso se...a extremamente loira de sua amiga não tivesse encontrado um novo e sensual francês desses que se pode ver naqueles comerciais de perfumes famosos.
Torceu para que isso tivesse acontecido, Alfonso nunca lhe dera o valor merecido, e estava onde deveria estar.

Trocavam fotografias e Anahí havia se apaixonado a primeira vista por Isabella.

Era uma boa mulher, com muitas marcas, cicatrizes, mas era uma boa mulher.
E jamais poderia dizer o quanto era grata por ter sido salva naquela noite por ela. Anahí sempre dizia que não havia feito nada, mas Dulce sabia que ela tinha feito. Tinha feito muito porque se encontrava-se ali agora, era pelo fato de carinhosamente Anahí ter lhe emprestado o dinheiro para a viagem, um teto para dormir e comida para alimentar a ela e o pontinho que carregava na barriga.

Emocionou-se com um sorriso nos lábios.
Estava ali, outra mulher que havia batalhado para viver a própria vida sem ser em função de um rico e famoso marido.
Não havia penado tanto como Dulce, mas sua força e coragem fazia dela mais uma das milhares de heroínas que era as mulheres que lutavam para se reerguer e sobreviver.

Ligou e a secretária do lar de Anahí, havia lhe dito que ela estava viajando.
Dulce deixou lembranças e boas festas, lhe mandaria uma carta assim que tivesse tempo de a escrever.

De mansinho sentou-se no sofá, fazendo cócegas em Isabella que se encolheu todinha no colo de sua mama.
Bella – Cadê papai? – perguntou de repente, no meio do desenho preferido que assistiam.
Dul – Papai foi para a casa dele.
Bella – Papai não vai ficar com Mama e Bella? – Dulce lhe alisou os cabelos, demorou-se a responder.
Dul – Ele está na casa dele resolvendo algumas coisas, querida. Logo volta para que possamos o ver.
Bella – Acho que sinto saudades... – Dulce lhe beijou a testa.
Dul – Eu também querida, também já sinto saudades.



O sábado chegou rápido e em espírito natalino.
A pequena cidade estava enfeitada, brilhosa naquele ritmo de festas terno e hospitaleiro. O sábado amanheceu um pouco mais quente, as famílias reuniam-se para começar a preparar a Ceia de Natal, cumprimentavam um aos outros nas ruas desejando boas festas, bom final de ano. Os ônibus chegavam e saiam lotados de familiares do centro da cidade mais ao interior do Sul.

Era natal, e natal era sinônimo de Família, prosperidade.

Dul – Bom Dia! – Cumprimentou Maite e Ted, que com um sorriso no rosto lhe cumprimentaram. A lanchonete realmente estava bela, e no final do ano, o movimento aumentava e as gorjetas se tornavam ainda mais generosas.
Dulce deu um beijo estalado na bochecha de Ted, e Isabella fez o mesmo, passando os dedos pelas coberturas recém feitas e muito saborosas.

Ted – Chegou à formiguinha!
Cris – Chocolate quente e um misto na mesa 8, Ted. Graças a Deus que tu chegou mulher, isso aqui está lotado!

E estava mesmo.

Dulce desceu Isabella de seu colo a tirando da cozinha para que não corresse nenhum perigo. Rapidamente colocou seu avental, prendeu bem os cabelos, pegou o bloquinho e uma caneta e na outra mão segurou a bandeja.

Dul – Seja boazinha, fique ali na mesa do canto escrevendo e desenhando até que seu pai chegue para te buscar, ficarei de olho, e qualquer coisa você me chama. – Isabella assentiu, passando por Maite lhe deu um beijo na bochecha, sentando-se em sua mesa preferida onde começou a desenhar em seu caderno com seu lápis de cor.

Dulce respirou fundo, era hora de começar mais um dia!
Atendeu vários clientes, anotou não sei quantos pedidos, trocou pratos, limpou mesas, realmente aquilo estava movimentado!

Atendia a uma mesa com uma grande família quando Christopher chegou.

Tentou...

Jurou que tentou manter-se concentrada para anotar os pedidos, mas era impossível! Seus olhos caíram sobre o homem com qual havia falado todos os dias ao telefone...Oh Deus, por telefone era bom mas assim, ao vivo, ela não podia controlar suas pernas bambas!
Ele havia cortado mais o cabelo, a barba muito bem feita, a roupa esporte que tanto gostava de usar.
O viu abaixar-se para receber Isabella que corria em sua direção, abraçaram-se os dois, trocando beijos e palavras carinhosas.
Então o olhar dele pesou sobre ela, que sem graça por sua fascinação evidente ao vê-lo, concentrou-se em desviar o olhar e anotar os pedidos.
Os anotou mais de 4 vezes, com a família Garças a Deus muito paciente com suas trapalhadas. Despediu-se à distância de sua filha com um aceno de mão, logo já atendia outra mesa, quando tudo o que desejava era correr até Christopher como Isabella havia feito, lhe grudar no pescoço, no corpo, e lhe dizer que durante todos as noites da semana havia sonhado com ele.

Antes que saíssem da lanchonete ele a olhou nos olhos novamente.

Oh sim...ali estava aquele olhar passional. Aquele olhar que a tranqüilizava, dizendo que havia sentido tantas saudades como ela.
Aquele olhar que confirmava o encontro que tinham pela noite.

Seu corpo arrepiou-se somente pela idéia de ser novamente tocada e beijada por aquele homem. Seu coração encheu-se de amor ao ver o sorriso que ele lhe lançava dizendo-lhe silenciosamente que contava as horas, minutos e segundos para a ver novamente.
Dulce relaxou o corpo e permitiu-se sorrir, erguendo os ombros de uma forma graciosa, despedindo-se novamente de Isabella.

Chris – Eu quero você...
Ele disse apenas movimentando os lábios, e ela lhe respondeu da mesma maneira que também o queria.
Sorriram mais uma vez, como dois adolescentes apaixonados em quanto junto com sua filha Christopher saia definitivamente da lanchonete.


Cerca de 10 minutos antes de seu horário de ir embora, Dulce atendeu uma cliente que havia chego há pouco tempo.
Estava na cozinha se preparando para sair, porém Cristina estava ocupada e Dulce ofereceu-se para ir em seu lugar.

Dul – Qual é o pedido? – Perguntou para a moça loira sentada de costas ao balcão, então abriu um sorriso incrédulo. – Anahí?

Sua amiga lhe sorriu de uma forma adorável, levantando-se rapidamente para lhe dar um grande abraço. Abraçaram-se com força, com gritinhos de animação saindo de seus lábios abertos em incredulidade!

Dul – Não posso crer que é você! Liguei-te na quarta para desejar-lhe boas festas! Que saudades! Parabéns, tudo de bom a ti !
Anahí – Também senti saudades...Obrigada! – Lhe alisou os cabelos – Vim para o México para poder visitar uns familiares, aproveitei a viagem para vir lhe dar um beijo! Deus, como está bela Dulce! Quanto tempo faz amiga? Como está? Como andam as coisas?
Dul – Estou ótima, Graças a Deus! Há tanta coisa acontecendo em minha vida! Tantas coisas que preciso lhe contar! Mas e você, como está? E o trabalho?

Anahí – Segue tudo bem! Tudo ótimo, as lojas estão prosperando, abriremos uma nova filial em Nova York logo depois das férias!
Dul – Mas isso é maravilhoso! Está tão bela! Os cabelos ainda mais claros!
Anahí – Gostou? - Fez uma careta – Cada mês eu os deixo mais claros! Conhece, não suporto ficar com a mesma cara durante um mês!

Dulce sorriu apresentando Anahí, que foi muito bem recebida por Ted, Maite e Cris, que trataram de agradecer a loira que havia ajudado a garota do centro.
Seguiram se falando por mais de 1 hora, contando novidades, falando besteiras, matando as saudades!
Dulce suspirou, estava tão feliz com aquele reencontro que acabou esquecendo-se do horário, ainda tinha que se arrumar e nem sabia por onde começar!

Anahí – No fundo eu sabia que isso algum dia aconteceria! – Sorriu ternamente – Quem dera eu, poder assim começar tudo de novo, como um primeiro amor...
Dul – Você pode! Sabe, diversas vezes na semana eu acordei assustada imaginando que poderia ser tudo imaginação da minha cabeça. Então o telefone tocava... - Sorriu apaixonadamente. – Ele me dizia “Bom Dia”, naquele tom rouco e sensual...E Aiii de mim ! – Sorriu com vontade. – Ás vezes é necessário que comecemos tudo de novo! È tão bom me sentir dessa forma...minha filha o adora Anahí, ele a ama de todo o coração como se estivessem se conhecido desde sempre. Não sei explicar, é apenas mágico...secreto, misterioso.
Anahí – Nossa Senhora dos Homens Franceses, você está apaixonada novamente! – Abraçou Dulce. – Faz bem querida, estava mesmo na hora que esse seu coração tivesse essa paz... – A segurou pelo rosto – Onde será o tal do encontro?
Dul – Não sei, jantaremos em algum lugar elegante e especial...
Anahí – Isso pede um visual especial! – Dulce fez uma careta!
Dul – Tudo o que tenho é jeans e camisetas bem confortáveis! Não sei mais me vestir como nos vestíamos antes!

Anahí abriu um sorriso sapeca.