Fanfic: Quentes Como o Desejo (DyC) | Tema: Vondy

A mirou novamente nos olhos tão bem ressaltados por cores claras e luminosas, perfeitamente delineados pela forte presença do lápis preto.
Nos lábios ressaltados pelo brilho, nas bochechas que lhe davam um ar misterioso com o blush rosado.
Os cabelos presos em um coque alto...com alguns fios lhe caindo sobre o rosto, com a franja a lhe cair pelos olhos somente para que ela subisse as mãos e sensualmente a tirasse dali, o enlouquecendo completamente, lhe arrancando qualquer forma de controle.

Por fim ela aproximou-se tanto que pode lhe sentir o velho perfume doce...perfume que lhe tragava, lhe envolvia.

Dul – Boa noite. – ela murmurou o olhando no fundo dos olhos, com os lábios curvados em um sorriso excepcional que dava a Christopher, a informação de que ela sabia o que se passava em seu interior naquele momento.

Chris – Jamais vi algo tão belo em minha vida. – Aproximou-se ainda mais, lhe entregando as rosas brancas que não recebiam e jamais receberiam a atenção que Dulce dava aos seus olhos naquele instante. – Boa noite.
Ele murmurou de volta, com sua mão descendo pelas costas de Dulce, por cima do firme corpete a fazendo arquear-se levemente de arrepio, erguer os lábios e receber o beijo que ele lhe depositava naquele instante.

Ela podia sentir o calor de seus corpos.
Era como uma descarga elétrica, intensa...
Era tão prazeroso que chegava a ser doloroso.

Dulce demorou mais tempo do que ele para abrir os olhos, e quando o fez sorriu, percebendo que nada no mundo poderia quebrar o que estava prestes a se iniciar.

Deus do Céu, aquilo era entrega, nua e crua.
Não havia mais o que se fazer...
O destino estava ali, com universo conspirando a favor somente pelo fato de finalmente os sentimentos serem verdadeiros, vindos diretamente do coração.

Dul – Obrigada pelas rosas...
Chris – Não posso parar de desejar seus lábios sobre os meus... – Ele voltou a sussurrar, colando novamente seus lábios, por fim colando seus corpos com um gemido baixo escapando dos lábios de Dulce.
Isso porque ele só a segurava com uma mão.
Só a mantinha firme a ele com uma única mão.
O garçom pigarreou e sorrindo Christopher deixou de beija-la, ciente de que vários olhos seguiam em cima de ambos.
Sentaram-se, deram as mãos sobre a mesa, e Christopher desejou naquele mesmo instante, dizer a ela o quanto a amava.

Dul – Não... – ela lhe disse como se adivinhasse o que ele iria lhe dizer. – Fará isso ao pé do meu ouvido, hoje...pela madrugada, quando me tomar por inteira.

Ele fechou os olhos, estremecido da cabeça aos pés pelos sentimentos tão intensos que a voz dela lhe causava ao dizer aquela frase.

Dul – E eu também direi... – Voltou a sussurrar, o tocando nos lábios .– Porque já é hora de você saber o quão grande são meus sentimentos por você...
Chris – Sabe que estou ardendo, não sabe Dulce? – Perguntou em um tom rouco, com os olhos brilhantes, tentadores, entrelaçados aos dela, confessando o que jamais nenhum outro homem havia confessado. – Sabe que mal consigo respirar? Preciso disso, preciso de você, preciso de nós. Algo em mim se desperta e temo que seja aquele desejo furioso de ter tudo de você, tudo...Sinto-me como um leão enjaulado, Deus...Dói-me o prazer de querer você... - Baixou o tom de voz – De estar em você, amar você.

Christopher pode ver como brilhavam aqueles olhos tentadores, olhos que lhe tragavam, lhe devoram.

E sim...

Dulce fechou os olhos confirmando.
Ali estavam ambos descrevendo um sentimento que talvez jamais pudesse ser descrito. As feras haviam acordado, e vibravam em ritmo constante para se libertarem.
Feras que já não podiam os ferir...
Feras que só os faziam relembrar, que o prazer poderia ser tão intenso como o amor.

Seus dedos se entrelaçaram com mais força, a música tornou-se mais forte, o olhar mais intenso.

O garçom novamente pigarreou, pronto para anotar o pedido.
Christopher desviou o olhar para o garçom, que lhe entregou um sofisticado menu, repleto dos mais caros e exóticos pratos.
Só que Christopher não queria comer...não comida.
Dulce lhe sorriu naquele instante, e ele constrangido baixou a cabeça como se mais uma vez ela pudesse ler seus pensamentos.
Chris – Hum, vejamos..O que deseja comer minha senhora?
Outro sorriso maravilhoso escapou daqueles lábios perfeitos.
A viu folhear o menu com uma cara não muito empolgante, o garçom com toda paciência, esperava.
Chris – Qual é a sugestão de vinho?
- Oh senhor, temos maravilhosos vinhos, aconselhamos para a noite de...
Dulce continuava a folhear o Menu ao mesmo tempo em que o garçom escolhia junto com Christopher a bebida da noite.
Chris – Querida? Quer algo que não tenha aí?
Aquilo foi um alívio para Dulce...
Dul- Quero algo simples...Eu e Isabella adoramos um filé de frango grelhado, arroz branco, e batata frita.

A cara que o Garçom fez foi hilária.

Na maior naturalidade Christopher assentiu.
Chris – Bem, o senhor ouviu, traga o mesmo para mim...
- Mas senhor, não sei se o Chef...
Chris – Eu tenho a certeza que o Chef dará um jeito de fazer um delicioso prato para a minha mulher...

O garçom engoliu a seco, imaginando como iria fazer para conseguir servir tal prato. - Certamente que sim, senhor...O vinho logo será servido.
Agradeceram em voz baixa, com o sorriso a explodir nos lábios.

Dul – Será que farão o prato que “sua mulher”, pediu?

Dul – Eu queria que fosse tão fácil como nos livros...Na televisão.
Chris – Aquilo nem sempre é real, o que teremos será real, puro, sem mentiras, vinganças ou segredos.
Dul – Prometa... – Ela emocionou-se – Prometa que faremos diferente dessa vez...Que seremos amigos, amantes, pais. Prometa jamais me enganar...
Chris – Eu prometo...- Ele sussurrou, a alisando no pulso. – Prometo que tentarei fazer o melhor que eu puder...Não sou perfeito Dulce, jamais serei.
Dul – Não te quero perfeito, te quero assim, do jeito que é.

Ele lhe sorriu, o garçom serviu o vinho informando que o simples jantar logo seria servido, Christopher e Dulce agradeceram.
Os pratos finalmente chegaram exatamente do jeito que havia sido pedidos.
Novamente agradeceram, com sorrisos nos lábios.

Chris – Veremos se ficou parecido com sua comida.
Dul – Deixe de bobeira, ainda não cozinho assim tão bem.
Chris – Não seja modesta.

Experimentaram o prato e aprovaram. Estava realmente simples, apetitoso.
O silêncio reinou na mesa e Dulce perguntou-se se aquilo acontecia devido o fato de os dois estarem nervosos, ansiosos...

Dul – Hey...
Ele a mirou vendo como ela deixava de comer, o mirando nos olhos.
Dul – O que foi? – Ele negou com a cabeça, bebendo um grande gole de vinho.
Chris – Não sei...de repente me senti desajeitado. A realidade é que estou tremendo de nervoso. – Ela lhe sorriu com ternura. – Preciso lhe conquistar e nem sei por onde começar...é tudo tão novo.
Dul – Pode começar me chamando para dançar.

Ele finamente sorriu, negando com a cabeça como se mal pudesse acreditar no quão desajeitado estava.

Levantou-se, estendendo a mão para que ela também se levantasse, com um sorriso Dulce o fez aproximando-se dele, caminhando ambos para o pequeno lugar onde vários casais dançavam com uma intimidade bastante romântica.

Ele a aproximou de seu corpo, com uma mão em sua cintura e outra dada com a mão dela. Lentamente seus pés começaram a se mover, a cabeça de Dulce repousou contra o peito dele, os olhos se fecharam e um sorriso brotou em seus lábios.
Podia ouvir e sentir o quão o coração dele batia rápido.
As mãos suadas, o corpo levemente trêmulo, inseguro.

Oh boy, aquele era Christopher Danyclifes?