Fanfic: Quentes Como o Desejo (DyC) | Tema: Vondy

Dul – Não precisa tentar me conquistar... – O olhou nos olhos, descansando a mão direita sobre o peito de Christopher. – Já estou conquistada. A verdade é que sempre estive... – Ele fechou os olhos, como se aquela breve frase o pudesse realmente tranqüilizar, lhe beijou os lábios com ternura, lhe tirando o franja que caia aos olhos. – Sente? – ela lhe perguntou com um sorriso nos lábios, guiando a mão dele até sobre seu coração. – O meu também bate rápido...Bate rápido porque não consigo pensar em nada além de estar com você uma vez mais... – Emocionou-se – Bate rápido porque sinto saudades de você, porque senti saudades de você durante toda a semana...Bate rápido porque meu corpo pede pelo seu, sente Christopher? – Ergueu levemente os pés, o beijando no pescoço, o apertando nos bíceps, lhe murmurando ao pé do ouvido. – Sinto aquela velha ardência que percorre meu corpo dos pés a cabeça... - Fechou os olhos, vendo como ele aumentava a pressão de seus braços. – Meu sangue ferve, minha pele queima...Recordações sem minha permissão me envolvem a mente, me atingem o coração a cada vez que me olha como se fosse um garoto inexperiente...e não o é querido. Porque eu sei que me fará tremer da cabeça aos pés...Porque sei que minhas pernas me faltaram, meu corpo irá se contrair, iremos nos olhar nos olhos e aquela magia única irá acontecer. Foi o único homem que entregue meu corpo de olhos fechados com a confiança que eu seria plenamente satisfeita. Foi o único homem que me fez ver estrelas milhares de vezes em uma única madrugada...É o único que faz do jeito que faz, que me leva nos braços do jeito que me leva...Que grita meu nome do jeito que grita. Sinto-me tão nervosa quanto você.

Dul - Só que eu tenho a certeza, que “nossa primeira vez”, será tão quente e maravilhosa como as outras vezes que estivemos juntos...porque agora, eu simplesmente não posso pensar em nenhuma outra coisa a não ser que me ame. Eu preciso que me ame Christopher, preciso me sentir amada de corpo e alma, preciso sentir seu corpo de encontro ao meu, preciso sentir que nossos ritmos estão unidos, nossas mentes conectadas, e pela primeira vez...Que somos um só coração.
O beijou rapidamente nos lábios o mirando nos olhos, notando o mais puro e insano desejo nos mesmos.

Oh sim, ali estava aquele homem lhe dizendo que a teria por inteira naquela noite. Ali estava aquele homem lhe dizendo que o desejo seguia intacto, que o calor crescia a cada instante.

Dul – Não teve um dia, um único maldito dia nesses anos que eu não tenha pensado em você... – Confessou com a voz trêmula, o acariciando no rosto. – Não teve um dia, um único maldito dia em que eu não acordasse pela madruga, trêmula, suada, com a sensação que havíamos acabado de fazer amor...
Sussurrou em voz baixa,
Dul – Não teve um único dia, que não imaginei esse momento. Deus, eu te desejo...escuta-me? – Deixaram de dançar, com o resto das pessoas, da pista, do mundo desaparecendo. – É meu homem... – Percebeu os lábios trêmulos de Christopher, o modo como ele colava sua testa a dela, tão trêmulo e excitado. – É meu...e quero tudo de você. Cada gota de suor, cada gemido, suspiro, movimento...Quero nós dois sobre a cama molhada de amor e prazer...Quero nós dois revelando nossos segredos, de olhos fechados em um ritmo que só você sabe me levar. Porque é você, Christopher... – Fechou seus próprios lábios, sentindo a energia elétrica passar do corpo dele ao seu.

Dul - Porque é você que por algum motivo Deus decidiu colocar na minha vida. È você que é meu namorado... –lhe sorriu- Meu amante, o pai do bem mais precioso que possuo. E se estamos aqui de novo... – Deu uma leve pausa, o sentindo completamente fora de controle, com o semblante sério, o olhar brilhante pelo desejo a devorando. – Se estamos aqui de novo é porque temos que estar, é porque a vida nos deu uma outra oportunidade e nada... – Negou seriamente com a cabeça – E nada vai me impedir de tentar fazer com que isso dê certo...Não posso perder meu coração mais uma vez. Não posso me perder outra vez.

O silêncio pareceu reinar no restaurante vazio.
A intensidade veio de forma selvagem, causando arrepios intensos em ambos os corpos. Dulce fechou os olhos ciente de que seu corpo seguia firmemente colado ao dele...Então de repente sentiu-se insegura, havia se aberto, pela primeira vez havia se aberto completamente a ele.
Sentia-se exposta diante aquele silêncio, sentia-se frágil.
Dul – Christopher? – O chamou, mas ele permaneceu a mirando nos olhos daquela forma única e arrepiante, com as fortes mãos lhe envolvendo a cintura. Franziu a testa e a emoção com a excitação misturada ao medo lhe fez emocionar-se, com o coração batendo rápido. Baixou a cabeça, respirando com dificuldade, pronta para entender que talvez...
Seu corpo arrepiou-se com ainda mais violência, a fazendo calar um gemido de surpresa quando ele lhe beijou o pescoço, com os lábios procurando seu ouvido.

Chris – Eu amo você.
Foi o que ela escutou, o que finalmente ele lhe disse com todas as letras.
Chris – Eu amo você, Dulce.

Disse mais uma vez a segurando com mais força pelos braços, como se sentisse um medo intenso de que ela pudesse fugir com seu coração que naquele momento, sem puder conter-se ele a entregava.

Era uma mistura intensa de tudo o que já fora experimentado por eles.
O prazer lhe invadia, sendo aquecido e envolvido pelo amor.
Chris – Não posso esperar um único momento mais...Escute-me, eu a amo.
Christopher fechou os olhos com tudo ao seu redor por rodar, algo parecia lhe devorar vivo no estômago.
Chris – E não consigo lhe dizer nada mais, não consigo pensar, respirar, andar...
Por fim a abraçou, com as narinas rapidamente envolvidas por aquele doce perfume. – Não espero que me diga de volta... – Negou com a cabeça com veemência. - Não espero que me diga nada, que...Deus. – perdeu a fala por alguns instantes, voltando a mirar nos olhos avermelhados pela emoção do momento. – Eu...eu não sei o modo certo de fazer isso, de dizer isso, me sinto tão... – Engoliu a saliva, mirando todos os lugares com o olhar assustado, com os lábios trêmulos, as mãos suadas e frias... – Talvez eu devesse ter esperado...esperado o seu momento, é que... – A soltou de seu corpo, dando um passo inseguro para trás, confirmando a Dulce a certeza de que ele jamais havia dito tais palavras à não ser sua mãe, Ruanda.
Aproximou-se dele o segurando pelas mãos, as aquecendo com as suas que jaziam tão quentes.

Dul – Vamos cair fora daqui.

Ele entendeu sobre o que ela dizia.
Caminharam ambos com pressa até a mesa.
Ambos cientes de que o momento estava prestes a explodir e necessitavam desesperadamente estarem juntos, sozinhos quando isso acontecesse.
Christopher deixou algumas notas sobre a mesa, notas que somavam a quantia suficiente para que o jantar fosse pago. Dulce pegou sua bolsa, e não puderam evitar sorrir quando quase correndo saiam do restaurante.
Ele na frente com passos largos, apressados, arrancando olhares e sorrisos de quem os mirava. E ela atrás o segurando pela mão, com o sorriso estampado nos lábios, com os olhos ainda emocionados e o vestido a lhe voar contra ao corpo conforme já começava a correr para o acompanhar.

O minuto de espera até que o manobrista lhes trouxessem o carro foi agonizante. A tensão explodia, o desejo se formava quente, doloroso.
Sem nem mesmo esperar que o manobrista lhe entregasse o carro Christopher se aproximou da entrada de sua porta, com Dulce já entrando ao seu lado, com a gargalhada finalmente estourando por seus lábios.
Ele a mirou, e lhe disse silenciosamente que ela pagaria por aquelas risadas quando duvidava até de sua capacidade de dirigir.

Oh boy, não adiantava...
Passasse o tempo que passasse, acontecesse o que acontecesse, eles seguiram se desejando daquela forma descontrolada, insana, tão proibida e perigosa que lhes roubavam os sentidos e qualquer capacidade de discernimento.

Não tinha fim...
O desejo, não tinha jamais teria fim..

E talvez, a partir de agora o amor também não tivesse.