Fanfics Brasil - Girl With No Breakes Gothic Love

Fanfic: Gothic Love


Capítulo: Girl With No Breakes

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Tina POV`S - New York City, 13 de fevereiro de 2000 - 13h 45 min.


Ele parecia irritado. Estava pisando forte, andando rápido e bufando. Nunca tinha o visto assim, talvez pelo fato de ter o conhecido ontem... 


- Você está bem? - perguntei a ele com preocupação - Parece irritado...


- Não... Não, eu estou bem - e forçou um sorriso


- Não, não está. - parei de andar e o virei para mim - O que foi?


- Nada..


- Fala, o que foi?


- Essa gente dessa escola. Fala mais do que escuta. Não tem o que fazer e fala o que não sabe. Não duvido nada que tenha sido a Clarisse a explanar pra escola que estamos namorando. Ela não é a toda popular, cheia de amigos?


- Sempre foi assim e sempre vai ser. Não tem nada que eu possa fazer. Disse que se andasse comigo iria prejudicar a sua vida. Agora estamos namorando, acabou a sua vida nessa escola...


- Não, não acabou. Tina, nós podemos mudar isso. Podemos ser que nós somos sem ter medo.


- Como assim "Quem nós somos"?. Não seria quem eu sou? Eu sou a única estranha aqui, você é normal.


- Sim, sim. Normal. Faço coisas normais, falo com pessoas normais. E você não faz isso? Você dorme de cabeça para baixo e conversa com aliens?


- Não... - e rimos - Tá, tá bom. Somos duas pessoas normais numa escola onde só se tem idiotas? O que fazemos? Passamos despercebidos, por que esses idiotas podem nos ferrar, por que são populares e bem sucedidos. 


- Nada disso. Vamos ser felizes, vamos mostrar para todo mundo que podemos ser melhores do que eles. Não é porque você escuta rock e usa roupas escuras que você é menos do que eles. Você é linda, mais até do que a minha prima.


- Ninguém é mais bonita do que ela. Se tiver alguém mais bonita do que a Clarisse, ela faz essa pessoa ser feia. É assim aqui. 


- Mas pode mudar. - ele sorriu e me abraçou- Sabe uma coisa que me atraiu muito em você?


- Hum, não... O que?


- Seus olhos. 


- Não, não. Eles são estranhos. Daria tudo para ter os olhos de uma cor só.


- Castanho e azul. Combinação bonita, sabia. - me puxou para mais perto e me deu um selinho - Vamos ignora-los. Você não vai mais lanchar no banheiro. Você não vai mais ter medo deles. Você não vai mais sair correndo quando te enfrentarem.


- Como você sabe que eu lanchava no banheiro? Nunca te disse isso.


- Minha prima me falou... Ela tentou te estragar de todas as formas, mas não conseguiu - e sorriu. - Vamos dar uma volta, vai demorar pro sinal tocar.


- É, pode ser. - e fomos andando para o pátio de mãos dadas. 


Percebi que, enquanto andávamos pessoas olhavam com cara de nojo para  a gente. Fiz o que o Tommy me disse, ignorei. Andei de cabeça erguida, conversando com ele. Rindo, sorrindo, fazendo coisas que não fazia havia tempos. 


Fomos para perto de uma grande árvore. Era uma cerejeira. Eu costumava chama-la de "A grande Sakura", pois Sakura, em japonês, significa Árvore de Cereja. Acho que já deu para entender. Nos sentamos nas raízes da árvore e ficamos olhando as pessoas passando pelo pátio. 


Encostei minha cabeça no ombro dele, e o mesmo passou seu braço pelo meu ombro. Sorrimos um para o outro e ficamos ali, em silêncio desse jeito. O silêncio, a calmaria, durou apenas alguns instantes. Logo depois que nos ajeitamos ali, apareceu um rapaz, aparentando ter nossa idade e começou a puxar papo com o Tommy. 


- E aí! Tudo bem? - disse o rapaz desconhecido.


- É, bem. E você?


- Bem também. Você é novo aqui, não é?


- É, deu para perceber. Você não sabe como são as coisas aqui. Escutei o que você disse lá dentro, e não gostei nem um pouco. 


- Você não é obrigado a gostar de nada que eu falo. E, a propósito, quem é você?


- Evan. Você não me conhece e eu não te conheço. Poderíamos ser amigos, se você não fosse amigo dela. - e olhou para mim. Ele falou a palavra "dela" cuspindo a palavra, como se fosse algum palavão ou veneno.


- Não sou amigo dela. Quem disse que sou amigo dela? Somos namorados. E qual é o problema nisso?


- Nenhum. Nenhuma para mim. Só estou te avisando. Você pode sofrer muito por isso.


- Vou correr o risco. - e deu um sorriso seco para ele, que foi embora - Quem é ele?


- Não conheço... Mas deve ser do grupinho da tua prima. Do jeito que ele falou, só pode...


- É ... Pode ser... Já não gostei dele...


- Iiiiih. Prevejo tretas. - disse debochadamente


- Não sou de brigar. Sou uma pessoa calma. - e olhou seriamente para mim - Mas se alguém mexer com a minha garota sem freios... Ah... Eu faço coisas com a pessoa que ainda nem foram inventadas. 


- Vishe. Que medo. "Garota sem freios", eu?


- Sim, você. Por que quando nos vimos pela primeira vez, você caiu em cima de mim. 


- Ah, sim... Hey, já pedi desculpas!


- Sem problemas - e me beijou


- Você gosta de beijos, hein!


- Não, eu gosto de beijar você. 


- Também gosto de te beijar - disse um pouco envergonhada. Como já tinha falado antes, eu nunca tinha beijado antes, então era meio que uma novidade e eu estava, digamos que, um pouquinho viciada naquilo.


~Triiiiiiiiiiiiiim ( ~le som fail de sinal batendo)


- No final da aula tá afim de chupar soverte? - perguntou ele a mim


- Sim, gosto muito de sorvete. - e fomos para nossas salas.


----------------------------------- Quebra - Tempo - 5h depois ---------------------------------


- Vamos? - disse ele, que já estava do meu lado.


- Sim, vamos. - peguei minha bolsa e a pendurei no meu pescoço.


 Saímos da nossa sala, e fomos em direção a saída. Vimos que estava chovendo, e chuva forte.


- Ótimo - eu disse - Tá chovendo, pra acabar com o dia.[


- Que nada. - tirou o casaco e jogou por cima de mim - Vamos andar na chuva mesmo.


- Vamos pegar um baita de um resfriado.


- E daí? Somos jovens, temos que aproveitar.


- Você tá certo... Vamos logos - e fomos para a chuva. 


 O casaco dele em mim parecia mais um vestido longo de moletom. Ele era azul escuro e batia no meu joelho. Eu parecia tão vulnerável ao lado dele. Tão baixinha.


- Você não tem que avisar a sua mãe que vai chegar mais tarde em casa? - perguntou ele


- Quando eu chegar em casa eu explico tudo para ela. E você? Não tem que avisar teus pais?


- Eles não ligam pra isso. E quando souberem que estou com uma garota na rua vão ficar ainda mais felizes.


- Que bom - e dei um risinho - É ali, não é? - e apontei para uma pequena sorveteria de esquina


- É ali mesmo. Já conhece?


- Não... Mas já ouvi minha mãe falando daqui. Ela disse que é bom...


- Espero que seja mesmo - e entramos na sorveteria. - de que você vai querer?


- Hum... Menta :3 


- Okay, eu vou querer um de flocos. - o sorveteiro fez os nossos sorvetes, o Tommy pagou e fomos nos sentar - Você gosta de menta?


- Sim, é refrescante..


- Tá fazendo nove graus lá fora e você ainda quer se refrescar?


- É! - ele riu


- Você é doida. E esta com um bigode verde! - fiz uma tentativa de olhar a minha boca mas acho que fiquei vesga, por que ele quase se engasgou com o sorvete de tanto rir. Peguei um guardanapo e me limpei. 


Quando acabamos de chupar os nossos sorvetes, ele me levou para casa.


- Tchau - ele disse e me deu um beijo


- Tchau - e sorri


 Entrei em casa e minha mãe estava sentada no sofá assistindo TV.


- Chegou tão tarde em casa porque, mocinha?


- Estava na sorveteria com o Tommy.


- O garoto que te trouxe aqui ontem?


- É... Mãe...


- O que?


- É que... Eu e o Tommy...


- ESTÃO NAMORANDO!?!?! COMO ASSIM? MEU DEUS! A MINHA FILHINHA TEM NAMORADO! - e começou a me abraçar e me beijar - PARABÉNS FILHA! PARABÉNS, PARABÉNS, PARABÉNS!


- Nossa! Obrigada mãe!


- Esse casaco é dele?


- Que casaco...?  Ah. Droga, é. Ele esqueceu comigo. 


- Convide um dia ele para vir almoçar conosco. Quero conversar direitinho com ele. Ah minha filha, eu estou tão feliz por você - e sorriu.


- Obrigada, mãe. Vou tomar um banho, por que peguei a maior chuva lá fora e depois vou dormir. Tchau mãe. 


- Tchau querida. Boa noite.


- Boa noite.


Fui para meu quarto, tomei um banho bem quente e dormi.



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Autor(a): ViDiAngelo

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