Fanfic: Fora de Controle (Vondy) | Tema: Vondy
O dia seguinte fora uma verdadeira loucura. Empregados correndo de um lado para o outro para que tudo ficasse perfeito. As mulheres da casa pouco eram vistas por estarem trancadas em um quarto arrumando-se. À noite, quando tudo já estava pronto com os arranjos de flores, os garçons com suas bandejas, eu, Poncho e nosso pai já estávamos dentro de nossos smokings recebendo os convidados.
Todos parabenizavam papai pelos trinta e oito anos de casado quando passavam pela porta. Quando a casa já estava cheia mamãe desceu as escadas em um belo vestido azul e uma bela trança em seus longos cabelos louros enquanto era recebida por nosso pai.
— Onde, diabos, a Dulce se enfiou? — Alfonso murmurou impaciente ao meu lado.
Mas lá estava ela. Descendo as escadas desajeitadamente segurando a barra de seu vestido. Estava maravilhosa. Seu cabelo estava escuro. No lugar do vermelho um castanho escuro predominava contrastando com seu vestido perolado sem alças. Estavam presos em um coque formal. Em suas orelhas pequenas pérolas cintilavam sob a luz.
Quando chegou até nós, completamente ofegante e corada, ela respirou com alivio.
— Desculpe! A pintura atrasou um pouco. — disse ela a Poncho que a olhava completamente perdido — Gostou?
— Ficou lindo... Melhor do que o vermelho.
Errado. Até com os cabelos azuis ela ficaria linda. Mas tive de morder a língua para segurar aquele comentário idiota. Ela sorriu para ele, depois para mim murmurando um “boa noite” e ambos saíram com os braços entrelaçados.
A casa estava cheia de primas... As primas... Mas não naquela noite. Eu estava confuso demais para tentar qualquer coisa com qualquer uma delas. Melhor seria se eu me embebedasse de champanhe, talvez aquilo acabasse mais rápido.
Tempo o suficiente para que todos estivessem entretidos na festa eu escapei para um dos quartos com uma garrafa de champanhe. Cinco minutos depois ouvi as vozes alteradas no corredor.
— VOCÊ NÃO PODE SAIR ASSIM! É A FESTA DE ANIVERSÁRIO DO CASAMENTO DOS SEUS PAIS ALFONSO! — Dulce gritava.
— Não grite! Eu vou até Nova York num pé e volto no outro está bem? Estamos enfrentando uma época difícil na empresa e o meu pai não pode sair daqui! — ele explicou, e pelo seu tom de voz não deveria ser a primeira vez a explicar.
Eu pensei em ir até aporta e dar uma espiada, mas eu teria que me segurar. Era melhor que eu ficasse na minha. Eu e minha garrafa de champanhe que não me embebedava. Precisaria procurar algo mais forte mais tarde. As vozes sumiram e eu pude aproveitar um pouco mais de meu tempo sozinho em meu quarto.
Quando desci mamãe conversava com algumas amigas no salão principal, papai conversava com seus amigos em uma sala privada fumando seus charutos, as crianças corriam de um lado para o outro no quintal e as primas adolescentes fofocavam do outro lado do salão.
Poncho e Dulce dançavam como outros casais no saguão. Uma daquelas baladas lentas que tinha em todas as festas que nossos pais davam. E então ele me chamou com a mão ao me ver e parou a dança.
— Christopher pode te fazer companhia. — disse ele a Dulce. Ela não disse nada, apenas assentiu. — Preciso mesmo ir, amor, desculpe.
Deu-lhe um beijo na testa e olhou-me suplicante ao sair. Mais uma vez eu teria que cuidar da namorada DELE e aquilo me irritava. Me irritava o jeito que ele a tratava e me irritava eu não poder tratá-la da maneira como ela merecia ser tratada.
Estendi uma mão para ela, substituindo-o e levei a outra em sua cintura enquanto nos mexíamos de acordo com a música. A cabeça de Dulce estava baixa, seus olhos não saiam do chão, então notei o por que. Soltei a mão que segurava a sua e ergui seu rosto. Estava com os olhos vermelhos, pronta para chorar.
— Hei... — murmurei levantando seu queixo a cada vez que ela tentava abaixar os olhos novamente — Eu sei que é um saco isso de o Poncho ter que estar saindo toda hora... Mas não chore.
Ela me olhou com os olhos cheios d’água e o queixo trêmulo e balançou a cabeça.
— Não estou chorando por isso. — sussurrou — Eu estou tão confusa!
— Com o que? — perguntei franzindo o cenho.
Dulce olhou-me com tanta intensidade naquele momento que nem ao menos precisou responder minha pergunta. Ela afundou o rosto em meu peito e eu abracei com carinho pela cintura. Aquilo já era demais! Eu não poderia viver e conviver com aquilo para sempre, eu não agüentava mais reprimir o que eu sentia e vê-la reprimindo aquilo também.
Soltei-a rapidamente e puxei-a pela mão. Antes de sumirmos do saguão minha mãe lançou-me um olhar confuso, a única a realmente reparar no que estava acontecendo, ou no que estava prestes a acontecer.
Autor(a): alanis.sa
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Após subir as escadas praticamente voando entrei com Dulce no último quarto. Completamente escuro. Fechei a porta de uma maneira nada sutil e a prensei ali mesmo grudando minha boca na sua quase com desespero. Língua contra língua, pele contra pele. Suas mãos passeavam livremente por meus cabelos enquanto eu apertava sua cintura. Desgrudei ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4
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candy_telles Postado em 25/10/2014 - 23:35:36
Amei, emocionante!
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anne_vondy Postado em 29/09/2014 - 13:13:01
Essa fic é linda <3
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gabivondy Postado em 09/09/2014 - 12:12:58
foi lindo <3
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ChrisVondy Postado em 09/09/2014 - 00:58:14
Bom, oficialmente, eu sou a Primeira leitora!!! *-* (pelo site, rs) Menina, 10 capítulos, e neles, eu gargalhei, eu 'chorei', eu vibrei com o hot, e fiquei triste pelo Ucker!!! Agora estou em duvida... uso :( ou :) no comentário?? kkkkk Posta Maisssss!!! *-*