Fanfics Brasil - 12 Fora de Controle (Vondy)

Fanfic: Fora de Controle (Vondy) | Tema: Vondy


Capítulo: 12

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Um mês se passara desde que tudo acontecera. Desde minha ultima conversa com Dulce eu não a via. Ela havia viajado para Chicago, para uma conferencia de advocacia de seu trabalho e enquanto isso Poncho organizava algumas coisas para o casamento inclusive uma data na igreja em que nossos pais haviam se casado. Há um mês eu e Priscila estávamos juntos, não oficialmente namorando, na verdade apesar dos beijos e do sexo, nós éramos amigos. Na maior parte do tempo eu estava em seu apartamento enquanto tomávamos um copo de vinho e conversávamos sobre qualquer coisa.

Eu achei que com o tempo ela poderia preencher aquele vazio irritante que Dulce havia deixado e, no entanto ele continuava ali, ardendo. Eu sabia que ela não sentia o mesmo por mim. Até mesmo porque quando estávamos na cama e eu trocava seu nome pelo de Dulce ela explodia em uma gargalhada que me fazia gargalhar junto.

— Você deveria ir atrás dela. — ela disse enquanto fitava o teto do quarto enrolada no lençol.
— Você está na cama, nua, comigo, e está me pedindo para ir atrás de outra mulher? Hmm... — resmunguei.

Priscila riu revirando os olhos e virou-se para mim apoiando a cabeça em sua mão.

— Nós dois sabemos que isso não passa de uma boa companhia em uma tarde de inverno que sempre acaba em sexo Uckermann. E sabemos também que você morre pela sua cunhada. Além do mais seu irmão faz a festa quando ela está fora e... — ela se calou de repente sentando-se na cama.
— Como é? Você... Conhece meu irmão? — perguntei sentando-me ao seu lado.
— Olha... Eu não deveria estar te falando isso, ok? É confidencial, mas isso já está ficando um saco. Sabe a cafeteria que vamos de vez em quando? — assenti franzindo o cenho — Então... Se lembra da garçonete? A que você cantou na primeira vez em que fomos lá... A loira que mais parece uma vassoura com peitos...


— Eu não estava cantando ela! — resmunguei fazendo-a revirar os olhos.
— Ta bom. Que seja. Digamos que seu irmão é um freqüentador assíduo da cafeteria quando ela está quase fechando e a vassoura com peitos está pronta para sair de lá.
Levantei-me da cama vestindo minhas roupas e comecei a caminhar de um lado para outro do quarto. Ela estava querendo dizer que...
— Ele trai a Dulce com a garçonete?
— Dã. — ela respondeu levantando-se enrolada no lençol e entrando no banheiro. — E se me permite dizer... — disse mais alto pelo barulho do chuveiro — Eu não entendo porque ele está preparando as coisas para o casamento. Já que ouvi rumores de que a garçonete está grávida e sinceramente...
— Não posso acreditar... — murmurei enquanto sorria de modo automático — Ele é pior do que eu! Como isso é possível? — Priscila gargalhou novamente do banheiro.
— Agora ande! Venha para debaixo do chuveiro. Um ultimo banho duplo. — disse ela colocando a cabeça para fora da porta.
Então Alfonso tinha uma vida dupla. E iria ser pai. Aquilo sim era ser canalha...


Eu devia ter desconfiado quando você apareceu que você me faria chorar. Me mata te ver ir embora porque sei que você está vivendo uma mentira. Mas tudo bem, com o tempo você verá.



Eu não sabia o que fazer quando saí do apartamento de Priscila. Eu falava com Poncho ou o delatava antes? Se eu falasse com Poncho antes de falar com Dulce provavelmente ele daria um jeito de acabar com aquela história e dar um sumiço na garçonete.
Eu ainda estava me decidindo sobre o que fazer quando entrei em casa e me deparei com Dulce sentada no sofá conversando com minha mãe. Suas malas estavam ao lado da porta, sinal de que nem em casa ela havia passado ainda. Quando bati a porta as duas viraram suas cabeças em minha direção. Percebi a surpresa de Dulce ao me ver e quando ela sorriu eu me esqueci do que deveria fazer.

— Olá Dulce. — disse tirando o casaco — Fez boa viagem de volta?
— Sim, obrigada. — ela respondeu virando-se novamente.
Minha mãe revirou os olhos discretamente e levantou-se do sofá desamassando sua roupa.
— Querido, sei que você acabou de chegar, mas será que poderia ir ao supermercado e comprar algumas coisas para que Lucia possa fazer o jantar? A geladeira está vazia. — ela disse enquanto ajeitava sua coleção de louças em cima da estante.
— Claro. — Já ia colocando meu sobretudo de volta quando um estalo veio a minha mente. Eram cinco e meia e ás seis horas acontecia à troca de funcionários — Dulce... Quer vir comigo? Eu não sou muito bom em escolher verduras.

Ela franziu o cenho e esboçou um meio sorriso.

— O que te faz pensar que eu sou boa em escolher verduras? — perguntou de maneira sarcástica.
— Você é mulher.
Ela riu revirando os olhos e se levantou caminhando até onde eu estava retirando seu casaco do cabideiro.
— Ale, diga para o Poncho passar lá em casa quando ele chegar... Vou aproveitar a carona já que vim de táxi. — ela disse colocando-o e pegando a mala de rodinha em uma mão e sua bolsa na outra. Peguei a pequena bagagem de mão que ela havia deixado e abri a porta.

— Digo sim querida. E Christopher... — virei para trás já entendendo aquele tom de voz — Juízo.


Depois de colocar suas malas no banco de trás seguimos rumo ao supermercado. Bom, pelo menos ela achava que iríamos ao supermercado. Olhei para o relógio que marcava dez minutos para as seis e fiz o retorno para o café. Eu sabia que aquela seria a maneira mais dura para que ela descobrisse, mas se eu contasse provavelmente ela não acreditaria.

— Eu não tenho um senso de direção exatamente perfeito... Mas acho que o seu retorno foi desnecessário. — ela disse arqueando as sobrancelhas.
— Não vamos ao supermercado Dul. Não agora. — respondi olhando para a estrada e apertando as mãos no volante.
Olhei para o relógio mais uma vez. Quatro minutos para as seis. Acelerei um pouco e fui parando na frente do local.
— Me trouxe para tomar um café? — ela perguntou, confusa — Olha Christopher, eu sei que nós deveríamos conversar sobre aquele dia, mas eu não acho que seja...
— Esqueça. Não te trouxe para tomar café Dul. Espero que você me perdoe depois disso. — murmurei abrindo a porta do carro.

Dei a volta abrindo a dela e a puxando pelo braço até a porta dos fundos onde acontecia a troca de funcionários segundo Priscila.

— Por que está me trazendo até aqui?
— Shh... — sussurrei segurando-a pelos ombros.

A garçonete já estava parada na porta embrulhada em seu casaco enquanto ajeitava o gorro em sua cabeça. Dulce virou a cabeça para mim sem entender. Observei seus olhos, suas bochechas vermelhas pelo vento frio... O que eu estava fazendo? Aquilo só iria machucá-la mais do que o necessário.


 


 



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Autor(a): alanis.sa

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Então algo como destino ou má sorte passou por nós. Antes que eu conseguisse puxá-la para longe ela se virou. E lá estava o carro de Poncho estacionando na calçada. Senti seus ombros ficarem tensos sob minhas mãos. E então Poncho saiu todo “sorrisos”, deu um longo e apertado abraço na garçonete ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • candy_telles Postado em 25/10/2014 - 23:35:36

    Amei, emocionante!

  • anne_vondy Postado em 29/09/2014 - 13:13:01

    Essa fic é linda <3

  • gabivondy Postado em 09/09/2014 - 12:12:58

    foi lindo <3

  • ChrisVondy Postado em 09/09/2014 - 00:58:14

    Bom, oficialmente, eu sou a Primeira leitora!!! *-* (pelo site, rs) Menina, 10 capítulos, e neles, eu gargalhei, eu 'chorei', eu vibrei com o hot, e fiquei triste pelo Ucker!!! Agora estou em duvida... uso :( ou :) no comentário?? kkkkk Posta Maisssss!!! *-*


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