Fanfic: Fora de Controle (Vondy) | Tema: Vondy
Então algo como destino ou má sorte passou por nós. Antes que eu conseguisse puxá-la para longe ela se virou. E lá estava o carro de Poncho estacionando na calçada. Senti seus ombros ficarem tensos sob minhas mãos. E então Poncho saiu todo “sorrisos”, deu um longo e apertado abraço na garçonete, um breve beijo em seus lábios e para piorar a situação ele se abaixou abrindo o casaco branco dela e beijando sua barriga para logo depois acariciá-la.
— Dul... — chamei-a quando Poncho entrou no carro junto com a loira. — Dulce.
Ela se virou, e eu me arrependi de tê-la feito se virar. Na verdade me arrependi de tê-la levado até lá.
Até que ponto uma mentira pode ser melhor que uma verdade? Pelo menos viver em uma mentira não dói tanto quanto ter que encarar a realidade bem diante de seus olhos.
Seus olhos vermelhos logo começaram a transbordar. Um soluço sôfrego escapou por seus lábios e seu corpo tremia. Aquilo me deixou tão assustado a ponto de não saber o que fazer. De ficar parado em sua frente como um dois de paus enquanto ela chorava. Pareceu um movimento inconsciente quando ela encostou a testa em meu peito e desabou a chorar envolvendo o corpo com os próprios braços.
— Vem... Vamos, está frio. — murmurei abraçando-a de lado e a levando até o carro. Coloquei-a no banco do carona e dei a volta entrando no carro. — Quer ir para casa? — perguntei. Ela apenas assentiu enquanto encolhia-se feito uma criança no banco.
Em silencio levei-a até seu prédio. Ajudei-a a sair do carro e a acompanhei até o apartamento. Dulce entrou atirando seu casaco em um canto qualquer e caminhou até o cômodo que eu julguei ser seu quarto.
Meio que sem saber o que fazer procurei a cozinha e lá procurei por algo que pudesse acalmá-la. Encontrei um sache de chá de camomila e esquentei uma caneca com água no microondas. Adicionei algumas colheres de açúcar e entrei em seu quarto.
Ela estava deitada de bruços enquanto ainda chorava. Toquei suas costas e deixei a caneca no criado mudo.
— Pode ir... — ela sussurrou.
— Não vou deixar você sozinha nesse estado Dul. — murmurei.
— Eu estou bem. Vai Chris, por favor, eu quero ficar sozinha.
Assenti e me levantei caminhando até a porta mesmo contra a minha vontade. Apaguei a luz que havia acendido ao entrar e abri a porta.
— Aqui se faz aqui se paga. — escutei-a dizer quando já ia fechando a porta. Olhei para trás e a vi encostada na parede com os braços cruzados — Eu não fico tão chateada com o fato de ele estar me traindo... Afinal eu o fiz, não foi? — disse ela fungando — Mas... Ela está grávida! Grávida de um filho dele. E ele sabia... Sabia que... Que esse era o meu... E que eu não podia... — então ela desabou em um choro incessante novamente agarrando-se a um móvel como se fosse cair, mas quando tentei me aproximar ela levantou as mãos me impedindo — Não. Vai embora Chris.
— Me ligue se precisar de alguma coisa. — murmurei antes de sair.
Então vá se você quiser ir. Mas fique se você quiser saber o caminho através da bagunça que fizemos. Então deite na cama que você conhece ou vá...
— DULCE! QUERIDA, O QUE ACONTECEU? — ao escutar a voz de minha mãe e o barulho dos saltos no corredor eu já sabia o que estava acontecendo e o que estava por fim.
Saí do quarto e me encostei-me à porta colocando as mãos no bolso enquanto observava Dulce praticamente socar a porta do quarto de Poncho. Minha mãe havia desistido de tentar segurá-la e deu alguns passos para trás.
Quando Poncho apareceu na porta a mão de Dulce voou em seu rosto deixando um rastro vermelho no local.
— Que diabos... — perguntou ele sem entender levando um tapa do outro lado do rosto. — Dulce! Você perdeu o juízo?!
— Há quanto tempo você me trai com ela? — ela perguntou com a voz dura, mas tinha certeza de que estava chorando. Poncho congelou. — Dul... Do que você está falando? Eu não estou...
— AI CALE A BOCA! Seja homem uma vez na vida e me diga a verdade! — bradou ela apontando o dedo em seu rosto.
— É melhor se conversarmos aqui dentro e...
— Há quanto tempo? — ela interrompeu.
Eu não sairia dali. Se ela não fazia questão de privacidade era porque queria que todos que estavam ali escutassem o que estava acontecendo. Nada do que ele dissesse faria com que ela se acalmasse, nenhuma mentira que ele contasse seria boa o suficiente para que ela desistisse da idéia de que ele a traia a tanto tempo.
— Anahí é um caso antigo. — murmurou ele cruzando os braços — Nós estávamos envolvidos antes de eu ir para a Austrália. Brigamos uns dias antes de eu partir e então eu te conheci. Quando voltamos ela me procurou dizendo que estava grávida...
Quando ele disse aquilo seus olhos baixaram, incapazes de olhá-la, e novamente eu não entendi porque aquilo mexia tanto com eles.
— Mas Dul... Eu continuei com ela porque ela disse que não queria o bebê, então eu pensei que eu poderia pegá-lo e juntos nós poderíamos...
— É uma desculpa bastante original Poncho. — ela disse quase em um sussurro — Só que não é bom o suficiente para que eu acredite em você. — um soluço escapou de sua garganta — Você sabia que o meu sonho era ser mãe Poncho! E sabia que eu era incapaz de ter um filho, sabia que eu era estéril! E você disse que não se importava... Que nós daríamos um jeito e então você engravida outra mulher!
— Dulce... Amor, por favor, eu juro que não tem importância eu só... Dulce eu te amo!
Ela riu desviando das mãos dele que tentavam abraçá-la. Fungou mais uma vez e se virou. Deu três passos, mas antes de ir virou-se mais uma vez para trás.
— E a propósito... Eu transei com o seu irmão. — e então desceu as escadas sem olhar para ninguém.
Eu e Poncho nos encaramos por um longo minuto até que ele entrou no quarto socando a porta. Minha mãe ainda estava parada processando o jorro de informações quando eu corri atrás de Dulce.
— DULCE! — a segurei pelo braço enquanto ela tentava girar a chave e a virei de frente para mim, encostando seu corpo a porta — Eu sei sinto muito. — falei acariciando seu rosto.
Puxei-a pela cintura e a abracei deixando-a chorar. Depois de alguns minutos sua cabeça se ergueu. Seus olhos estavam vermelhos bem como suas bochechas e eu era quase capaz de sentir a dor que ela sentia.
— Me deixa ir para casa com você. Me deixa cuidar de você... — pedi enxugando suas lágrimas com o polegar. Ela sorriu segurando minha mão e soltou um pesado suspiro.
— Não vou para casa. Meus pais moram em Nova Jersey... Vou ir passar um tempo com eles. — ela disse abaixando a cabeça. Ergui seu rosto com as mãos e novamente parei uma lágrima no meio do caminho.
— Você não o ama. Não tem porque se sentir assim... Eu sei que você sente o mesmo que eu só não entendo por que... — mas fui interrompido por sua mão em minha boca.
— Chris. Eu realmente não o amo. E realmente sinto algo muito forte por você... — sua mão acariciou meu rosto lentamente — Mas você não sabe como é para uma mulher ter o orgulho ferido... Eu não posso continuar aqui. Não por enquanto. Só preciso colocar a minha cabeça no lugar. Entende? — assenti suspirando e tirei minhas mãos de seu rosto levando uma ao bolso e a outra a porta do carro.
— Boa viagem. — murmurei esboçando um sorriso falso e voltando para casa.
— CHRIS! — me virei ao escutá-la chamar meu nome e fui surpreendido por seus braços em meu pescoço.
Ficamos abraçados daquela maneira por alguns segundos até ela me soltar, dar-me um beijo demorado no rosto e voltar para o carro. Fiquei parado ali até ela sumir ao final da rua. Nem tudo estava perdido... Pelo menos eu achava que não.
Autor(a): alanis.sa
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Passei o restante daquele dia vagando sem rumo pela cidade. De carro, a pé, de ônibus, metrô... Tudo o que eu não queria era estar em casa, tudo o que eu não queria era estar pensando nela e no fato de que ela havia ido embora e que provavelmente jamais olharia na cara de qualquer Uckermann. Já era noite quando eu parei em um restauran ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4
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candy_telles Postado em 25/10/2014 - 23:35:36
Amei, emocionante!
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anne_vondy Postado em 29/09/2014 - 13:13:01
Essa fic é linda <3
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gabivondy Postado em 09/09/2014 - 12:12:58
foi lindo <3
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ChrisVondy Postado em 09/09/2014 - 00:58:14
Bom, oficialmente, eu sou a Primeira leitora!!! *-* (pelo site, rs) Menina, 10 capítulos, e neles, eu gargalhei, eu 'chorei', eu vibrei com o hot, e fiquei triste pelo Ucker!!! Agora estou em duvida... uso :( ou :) no comentário?? kkkkk Posta Maisssss!!! *-*