Fanfic: Fora de Controle (Vondy) | Tema: Vondy
Durante todo o caminho até a joalheria ambos fomos calados. Eu não queria puxar assunto com medo de falar alguma coisa que eu não devesse, como: “Nossa, Dulce, como suas pernas são lindas.” Ou “Como sua boca é convidativa.” Ou algo menos formal como “Dulce, alguém já disse como você é gostosa?”
— Está quente aqui dentro. — Hã? — Pode ligar o ar condicionado? — ela perguntou meio acanhada. Eu gostava daquilo.
— Claro.
Estiquei a mão até o painel do carro e o liguei aproveitando para ligar o rádio e quebrar com aquele silencio horrível. Olhei de canto para Dulce e a vi torcendo o nariz ao escutar a música.
— Algum problema com o rap? — perguntei arqueando as sobrancelhas e tentando não rir da cara envergonhada que ela fez ao morder o lábio.
— Não... — respondeu olhando para fora da janela.
— Você não gosta de rap? Eu posso tirar se você quiser... — falei trocando de estação. — Por que você mesma não escolhe uma de que goste?
Timidamente, Dulce esticou o dedo indicador ao botão e começou a apertar o botão. Aquela foi a minha vez de torcer o nariz.
— Algum problema com a Pink? — perguntou ela segurando uma risadinha.
— Bom... Não com a Pink. Mas essa música é... Chata. E o clipe é bizarro! Quero dizer, ela quase mata o cara apenas para que ele não a deixe. — respondi olhando para a estrada.
— O amor pode ser louco e podem levar as pessoas a loucura. — ela respondeu mexendo-se no banco. — Não acha?
— Não sei. Nunca amei ninguém. — respondi de imediato e virando-me para encará-la com um sorriso sarcástico no rosto. Dulce olhava-me incrédula para depois sorrir e menear a cabeça.
— Não acredito. De qualquer maneira... Não digo que seja aceitável que alguém faça o que ela fez. Mas, é apenas uma maneira mais excêntrica de mostrar o que uma mulher apaixonada não faz.
— Bom, neste caso não quero nenhuma mulher apaixonada por mim.
Dulce gargalhou e encostou-se no banco do carro. Ela estava diferente, mais solta do que antes.
— Você é bem diferente do seu irmão. Poncho é todo romântico e tradicional... Você... — ela voltou a rir baixinho balançando a cabeça.
— Eu o que?
— Você é do tipo mulherengo, que não quer nada com nada e que não acredita no amor. Até a hora em que se apaixonar... E então tenha certeza, você vai se sentir apavorado com o turbilhão de sentimentos que vai crescer dentro de você.
Parei o carro ao chegarmos na joalheria e a encarei arqueando as sobrancelhas. Ela apenas sorriu e deu de ombros.
— Poncho te disse que eu sou assim?
— Não precisa. É notável. — ela riu mais uma vez revirando os olhos e abriu a porta — Vamos pegar o relógio da minha sogra.
Após deixar a joalheria eu acabei cancelando os outros compromissos que tinha para levar Dulce para casa. Alfonso já estava lá a esperando. Ficamos os três o restante da tarde na piscina. Quando anoiteceu tomei um banho, jantei com todos e me arrumei para sair novamente.
— Já está saindo? — Poncho perguntou levantando-se da mesa.
— Já. Vocês vão? — perguntei torcendo mentalmente para que ele dissesse que não.
— Dulce está acabando de se arrumar e... — ele parou olhando por trás de meu ombro e sorriu — Aí está ela.
Virei para trás e me deparei com Dulce metida em um vestido preto curtíssimo e um decote que...
— Vamos? — ela perguntou caminhando até Poncho que enlaçou um braço em sua cintura depositando um beijo em seu pescoço.
— Você está linda. — ele disse. Eu teria mesmo que suportar todo aquele romantismo barato a noite toda? — Chris, nós vamos no meu carro e te seguimos.
Quando chegamos o lugar estava lotado. Não vi mais nenhum dos dois quando fui para o segundo andar me encontrar com alguns amigos. Poncho não era muito de se misturar quando estava namorando, então eu tinha certeza de que ele estaria no bar do andar debaixo.
— E aí Ucker! — Christian exclamou sentado no banco do bar. — E o Poncho? Não vinha?
— Está com a namorada lá embaixo. — respondi sentando-me ao seu lado — Cuba Libre, por favor. — pedi ao garçom.
Virei-me de costas e fiquei encostado no balcão encarando o movimento. Sorri ao encontrar um olhar sob o meu. Se eu não estava enganado era a mesma loira da noite passada.
— Cecília? — Christian perguntou acompanhando meu olhar.
— Eu acordo nu na cama dela e é quem você sabe o nome? Incrível. — ri enquanto pegava a bebida no balcão e dava um gole.
Autor(a): alanis.sa
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Havia um problema em namorar alguém como Poncho. Ele vivia vinte e quatro horas pelo trabalho. Mesmo na Austrália, quando saiamos para fazer alguma coisa, aquele celular não saia de seu ouvido. E naquele momento foi a mesma coisa. Estávamos indo para o meio da pista de dança quando o celular tocou.— Preciso atender. É important ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4
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candy_telles Postado em 25/10/2014 - 23:35:36
Amei, emocionante!
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anne_vondy Postado em 29/09/2014 - 13:13:01
Essa fic é linda <3
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gabivondy Postado em 09/09/2014 - 12:12:58
foi lindo <3
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ChrisVondy Postado em 09/09/2014 - 00:58:14
Bom, oficialmente, eu sou a Primeira leitora!!! *-* (pelo site, rs) Menina, 10 capítulos, e neles, eu gargalhei, eu 'chorei', eu vibrei com o hot, e fiquei triste pelo Ucker!!! Agora estou em duvida... uso :( ou :) no comentário?? kkkkk Posta Maisssss!!! *-*