Fanfics Brasil - 5 Fora de Controle (Vondy)

Fanfic: Fora de Controle (Vondy) | Tema: Vondy


Capítulo: 5

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Dulce bêbada era uma comédia, uma hora ela estava completamente desmaiada e em outra estava rindo e gritando besteiras.

— Eu beijei v-você! — ela dizia pendurada em meu pescoço enquanto ria escandalosamente.
A sentei em um dos bancos do bar enquanto ria daquela cena tanto quanto ela. Quem diria. A primeira vista Dulce parecia ser uma santa, a típica filhinha de papai, criada em berço de ouro, inteligente... E veja só.
— É. Beijou. — respondi apoiando as mãos no balcão, uma de cada lado de seu corpo e a fitando nos olhos. Como um adulto chamando a atenção de uma criança para que aquilo não se repita — Mas acho melhor você não ficar repetindo isso tão alto. Seu namorado pode não gostar disso.

Ela gargalhou mais uma vez e aproximou o rosto do meu perigosamente enquanto mordia seu lábio inferior.

— Que tal uma caipirinha? — ela sussurrou para novamente explodir em uma gargalhada.
— Acho melhor parar com qualquer coisa que tenha o mínimo teor de álcool possível querida. — desencostei do balcão e olhei para todos os lados a procura de Alfonso — Onde você se meteu Poncho...

Meu celular tocou e era ele no visor, aquilo não era um bom sinal. Afastei-me para atender, mas o sinal estava péssimo.

Tive que correr para o escritório... Christopher? Está me ouvindo? Que seja... Se estiver me ouvindo, nós tivemos um problema com aquela empresa que iria se associar a nossa e tive que sair daí! Leve Dulce para a casa dela, ok? Te devo uma... — ele desligou. E eu não consegui dizer. Não consegui dizer que eu continha um desejo quase incontrolável de pegar a namorada dele!

E lá estava a linda e inocente Dulce, puxando altos papos com o barman. Ri balançando a cabeça e aproximei-me dela novamente tentando ouvir o que ela dizia.


— E então eu fiz um Streep! — ela disse batendo a mão no balcão. O barman ria enquanto preparava uma bebida — E quer saber? Foi o melhor Streep daquela merda de bar de faculdade. É... — ela disse suspirando — Então quando vocês precisarem de uma dançarina... AH CHRIS! Eu achei que você tivesse ido embora. Eu estava aqui contando para o meu amigo... — ela perdeu a fala por alguns instantes e mirou o homem que agora gargalhava enquanto despejava vodka em um copo.
— Marco. — ele disse resfolegando.
— É. Isso aí. Que seja. Enfim, eu estava aqui contando para o meu amigo Marco que eu era a melhor dançarina de Streep Tease da minha universidade... Quer ver... Quer ver como eu danço? Eu posso... Eu posso subir aqui e... — e ela começou a subir no balcão.

— Ei, ei, Dulce! Dulce... Desce. Você está bêbada, vai cair! — gritei com os braços estendidos para pegá-la, mas ela parecia nem me ver.

Pegou o copo que o barman prepara e começou a beber enquanto rebolava em cima do balcão. Ela parecia se divertir tanto, como se não fizesse aquilo há tanto tempo que não tive coragem de tirá-la dali. Dulce dava alguns goles na bebida e voltava a dançar.
— Vem Chris! Vem dançar! — ela berrava esticando a mão em minha direção.
— Não... Melhor não. Você dança melhor do que eu. — ela revirou os olhos e estendeu a mão novamente para que eu a ajudasse a descer.

Dulce cambaleou quando colocou os pés no chão fazendo com que eu a segurasse pela cintura, novamente mantendo aquela distancia perigosa e constrangedora.
— Hora de ir para casa. Já se divertiu o bastante por hoje não foi? — ela assentiu enquanto bocejava e deitava a cabeça em meu peito — É, foi o que eu pensei.


Assim que Dulce entrou no carro e encostou a cabeça no banco ela adormeceu. Com ela dormindo eu não poderia levá-la para casa, não sabia onde ela morava, então a levei de volta para a minha. Dormindo ela parecia um anjo, muito diferente da mulher que eu havia visto há minutos atrás. Eu a conhecia a menos de dois dias e tinha noção de que Dulce era uma mistura de emoções, e era fácil, pois ela não fazia questão de ser misteriosa, ou sexy, ela simplesmente era, era natural...

Estacionei o carro na garagem e a tirei em meu colo com cuidado, mesmo ciente que nem o movimento mais brusco a acordaria naquele momento. Com alguma dificuldade abri a porta da sala e subi com ela até o quarto de Alfonso. Coloquei-a na cama e tirei seus sapatos para cobri-la logo em seguida.
E então eu tive certeza de que havia enlouquecido quando beijei sua testa antes de sair do quarto. Porque aquele não era eu. O que, diabos, estava acontecendo comigo?!


— Seu irmão não presta. Vá dormir, filho. Eu fico aqui com ela para o caso de ela precisar de algo. — dei-lhe um beijo na bochecha e fui saindo quando ela voltou a me chamar — Chris, obrigado por ter isso responsável e tê-la trazido para casa. Mas, se ponha no seu lugar, sim? Não quero brigas entre vocês dois novamente.

Assenti soltando um longo suspiro e saindo do quarto após encostar a porta.


— Chris? — ouvi a voz de minha mãe da porta e me virei. Ela estava encostada enquanto bocejava. — Onde está o Poncho? Dulce está bem? — sussurrou ela preocupada.
— Só bebeu mais do que deveria. Poncho saiu correndo para resolver qualquer coisa no escritório e deixou-a sozinha. Acho que ela se sentiu frustrada e bebeu. Não sei.

Dona Alexandra revirou os olhos compreendendo a situação, porque meu pai era craque em fazer isso, o tempo todo, desde o inicio. Acho que era por isso que ela sentia um carinho tão grande por Dulce, provavelmente entendia o que ela teria que passar com Poncho.


Eu conhecia a preocupação de minha mãe, e sabia que ela não era burra o suficiente para não notar meu interesse em Dulce. Alfonso e eu sempre brigamos demais, sempre disputamos tudo. Quando éramos crianças disputávamos brinquedos, quando éramos adolescentes disputávamos garotas, e eu sempre acabava com alguns muitos relacionamentos dele por causa disso. Até ele se encontrar na empresa e disputar algo que eu não podia competir. Ele era bom no que fazia um ótimo advogado, e eu não queria aquilo. Comecei a faculdade de marketing e tranquei quando nossa mãe adoeceu para ficar em casa com ela, já que aparentemente nem nosso pai e nem Poncho poderiam abandonar a empresa.

Nenhum dos namoros de Poncho durou muito depois que ele ingressou para a empresa, mulheres – principalmente mulheres como Dulce – gostam e precisam de atenção, coisa para qual ele não “possui tempo”. Nenhuma mulher gosta de fazer parte da agenda de um homem. Sou experiente o bastante para saber que elas querem estar em primeiro plano na relação. Apesar de nunca ter tido uma relação propriamente dita. Não com uma única mulher pelo menos.

— Chris? Está acordado? — Olhei para a porta e vi Poncho encostado ali enquanto afrouxava a gravata. — Queria te agradecer por trazer a Dul, a mãe disse que ela bebeu demais.
— Sorte a sua que ela não vomitou. Você iria lavar o carro. — debochei sentando-me na cama.

Ele riu e assentiu saindo do quarto.

Ou aquilo parava ou eu me sentiria culpado para o resto da vida. Eu e Poncho tínhamos nossas desavenças, como qualquer irmão tem, mas era meu irmão e era uma boa pessoa. Era melhor que Dulce estivesse bêbada o bastante para não se lembrar da noite passada.



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Autor(a): alanis.sa

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Eu não precisei abrir os olhos para saber onde estava. Sentia o cheiro do perfume de Poncho e suas mãos enroscadas em minha cintura enquanto ressonava tranquilamente em meu pescoço. E minha cabeça doía, e em um dado momento tive certeza de que não demoraria muito até eu ter a sensação de que ela explodiria. Era i ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • candy_telles Postado em 25/10/2014 - 23:35:36

    Amei, emocionante!

  • anne_vondy Postado em 29/09/2014 - 13:13:01

    Essa fic é linda <3

  • gabivondy Postado em 09/09/2014 - 12:12:58

    foi lindo <3

  • ChrisVondy Postado em 09/09/2014 - 00:58:14

    Bom, oficialmente, eu sou a Primeira leitora!!! *-* (pelo site, rs) Menina, 10 capítulos, e neles, eu gargalhei, eu 'chorei', eu vibrei com o hot, e fiquei triste pelo Ucker!!! Agora estou em duvida... uso :( ou :) no comentário?? kkkkk Posta Maisssss!!! *-*


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