Fanfic: Fora de Controle (Vondy) | Tema: Vondy
Eu não precisei abrir os olhos para saber onde estava. Sentia o cheiro do perfume de Poncho e suas mãos enroscadas em minha cintura enquanto ressonava tranquilamente em meu pescoço. E minha cabeça doía, e em um dado momento tive certeza de que não demoraria muito até eu ter a sensação de que ela explodiria. Era isso que dava beber quando se é fraca com tudo que tem álcool. Até champanhe sem álcool me deixava tonta...
— Acordada? — Poncho sussurrou em meu ouvido preguiçosamente.
Virei-me de frente para ele e sorri em resposta para logo afundar minha cabeça em seu peito na esperança de que aquilo, ou qualquer outra coisa a fizesse parar de doer.
— Você está bem? — perguntou — Parece que você bebeu demais ontem. Desculpe ter saído daquele jeito. — dei de ombros fechando os olhos e tentando voltar a dormir, mas era impossível.
— Preciso muito tomar alguma coisa para dor de cabeça. — resmunguei sentando-me na cama.
— Quer que eu pegue? — Poncho se ofereceu afagando minhas costas.
— Só me diga onde está, eu pego e volto para a cama.
Senti seus braços rodearem minha cintura e logo eu estava sendo jogada contra a cama. Poncho sorriu, e eu conhecia aquele sorriso, o mesmo sorriso que ele sempre dava quando queria se desculpar e o que sempre me fazia aceitar suas desculpas.
— Em que momento eu vesti esse pijama? — perguntei virando olhando para o meu corpo.
— Eu te troquei. Você parecia desconfortável naquele vestido.
— Não vou descer assim! — resmunguei olhando para o micro short que usava e a blusinha apertada de alças finas.
— Christopher não acorda há essa hora e papai já deve estar no escritório. — respondeu sonolento.— Não demore. — disse ele dando-me um breve beijo nos lábios e me soltando.
— Nem vai sentir minha falta.
Claro que provavelmente quando eu voltasse, ele estaria no celular ou no computador, mas de qualquer maneira eu precisava ir para o meu apartamento, já fazia dois dias que eu havia chegado da viajem e não havia ido até lá com a função de conhecer a família de Poncho.
Descendo as escadas para ir a cozinha e beber água eu estava disposto a manter distancia de Dulce, nem que para isso eu tivesse que inventar algum tipo de doença contagiosa. Mas, não era fácil quando a cada dia que se passava ela aparecia com menos roupa em minha frente.
Lá estava ela na cozinha, virada para a pia virando a caixa de leite em um copo, com um short que não cobria mais do que o necessário – deixando um pouco do necessário ainda meio de fora – uma blusa apertada demais – o que me dava certo medo de ver de frente – e descalça enquanto roçava um calcanhar no outro.
Ela se lembraria? Quebraria minha cara, me evitaria, contaria para o meu irmão ou me beijaria de novo?
— Bom dia. — ela pulou levemente de susto ao ouvir minha voz deixando o copo cair no chão estilhaçando-se em milhares de pedaços.
— Merda! — praguejou. — Meu pé!
Corri até ela e a ergui pela cintura colocando-a sentada sob a pia. Peguei um pano e o molhei levando até o sangramento sem seu pé. Não fora um corte tão profundo.
— Me diga que eu não vou precisar de pontos! — choramingou ela. Quando a olhei meu coração se comprimiu dentro do peito ao perceber que ela chorava. E então eu ri ao notar a semelhança de Dulce a uma criança. — Não ria de mim! Está rindo porque não foi no seu pé! — ralhou ela voltando a gemer de dor e me fazendo rir ainda mais.
— Quantos anos você tem? — murmurei rindo baixinho enquanto pegava dentro do armário um kit de primeiro socorros.
Havia kits de primeiro socorros e cada cômodo da casa. Mamãe ficou neurótica desde que – sem querer – eu cortei Poncho com um garfo durante uma brincadeira de lutinha.
— Vinte e dois. — ela respondeu ainda meio absorta — Está me chamando de criança?! — ralhou ela novamente ao entender.
Ri meneando a cabeça e molhei o algodão com água oxigenada. Quando fui colocar em seu ferimento ela começou a choramingar novamente.
— Vai arder! — dizia ela.
— Ora Dulce, não seja mulherzinha! Aja como o macho que foi ao tomar todas ontem! — alfinetei arqueando as sobrancelhas e sorrindo debochadamente para ela que bufou enquanto tentava encolher a perna — Ok. Segure a minha mãe e se arder você morde. Ok?
Ela assentiu segurando minha mão. Assim que levei o algodão molhado ao corte me arrependi do fundo da minha alma por ter oferecido minha mão a ela...
— AAAAAAAAAAAAAAI DULCE! SOLTA, SOLTA, SOLTA! — berrei puxando minha mão.
— Quem é a mulherzinha agora Uckermann?! — perguntou ela enquanto ria.
Cerrei os olhos sorrindo de seu deboche e segurei seu pé com força enquanto esfregava a água oxigenada no corte.
— AI! AI! AI! AI! AI! AI! PARA! — ela gritava, ria e chorava ao mesmo tempo enquanto tentava recolher seu pé. Recuperando o fôlego peguei um band-aid colocando-o ali.
— Pronto sua fresca. Foi só um cortezinho. — disse rindo enquanto me colocava entre suas pernas para poder enxugar as lágrimas que escorriam por seu rosto. O que – definitivamente – não foi uma boa idéia.
Novamente rolou aquela troca de olhares constrangedora e o silencio que em horas como aquelas parecia gritar em meu ouvido: BEIJE-A SEU IDIOTA. NÃO ESTÁ VENDO QUE ELA ESTÁ ESPERANDO?
— O que houve? — ambos pulamos ao ouvir a voz preocupada de Poncho. Afastei-me imediatamente recolhendo o kit de primeiro socorros.
— Ela se cortou pisando nos cacos de vidros. — respondi tentando parecer casual. Minha sorte era que Poncho não raciocinava muito bem depois de acordar.
— Você está bem Dul? — perguntou aproximando-se dela que apenas assentiu enquanto desviava seu olhar do meu — Vem, eu te ajudo a subir.
Ela ainda me olhou uma ultima vez antes de Poncho sair da cozinha com ela no colo. O que foi aquilo? Ela namorava com o meu irmão! Então para que me olhar daquele jeito?
Autor(a): alanis.sa
Este autor(a) escreve mais 5 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Duas semanas depois de tudo teríamos o aniversario de casamento de meus pais, que era sempre celebrado em uma grande e luxuosa casa de campo onde todos os parentes estavam presentes. Era algo grandioso, com as mulheres vestidas em vestidos longos e homens em smokings de seiscentos dólares. Nós sempre íamos uns dois dias antes para preparar tudo e ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
candy_telles Postado em 25/10/2014 - 23:35:36
Amei, emocionante!
-
anne_vondy Postado em 29/09/2014 - 13:13:01
Essa fic é linda <3
-
gabivondy Postado em 09/09/2014 - 12:12:58
foi lindo <3
-
ChrisVondy Postado em 09/09/2014 - 00:58:14
Bom, oficialmente, eu sou a Primeira leitora!!! *-* (pelo site, rs) Menina, 10 capítulos, e neles, eu gargalhei, eu 'chorei', eu vibrei com o hot, e fiquei triste pelo Ucker!!! Agora estou em duvida... uso :( ou :) no comentário?? kkkkk Posta Maisssss!!! *-*