Fanfic: Cry - Vondy | Tema: Vondy

E eu fiz. Nessa noite, Christopher deixou que eu fizesse o que me desse vontade e aproveitamos juntos de mais uma noite de paixão. De madrugada, enquanto ele dormia, eu apenas acariciava seu cabelo e observava o seu rosto calmo. Não sabia por quê, mas sentia que um mês era muito pouco tempo. Queria passar mais meses ao seu lado. Isso era o mais engraçado. Quando finalmente encontrei um homem que me completasse em todos os sentidos, ele estava para se casar com outra, dentro de pouco tempo.
Mas não era algo que ia me matar, claro que não. Assim que ele se fosse para casar com quem quer que seja, eu ia esquecer tudo o que passaremos nesses trinta dias e ia seguir meu caminho, aproveitando a vida como devia ser.
Nem percebi quando peguei no sono. Só despertei quando senti uma leve cosquinha em minhas costas. Senti um hálito quente de encontro ao meu pescoço e logo me dei conta de quem era o anjo que estava me despertando com tanto carinho.
Christopher deslizava o seu indicador por toda a extensão de minhas costas e foi inevitável o sorriso que surgiu em meus lábios.
Eu me virei pra ele, encontrando com o seu lindo sorriso e cabelos totalmente desalinhados...

Dulce: Que horas são?
Christopher: 7:30 da manhã. Está na hora de levantar.

Eu me espreguicei na cama e me virei novamente, enterrando a cabeça no travesseiro...

Dulce: Ah, não. Vou sair dessa cama quentinha hoje não.
Christopher: Dulce, você me prometeu que ia para o curso hoje. Eu vou te levar, não seja boba.
Dulce: Não! A temperatura está baixa, estou com frio. Não quero sair de casa hoje.
Christopher: A temperatura não está baixa, está amena. Você deve estar com frio porque está nua, mas se colocar uma roupa e um casaco vai conseguir muito bem sair de casa. Não seja preguiçosa Dul, o sol está até lá fora! Se estivesse nevando, tudo bem.
Dulce: O curso é só às nove.

Christopher: Mas você ainda vai tomar banho e logo em seguida eu também. Anda, levanta!
Dulce: Não quero!

Eu coloquei o travesseiro por cima da minha cabeça, para não escutá-lo mais falar. Mas imediatamente senti seus lábios tocarem minhas costas e sua língua quente passear pela aquela região, causando arrepios em todo o meu corpo. Christopher tirou o travesseiro de cima de cima de mim e sussurrou em meu ouvido...

Christopher: Já que a senhorita está com tanta preguiça, quer que eu te leve até o banheiro?

Eu virei o meu rosto, encontrando com seus lindos olhos castanhos e sorri...

Dulce: E pra que?
Christopher: Para tomarmos banho.
Dulce: Tomarmos? No plural?

Ele sorriu daquele jeito safado e me deu mais um beijo no pescoço...

Christopher: Sim...no plural.
Dulce: E só vamos tomar banho mesmo?

Ele se afastou de mim e começou a rir...

Christopher: Dul, você não presta!
Dulce: Eu não falei nada! Foi só uma pergunta.
Christopher: Cínica! Bom, temos muito tempo até o seu curso. Podemos fazer uma horinha até lá.
Dulce: Perfeito! Mas eu me recuso a andar até lá.

Eu mordi os lábios, enquanto ele negava com a cabeça, talvez incrédulo pelo meu abuso. Christopher tirou o lençol que me cobria e me pegou no colo, indo em direção ao banheiro.
Ele me colocou no chão, pra ligar o chuveiro, mas eu não tirei as mãos do seu pescoço. Continuei ali, agarrada com ele, enquanto ele media a temperatura da água.

Christopher me colocou debaixo da água quente e eu fechei meus olhos, desfrutando daquela sensação boa. Sem que eu esperasse, ele me abraça pela cintura e me encosta conta a parede gelada do box. Seus lábios se apoderam do meu pescoço, enquanto minhas mãos brincam com os seus cabelos, molhando-os debaixo d´água. Ele se afastou um pouco de mim e sorriu, pegando o sabonete e passando pelo seu peito. Eu fechei os olhos novamente, molhando meus cabelos. Escuto-o rindo um pouco e abro os olhos, vendo-o me olhando de uma forma diferente...

Dulce: O que foi?
Christopher: Você parece uma sereia assim, debaixo d´água, sabia?
Dulce: Sério? Nunca ninguém tinha me dito isso.
Christopher: Já tomou banho com outros caras?

Eu dei de ombros e me virei de costas pra ele...

Christopher: Ah, desculpe. Esqueci de que você é uma mulher bem vivida.

Eu não gostei nada do tom irônico em sua voz e me virei, respirando fundo...

Dulce: Olha, se você continuar me lembrando dos meus ex-amantes, é melhor tomar banho sozinho. Não gosto de insinuações sobre a minha vida passada, pois ela já ficou pra trás. Agora não se faça de santo, quando nós dois sabemos muito bem que você está longe de ser virgem.

Eu ia desligar o chuveiro, mas ele segurou a minha mão, me impedindo de tal ato...

Christopher: Ok, desculpe. Não quis te ofender.
Dulce: Mas chegou bem perto disso.
Christopher: Vamos esquecer isso, tudo bem? Estava tudo muito perfeito até agora, não vamos estragar isso. Podemos continuar tomando nosso banho juntos?

Eu dei de ombros mais uma vez e peguei o sabonete de suas mãos. Comecei a passa-lo sobre os meus braços, em seguida pela minha barriga, ignorando-o completamente. Christopher me abraçou pela milésima vez e depositou vários beijos em meu pescoço...

Christopher: Me desculpa?

Eu apenas disse que sim com a cabeça e continuei ensaboando meu corpo. Ele continuou me beijando e me pedindo desculpas, a cada beijo que me dava. Eu comecei a rir sem querer e gritei...

Dulce: Tá bom, Christopher!! Já disse que desculpo!
Christopher: Eu ainda não estou convencido. Me convença que eu paro.
Dulce: Vamos sair do banho, sim? Desse jeito, vamos acabar com a água do planeta.
Christopher: Então o planeta vai ficar sem água, até você provar que me desculpou mesmo.

Eu revirei os olhos e o agarrei pela cintura, beijando-o apaixonadamente. Christopher me abraçou e me colocou novamente debaixo do chuveiro, fazendo com que nosso beijo fosse literalmente molhado. Nesse instante, escutamos o meu telefone tocar e separamos nossos lábios...

Dulce: Quem pode estar ligando a uma hora dessas?
Christopher: Não sei, mas não importa. Vamos continuar com o que estávamos fazendo, sim?

Ele tornou a me beijar e eu resolvi esquecer o barulho chato do telefone. As mãos de Christopher foram descendo cada vez mais pela cintura, até pararem em meu ventre...