Fanfic: Cry - Vondy | Tema: Vondy

Estava bebendo o último copo de uísque, quando o cara que estava me olhando há algumas horas atrás se aproxima do balcão e pede mais uma bebida. Ele já estava cambaleando e mal conseguia falar, pois estava muito bêbado. Ele olhou pra mim mais uma vez e sorriu, mas eu virei a cara, pois não gostava de tipos assim.
Ele pegou seu drinque e o bebeu num só gole, batendo o copo de vidro fortemente no balcão, quase quebrando-o. Ele jogou uma nota de vinte dólares no balcão e saiu. Ele realmente estava bastante nervoso.
Resolvi ignorar esse momento e terminei de beber meu copo também. Paguei a conta e saí, já pegando as chaves do carro.
Fiquei em choque, quando eu vi o homem que tinha saído do bar levando um soco na cara, em frente ao meu carro. Com muita coragem, eu me aproximei do grandalhão que estava com ele e comecei a gritar...

Dulce: Ei! Quer brigar, brigue, mas longe do meu carro novo, por favor!!
Homem: Não quero brigar, só estava defendendo minha mulher!!

Eu olhei para o lado e vi uma mulher loira, assustada com toda a cena...
Homem: Esse depravado deu em cima dela na minha frente!! Agora ele já teve o que merece.

O homem saiu com sua mulher, enquanto o outro estava caído no chão, com a boca sangrando um pouco. O meu lado mau queria deixá-lo ali caído e sangrando, porque era isso que todos os bêbados mereciam. Mas o meu lado bom falou mais alto e eu me aproximei dele, ajudando-o a se levantar...

Dulce: Você está bem?
***: Quero...ir...casa...

O bafo dele estava insuportável e eu mal entendia o que ele falava...
Dulce: Você quer que eu te leve pra casa, é isso?

Ele assentiu, caindo em cima de mim e quase me derrubando no chão...
Dulce: E onde é a sua casa?
Ele apontou primeiro para a esquerda e depois para a direita. Definitivamente esse homem não tava bem...
Dulce: Entra no carro, depois você me indica o caminho, ok?

Ele assentiu, mas eu não tinha certeza se ele havia entendido o que eu tinha dito. O coloquei no banco do passageiro e sentei no banco do motorista, dando partida no carro. O seu olho estava quase fechando durante o caminho. Eu o cutucava, pra que ele não dormisse...

Dulce: Ei! Não durma! Onde fica sua rua?
****: Virando a esquerda, vira a direita, vai virando a esquerda e vai pela direita até a rua do fim do mundo! HAHAHAHAHA!
Ele começou a rir que nem um maluco e eu lhe dei um tapa no ombro...
Dulce: Isso não tem graça! Não vou conseguir te levar em casa com você desse jeito. Meu Deus, eu não acredito que estou realmente fazendo isso.

Eu virei na primeira esquina, indo em direção ao meu apartamento. Eu nunca fui muito normal, mas colocar um homem que eu nem conhecia, bêbado e lindo dentro do meu carro era loucura! Sim, ele era lindo. Mesmo com essa cara de bêbado, esse bafo nojento e esse cabelo despenteado, ele era incrivelmente bonito.
Eu estacionei em frente ao meu prédio e pedi ajuda ao porteiro, pois ele já estava roncando no banco do meu carro. Ele me ajudou a subir com o bêbado e o deixei cair no sofá. Assim que o porteiro saiu, eu liguei o chuveiro e fui até ele...

Dulce: Anda, levante-se!
Ele se levantou cambaleando, mas conseguiu chegar até o banheiro...
Dulce: Tire sua roupa, anda!

Ele ficou parado, olhando para ao grande espelho que tinha lá e eu me estressei...
Dulce: Como é que é, meu filho? Vai ficar admirando sua beleza aí?
Ele deu um sorriso torto e pareceu finalmente voltar a si. Tirou o seu paletó e sua blusa branca, abrindo botão por botão. Um calor subiu pelo meu corpo ao olhar aquela cena e eu achei melhor sair dali...

Dulce: Vou preparar um café e um gelo para você colocar nessa boca inchada. Tente não desmaiar, por favor.
E assim dizendo, eu saí daquele banheiro, respirando bem fundo. Resolvi preparar dois cafés, pois também estava precisando de um.
Dez minutos depois, ele saiu do banheiro, com a toalha enrolada na cintura e o cabelo um pouco molhado. Ele definitivamente era bonito demais e me afetava de uma forma que eu jamais imaginei.
Ele se sentou no sofá e abaixou a cabeça, como se estivesse um pouco confuso. Eu me sentei na poltrona que ficava do lado do sofá e entreguei uma xícara de café para ele...

Dulce: Tome. Você vai se sentir melhor.
Ele agradeceu e foi tomando o café lentamente, enquanto não tirava os olhos dele. Nossos olhos se encontraram quando ele foi me devolver a xícara e eu fiquei um pouco constrangida...
Dulce: Vou pegar um gelo, pra você colocar nesse ferimento aí.
Eu saí, sem esperar uma resposta dele. Peguei um gelo no congelador e o enrolei num pano. Entreguei pra ele que já estava quase fechando os olhos no sofá e disse calmamente...