Fanfic: Cry - Vondy | Tema: Vondy

Dulce: Você tem irmãos?
Christopher: Sim, quatro. Mais duas mulheres e dois homens, por que?
Dulce: Por que esses dois homens não podem casar com ela? Por que tem que ser você?
Christopher: Porque eu sou o único que trabalha lá. Sou publicitário, faço qualquer tipo de propaganda, algumas capas de cd’s e essas coisas.
Dulce: Entendi. Quando será o casamento?
Christopher: Daqui a um mês. Já estão todos preparando uma grande festa. Uma festa que será o meu enterro.

Eu fiquei sem saber o que dizer, enquanto acompanhava o seu olhar triste. De repente um sorriso surgiu em seus lábios e eu fiquei confusa...
Christopher: Acho que já sei porque tinha dado em cima daquela mulher. Acho que eu tinha pedido pra ir pra cama com ela.
Eu o olhei assustada e comecei a rir descontroladamente...
Christopher: Pode rir, eu sei que é ridículo.
Dulce: Não é que seja ridículo...mas você está tão necessitado assim?
Christopher: Não é isso, é que...antes de casar, eu queria viver uma aventura. Sei lá, me deitar com alguém com quem eu realmente tivesse vontade e não por obrigação, entende? Pra isso fui no bar ontem, mas não achei nenhuma candidata à altura. Digo, teve uma...mas acho que ela não estava muito interessada, pois ao ver que eu estava olhando pra ela, imediatamente virou a cara e ignorou minha presença o tempo todo.

Eu sorri maliciosamente, já compreendendo a indireta...
Dulce: Vai ver ela não te deu atenção porque tinha acabado de terminar um relacionamento e não queria nada com ninguém ontem. Mas isso não significa que hoje ela tenha mudado de idéia.

Ele arregalou os olhos e sorriu pra mim...
Christopher: Está mesmo falando sério?
Ele começou a passar a mão na minha perna, mas eu lhe dei um tapa na mão, fazendo-o retira-la imediatamente dali...

Dulce: Quem sabe? Mas não pense que vai conseguir me levar pra cama assim tão fácil. Sou mulher só pra quem merece.
Christopher: O que você quer dizer?
Dulce: Eu tenho que te conhecer primeiro! Você pode ser bonito, mas eu não te conheço. Pra termos algo, nem que seja por pouco tempo, você tem que fazer um esforço.
Christopher: E o que eu tenho que fazer?
Dulce: Tenho certeza de que você vai pensar em algo.

Eu pisquei pra ele, que abriu um largo sorriso. Sei que isso era uma loucura e, como sempre, eu estava agindo sem pensar. Mas por algum motivo, eu me vi atraída por esse interessante jogo.
O deixei em seu apartamento, que ficava em um prédio muito luxuoso em Manhattan. Ele não estava mentindo quando disse que tinha o mesmo que eu. Lhe dei meu telefone e ele ficou de ligar.
Mas passou vinte e quatro horas sem fazer isso. Pela primeira vez na vida, eu fiquei ansiosa por uma ligação que não aconteceu. Estava bastante desanimada, pois ele era um mistério que eu estava com vontade de desvendar.
Fui para o curso, pois tinha que ocupar minha cabeça com algo. A presença do rosto de Christopher na minha mente era insuportável. Principalmente quando eu lembrava daquele sorriso perfeito.
Cheguei em casa e tomei um banho, para ver se esquecia disso tudo. Lá do banheiro, escutei o telefone tocar. Meu coração acelerou, ao pensar que podia ser ele. Pensei até em sair correndo para atender, mas se fosse ele mesmo, tinha que ligar outra vez. Não ia ficar desesperada por um telefonema, não mesmo! E foi então que eu fechei o chuveiro e escutei o recado na secretária eletrônica...

“Dul, você ouviu o meu recado? Bom, se não, quero pedir de novo para sair contigo. Você me faz tanta falta gatinha. Volta pra mim? Te amo, beijo”

Era Ângelo novamente. Meu Deus, será que ele não ia se mancar nunca? Enrolei uma toalha no corpo e saí do banheiro, indo para o meu quarto pegar uma roupa. Enquanto estava pensando no que ia fazer à noite, escuto o telefone tocar outra vez. Sai do quarto batendo pé, pois já estava cansada de Ângelo me ligando toda hora. Atendi com a voz mais entediante possível e tive uma surpresa...

****: Sabe? Você ainda não me disse seu nome.

Dulce: Christopher!
Christopher: Como sabe que sou eu?
Dulce: Sua voz não muda no telefone.
Christopher: Verdade? Nunca ninguém tinha me dito isso. Agora dá pra me dizer o seu nome?
Dulce: Que tal descobrir?

Eu sei, eu não era fácil. Bom, pelo menos não com ele...

Christopher: Ótimo. Posso fazer isso hoje, às nove da noite, no Dining Center, o que você acha?
Dulce: Está me convidando para jantar?
Christopher: Sim, você aceita?
Dulce: Claro! Estarei lá. Até Christopher.
Christopher: Até... E eu vou descobrir seu nome hoje.

E sem dizer mais nada, ele desligou. Eu mordi os lábios e abri um largo sorriso, pois estava adorando tudo isso.
Peguei um vestido vermelho, recém comprado e na altura dos joelhos e me olhei no espelho. Meus cabelos também vermelhos, estavam soltos e caiam pelo meu busto. Um colar de ouro descia pelo meu pescoço até o meu leve decote.
Coloquei um salto alto preto e peguei uma bolsa também preta, colocado as chaves do carro, o celular e essas coisas.
Quando estava abrindo a porta de casa, o interfone toca. Quem seria agora?

Dulce: Alô?
Porteiro: O senhor Christopher Uckermann está aqui embaixo, esperando pela senhora.

O que ele estaria fazendo aqui?
Dulce: Ah... Ok, já estou descendo.