Fanfic: Belo Desastre || Vondy (Concluída) | Tema: Vondy

Ele passou o braço em volta dos meus ombros, e juntos descemos as escadas e passamos pela multidão até chegar à porta da frente. Anahi, Alfonso e Christopher se esforçavam para manter o mesmo passo que eu, enquanto seguíamos em direção ao Charger.

Anahi apontou algo com a mão e me agarrou pelo casaco, me fazendo parar no meio do caminho.

— Dulce! — ela sussurrou, mostrando-me um pequeno grupo de pessoas.

Elas estavam reunidas em volta de um homem mais velho e desleixado, que apontava freneticamente para a casa, erguendo uma foto. Os casais assentiam, olhando para a imagem.

Parti como um raio em direção ao homem e arranquei a foto das mãos dele.

— Que diabos você está fazendo aqui?

O grupo se dispersou e entrou na casa. Alfonso e Anahi ficaram cada um de um lado meu. Christopher segurou meus ombros, atrás de mim.

Fernando olhou para o meu vestido e estalou a língua em sinal de desaprovação.

— É isso aí, Docinho. Você pode tirar a garota de Vegas...

— Cala a boca, Fernando. Só dá meia-volta — apontei para atrás dele volta para o lugar de onde você veio, qualquer que seja ele. Não quero você por aqui.

— Não posso, Docinho. Preciso da sua ajuda.

— Que novidade! — disse Anani em tom de desdém.

Fernando estreitou os olhos para ela e depois os voltou para mim.

— Você está bonita, cresceu... Eu não teria te reconhecido na rua.

Suspirei, impaciente com a conversa fiada.

— O que você quer?

Ele ergueu as mãos e deu de ombros.

— Parece que me meti numa confusão, menina. Seu velho aqui precisa de dinheiro.

Fechei os olhos.

— De quanto?

— Eu estava indo bem, estava mesmo. Só precisei pegar um pouquinho emprestado pra poder continuar e... você sabe.

— Eu sei — falei com raiva. — De quanto você precisa?

— Dois cinco.

— Que merda, Fernando, dois mil e quinhentos? Se você sumir daqui, eu te dou esse dinheiro agora mesmo — disse Christopher, pegando a carteira.

— Ele quer dizer vinte e cinco mil — falei, olhando com ódio para o meu pai.

Fernando examinou Christopher atentamente.

— Quem é esse palhaço?

Os olhos de Christopher se ergueram da carteira e senti o peso dele se apoiando nas minhas costas.

— Agora posso ver por que um cara esperto como você foi reduzido a pedir mesada para a filha adolescente.

Antes que meu pai retrucasse, peguei meu celular.

— Pra quem você deve dessa vez, Fernando?

Ele coçou o cabelo grisalho e ensebado.

— Bom, Docinho, é uma história engraçada...

— Pra quem? — gritei.

— Pro Benny.

Meu queixo caiu e dei um passo para trás, indo de encontro a Christopher.

— Pro Benny? Você está devendo pro Benny? Que merda você estava... — Respirei fundo. Não adiantava. — Não tenho tudo isso de dinheiro, Fernando.

Ele sorriu.